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Anápolis 
2018 
ANA CATARINA SILVA SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MÉTODOS DE GESTÃO DA PRODUÇÃO EM INDÚSTRIAS 
FARMACÊUTICAS 
 
Anápolis 
2018 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MÉTODOS DE GESTÃO DA PRODUÇÃO EM INDÚSTRIAS 
FARMACÊUTICAS 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à 
Faculdade Anhanguera de Anápolis como 
requisito parcial para a obtenção do título de 
graduado em Engenharia de Produção. 
Orientadora: Camila Oliveira 
 
 
 
ANA CATARINA SILVA SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANA CATARINA SILVA SANTOS 
 
 
MÉTODOS DE GESTÃO DA PRODUÇÃO EM INDÚSTRIAS 
FARMACÊUTICAS 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à 
Faculdade Anhanguera de Anápolis, como 
requisito parcial para a obtenção do título de 
graduado em Engenharia de Produção. 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
Prof(a). Aline Elias da Silva 
 
 
Prof(a). Barbara Thays Rodrigues Almeida 
 
 
Prof(a). Milton Tostes 
 
 
Anápolis, 3 de dezembro de 2018 
 
SANTOS, Ana Catarina S. Métodos de gestão da produção em indústrias 
farmacêuticas. Ano 2018. 28 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação 
em Engenharia de Produção) – Faculdade Anhanguera de Anápolis, Anápolis, 2018. 
 
RESUMO 
 
No ramo de indústrias farmacêuticas, a gestão da produção possui um papel 
fundamental para a competitividade e sustentabilidade dos negócios, pois todos os 
outros processos estão atrelados à produção. Para isso, se torna necessária a 
aplicação de métodos e ferramentas adequados nesta área, tendo assim um bom 
resultado no produto final. Esta pesquisa objetivou conhecer os métodos e 
ferramentas de gestão da produção utilizados em indústrias farmacêuticas brasileiras 
através de revisão bibliográfica por meio de artigos científicos. Para desenvolvimento 
deste trabalho utilizou-se artigos científicos recentes encontrados a partir da 
ferramenta Google Acadêmico e literatura que contempla o tema. A maioria dos 
artigos ressaltam a aplicação dos princípios de produção enxuta nas indústrias 
farmacêuticas, resultando em bons produtos que atendem as expectativas e 
necessidades dos clientes, tais como o uso do método Jus in Time (JIT) juntamente 
com as ferramentas kanban, ciclo PDCA, heijunka box, entre outras. Deste modo o 
uso do método e ferramentas adequadas implantados na indústria farmacêutica 
otimiza o processo produtivo, gerando menos desperdícios e utilizando melhor os 
ativos da empresa. 
 
Palavras-chave: Gestão de produção; Indústria farmacêutica; Métodos; Ferramentas. 
 
 
SANTOS, Ana Catarina S. Methods of production management in pharmaceutical 
industries. 2018. 28 sheets. Course Completion Work (Graduation in Production 
Engineering) – Anhanguera College of Anápolis, Anápolis, 2018. 
 
ABSTRACT 
 
 
In the pharmaceutical industry, production management has a fundamental role for the 
competitiveness and sustainability of the business, since all other processes are linked 
to production. For this, it is necessary to apply appropriate methods and tools in this 
area, thus having a good result in the final product. This CBT aims to know the methods 
and tools of production management used in Brazilian pharmaceutical industries 
through a bibliographical review through scientific articles. For the development of this 
work, we used recent scientific articles found from the Google Scholar and literature 
tool that contemplates the theme. Most articles highlight the application of lean 
manufacturing principles in pharmaceutical industries, resulting in good products that 
meet customers' expectations and needs, such as using the JIT method together with 
kanban tools, PDCA cycle, heijunka box, among others. In this way, the use of the 
appropriate method and tools implanted in the pharmaceutical industry optimizes the 
productive process, generating less waste and making better use of the company's 
assets. 
 
