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PROCESSO 4 I UNIDADE RESUMO - lorena - FBD

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PROCESSO CIVIL IV – LORENA MIRANDA
DIREITOS A UMA PRESTAÇÃO: sempre que alguém tem o poder de exigir de outro o cumprimento de uma prestação, estamos diante de um direito a uma prestação. Quando há o inadimplemento, pode ou não haver necessidade de certificação desse direito. A tutela jurisdicional executiva é o que traz para o plano físico a efetivação desse direito. 
É o poder jurídico conferido a alguém de exigir de outrem o cumprimento de uma prestação. 
Precisa ser concretizado no mundo físico; Através da tutela jurisdicional é possível obter o cumprimento da prestação inadimplida. 
Tutela jurisdicional executiva: Conjunto de meios para efetivar a prestação devida. Pressupõe inadimplemento. Art. 768, CPC.
Direitos a uma prestação é que são objetos da tutela executiva.
DIREITO POTESTATIVO: poder que alguém tem de, por sua vontade, criar, modificar, extinguir uma relação jurídica de outra pessoa, independentemente da vontade dela. Diferente do direito a uma prestação, que se efetiva no plano da realidade, o direito potestativo se efetiva no plano normativo ideal, de sorte que não há necessidade de execução. 
Uma sentença que reconhece um direito potestativo pode gerar, como efeito anexo, o surgimento de uma prestação; esse direito a uma prestação, que é efeito anexo da decisão, pode ser objeto de tutela executiva. 
Efeito Anexo: é o efeito decorrente da decisão judicial por força de lei, independentemente de vontade ou pedido das partes.
FUNÇÃO JURISDICIONAL E MODALIDADE DE TUTELA DOS DIREITOS: 
- Conhecimento: Certificação - Segurança: proteção do direito
-Execução: a tutela executiva se preocupa com a efetivação do direito. 
- Integração: quando para extrair eficácia do ato de vontade de um particular, é preciso que um ato jurisdicional o integre. 
EXECUÇÃO, PROCESSO DE EXECUÇÃO E PROCESSO AUTÔNOMO DE EXECUÇÃO: 
Executar é satisfazer a prestação. A execução é voluntária quando o indivíduo espontaneamente cumpre sua obrigação. a execução forçada, por outro lado, é a satisfação da prestação a partir da utilização do aparato do judiciário. Onde houver execução forçada, haverá processo de execução. O processo de execução pode surgir como processo autônomo ou como fase.
Processo de Execução: procedimento com fulcro no contraditório que busca a efetivação de uma prestação devida, a materialização de um direito. Pode surgir como procedimento autônomo ou como fase. 
Processo Autônomo de Execução: Procedimento em contraditório que surge especificamente para a finalidade de satisfação prestação devida. Para situações em que não é possível pleitear a tutela executiva no mesmo processo em que se obteve a tutela de certificação. 
Fase de Execução: Quando buscamos a tutela executiva no mesmo processo em que obtivemos a tutela de conhecimento.
Do processo de Execução com regra à fase como regra: atualmente, o processo tende ao sincretismo, de modo que várias tutelas são concedidas em um mesmo processo (conhecimento, segurança, executiva, etc.). Antes, objetivando limitar o poder dos juízes, o processo autônomo era regra. 
O MS sempre se valeu da execução como fase, mesmo quando a lei indicava a necessidade de processo autônomo.
CPC 2015: mudança fundamental no sentido de que a obrigação de pagamento de quantia, na execução contra a fazenda pública, não precisa mais se dar em processo autônomo. A fase de execução é a regra. 
COGNIÇÃO E ATIVIDADE EXECUTIVA – MÉRITO NA EXECUÇÃO: 
Juízo de Admissibilidade: é o juízo sobre a aptidão do procedimento para a produção do ato final ao qual se destina. 
Juízo de Mérito: é aquele sobre o objeto do procedimento; sobre o acolhimento ou não da pretensão a que se destina.
O juiz exerce atividade cognitiva para, a partir dessa atividade, chegar à conclusão sobre o fato da parte ter direito ou não.
Existe cognição na execução e está voltada para a atividade de satisfação da prestação. 
