Buscar

Estágio Spervisionado Em Engenharia De Produção (22)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 27 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 27 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 27 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA 
CENTRO DE CIÊNCIAS RURAIS 
CURSO DE AGRONOMIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR 
SUPERVISIONADO EM AGRONOMIA 
ENGENHARIA RURAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO 
 
 
 
 
 
 
Leodário Montemezzo Junior 
 
 
 
 
 
 
 
Santa Maria, RS, Brasil 
2011 
2 
 
Relatório de Estágio Curricular Supervisionado em 
Agronomia Engenharia Rural 
 
 
 
 
 
 
por 
 
 
 
 
Leodário Montemezzo Junior 
 
 
 
 
Relatório apresentado ao Curso de Agronomia da Universidade 
Federal de Santa Maria, como parte das exigências da disciplina 
EGR 1032 – Estágio Supervisionado em Agronomia 
 
 
 
 
 
 
Orientador: Airton dos Santos Alonço 
Supervisor: Airton dos Santos Alonço 
 
 
 
 
 
 
 
 
Santa Maria, RS, Brasil 
2011
3 
 
Universidade Federal de Santa Maria 
Centro de Ciências Rurais 
Curso de Agronomia 
 
 
 
A Comissão examinadora, abaixo assinada, 
aprova o Relatório de Estágio 
 
 
 
Relatório de Estágio Curricular Supervisionado em 
Agronomia Engenharia Rural 
 
 
elaborado por 
 
Leodário Montemezzo Junior 
 
 
como parte das exigências da disciplina 
EGR 1032 – Estágio Supervisionado em Agronomia, 
e como requisito parcial para obtenção do grau de 
Engenheiro Agrônomo 
 
 
 
 
 
COMISSÃO EXAMINADORA: 
 
_________________________________________ 
Airton dos Santos Alonço 
(Presidente/Orientador) 
 
_________________________________ 
Otávio Dias da Costa Machado 
 
_____________________________________ 
Matheus Potrich Bellé 
 
 
 
 
Santa Maria, 9 de dezembro de 2011 
 
4 
 
APRESENTAÇÃO 
 
 
Juntamente com a elaboração do novo Plano Político pedagógico foi incluído o 
Estágio Curricular Supervisionado do Curso de Agronomia da Universidade Federal de Santa 
Maria. O Parecer número 21, de 2001, do Conselho Nacional de Educação, define o Estágio 
Curricular como um “tempo de aprendizagem que, através de um período de permanência, 
alguém se demora em algum lugar ou ofício para aprender a prática do mesmo e depois 
poder exercer uma profissão ou ofício. Assim o estágio supõe uma relação pedagógica entre 
alguém que já é um profissional reconhecido em um ambiente institucional de trabalho e um 
aluno estagiário [...] é o momento de efetivar um processo de ensino/aprendizagem que, 
tornar-se-á concreto e autônomo quando da profissionalização deste estagiário.” 
O estágio curricular deve ser compreendido como um tempo destinado a um processo 
de ensino e aprendizagem, é reconhecer que apesar da formação obtida em sala de aula ser 
importante, somente esta não é suficiente para formar um profissional. A incursão do aluno 
em um ambiente de trabalho, convivendo com profissionais de diferentes perfis, com leituras 
distintas da realidade é indispensável para potencializar a capacidade crítica do indivíduo. 
Buscando os objetivos propostos pelo estágio curricular supervisionado, este foi 
realizado no período de 08 de agosto a 30 de novembro de 2011, no Laboratório de Pesquisa e 
Desenvolvimento de Máquinas Agrícolas, do Departamento de Engenharia Rural da UFSM, 
em Santa Maria - RS. 
 
5 
 
 
Lista de figuras 
 
Figura 1: Componentes de um ventilador centrífugo e esquema do fluxo do fluido (Fonte: 
MOREIRA 2006) ...................................................................................................................... 10 
Figura 2: Estrutura metálica para fixação de mecanismos dosadores, inversores de freqüência 
e motores de acionamento. ....................................................................................................... 16 
Figura 3: Esteira feltrada para amparar as sementes dosadas. ................................................ 17 
Figura 4: Sensor óptico de contagem de sementes graúdas utilizado no experimento. .......... 17 
Figura 5: Tubo condutor de sementes com três cortes transversais para possibilitar a 
instalação do sensor óptico. ...................................................................................................... 18 
Figura 6: Dosador de disco alveolado horizontal. ................................................................... 19 
Figura 7: Efeito da velocidade tangencial do disco perfurado horizontal sobre a qualidade de 
distribuição longitudinal de sementes para espaçamentos aceitáveis. ...................................... 20 
Figura 8: Unidade pneumática de sementes, montada sobre a bancada de ensaio de dosadores 
de sementes. .............................................................................................................................. 23 
 
6 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1. ATIVIDADE DESENVOLVIDAS ....................................................................... 7 
2. INTRODUÇÃO .................................................................................................... 8 
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................................. 9 
3.1 Velocidade de semeadura. ................................................................................... 12 
3.2 Classificação de espaçamentos. .......................................................................... 13 
4. DESENVOLVIMENTO DO ESTÁGIO ............................................................ 15 
4.1 Avaliação de dosadores de sementes .................................................................. 15 
4.1.1 Identificação do local ideal para instalação de sensor óptico para contagem 
de sementes no tubo condutor. .......................................................................................... 17 
4.1.2 Influência da velocidade tangencial do disco dosador na distribuição 
longitudinal de sementes. ................................................................................................. 19 
4.1.3 Tamanho amostral para ensaios de regularidade de distribuição longitudinal 
de sementes por semeador de precisão ............................................................................. 21 
4.1.4 Atividades complementares e aula prática ................................................... 21 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................. 24 
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................... 25 
 