Key-words: Management of production; Industry pharmaceutical; Methods; Tools. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
 
Figura 1 – Modelo de Transformação ...................................................................... .10 
Figura 2 – Interação do PPCP com outras áreas .................................................... .13 
Figura 3 – Cadeia Produtiva de Medicamentos.........................................................16 
Figura 4 – Ciclo PDCA...............................................................................................20 
Figura 5 – Heijunka Box .......................................................................................... .22 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 LISTA DE TABELAS 
 
 
Tabela 1 – Maiores indústrias farmacêuticas em vendas no Brasil ......................... .17 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
TCC Trabalho de Conclusão de Curso 
JIT Just In Time 
PPCP Planejamento, Programação e Controle da Produção 
PDCA Planejar, Fazer, Checar e Agir 
MRP Planejamento da Necessidade de Materiais 
OPT Tecnologia de Produção Otimizada 
MFV Mapa do Fluxo de Valor 
SMED Single Minute Exchange of Die 
TRF Troca Rápida de Ferramenta 
ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 8 
2. GESTÃO DA PRODUÇÃO E SEUS MÉTODOS ............................................... 10 
2.1 EVOLUÇÃO DOS MODELOS DE GESTÃO DA PRODUÇÃO............................11 
2.2 PLANEJAMENTO, PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DA PRODUÇÃO (PPCP) 
....................................................................................................................................13 
3. SETOR FARMACÊUTICO.....................................................................................15 
4. MÉTODOS E FERRAMENTAS DE GESTÃO DA PRODUÇÃO EMPREGADOS NA 
INDÚSTRIA FARMACÊUTICA..................................................................................20 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................25 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 26 
 
 
 8 
1. INTRODUÇÃO 
 
A sobrevivência das empresas com uma posição competitiva no mercado está 
diretamente ligada ao modo como essas organizações combinam seus recursos de 
forma aproveitável e com o mínimo de desperdícios, que se dá através de 
planejamento e controle em seus negócios. A importância de uma produção com alta 
produtividade, baixas perdas no processo produtivo, aliado a uma gestão de produção 
altamente eficaz, são alguns dos grandes obstáculos de todo segmento industrial. 
Para a formação integral do Engenheiro de Produção é imprescindível que o 
mesmo conheça os métodos de gestão da produção mais usuais em processos 
produtivos. Em todo ramo industrial a gestão de produção é essencial, os métodos 
ideais adotados nesse meio podem propiciar a capacidade máxima produtiva, além 
da obtenção do produto acabado com qualidade superior. 
No ramo de indústrias farmacêuticas, a gestão da produção possui um papel 
fundamental para a competitividade e sustentabilidade dos negócios, pois todos os 
outros processos estão atrelados à produção. Para isso, se torna necessária a 
aplicação de métodos e ferramentas nesta área, tendo assim um bom resultado no 
produto final. Contudo, o propósito deste trabalho foi responder a seguinte questão: 
Quais são os principais métodos e ferramentas de gestão da produção relatados em 
artigos científicos que estão sendo aplicados nas indústrias farmacêuticas? 
Este trabalho teve como objetivo conhecer os métodos e ferramentas de gestão 
da produção utilizados em indústrias farmacêuticas brasileiras através de revisão 
bibliográfica por meiode artigos científicos. Dentre os objetivos específicos desse 
TCC (Trabalho de Conclusão de Curso), pode-se citar: descrever gestão da produção 
e seus métodos, definir o setor de indústria farmacêutica e caracterizar os principais 
métodos e ferramentas utilizados nas indústrias farmacêuticas através de citação de 
artigos científicos que contemplam o tema. 
A pesquisa foi elaborada em revisão bibliográfica, sendo uma pesquisa 
qualitativa e descritiva. Para construção do TCC e embasamento teórico do tema 
dispôs-se da Biblioteca da Faculdade Anhanguera de Anápolis a qual possui um vasto 
acervo de livros. Utilizou-se também artigos científicos recentes que contemplam um 
cenário mais atualizado, publicados nos últimos anos para levantamento teórico e 
foram utilizadas as palavras-chaves: gestão da produção, métodos, ferramentas e 
indústria farmacêutica. Com o auxílio da ferramenta de pesquisa Google Acadêmico 
 9 
foram selecionados artigos, e categorizados com base no tema principal através de 
uma minuciosa leitura, as palavras chave empregadas na busca foram: indústrias 
farmacêuticas, métodos e ferramentas da gestão da produção. Alguns seletos autores 
reconhecidos por retratarem o tema, como: Martins, Laugeni, Nigel Slack, Stuart 
Chambers e Robert Johnston. 
 