Na execução, o mérito relaciona-se à analise da pretensão que a parte apresenta relativamente à prestação devida. O mérito está exatamente na satisfação dessa pretensão; o mérito se efetiva antes da decisão judicial que encerra a execução. Quando o juiz extingue a execução por sentença, o mérito da execução, a pretensão, já foi satisfeita (o mérito da execução é a satisfação de um direito a uma prestação), de sorte que essa sentença é meramente declaratória e vai dizer que o mérito já foi satisfeito ou não pode ser satisfeito.
COISA JULGADA NA EXECUÇÃO: se há cognição e mérito na tutela executiva, há possibilidade de formação de coisa julgada e, portanto, de ajuizamento de ação rescisória. 
A coisa julgada sobre questão de mérito principal: é o julgamento do mérito propriamente dito. Art. 924, I a V, CPC. 
Prescrição Intercorrente: perda da possibilidade de exigir o direito porque o exequente deixou de agir quando precisava. Ocorre no curso do processo e iniciada a execução, começa a contagem da prescrição intercorrente. 
Coisa julgada processual: situações em que o processo foi extinto sem exame do mérito, formando coisa julgada. Para reexame, é necessária a propositura de ação rescisória. 
Coisa julgada formada sob o regime especial: a questão prejudicial decidida pelo juiz fará coisa julgada e será passível de ação rescisória. Art. 503, §1. 
CLASSIFICAÇÃO DA EXECUÇÃO: 
Quanto ao procedimento – Comum vs. Especial: procedimento executivo comum é aquele talhado para atender a uma série de direitos, enquanto o procedimento executivo especial foi pensado para atender a pretensões específicas. ART. 780. 
Quanto à participação do poder judiciário – judicial vs extrajudicial: é possível execução extrajudicial forçada nos casos em que a lei prevê. Extrajudicial é a execução que não depende de participação do judiciário. – Decreto n 70/66 e lei 9514/97 – hipoteca e alienação fiduciária.
A execução forçada, perante o poder judiciário, é chamada de execução judicial. 
Quanto ao titulo executivo em que se embasa – Fundada em título judicial vs fundada em título extrajudicial: o título judicial é a própria decisão judicial. Título extrajudicial são documentos à que a lei atribui eficácia executiva. 
Quanto à participação do executado na execução – Direta (por sub-rogação) ou indireta: é direta quando o judiciário age em substituição ao executado, praticando atos que o executado deveria praticar para satisfazer a pretensão. 
Indireta é quando o cumprimento da obrigação tem de contar com a participação do executado. Para garantir o cumprimento dessa obrigação o judiciário vai se valer de diversos meios de coerção.
A Execução direta se dá por desapossamento, transformação ou expropriação. Desapossamento é quando, na obrigação de dar coisa, o judiciário tira o bem da esfera do executado e dá ao exequente. Transformação ocorre quando o judiciário converte a obrigação em valor pecuniário, por exemplo. Expropriação ocorre quando, havendo obrigação de pagar, o judiciário retira o valor do patrimônio do devedor e entrega ao credor. 
A execução indireta, por sua vez, se dá por meio do mecanismo do medo (ou desencorajamento) e do mecanismo do incentivo. O medo visa mostrar ao executado que é mais vantajoso para ele cumprir a obrigação do que não cumprir. O incentivo consiste em oferecer uma vantagem ao executado frente ao cumprimento da obrigação; este meio de compelir o executado a cumprir a obrigação pode incidir sobre sua pessoa ou seu patrimônio. 
Quanto à Estabilidade do Título – Definitiva ou Provisória: a execução é definitiva quando fundada em título executivo extrajudicial ou quando fundada em título executivo judicial transitado em julgado. Será provisória a execução fundada em título judicial que ainda não transitou em julgado e contra o qual não cabe recurso com efeito suspensivo. 
PRINCÍPIOS DA TUTELA EXECUTIVA: 
EFETIVIDADE: art. 4º CPC. Significa dizer que não basta que o judiciário reconheça a existência do direito, é preciso que ele seja efetivado. Para tanto, é necessário que o sistema de tutela executiva disponhade meios capazes de satisfazer pronta e integralmente os direitos que mereçam tutela executiva. Fredie afirma que é direito fundamental e assim deve ser analisado no caso concreto. Em caso de conflito com outro direito fundamental, pode ser relativizado. 