7 
 
 
1. ATIVIDADE DESENVOLVIDAS 
 
 
Esse relatório descreve e discute as atividades realizadas durante o Estágio Curricular 
Obrigatório Supervisionado do curso de Agronomia da Universidade Federal de Santa Maria 
(UFSM), realizado no Laboratório de Pesquisa e Desenvolvimento de Máquinas Agrícolas -
LASERG, que faz parte do Departamento de Engenharia Rural – UFSM. 
O período de realização do estágio foi de agosto a novembro de 2011, perfazendo um 
total de 300 horas, sob supervisão e orientação do Engenheiro Agrícola e Professor Doutor 
Airton Dos Santos Alonço, no Laboratório de Pesquisa e Desenvolvimento de Máquinas 
Agricolas da UFSM. 
Durante o desenvolvimento do estágio junto ao LASERG foram desenvolvidas 
atividades referentes à: avaliação de dosadores de sementes, desde o planejamento 
metodológico do ensaio até resultados e considerações finais; revisão bibliográfica na área de 
máquinas agrícolas, com o intuito de adquirir conhecimento teórico sobre os assuntos tratados 
no decorrer do período de estágio; apoio como mão-de-obra para a realização dos 
experimentos em andamento no laboratório. 
A cada semestreo Prof. Airton dos Santo Alonço ministra uma aula prática de 
Máquinas Agrícolas para o curso de Zootecnia da UFSM, onde foram desenvolvidas algumas 
atividades fundamentais ao seu acontecimento. 
Além destes, é rotineiro o cuidado que se deve ter com limpeza e organização do 
ambiente de trabalho, tanto no espaço definido para trabalho teórico quanto na oficina 
mecânica presente no laboratório. 
 
 
8 
 
 
2. INTRODUÇÃO 
 
 
O Engenheiro Agrônomo tem o papel de aproximar o agronegócio do ecossistema 
natural, mantendo uma relação custo/benefício adequada. Assim, o curso de Agronomia tem 
como meta preparar profissionais modernos, com potencial para promover mudanças no meio 
agrícola e com capacidade para desenvolver uma agricultura sustentável em que exista inter-
relação entre o ambiente, o homem e a área econômica. Através disso, possuir qualificação, 
conhecimento e ética, tendo então a capacidade de refletir sobre os sistemas produtivos, 
intervindo nas atividades agrárias, e assim promover o maior desenvolvimento econômico, 
social e ambiental. 
Nesse processo as máquinas agrícolas têm um papel fundamental: amparar e 
multiplicar as capacidades humanas. Diferentes máquinas agrícolas são utilizadas para se 
produzir alimento em larga escala, desde o preparo do solo até a colheita seja ela de grãos, 
frutos, tubérculos e/ou outros. Com a crescente demanda mundial por alimento com alta 
qualidade e baixo custo, as máquinas agrícolas desempenham um papel importante na 
redução do custo de produção, possibilidade de aumento de escala de produção sem alteração 
no quadro de mão-de-obra e rapidez no processo de realização dos diferentes trabalhos. 
Com estes objetivos diferentes máquinas são idealizadas e construídas pelo homem. 
Para tal, existem aqueles que se dedicam a detectar as dificuldades existentes para as 
diferentes tarefas agrárias e desenvolver ou aperfeiçoar o maquinário existente, chamados de 
pesquisadores ou, com mais coerência, de cientistas. Tais profissionais prestam um serviço 
fundamental ao desenvolvimento tecnológico do setor e se mantém na extremidade que tem 
por função direcionar e qualificar a agricultura como um todo. 
Este relatório descreve e discute as atividades realizadas no Laboratório de Pesquisa e 
Desenvolvimento de Máquinas Agrícolas da UFSM, pertencente ao departamento de 
Engenharia Rural, durante o período de Estágio Curricular Obrigatório Supervisionado do 
curso de Agronomia, realizado no período de 08 de agosto a 30 de novembro de 2011, sob 
orientação e supervisão do Prof. Airton dos Santos Alonço. 
 
 
 
 
9 
 
 
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
 
 
Com o advento da agricultura de precisão e a ocorrência de custos cada vez mais altos 
para a implantação das culturas, torna-se indispensável que o processo de produção se torne 
eficaz em todas as etapas envolvidas. A primeira e mais importante etapa para se obter 
sucesso em uma lavoura de produção de grãos é a semeadura, Balastreire (1987) afirma que 
os fatores que afetam a semeadura podem estar relacionados com as sementes, o solo, a 
máquina, o clima e o operador. A máquina responsável por semear é denominada de 
semeadora e é definida por Machado et al. (2005), como a máquina que tem por função dosar 
as sementes individualmente ou em grupos e conduzi-las até o sulco de semeadura, segundo 
espaçamento e profundidade recomendados para a cultura e de maneira uniforme. 
Segundo Murray et al. (2006), os componentes de maior importância em uma 
semeadora-adubadora de precisão são os componentes responsáveis pela abertura do sulco de 
semeadura e controle da profundidade, os responsáveis por dosar as sementes e os que tem 
por função conduzir as sementes do mecanismo dosador até o sulco de semeadura. Para que o 
processo de semeadura seja eficaz é necessário que todos estes componentes sejam calibrados 
e harmonizados minuciosamente, possibilitando o pleno funcionamento da semeadora. 
Segundo Balastreire (1987), o componente mais importante das semeadoras de 
precisão é o dosador de sementes. Coelho (1996) define mecanismo dosador como sendo o 
elemento responsável pela retirada das sementes do reservatório e encaminhamento das 
mesmas para os elementos de deposição. Os mecanismos dosadores de sementes são 
classificados por Delafosse (1986), em mecânicos e pneumáticos, em sua forma de dosagem 
das sementes. Dosadores de sementes pneumáticos de diferenciam dos dosadores mecânicos 
por se utilizarem de pressões positivas ou negativas para efetuar o trabalho de coletar as 
sementes do reservatório e transportá-las até o tubo condutos de sementes. 
Segundo Delafosse (1986), um dosador pneumático se caracteriza por possuir um 
compartimento de alimentação de sementes, um disco perfurado para sementes montado sobre 
um eixo horizontal e um compartimento de vácuo ou de pressão que está ligado ao 
mecanismo pressurizador. 
Os dosadores de precisão pneumáticos possuem discos verticais perfurados para 
dosagem, nos quais atuam os efeitos de pressurização ou sucção de ar, desta forma, as 
sementes são captadas pelo diferencial de pressão criado e mantido até uma abertura de saída, 
onde o diferencial de pressão é eliminado e as sementes dosadas são então liberadas e 
10 
 