 
 
 10 
2. GESTÃO DA PRODUÇÃO E SEUS MÉTODOS 
 
Este capítulo tem por intuito demonstrar a importância e necessidade de uma 
boa gestão da produção dentro das indústrias, levando em consideração que a 
produção é o coração de toda a empresa, com isso pode-se estudar através de 
referências bibliográficas os principais conceitos da gestão de produção e seus 
métodos em indústrias farmacêuticas. 
Gestão da Produção é conceituada como a produção e entrega de bens e 
serviços e a administração de recursos escassos, objetivando em atender os quesitos 
de qualidade e necessidades, tempo e custo de seus respectivos clientes. Toda 
organização que vise ou não o lucro possui em seu interior uma função de produção, 
já que a mesma gera algum “pacote de valor” à seus clientes, isso inclui produtos e/ou 
serviços. Esta área está presente em tudo do nosso dia-a-dia, seja nas vestimentas 
ou alimentação, já que tudo isso passa de alguma forma por um processo produtivo, 
e fazer com que esse processo seja eficiente e eficaz é o objetivo dessa área (SLACK, 
CHAMBERS E JOHNSTON, 2002). 
Na maioria das vezes o termo Gestão da Produção remete à atividade fabril 
praticada dentro das empresas e vem a figura de um local cheio de máquinas, 
produtos em processo de fabricação, caminhões com cargas em transportes e assim 
por diante. Com certeza isso tudo está ligado à Gestão de Produção, no entanto ela 
abrange mais setores. Essa área pode ser explorada em hospitais, aeroportos, 
empresas de pequeno ou grande porte, tudo que envolva serviços. 
Slack, Chambers e Johnston (2002) retrata um sistema de produção em que 
insumos são combinados para fornecer uma saída, através do modelo input-
transformação-output, no qual input são os recursos de entrada e output os recursos 
de saída, como mostra a Figura 1. 
 
Figura 1 – Modelo de Transformação 
 
Fonte: Adaptado de Slack, N., Chambers, S., Johnston, R. (2002) 
 
 11 
De acordo com a Figura 1 pode-se notar que a entrada são os materiais, 
informações e consumidores que combinados com os recursos de transformação, 
equipamentos e pessoal resultam na produção de bens e serviços. O maior ou menor 
aproveitamento desses recursos no processo produtivo se designa ao conceito de 
produtividade que é consequência ao método que se aplica. Com isso, o envolvimento 
de funcionários, máquinas, combustíveis consumidos e matéria-prima são utilizados 
de forma proveitosa a gerar um crescimento da produtividade. 
A implantação de métodos e ferramentas eficientes, assim como a melhoria 
contínua em processos produtivos é de grande valia para qualquer indústria ou 
empresas, sejam elas de grande ou pequeno porte, que tenham o objetivo de 
consagrar-se no mercado. Em tempos onde se deve produzir mais com menos 
recursos, a eficiência do processo fabril é indispensável para o sucesso de uma 
organização, já que as empresas devem conduzir suas decisões à sempre manter o 
foco nas exigências definidas pelo cliente, sendo este o real indicativo da estratégia 
produtiva. A gestão da produção tem como função propiciar uma boa posição 
competitiva para à empresa, transformando a estrutura em formas como fazer algo, 
denominados de métodos da gestão da produção. (JURAN e GRYNA, 1991; 
TEIXEIRA et al., 2014). 
 