TIPICIDADE E ATIPICIDADE DOS MEIOS EXECUTIVOS: Nos séculos 18 e 19, sob a égide do liberalismo, havia a ideia de que era preciso limitar o poder do Estado. Uma das formas utilizadas para isto foi o princípio da tipicidade. A ideia era engessar o ordenamento, no tocante à tutela executiva, de sorte que caberia ao juiz somente aplicar o que estava expressamente disposto em lei. Tipicidade é a previsão legal dos atos. 
Superado o modelo liberal de estado, percebeu-se a necessidade de mesclar tipicidade e atipicidade dos meios executivos, de sorte que o juiz atue conforme o ordenamento, mas tendo a possibilidade de adequar algumas situações ao caso concreto, para que seja possível efetivar a tutela executiva. Atualmente, esses princípios convivem na execução. Tem-se atipicidade diante das cláusulas gerais estabelecidas pelo CPC (139, IV, 297 e 536, §1, por exemplo) que correspondem ao espaço deixado pelo legislador para o exercício da discricionariedade pelo julgador. 
Há tendência à atipicidade dos meios executivos em relação às obrigações de fazer, não fazer e dar coisa distinta de dinheiro. A tipicidade dos meios executivos está mais relacionada à obrigação de pagar quantia – é mais típica e entende-se que a mais agressiva das execuções, pois pode o juiz invadir o patrimônio do executado e retirar bem ou valor para satisfazer a obrigação. 
A atipicidade deve ser utilizada levando em conta adequação, proporcionalidade e razoabilidade. Não pode ser algo ilícito ou que configure crime, constranja ou viole a honra do executado.
Cláusula Geral: texto normativo que possui abertura tanto no antecedente quanto no consequente.
BOA-FÉ: art. 5, CPC. Aquele que de qualquer forma participar do processo deve comportar-se de acordo com a boa-fé. O juiz pode sancionar o comportamento que viole a boa-fé.
MENOR ONEROSIDADE DA EXECUÇÃO: quando por mais de um meio puder ser feita a execução, o juiz mandará que se faça pelo meio menos gravoso. Visa impedir o abuso de direito por parte do exequente e a execução demasiadamente onerosa para o executado. Se é chamado a pagar e não fala nada sobre o meio mais gravoso ter sido escolhido, o executado terá que cumprir por aquele meio a obrigação, uma vez que preclui para ele a possibilidade de requerer a mudança. ao ser chamado, deve apresentar meio menos gravoso e igualmente eficaz. 
Protege o executado à medida em que se propõe a evitar o meio mais oneroso, mas não impede a execução. (Parcelamento é possível quando previsto em lei ou se o exequente aceitar).
COOPERAÇÃO: é voltado à busca do comportamento ético e do diálogo. O juiz também é destinatário, uma vez superada a ideia de processo como relação jurídica verticalizada. 
RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL: desde a lex poetelia papiria, incide sobre o patrimônio do devedor. 
Relativização: (i) a primeira hipótese é a de prisão civil para o devedor de alimentos. (II) a segunda corresponde aos meios de coerção indireta, que consistem na possibilidade do juiz estabelecer desvantagens para o devedor, caso ele não cumpra a obrigação. (III)Também é relativizado pelo princípio da efetividade, posto que para materializar o direito, é preciso tornar a tutela executiva efetiva.
Tema de repercussão geral nº 60 do STF afastou a possibilidade de prisão do depositário infiel. Somente o patrimônio do devedor, ou de terceiro responsável – responderá pela obrigação.
Se destina às obrigações de dar e pagar quantia certa. Nas obrigações de fazer ou não fazer a prioridade é a tutela específica. 
PRIMAZIA DA TUTELA ESPECÍFICA: a execução deve propiciar ao credor o mesmo resultado que ele teria diante do cumprimento espontâneo da obrigação pelo devedor. 