 
conduzidas até o solo (SILVA, 2005). O disco perfurado para fixação das sementes é 
composto por furos de diâmetro menor que as sementes que se irá utilizar, para possibilitar 
que as sementes sejam carregadas do reservatório de sementes até o ponto onde a pressão 
positiva ou negativa é cortada (DELAFOSSE, 1986). Este tipo de dosador também possui um 
mecanismo responsável por retirar o excesso de sementes preso à perfuração, impedindo que 
mais de uma semente se fixe ao mesmo orifício. Para que este tipo de dosadores funcione é 
necessário se utilizar de uma fonte geradora de pressão, para isto são utilizados ventiladores 
centrífugos, que são bombas de ar que criam um diferencial de pressão e provocam uma 
vazão do fluido (MOREIRA, 2006). 
Segundo Moreira (2006), um ventilador centrífugo consiste em um rotor com pás 
(impelidor), uma carcaça de conversão de pressão e um motor de acionamento. O diferencial 
de pressão é causado pelo movimento circular do rotor e do impelidor, que puxam o ar para o 
centro do rotor e fazem com que o mesmo circunde o impelidor até ser impulsionado para 
fora, pela abertura de descarga, gerando uma vazão de ar, conforme ilustra a figura 1. 
 
 
Figura 1: Componentes de um ventilador centrífugo e esquema do fluxo do fluido (Fonte: MOREIRA 2006) 
Avaliando o sistema pneumático de dosagem em comparação ao sistema mecânico de 
dosagem, Delafosse (1986) chegou à conclusão de que a uma velocidade de 5 km h
-1
 um 
dosador pneumático obtém 34% de precisão a mais que um dosador mecânico para sementes 
de soja, para milho o esse mesmo valor chega a 82%. Dosadores pneumáticos são os que 
causam os menores valores de danos físicos as sementes e sofrem pouca influência do 
formato das mesmas, estes mecanismos são os recomendados para sementes com tegumento 
sensível e com formato irregular (DELAFOSSE, 1986). 
11 
 
 
Tourino et al. (2009), citam em seu trabalho que os dosadores pneumáticos podem 
proporcionar uma melhor distribuição das sementes, consequentemente uma maior 
produtividade. Balastreire (1987) menciona ainda que estes dosadores se caracterizam por não 
proporcionar danos físicos as sementes e permitir uma velocidade de trabalho maior. 
Santos (2006) realizou uma avaliação técnica de diferentes semeadoras, cada uma com 
sistema de abertura do sulco diferente, uma das respostas do trabalho foi a uniformidade de 
distribuição por uma semeadora pneumáticaa vácuo com pressão de trabalho de 2,74 kPa, 
para sementes de milho. 
Karayel et al. (2004) observaram que para dosadores pneumáticos de milho a pressão 
que se obtém os melhores resultados é com 4 KPa, já para soja a o melhor desempenho foi 
obtido com 3 KPa. O estudo contou com a avaliação de diferentes níveis de pressão negativa 
e diferentes velocidades, no mesmo estudo, os autores analisaram a relação entre propriedades 
físicas das sementes, como massa de mil sementes, área projetada, massa específica e 
esfericidade, para prever qual o nível de pressão negativa deve ser utilizado para cada caso, e 
determinou um modelo matemático com resultado mais expressivo para a relação entre 
pressão negativa do dosador pneumático com massa de mil sementes atingindo uma precisão 
de cálculo de 99%. 
Estudando a velocidade periférica do disco, a pressão de negativa de trabalho e a 
forma do orifício de dosagem do disco dosador em nível laboratorial e a campo, Singh et al. 
(2005) avaliaram parâmetros como a média de espaçamentos, coeficiente de variação, 
porcentagem de aceitáveis, duplos e falhas, encontrando um diâmetro do orifício de 2,5 mm 
para sementes de algodão com a entrada chanfrada 120°, como a combinação que obteve 
melhor desempenho nos ensaios. Foram encontrados 94,7% de aceitáveis e um coeficiente de 
variação de 8,6 %, com uma pressão de vácuo de 2 kPa na velocidade periférica de 0,42 m s
-1
. 
Yazgi & Degirmencioglu (2007) estudaram as variáveis ( operacionais de uma 
semeadora pneumática a vácuo para sementes de algodão em parâmetros de nível de pressão 
negativa, diâmetro do orifício de dosagem e velocidade periférica do disco dosador. 
Avaliando a uniformidade de distribuição de sementes através da metodologia de superfície 
de resposta, em porcentagem de espaçamentos aceitáveis, duplos e falhas, encontraram o 
melhor resultado para uma pressão negativa de 5,5 kPa e um diâmetro do orifício de 3 mm. 
 
 
 
12 
 
 
3.1 Velocidade de semeadura. 
 
Existem duas grandes maneiras de se aumentar a capacidade operacional durante a 
semeadura: aumento da largura de trabalho ou aumento da velocidade de trabalho (podendo 
ainda combinar ambas). A primeira alternativa é a mais recomendada, porém ela expõe o 
produtor a custos maiores com maquinaria, já na segunda opção o custo de aquisição de novas 
máquinas é excluído, todavia, a demanda de tração para desempenhar a mesma atividade com 
maior velocidade é mais alta (FURLANI et al. 2006 ) e, acima de certos limites de 
velocidade, há o efeito negativo do incremento de velocidade sobre a distribuição longitudinal 
de sementes e, também, sobre a produtividade final da cultura que está sendo implantada. 
Nesse sentido, Dias (2009) afirma que aliar qualidade na semeadura com capacidade 
operacional capaz de suprir a demanda de trabalho é o principal ponto a ser equalizado. 
Em estudo realizado por Furlani et al (2006),foram avaliadas as velocidades de 4,6, 
6,2 e 8,1 km h
-1
 com variação do nível de reservatório de uma semeadora e concluíram que a 
maior potência exigida no motor foi observada na maior carga e velocidade. Estudaram ainda 
o consumo horário de combustível do trator e observaram que com o aumento da velocidade e 
da carga de trabalho o consumo era aumentado, concluindo que velocidade e cargas 
superiores necessitam de maior potência no motor e proporcionam maior consumo de 
combustível. Em contrapartida, Modolo et al. (2004) concluiram que a variação da velocidade 
de deslocamento não influenciou os parâmetros força de tração média na barra, profundidade 
de semeadura e uniformidade de distribuição de sementes, em um estudo levando em 
consideração a profundidade e a uniformidade de distribuição de sementes de milho em 
função de duas velocidades de deslocamento. O autor ainda afirma que há influência da 
velocidade de trabalho na acurácia da distribuição longitudinal de sementes. 
Segundo Vieira (2002), a velocidade ideal de semeadura é aquela em que o sulco é 
aberto e fechado sem remover exageradamente o solo, permitindo distribuir as sementes com 
espaçamentos e profundidades constantes. Mahl et al. (2004) avaliando a demanda energética 
e a eficiência da distribuição de sementes de uma semeadora-adubadora para semeadura 
direta, submetida à variação de velocidade e condições de solo, na semeadura da cultura do 
milho, concluíram que a maior velocidade proporcionou menor porcentual de espaçamentos 
normais e aumento no porcentual de espaçamentos múltiplos e falhos, e também resultou em 
um maior coeficiente de variação e pior índice de precisão. A melhor precisão na distribuição 
de sementes ocorreu na menor velocidade de deslocamento. 
13 
 