2.1 EVOLUÇÃO DOS MODELOS DE GESTÃO DA PRODUÇÃO 
 
Segundo Correa (2003) a administração da produção existe desde a pré-
história, mas começou a tomar forma com o artesanato. Com o intuito de suprir uma 
demanda maior os artesãos criam a produção organizada, estabelecendo prioridade 
de serviços e prazos de entrega. Porém com a chegada da Revolução Industrial o 
trabalho artesanal decai e começam a substituir o trabalho manual pelas máquinas e 
assim surgem as primeiras unidades fabris, com o desenvolvimento de técnicas de 
supervisão e produtos e processos padronizados. 
Alguns modelos de gestão da produção que mais se destacam é o fordismo e 
a produção enxuta. O fordismo, criado com a função de atender as necessidades do 
consumidor em uma demanda contínua e em massa, se caracteriza pela produção 
em série e com pouca variedade, com o intuito de reduzir custos. Através da esteira 
rolante criada por Henry Ford que este sistema foi capaz de efetivar-se em grande 
escala, o que aumentou de forma grandiosa o aproveitamento da técnica de 
 12 
decomposição do processo de produção, criada pelo engenheiro americano Taylor, 
no qual cada trabalhador exercia apenas uma função (KURZ, 1993). 
Correa (2003) também afirma que com a produção do famoso Modelo Ford T 
Preto, com carros padronizados e pouca variedade, resulta em economias de escala, 
na qual o aumento da quantidade produzida é inversamente proporcional a redução 
de custos dos seus produtos. Assim Ford liderou a indústria automotiva por ser o 
primeiro a produzir em massa. Mas devido aos altos estoques gerados por esse 
modelo de produção, produtos padronizados e alienação dos trabalhadores houve um 
declínio na demanda. A partir disso surge uma nova forma de produção garantindo 
um mix de produtos maiores, qualidade e custos baixos, o Sistema Toyota de 
Produção. 
Ohno (1997), retrata que o Sistema Toyota de Produção é pioneiro na 
construção de um gerenciamento robusto da produção, possibilitando um diferencial 
na competitividade do mercado atual. O grande trunfo desse sistema é o foco principal 
na completa eliminação de desperdícios nos processos da empresa. 
Outro método importante nessa área é a produção enxuta que surgiu a partir 
das técnicas do Toyotismo, o qual busca produzir somente o necessário no tempo 
certo. Conforme Dennis (2008), Prates e Bandeira (2011) a manufatura enxuta visa 
produzir mais com menos, menos esforços, menos tempo, menos maquinário, menos 
material, ou seja, tornar a organização mais eficiente. As atividades desse sistema de 
produção tem como intuito otimizar o lead-time (tempo de atravessamento do produto 
na fábrica, desde a realização do pedido até a entrega do produto). Através desse 
método os conceitos de engenharia simultânea, just-in-time (JIT), células de produção 
e outros são inseridos. 
Ao longo dessa evolução, tornando a produção modernizada, o consumidor se 
torna o grande alvo, no qual a satisfação dos mesmos tem levado as organizações a 
se tornarem mais eficazes e eficientes através do uso de técnicas cada vez mais 
atuais. Fazendo uso de técnicas aprimoradas a fim de garantir um crescimento 
competitivo ao melhorar continuamente seus serviços ou produtos. 
Para atingir esse objetivo as indústrias devem adaptar-se as novas faces do 
mercado constantemente, naincessante busca por melhoria contínua. Com isso a 
utilização de sistemas flexíveis, com a função de integrar toda a organização é 
essencial, entre as diversas áreas a de maior destaque é o Planejamento, 
Programação e Controle da Produção (PPCP). 
 13 
2.2 PLANEJAMENTO, PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DA PRODUÇÃO (PPCP) 
 
A Gestão da Produção também retratada como gerenciamento da produção, 
tem como função dentro da indústria coordenar todos os processos produtivos, desde 
o recebimento dos insumos na produção até o produto acabado, dentre esses 
processos algumas das principais atividades são o planejamento, programação e 
controle da produção. 
Segundo os autores Andrade, Fernandes e Nantes (2010) existem algumas 
atividades que são imprescindíveis no desenvolvimento do PPCP, independente da 
tecnologia empregada na produção ou mesmo o sistema de produção utilizado. No 
Planejamento da Produção, o planejamento agregado e desagregado da produção, a 
previsão de demanda e o planejamento da capacidade retratam algumas dessas 
atividades. Já no que se refere ao Controle da Produção, a análise de capacidade, 
programação mestre de produção, controle de estoque, coordenação de ordens de 
compra e produção, entre diversas outras associadas a essa área específica. 
Na percepção de Martins e Laugeni (2001), o PPCP tem como principal objetivo 
comandar o processo produtivo, emitir ordens de produção e ordens de compra 
criadas a partir da transformação de informações de vários setores, essa ligação com 
os outros setores é demonstrada na Figura 2. 
 