O que se busca obter não é parte do patrimônio do devedor, em pecúnia, mas o cumprimento de uma obrigação de fazer, não fazer ou dar coisa distinta de dinheiro. Só vai converter a obrigação se for impossível ou se o exequente assim o desejar. Também vale para o executado, na medida em que antes do inadimplemento, não está obrigado a entregar coisa diversa do que foi acordado.
CONTRADITÓRIO: na execução, é eventual. O executado pode impugnar a execução ou apresentar embargos, mas não é chamado para se defender. É chamado para saldar a obrigação. 
A fazenda pública é exceção à eventualidade. Quando há execução contra a fazenda pública, é chamada a se defender. 
PROPORCIONALIDADE: o juiz deve conduzir a execução de maneira proporcional, de sorte a impor uma execução efetiva (medidas adequadas, proporcionais e necessárias). Deve ser observada principalmente durante o uso de elementos atípicos da execução.
ADEQUAÇÃO: o procedimento executivo precisa ser adequado ao direito material a ser tutelado. Em um primeiro momento, é feita pelo legislador, que estabelece o procedimento a ser utilizado na tutela de determinado direito material. Não sendo suficiente, surge a adequação judicial, que consiste na adaptação do procedimento às peculiaridades do caso concreto. Feita pelo juiz, deve ser sempre fundamentada. Há ainda a possibilidade de adequação negocial, que consiste na possibilidade das partes, de comum acordo, modificarem partes do procedimento.
AUTORREGRAMENTO DA VONTADE NA EXECUÇÃO: as partes podem celebrar negócios típicos e atípicos objetivando disciplinar o procedimento executivo ou suas posições processuais. 190. CPC.
REGRAS:
NÃO HÁ EXECUÇÃO SEM TÍTULO: para que haja execução, é preciso haver título executivo (judicial ou extrajudicial). Não pode haver execução que não esteja amparada em título executivo.
DISPONIBILIDADE DA EXECUÇÃO: a execução é disponível para o exequente. Ele pode desistir a qualquer tempo do todo ou de partes da execução. Desistindo, pode promover novamente, desde que não ocorra prescrição (5 anos). Se renunciar, não pode repropor a ação. Se houver impugnação no momento em que ocorrer a desistência, sendo ela de mérito, segue para ser julgada, uma vez que a ação pode ser reproposta. Se for meramente processual, extingue junto. 
Desistência é disposição do direito processual. Renúncia é a disposição do direito material. 
Nas obrigações de fazer, não fazer e dar coisa distinta de dinheiro as obrigações podem ser deflagradas de ofício pelo juiz. 
As execuções que têm por objeto direito difuso ou coletivo são indisponíveis. Se o legitimado desistir, MP assume. 
RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO EXEQUENTE: é uma espécie de limite ao exequente. Ele tem o poder de promover a execução, mas se o título no qual a execução se funda for desconstituído (execução provisória, ação rescisória...), responderá objetivamente pelos prejuízos causados ao executado. Arts. 520 e 775.
APLICAÇÃO SUBSIDIÁRIA DAS REGRAS DO PROCESSO DE EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL A OUTRO PROCEDIMENTO: 771 E 513, CPC. As regras de execução de titulo extrajudicial são aplicáveis ao cumprimento de sentença, no que não forem incompatíveis com as execuções especiais. Também se aplicam a atoa e fatos aos quais a lei atribui eficácia executiva. 
APLICAÇÃO SUBSIDIÁRIA DAS REGRAS DO PROCESSO DE CONHECIMENTO E DO CUMPRIMENTO DE SENTENÇA AO PROCESSO DE EXECUÇÃO: 771, P. ÚNICO E 310 P. ÚNICO. O procedimento comum aplica-se ao processo de execução, subsidiariamente. 
LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA 
INTRODUÇÃO – NOÇÕES GERAIS:
Decisão líquida: toda execução deve ser lastreada em título que contenha três atributos. (i) a obrigação constante do título deve ser certa, de modo que não haja dúvida de sua existência. (ii) deve ser líquida (qualidade, quantidade e a quem se deve descritos no título). (iii) deve ser exigível (não deve haver nada que obste ao credor cobrar aquela obrigação). 
Quando há uma decisão ilíquida, tem-se uma decisão incompleta na parte dispositiva, de sorte que para completar essa norma individual é preciso proceder a liquidação, estabelecendoos limites qualitativos e quantitativos da decisão. 