 
Em um estudo com quatro velocidades de deslocamento (V1=3 km/h, V2=6 km/h, 
V3=9 km/h e V4=11,2 km/h) e dois níveis de profundidade (P1 = 5 cm e P2 = 10 cm) para 
adubação em milho, Silva & Silveira (2002) constataram que nas duas maiores velocidades de 
deslocamento o número de sementes dosadas por metro linear é menor que nas duas menores 
velocidades. Os autores ainda afirmam neste estudo que para uma velocidade de semeadura 
de 3 km h
-1
 a uniformidade de espaçamentos na linha de semeadura é ótima, regular para 6 e 9 
km h
-1 
e insatisfatória para 11,2 km h 
-1
. 
 Cortez et al. (2006), estudaram as velocidades de 4,24, 4,8 e 6,0 km h-1 para a cultura 
da soja. Neste estudou percebeu-se que o incremento da velocidade de deslocamento do 
conjunto trator/semeadora diminui o número de espaçamentos aceitáveis em uma semeadora-
adubadora pneumática, sendo que quanto maior foi a velocidade de semeadura, menor a 
quantidade de espaçamentos aceitáveis e maior a quantidade de espaçamentos falhos e 
múltiplos. 
Lopes et al. (1999), afirmam em seu trabalho que conforme a velocidade de semeadura 
é incrementada, o espaçamento entre sementes na linha de semeadura também é aumentado, o 
que causa redução no número de planta. ha
-1
. Esta redução pode ser crucial na produtividade 
conforme abordado por Nielsen (1995) e Merotto Junior et al., (1999). 
A velocidade é uma variável de extrema importância para o desempenho de 
mecanismos dosadores, muitos autores avaliam o comportamento de diversos tipos de 
dosadores em diferentes velocidade. Reis & Alonço (2001) realizaram um estudo com o 
objetivo de avaliar a precisão de semeadoras e mecanismos dosadores, para tal foram 
consultados vários trabalhos conduzidos no Brasil entre os anos de 1989 e 2000 e concluíram 
que a eficácia de distribuição longitudinal de dosadores pneumáticos e de discos alveolados se 
assemelha quando submetidos a velocidades acima de 7,5 km.h
-1
. 
 
 
3.2 Classificação de espaçamentos. 
 
O mecanismo dosador é o principal componente de uma semeadora de precisão, sendo 
ele o responsável pelo papel fundamental da máquina. Devido a isso, a maioria dos estudos 
que são realizados para avaliar o desempenho de semeadoras se concentra em avaliar o 
funcionamento dos mecanismos dosadores nas mais variadas condições de trabalho, e também 
de suas características construtivas. 
14 
 
 
Para que estes estudos sejam realizados é necessário que as variáveis em questão 
sejam padronizadas, bem como os métodos de coleta de dados e sua análise. Para padronizar e 
orientar pesquisadores em seus experimentos, a International Organization for Standardization 
(ISO, 1983), indica como os ensaios de semeadoras-adubadoras e de mecanismos dosadores 
de sementes devem ser feitos, segundo a norma, os mecanismos em avaliação devem ser 
montados de forma estática em uma estrutura metálica que possibilite a captação das sementes 
dosadas em esteira recoberta com material aderente. Após adosagem o espaçamento contido 
entre cada semente deve ser medido e anotado em planilha prá elaborada. Esta norma 
preconiza que os dados coletados sejam submetidos à análise da porcentagem de 
espaçamentos de aceitáveis, índice de múltiplos e índice de falhos, índice de qualidade de 
alimentação e precisão além da média e coeficiente de variação (CV) da população de 
espaçamentos entre sementes. 
Os espaçamentos medidos devem ser classificados em aceitáveis, múltiplos e 
falhos,segundo ABNT (1994), sendo que os falhos são os espaçamentos que se mantém 
acima de 1,5 vezes o Xref
1
, os espaçamentos múltiplos são aqueles que ficam abaixo de 0,5 
vezes o Xref, e os espaçamentos aceitáveis são os que ficam entre 0,5 e 1,5 vezes o Xref. O 
Coeficiente de Variação (CV) deve ser calculado para os espaçamentos classificados como 
aceitáveis, múltiplos e falhos com o objetivo de evitar qualquer tipo de manipulação de dados. 
 Kurachi et al. (1989) realizaram um estudo comparando métodos de avaliação de 
dados coletado para avaliação de semeadoras, foram utilizadas amostras com 250 
espaçamentos entre sementes de milho obtidas em bancada de ensaios e submeteram tais 
dados a diferentes tratamentos. Foi estudado o comportamento de tais dados segundo as 
normas propostas pela ISO (1983), pela ABNT (1984) e também um método experimental 
adotado pela Divisão de engenharia agrícola/laboratório de ensaios de semeadoras e de 
adubadoras/seção de projetos e materiais. As conclusões deste estudo revelam que com a 
variação dos métodos de análise de variáveis para avaliação de mecanismos dosadores de 
sementes foram encontradas discrepâncias significativas entes os métodos, principalmente nos 
valores de espaçamentos aceitáveis e com o CV do experimento. 
A ABNT (1994) e a ISO (1983) preconizam que a esteira coletora de sementes para 
ensaios de dosadores em laboratório seja recoberta com um material aderente, com o intuito 
 
