Buscar

Direito Penal 3° Bimestre (Salvo Automaticamente)

Prévia do material em texto

Direito Penal 
Teoria do Tipo:
Norma penal incriminadora
Legislador descreve comportamentos proibidos cominando a sanção
Séc. XVIII, Código penal Alemão Tatbestand (palavra que deu origem ao termo tipo)
Tipicidade conglobante: que a conduta seja anti normativa + tipicidade material (que haja uma lesão significativa ao bem jurídico). Essa teoria basicamente entende que o estado não pode considerar como típica uma conduta que é fomentada ou tolerada pelo Estado. Em outras palavras, o que é permitido, fomentado ou determinado por uma norma não pode estar proibido por outra. O juízo de tipicidade deve ser concretizado de acordo com o sistema normativo considerado em sua globalidade. Se uma norma permite, fomenta ou determina uma conduta não pode estar proibido por outra
Até então a tipicidade era compreendida como: tipicidade formal (descrição legal do fato típico) e tipicidade material (ofensividade da conduta ao bem juridicamente tutelado). Zaffaroni criou o conceito de tipicidade conglobante, sendo entendida como a junção da tipicidade material com a antinormatividade.
Ditado Professora: zaffaroni afirma que para que haja tipicidade penal não basta a tipicidade formal (adequar o fato a norma). Segundo ele é necessária a tipicidade conglobante composta por:
Anti normatividade da conduta (que ela seja contrária ao ordenamento jurídico) e a tipicidade material (princípio da intervenção mínima).
O penalista argentino diz que não é possível que no ordenamento jurídico, que se entende perfeito, uma norma proíba aquilo que outra imponha ou fomente (Antinomia de Bobbio). Com isso ele esvazia as excludentes de ilicitude.
Tipicidade penal
Tipicidade Formal + Tipicidade Conglobante
Adequação típica de subordinação imediata ou direta:
A subsunção se dá diretamente
Sem “intermediários”
José causou a morte de Benerval, com um tiro. A conduta de Benerval é subordinada diretamente ao art. 121. Ou seja, basta a leitura do art.121, para se constatar que a conduta de Benerval tem adequação com o art. 121.
Tipicidade por subordinação indireta ou mediata
Adequar o fato a norma de maneira quase automática.
Adequação típica de subordinação mediata ou indireta:
Para adequarmos a conduta do agente deveremos fazer uso das chamadas normas de extensão. A subsunção se dá indiretamente, intermediada por uma norma de extensão. É o que ocorre na tentativa e concurso de agentes.
Ex: Tentativa de homicídio 121 CP + art 14 II ambos do CP (só que o artigo 14 fica na parte geral, por isso se precisa de uma norma de extensão).
Ex: agente 1 empresta a arma de alguém para matar outrem com consentimento do dono da arma, então o dono da arma é participe terá que responder por isso criminalmente, há o concurso de pessoas neste caso artigo 121 combinado com o art. 29 do CP. Para ampliar no tempo e no espaço o tipo penal.
Diferença entre elementar e circunstancia (algo acessório) do crime:
Diferença entre elementar e circunstancia
1° se retirarmos uma elementar do crime poderá ocorrer:
-Atipicidade relativa: quando se denuncia por peculato mas o agente do crime não é funcionário publico, a ausência de uma elementar muda todo o crime(a conduta será atípica, o sujeito não responderá por nada. (ele não vai deixar de responder pelo crime de furto). Quando se denuncia por infanticídio mas a criança já tem 4 anos e não 4 meses a mãe não estava em estado puerperal.
-Atipicidade absoluta: ex: prefericação
2° se eu tirar uma circunstancia do crime poderá ocorrer:
 Tem reflexos na pena, pode agravar ou diminuir a sentença.
 
Aula dia 25 de julho
Tipo complexo Zaffaroni: Todo tipo penal é um tipo complexo, quando no tipo temos uma parte subjetiva e outra objetiva.
Tipo subjetivo: é uma parte psicológica 
Tipo objetivo: é a parte escrita do tipo penal, a parte que lemos no artigo
Tipo Objetivo: encontramos em todo tipo penal (crime) iremos encontrar elementos objetivos propriamente ditos elementos descritivos (são palavras que pela simples leitura compreendemos o que é) 
Núcleo do tipo: verbo do crime (matar, subtrair, constranger)
Elementos normativos: são palavras que paramos e valoramos buscando o significado. Ex: prevaricação (você tem que pesquisar o que é funcionário publico para ver se a pessoa se adequa) 
Ex: Quando um estagiário voluntario (sem remuneração) furta algo da empresa ela responde por peculato ou furto apenas?
Peculato art.327.
Ex: crime de falsidade de documento (documento: palavra de valoração jurídica)
Cheque: palavra de valoração jurídica, ou seja, tem na lei o que é
Casa : art 150
Decoro: art 140 sobre injuria (vai ter que valorar a palavra decoro: individuo sem honra)
Pergunta besta: a culpa se enquadra em tipo objetivo ou tipo subjetivo?
Se enquadra em elemento objetivo normativo
Tipo subjetivo: 
Dolo é vontade mais consciência é elemento subjetivo de praticar a parte escrita do crime o elemento objetivo
Dolo 121: dolo de matar alguém.
Elemento subjetivo geral que é o dolo.
Existe algo que extrapola o dolo que vai além do dolo que é o elemento subjetivo geral do tipo e elemento subjetivo especial do tipo. Quando o legislador exige além do dolo um especial fim de agir, ele tem uma finalidade a mais para praticar o crime.
Encontramos o elemento subjetivo especial do tipo nos seguintes delitos:
Delitos de intenção: quando na norma do crime tiver palavras como: para, com o fim de, com a finalidade de, com o intuito de. Ex: furto, delito de intenção ‘subtrair coisa alheia móvel para si ou para outrem’.
Furto de uso não é crime.
Delitos de tendência: crimes contra a dignidade sexual. Quando se pratica a conjunção carnal o elemento subjetivo não era apenas constranger, mas tinha como fim também satisfazer os desejos sexuais, tem finalidade especial que extrapola o dolo, satisfação da lasciva ou libido; algo interno, uma tara. Ex: estupro 
(Ato libidinoso é diferente de estupro)
Motivo de agir: o sujeito agiu motivado por algo especial , a pessoa tem elemem: ex: matar alguém por motivo fútil.
Classificação dos tipos: (próxima aula)
Tipo básico/ Tipo derivado/ Tipo autônomo
Tipo básico (fundamental/ origem/ partida): é o tipo pai de todos, nasceu primeiro. Exemplo 121 tipo básico de matar alguém, todas as formas de homicídios vieram dele.
Tipo derivado: nasceram do básico, são os que nasceram a partir do básico, parágrafos dos artigos.
Tipo autônomo: tem tudo para ser um derivado, mas o legislador quis lhe dar autonomia. Exemplo infanticídio. Batizou com nome, deu um artigo específico art 123 do código penal.
Tipo simples/ composto ou misto
Tipo simples: se o tipo penal tiver um verbo só, um núcleo apenas.
Tipo composto ou misto: mais de um núcleo art.33 da lei de drogas, art. 122 do código penal. (induzir, instigar e prestar auxilio).

Continue navegando