Liquidação de sentença: Liquidação é para decisão judicial. Não se liquida obrigação constante em título executivo extrajudicial, pois que esse precisa ser certo, líquido e exigível. A exceção é a conversão de obrigação constante do título em perdas e danos, caso em que será preciso liquidar. 
TÉCNICAS PROCESSUAIS PARA ALCANÇAR A LIQUIDAÇÃO DA DECISÃO
Fase de liquidação: ocorre quando a atividade de completar a norma individual se dá como fase de um processo já em curso. É o prosseguimento do processo, nos mesmos autos. É a regra. É necessário requerimento da parte, mas não é preciso citar novamente o réu. 
Processo de liquidação: em algumas situações não é possível liquidar em processo preexistente, porque ele não existe em âmbito judicial ou pq não é possível liquidar no processo em que houve a certificação do direito. nesses casos, será necessário processo autônomo de liquidação. 
Liquidação incidental: acontece como um incidente processual dentro do processo de execução. Veja que para deflagrar a execução, é preciso que a obrigação constante do título seja líquida, mas pode ser necessária a liquidação incidental em caso de conversão da obrigação em perdas e danos, etc. (Exemplo do banco que não devolveu dinheiro). 
LEGITIMIDADE PARA REQUERER A LIQUIDAÇÃO: tanto credor quanto devedor podem requerer. O credor pois tem direito de exigir o cumprimento da obrigação e o devedor porque tem o direito de cumprir sua obrigação. 
COMPETÊNCIA: se for processo autônomo, devem ser observadas as regras de competência da execução. Se for fase, o juízo competente será aquele competente para processar a fase de conhecimento. Se for liquidação incidental, é o mesmo juízo competente para julgar a execução (ocorre no bojo da execução). 
MOMENTO: 
Duração razoável do processo e liquidação imediata de decisão pendente de recurso: não é necessário aguardar o transito em julgado da decisão para requerer a liquidação. Essa regra decorre da duração razoável do processo. Contudo, se a decisão estiver pendente de recurso, a liquidação deverá ser feita em autos apartados. 
Capítulo de sentença e propositura simultânea de liquidação e execução: se houver uma decisão transitada em julgado que pode ser dividida em capítulos, é possível simultaneamente executar os capítulos líquidos e liquidar os ilíquidos, em autos apartados.
Liquidação em autos suplementares: quando fala-se em autos suplementares, significa uma cópia fiel do processo. Quando houver julgamento parcial do mérito, porque uma parte já pode ser julgada, mas ainda há parte a ser instruída, a liquidação se dará em autos suplementares, porque ainda será realizada atividade de conhecimento no processo. Mesmo juiz. 
Cognição na liquidação – regra da fidelidade ao título: a regra da fidelidade ao titulo diz que não posso, na liquidação, decidir algo diferente do que foi decidido no titulo que está sendo liquidado. Preciso completar o título de acordo com o que está contido nele, sem discutir questões novas de mérito. O título serve como limite à atividade de cognição. 
Espécies de liquidação: A liquidação Vai Se dar Por Arbitramento Ou Por Procedimento comum.
Estabelecimento da forma de liquidação por sentença: Súmula 3 3 4 Do stj. Essa súmula diz que a parte da decisão que determina a forma de liquidação Não transita em julgado. Então se no curso da liquidação perceber que há necessidade de mudar Pode ser feito. 
Liquidação por arbitramento: Artigo 509 do CPC. Sempre que não for necessário provar foto novo Além do que foi alegado provado nos autos do processo, ou que as partes acordarem entre si, Haverá liquidação por arbitramento. 
Possibilidade de dispensa da prova pericial: as partes podem, de comum acordo, fazer uma avaliação técnica para substituir a perícia. Se não apresentarem ou o juiz não considerar suficiente, designará perito. 
Prazo de defesa: A liquidação é sujeita ao contraditório. Então, Iniciada liquidação À parte contrária chamada para apresentar defesa Na liquidação por arbitramento, o prazo será fixado judicialmente e a doutrina entende que se não houver prazo fixado judicialmente Deverá Será utilizado Por analogia O prazo de 15 dias Do Procedimento Comum. Não há alegações de fatos novos de modo que não há porquê Falar em efeito material Da revelia. 