1
 O Xref é a média de espaçamentos entre sementes obtida no experimento, esta média é a base para que 
os espaçamentos sejam classificados em aceitáveis múltiplos e falhos. Este valor de referência também deve ser 
usado para dividir os espaçamentos em classes de freqüência, que devem ter amplitude de 0,1 Xref. 
15 
 
 
de fixar as sementes e evitar que exista variação no posicionamento das sementes em cima da 
esteira ocasionado pelo movimento da mesma. Em contrapartida, um estudo realizado por 
Jasper et al. (2009), demonstrou ser eficiente o uso de conjunto de avaliação com esteira 
feltrada. O estudo foi baseado na comparação de dois modelos de bancadas simuladoras em 
laboratório, uma com esteira recoberta com graxa e outra com esteira feltrada. O 
delineamento experimental foi inteiramente casualizado com dez repetições e foi composto de 
duas partes, na primeira foram analisados os dados da esteira feltrada e na segunda os dados 
da esteira recoberta com graxa. Ao analisar comparativamente os dados obtidos os autores 
concluíram que não houve diferença entre os dois modelos de bancadas, validando o uso de 
esteira feltrada. 
A ABNT (1994) prevê a possibilidade de se usar sensores no tubo condutor de 
sementes, que executam a contagem do espaço entre passagem de sementes eletronicamente, 
descartando o uso de esteira. Nesse sentido, Lan et al. (1999) comparando coleta manual e coleta 
eletrônica de espaçamentos entre sementes de 1,8 a 4,5 mm em esteira recoberta com graxa, à uma 
velocidade simulada de 3,2 km/h, comprovaram que os dados se assemelham no que diz respeito a 
espaçamentos múltiplos, falhos e aceitáveis. Segundo os autores, o sensor utilizado trabalhou bem 
para obter 508 espaçamentos entres sementes, nos ensaios o sensor contou duas sementes a mais 
(phanton seeds) e deixou de contar outras duas (missed seeds), e comprovou a possibilidade de 
usar um sensor óptico para agilizar o processo de obtenção de dados nesse tipo de ensaio. 
 
 
4. DESENVOLVIMENTO DO ESTÁGIO 
 
Durante o período de estágio foram desenvolvidas atividades voltadas à pesquisa e 
desenvolvimento de máquinas agrícolas. Dentre elas pode-se destacar a avaliação de 
dosadores de sementes, inclusive as atividades necessárias para realização de tal tarefa, e a 
preparação da instrumentação para a avaliação de dosadores de fertilizantes. 
 
 
4.1 Avaliação de dosadores de sementes 
 
No processo de avaliação de dosadores de sementes é necessário que exista um 
planejamento da metodologia que se irá aplicar para que a(s) hipótese(s) proposta(s) seja(m) 
16 
 
 
comprovada(s) ou não. No decorrer do estágio foi possível observar e interagir em todas as 
etapas básicas para a correta avaliação destes mecanismos, desde a elaboração do projeto de 
pesquisa até a exposição dos resultados e conclusões em congressos especializados. Durante o 
período de estágio foram realizadas tarefas de: elaboração de projeto de pesquisa; revisão 
bibliográfica sobre o tema; montagem da instrumentação bem como sua calibração; 
mensuração e classificação dos espaçamentos entre sementes; discussão dos dados obtidos; 
elaboração de trabalhos científicos. 
Os trabalhos realizados e também aqueles com participação na sua execução que 
abrangem este tema serão descritos a seguir: 
 Identificação do local ideal para instalação de sensor óptico para contagem de 
sementes no tubo condutor; 
 Influência da velocidade tangencial do disco dosador na distribuição longitudinal de 
sementes; 
 Tamanho amostral para ensaios de regularidade de distribuição longitudinal de 
sementes por semeadora de precisão. 
Os experimentos com dosadores de sementes são realizados montando a 
instrumentação necessária em uma bancada de ensaios de dosadores de sementes (BEDOSA), 
desenvolvida e descrita por Silveira et al. (2009) e Alonço et al. (2010). Esta bancada é 
composta por estrutura metálica para fixação dos mecanismos dosadores, esteira carpetada 
para amparar as sementes dosadas e motores para acionamento de ambos controlados por 
inversores de freqüência. A bancada pode ser visualizada nas Figuras 2 e 3. 
 
 
Figura 2: Estrutura metálica para fixação de mecanismos dosadores, inversores de freqüência e motores de 
acionamento. 
17 
 
 
 
 
Figura 3: Esteira feltrada para amparar as sementes dosadas. 
 
 4.1.1 Identificação do local ideal para instalação de sensor óptico para contagem de sementes 
no tubo condutor. 
 
Este estudo teve como objetivo detectar a altura correta para instalação do sensor 
óptico (Figura 4) no tubo condutor de sementes, visando a seu pleno funcionamento. Para que 
fosse possível identificar este local, foi elaborado um experimento com três posições do 
sensor óptico ao longo do tubo condutor, com cinco repetições para cada posicionamento. O 
sensor óptico foi ativado para que realizasse a contagem de sementes em cada uma das 
posições e as sementes eram coletadas em um recipiente e contadas manualmente para 
comparação. 
 
Figura 4: Sensor óptico de contagem de sementes graúdas utilizado no experimento. 
18 
 
 
 
Foram realizados três cortes transversais no tubo condutor de sementes, 
respectivamente a 5, 10, e 15 cm abaixo da abertura de entrada para sementes (Figura 5), de 
modo que o sensor pudesse ser instalado e emitisse e recepcionasse os feixes de luz que 
indicam a passagem de sementes.O dosador utilizado neste ensaio foi do tipo disco perfurado 
horizontal montado sobre uma bancada de ensaios de dosadores de sementes. 
 
 
Figura 5: Tubo condutor de sementes com três cortes transversais para possibilitar a instalação do sensor óptico. 
 
Para que fosse comprovado o melhor local de instalaçãodo sensor óptico foram 
realizadas contagens eletrônicas em comparação com a contagem manual de sementes. Para a 
contagem de sementes não ser influenciada por erro humano, as sementes foram coletadas em 
um recipiente no mesmo instante em que o sensor era acionado. A coleta era realizada durante 
30 segundos, passado este tempo o sensor era desligado e a coleta de sementes era 
interrompida. Para cada posição do sensor o procedimento era realizado cinco vezes, 
totalizando quinze coletas. 
Com a análise dos dados obtidos foi possível identificar que o sensor óptico deve ser 
instalado na posição localizada a quinze centímetros abaixo da abertura de entrada de 
sementes. Não foi aplicada análise estatística, pois o sensor não obteve funcionamento nos 
outros posicionamentos testados, sendo que a cinco centímetros da abertura de captação o 
sensor não realizava a contagem, enquanto que a 10 cm, a contagem passou a ser influenciada 
pelo formato ou largura do tubo condutor, chegando a contar 400% a mais do que a contagem 
manual(real). 
19 
 
 
 4.1.2 Influência da velocidade tangencial do disco dosador na distribuição longitudinal de 
sementes. 
 
Para este estudo foram observadas quatro velocidades tangenciais do disco dosador de 
sementes e a distribuição longitudinal de sementes foi avaliada, simulando uma semeadora 
hipotética que utiliza um equipamento que permite variação de densidade de sementes.ha
-1
, 
através de um controlador eletrônico. O objetivo deste estudo foi identificar se com a variação 
da velocidade tangencial do disco perfurado horizontal a eficácia de dosagem de sementes de 
milho se mantém satisfatória, visto que os estudos realizados com dosadores de sementes 
apontam que o aumento da velocidade acarreta em diminuição dos espaçamentos classificados 
como aceitáveis. 
O experimento foi conduzido em uma bancada de testes existente no LASERG, nela 
foi montado um dosador de disco alveolado horizontal (Figura 6) de uma semeadora para 
agricultura de precisão, equipada com controlador de semeadura. Utilizando o inversor de 
freqüência, para controle da Rotação Por Minuto (RPM) gerada pelo motor de acionamento 
do dosador, foi possível controlar quatro velocidades tangenciais distintas no disco alveolado 
(V1=0,074 m.s
-1
; V2= 0,0941m.s
-1
; V3= 0,102 m.s
-1
; V4= 1,114 m.s
-1
) mantendo a velocidade 
de semeadura em 1,39 m.s
-1
 (5km.h
-1
), a qual foi simulada pela velocidade da esteira feltrada. 
Considerando um espaçamento entre linhas de 0,5m e índice de aproveitamento de sementes 
de 92%, foram obtidas as populações de plantas: 46.723; 59.740; 65.474; 72.413 plantas.ha
-1
. 
Foram realizadas cinco repetições para cada tratamento, em cada tratamento foram 
mensurados 40 espaçamentos entre sementes e classificados em aceitáveis, múltiplos e falhos 
(ABNT, 1994). 
 
 
Figura 6: Dosador de disco alveolado horizontal. 
20 
 
 
Na figura 7 encontram-se os resultados da regularidade de espaçamentos aceitáveis. 
Os espaçamentos múltiplos e falhos tenderam a aumentar a sua quantidade com o aumento da 
velocidade tangencial do disco alveolado horizontal, enquanto que os espaçamentos aceitáveis 
tenderam a diminuir quando houve incremento de velocidade. 
 
 
Figura 7: Efeito da velocidade tangencial do disco perfurado horizontal sobre a qualidade de distribuição 
longitudinal de sementes para espaçamentos aceitáveis. 
 
Na Tabela 1 são apresentadas as médias percentuais de espaçamentos aceitáveis, 
múltiplos e falhos para as velocidades tangenciais avaliadas. Para a velocidade tangencial de 
0,11 m.s
-1
 houve redução significativa nos espaçamentos aceitáveis e aumento de múltiplos, 
para os espaçamentos aceitáveis a analise de regressão demonstrou que com o aumento da 
velocidade tangencial reduziram-se os espaçamentos. 
Tabela 1: Médias dos espaçamentos aceitáveis, múltiplos e falhos em função da velocidade tangencial do disco 
Velocidade 
Tangencial (m.s
-1
) 
Médias dos Tratamentos 
Aceitáveis Múltiplos Falhos 
0,07 98,0 a 1,0 a 1,0 a 
0,09 97,5 a 2,0 a 0,5 a 
0,10 96,5 ab 2,5 ab 1,0 a 
0,11 89,5 b 6,5 b 4,0 a 
** Médias seguidas das mesmas letras não diferem significativamente entre si pelo teste de tukey 5% de 
probabilidade de erro. 
 
Esses resultados corroboram com outros autores (MOLIN et al. 2006; MELLO et. al. 
2007), e demonstram que quando a velocidade tangencial é aumentada de 0,09 m.s
-1
 para 0,11 
21 
 
 
m.s
-1
 existe diferença estatística para aceitáveis, que diminuíram de 97,5% para 89,5% 
respectivamente. Quando analisa-se a mesma variação de velocidade para espaçamentos 
múltiplos, percebe-se que com o incremento da velocidade houve aumento da quantidade 
destes espaçamentos. Para os espaçamentos falhos não houve diferença estatística com o 
incremento da velocidade. 
 
 
4.1.3 Tamanho amostral para ensaios de regularidade de distribuição longitudinal de sementes 
por semeador de precisão 
 
Este tem como objetivo principal comprovar que o tamanho de amostra a ser coletado, 
em ensaios de dosadores de sementes, não afeta a qualidade da avaliação feita pelo 
pesquisador. A ABNT (1994) recomenda que sejam realizadas 250 medições de espaçamentos 
entre sementes e estas sejam classificadas conforme preconizado na mesma norma. Com este 
trabalho irá se avaliar a possibilidade de se mensurar o mínimo possível de espaçamentos 
entre sementes sem que a avaliação seja influenciada. Para isto vários ensaios serão realizados 
até que se confirme a hipótese ou não. Durante o período do estágio foram realizados alguns 
dos ensaios onde foram mensurados 280 espaçamentos entre sementes utilizando quatro 
dosadores distintos, dois deles do tipo pneumático e outros dois de discos alveolados 
horizontais, para sementes de milho e soja. Para a realização dos ensaios, os quatro dosadores 
foram montados sobre a bancada de ensaios de dosadores de sementes. 
Após a instrumentação estar devidamente testada e calibrada, foram então coletados os 
dados, cada amostra era composta por 280 espaçamentos entre sementes, medidos 
manualmente com auxilio de trena. Por fazer parte de uma tese de doutorado ainda não 
finalizada, os dados, a metodologia ou quaisquer resultados não podem ser divulgados neste 
trabalho. 
 