Liquidação por procedimento comum: sempre que depender de fato novo, prova nova, a liquidação se dará por procedimento comum. Prazo de quinze dias e aplica-se o efeito material da revelia. 
LIQUIDAÇÃO COM DANO ZERO: SEM RESULTADO POSITIVO. Existem situações em que há a condenação e no momento da liquidação percebe-se que não houve dano algum, ou que este não tem como ser calculado (sem obter zero como resultado). Ao liquidar, chega ao valor 0. Isso é 1 problema porque significa que não houve dando quando a sentença disse que houve. Ou a situação é teratológica resultando portanto de 1 fase de conhecimento mal desenvolvida, ou é uma situação fisiológica (processo coletivo – alguns sofreram danos de fato, outros não). 
Ausência da prova do dano e non liquet: Havia previsão no código antigo De que Nessas situações o correto seria Extinguir a demanda Sem Resolução do mérito. No entanto Devido à regra que determina que o juiz não pode se abster de julgar, o STJ passou a entender que o melhor a fazer é indeferir a execução. Modificar o que diz a sentença poderia levar a uma situação em que se fere a coisa julgada, de sorte que essa é a melhor opção.
DECISÃO DE RECURSOS NA LIQUIDAÇÃO: 
Fase de liquidação e processo de liquidação: Em ambos os casos a liquidação se encerra por sentença, levando em conta que está sendo feito em 1o. grau que é a regra. Contra a sentença cabe apelação que tem efeito suspensivo e devolutivo.
Liquidação incidental: Vai ser encerrada por decisão interlocutória contra a qual Cabe agravo de instrumento. O artigo 1.015 em seu parágrafo único determina que na fase de liquidação e na execução toda decisão interlocutória pode ser impugnada por agravo de instrumento.
VERBAS SUCUMBENCIAIS NA LIQUIDAÇÃO: Seja o fixação de honorários na fase de conhecimento não haverá de liquidação Bom quando a condenação for contra a fazenda pública Genérica os honorários eram fixados na fase de liquidação por que variam de acordo com a condenação (só se fixa os honorários depois de liquidar). 
A despesas na situação de liquidação são pagas pelo vencido. Se procedente são pagas pelo devedor, se dano o 0 São pagas pelo autor.
FORMAÇÃO DA EXECUÇÃO
A DEMANDA EXECUTIVA: É composto por partes - que é o elemento subjetivo - exequente e executado, pedido e causa de pedir, Sendo Estes últimos elementos objetivos da demanda. 
Causa de pedir: Elemento objetivo da demanda A causa de pedir remota a existência de uma obrigação - constante de 1 título, certa, líquida e exigível, enquanto a causa de pedir imediata é o inadimplemento das obrigações 
Pedido: O período remoto é a providência jurisdicional buscada que no caso da execução é efetivação do direito. O pedido mediato é o bem da vida que se busca. 
Obrigação alternativa e o incidente de concentração da demanda: São situações em q o adimplemento pode se dar por 2 formas distintas porquê obrigação é alternativa. Se a escolha couber ao credor Ele deverá indicar na inicial o bem da vida que pretende obter. Se couber ao devedor, Tem-se o incidente de concentração da prestação, que é uma espécie de liquidação E serve Para concentrar a obrigação Em 1 das prestações.
Cumulação de demandas executivas: É possível que em 1 mesmo processo existe há mais de 1 execução se observados alguns requisitos.
 Identidade de partes: deve haver completa identidade em ambos os polos ou credor deve ser credor em todos os títulos e o devedor deve ser devedor em todos os títulos. 
Competência do juízo: é preciso que o juízo seja competente para processar e julgar todos os títulos.
Identidade do procedimento executivo: O procedimento deve ser idêntico para que seja possível cumular execuções. Não é possívelcumular, portanto, execução de título judicial com execução de título extrajudicial, uma vez que são procedimentos diferentes.
Diversidade de Títulos: É possível cumular execuções de diferentes títulos desde que haja identidade de partes, mesmo juízo competente, identidade do procedimento.

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