 
4.1.4 Atividades complementares e aula prática 
 
Além de atividades referentes à pesquisa, também é necessário que outras tarefas, não 
menos importantes, sejam executadas diariamente. Tais tarefas influenciam diretamente sobre 
22 
 
 
a qualidade do ambiente de trabalho em que a equipe do laboratório está inserida diariamente. 
O rendimento de cada um está diretamente relacionado a fatores como higiene, conforto, 
organização e bom funcionamento dos equipamentos necessários. 
A oficina de trabalho do laboratório é equipada com diversos equipamentos 
necessários para executar inúmeras tarefas. É muito importante que os trabalhos que devem 
ser executados na oficina não sejam prejudicados ou atrasados pela instrumentação mal 
organizada e em locais de difícil acesso. A organização da oficina deve permitir que as 
ferramentas necessárias estejam dispostas de tal forma que seu acesso seja facilitado e não 
proporcionem risco de acidentes àqueles que estejam trabalhando no local. 
Para que as dependências do laboratório se manterem organizadas, foram executadas 
tarefas de organização básica em cada vez que a oficina foi utilizada. Além destas, foi 
realizada uma organização de todo o material da oficina com o objetivo de facilitar o acesso a 
determinadas áreas, posicionar novos equipamentos e armazená-los em locais pertinentes. A 
limpezado local de trabalho é um fator que afeta diretamente o rendimento do trabalho que se 
está executando, neste sentido, foram realizadas varreduras na oficina com o objetivo de 
retirar impurezas como poeira, limalha de ferro, sementes caídas e outras que eventualmente 
eram produzidas durante as operações realizadas. 
Foi realizada uma aula prática da disciplina de Máquinas e Implementos Agrícolas 
(EGR 1003), ministrada pelo Prof. Airton dos Santos Alonço para o curso de Zootecnia da 
UFSM. Nesta aula prática cada integrante do laboratório elaborou um roteiro a respeito do 
conteúdo referente aos seus estudos. Durante a explanação foram apresentados três diferentes 
dosadores pneumáticos, após breve introdução sobre normas para ensaios de dosadores de 
sementes em laboratório, foi explanado sobre os principais componentes desse tipo de 
dosador, suas características e princípios de funcionamento. Na Figura 8 pode ser observado o 
mecanismo dosador pneumático de sementes que foi posto em funcionamento durante a aula 
prática para visualização dos alunos e para que se pudesse exemplificar como é executado o 
procedimento de mensuração de espaçamentos entre sementes e os limites que os classificam 
em aceitáveis múltiplos e falhos. 
 
23 
 
 
 
Figura 8: Unidade pneumática de sementes, montada sobre a bancada de ensaio de dosadores de sementes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
O estágio curricular é uma forma de complementar a formação acadêmica, pelo 
aprofundamento dos conhecimentos adquiridos durante a graduação por meio de atividades e 
situações reais de atuação profissional. No curso de Agronomia este estágio é fundamental, 
pois possibilita aos alunos que retomem muitos dos conhecimentos adquiridos durante a 
graduação. Também traz a possibilidade de vivenciar situações ainda desconhecidas, fazendo 
com que o aluno use os conhecimentos adquiridos para resolver alguns problemas e assim 
adquirir a experiência necessária para desempenhar a profissão de Engenheiro Agrônomo. 
Através das atividades realizadas tem-se a oportunidade de aprender as técnicas e 
procedimentos utilizados para ensaios de dosadores de sementes, sobre funcionamento de 
semeadoras de precisão com as quais se tem contato direto, além de ouvir discutir e estudar 
sobre outros tipos de máquinas agrícolas, expandido a capacidade de percepção e 
conhecimento. Outro ponto a destacar é o contato direto com a pesquisa cientifica que, através 
de muito estudo, apresenta possibilidade de mudar a realidade a qual estamos diariamente 
expostos. 
 
25 
 
 
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. Projeto de norma 04: 015.06 – 004: 
Semeadora de precisão – ensaio de laboratório – método de ensaio. São Paulo, 1994. 26 p. 
ALONÇO, A. dos S. et al.,Projeto de uma bancada para ensaios de dosadores 
pneumáticos de sementes: fase informacional e conceitual. In: IX Congreso Latino 
americano y Del Caribe de Ingeniería Agrícola - CLIA 2010, XXXIX Congresso Brasileiro de 
Engenharia Agrícola - CONBEA 2010, Anais... Vitória: Sociedade Brasileira de Engenharia 
Agrícola, 2010. 1 CD - ROM. 
 
BALASTREIRE, L. A. Máquinas Agrícolas. 1. ed. São Paulo: Manole, 1987. 310 p. 
 
COELHO, J. L. D. Ensaio & Certificação das máquinas para a semeadura. In: Luiz Geraldo 
Mialhe. Máquinas Agrícolas: ensaios & certificação. Piracicaba: FEALQ, 1996. p. 551-
570. 
CONAB - Companhia Nacional de Abastecimento, Acompanhamento da Safra Brasileira 
de Grãos 2010/2011 – Quarto Levantamento 2011. Online. Disponível em: 
http://www.conab.gov.br/OlalaCMS/uploads/arquivos/11_01_06_08_41_56_boletim_graos_4
o_lev_safra_2010_2011..pdf >.Acesso em: 25 out. 2011. 
 
CORTEZ, J. W. et al. Distribuição longitudinal de sementes de soja e características 
físicas do solo no plantio direto. Engenharia Agrícola, Jaboticabal, v. 26, n. 2, p. 502-510, 
maio/ago, 2006. 
 
DELAFOSSE, R. M. Máquinas sembradoras de grano gruesso. Santiago: Oficina Regional 
de La FAO para America Latina y el Caribe, 1986, 48 p. 
DIAS, V. de O. Desempenho de dois protótipos de semeadoras-adubadoras para plantio 
direto. 80 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Agrícola) Universidade Federal de Santa 
Maria. 2009. 
FURLANI, C. E. A. et al. Avaliação do desempenho de uma semeadora-adubadora em 
função da velocidade de deslocamento e carga no depósito de fertilizante. Engenharia na 
Agricultura, Viçosa, v. 14, n. 4, 268-275, out./dez. 2006. 
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Levantamento sistemático da 
produção agrícola: confronto de estimativas abril/maio de 2010. Online. Disponível em: 
<http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/agropecuaria/lspa/lspa_201005_1.shtm
>.Acesso em:19 out. 2011. 
 
INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR STANDARDIZATION. Sowing equipment- 
methods of test: part 1. Single seed drills (precision drills). ISO/DIS: 7256/1. Geneve, 
Switzerland, 14p., 1983. 
 
26 
 
 
JASPER, R. et al. Comparação de bancadas simuladoras do processo de semeadura em 
milho. Engenharia Agrícola, Jaboticabal, v. 29, n. 4, p. 623 – 629 out./dez, 2009. 
 
KACHMAN, S. D.; SMITH, J. A. Alternative measures of accuracy in plant spacing for 
planters using single seed metering. Transactions of the ASAE, St. Joseph, v. 38, n. 2, p. 
379-387, mar./abr. 1995. 
KARAYEL, D.; BARUT, Z.B.; ÖZMERZI, A. Mathematical modelling of vacuum 
pressure on a precision seeder. Biosystems Engineering, Silsoe, v.87, n.4, p. 437-444, 2004. 
KLEIN, A. et al., Efeito da velocidade na semeadura direta da soja. Engenharia Agrícola, 
Jabotical, v. 22, n. 1, p. 75-82, jan./abr. 2002. 
KURACHI, S. A. H. et al., Avaliação tecnológica de semeadoras e/ou adubadoras: 
tratamento de dados de ensaios e regularidade de distribuição longitudinal de sementes. 
Bragantia, Campinas, v. 48, n. 2, p. 249 – 262, 1989. 
 
LAN, Y.; KOCHER, M. F.; SMITH, J. A. Opto-electronic sensor system for laboratory 
measurement of planter seed spacing with small seeds. Journal Agricultural Engineering 
Research, n. 72, p. 119 – 127, 1999. 
 
LOPES, A. et al. Efeito do tipo de preparo do solo e da velocidade de semeadura em 
características agronômicas da cultura do milho(Zea mays L.). In: Congresso Brasileiro 
de Engenharia Agrícola, 28, 1999. Pelotas, Anais... Pelotas: SBEA, 1999. CD Rom. 
 
MACHADO, A. L. T.; REIS, A. V.; MORAES, M. B.; ALONÇO, A. S. Máquinas para 
Semeadura e Adubação In:. Máquinas para preparo do solo, semeadura, adubação e 
tratamentos culturais. 2. ed. Pelotas: Ed. Universitária UFPEL, 2005. p. 101 – 190. 
 
MAHL. D. et al. Demanda energética e eficiência da distribuição de sementes milho sob 
variação de velocidade e condição de solo; Engenharia Agrícola, Jaboticabal, v. 24, n. 1, p. 
150-157, jan./abr. 2004. 
 
MEROTTO JÚNIOR. A. et al. A desuniformidade de emergência reduz o rendimento de 
grãos de milho. Ciência Rural, Santa Maria, v. 29, n. 4, p. 595-601, jul./ago. 1999. 
MODOLO. A. J. et al. Avaliação do desempenho de duas semeadoras-adubadoras de 
precisão em diferentes velocidades. Engenharia na Agricultura, Viçosa, v. 12, n. 4, p. 298-
306, out./dez. 2004. 
 
MOREIRA, A. B. Análise da Operação de Sistemas de Ventilação Industrial Visando à 
Eficiência Energética, Universidade Federal do Ceará – UFC, 2006, pág 21. 
MURRAY, J. R.; TULLBERG, J. N.; BASNET, B.B. Planters and their Components: types, 
attributes, functional requirements, classification and description. ACIAR Monograph nº 
121. University of the Queensland, Australia, 2006. 178p. 
 
NIELSEN, R. L. Planting speedeffects on stand establishment and grain yield of corn. 
Journal of Production Agriculture, Madison, n.8,p.391–393, 1995. 
27 
 
 
REIS, A. V. & ALONÇO, A. dos S. Comparativo sobre a precisão funcional de vários 
mecanismos dosadores estudados no Brasil entre os anos de 1989 e 2000. In: Congresso 
Brasileiro De Engenharia Agrícola, 30., 2001, Foz do Iguaçu. Anais... Paraná: SBEA, 2001. 4 
p. 1 CD – ROM. 
 
REIS, A. V.; FORCELLINI, F. A.; RAMOS, U. A. P. Avaliação do diâmetro do orifício e 
da pressão de ar na dosagem pneumática de sementes de arroz. Revista Brasileira de 
Agrociência, Pelotas, v. 12, n. 2, p. 191 – 197, abr./jun., 2006. 
SANTOS, A. P. Avaliação técnica de semeadoras adubadoras para plantio direto de 
milho no estado de Minas Gerais. 123 p. Dissertação (Mestrado) Universidade Federal de 
Lavras, Lavras, 2006. 
 
SILVA. J. G. da, SILVEIRA, P. M. da. Avaliação de uma semeadora adubadora na cultura 
do milho. EMBRAPA CNPAF (Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento 02), Santo 
Antonio de Goiás, 2002, 19p. 
SILVA. S de L. Máquinas para semeadura, plantio e transplantio – Apostila didática, 
UNIOESTE, Cascavel, 2005. 
 
SILVEIRA, H., A., T. et al., Projeto e desenvolvimento de uma bancada para ensaios de 
dosadores de sementes pneumático: fase preliminar e detalhada. In: IX Congreso 
Latinoamericano y del Caribe de Ingeniería Agrícola - CLIA 2010, XXXIX Congresso 
Brasileiro de Engenharia Agrícola - CONBEA 2010, Anais... Vitória: Sociedade Brasileira de 
Engenharia Agrícola, 2010. 1 CD - ROM. 
 
STORCK, L. et al. Experimentação vegetal. Santa Maria: Ed. UFSM, 2000. 198p. 
 
TOURINO, M. C. C.; REZENDE, P. M. de; SILVA, L. A. da; ALMEIDA, L. G. P. de. 
Semeadoras-adubadoras em semeadura convencional de soja. Ciência Rural, Santa Maria, 
v. 39, n. 1, p. 241 – 245, jan./fev., 2009. 
 
VIEIRA, J. A. Plantio direto na região de primavera do leste. Mato grosso, Dissertação 
(Mestrado em Fitotecnia) Universidade Federal de Viçosa. p. 75, 2002. 
YAZGI, A.; DEGIRMENCIOGLU, A. Optimization of the seed spacing uniformity 
performance of a vacuum-type precision seeder using response surface methodology. 
Biosystems Engineering, n.97, p. 347-356, 2007.

Continue navegando