Figura 2 – Interação do PPCP com outras áreas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: Adaptado de Tubino (1997) 
 14 
Conforme expresso na Figura 2 o PPCP é considerado o alicerce na estrutura 
administrativa de um sistema produtivo. Russomano (2000) trata esse setor como um 
elemento decisivo na estratégia das organizações, logo consequentemente 
exercendo funções de planejamento e controle, de maneira a buscar a satisfação dos 
consumidores com seus respectivos produtos e serviços, atendendo as suas 
exigências por melhor qualidade, entregas confiáveis e maior variedade de modelos, 
resultando a toda organização um retorno financeiro positivo. 
Para auxiliar nas atividades de Planejamento e Controle da Produção, utilizam-
se três sistemas, pelo menos: MRP/MRP II (Planejamento da Necessidade de 
Materiais), JIT e OPT (Tecnologia de Produção Otimizada). Estes sistemas podem ser 
utilizados de forma isolados ou integrados, isso vai depender da complexidade da 
produção nas empresas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 15 
3. SETOR FARMACÊUTICO 
 
O mercado é cada vez mais competitivo, sendo assim uma produção com 
melhor qualidade e em quantidade maiores tende a ser o objetivo de todas indústrias 
e empresas para que possam caminhar frente a concorrência. Granjeiro et al. (2012), 
afirma que o setor farmacêutico é considerado como um dos mais competitivos e 
inovadores do mercado, que se caracteriza por um forte dinamismo muitas vezes 
centrado em pesquisa e desenvolvimento, além de investimentos elevados por parte 
das empresas, que precisam buscar, por vezes, estratégias competitivas 
fundamentadas na diferenciação. 
A indústria farmacêutica é um setor que requer inovação constante, 
investimentos em pesquisa, além de estratégias competitivas eficientes quanto ao 
mercado e concorrentes. O setor farmacêutico é sinalizado pela inovação, taxas 
elevadas de crescimento e aumento de novos consumidores que como consequência 
geram uma vantagem competitiva e sustentável. 
Esse setor vem crescendo progressivamente, segundo os dados da Interfarma 
(2017), Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa, a indústria farmacêutica 
brasileira representa a oitava posição no ranking mundial, com estimativa para o 
quinto lugar em 2021, apresentando um maior volume de produção e vendas em 
genéricos. O Brasil apenas fabrica esses medicamentos, as pesquisas e 
desenvolvimentos de produtos são do exterior. Para esse setor continuar crescendo, 
é imprescindível que tenham processos produtivos cada vez mais eficientes, 
adentrando um método de gestão da produção que intensifique seus resultados de 
forma positiva. 
A indústria farmacêutica fabrica seus produtos através de altos investimentos 
em pesquisas e testes. Todas essas pesquisas têm em vista a melhoria de alguns 
medicamentos já efetivos e acarretam em custos elevados. O retorno da grande parte 
desses investimentos ocorre a partir de lucros resultantes da venda de royalties, as 
patentes das fórmulas dos medicamentos, além da comercialização direta dos 
medicamentos (MELO, 2009). 
Para compreender as etapas do processo produtivo e distribuição de 
medicamentos do setor farmacêutico, a Figura 3 mostra todos os estágios envolvidos 
dentro dessa cadeia de produção. 
 
 16 
 Figura 3 – Cadeia Produtiva de Medicamentos 
 
 Fonte: Adaptado de Palmeira Filho, P. L. e Pan, S. S. (2003) 
 
Como visto na Figura 3 as etapas dessa cadeia produtiva vão desde a produção 
industrial, incluso no segmento das indústrias farmacêuticas até o consumidor final 
que representa a última etapa. Dentro dessa cadeia os fármacos passam da indústria 
para o laboratório, em seguida para distribuição dos medicamentos às farmácias que 
chegam ao consumidor final. A primeira e segunda etapa, no caso das grandes 
empresas localizadas também no exterior, normalmente estão em conjunto, isto é, os 
princípios ativos dos fármacos são cedidos por uma fábrica do mesmo grupo. 
Conforme Moretto e Calixto (2011), no setor farmacêutico o desenvolvimento 
de um produto possui como objetivo projetá-lo com qualidade e um processo de 
fabricação aceitável para que se obtenha o desempenho pretendido do produto. No 
Brasil, os produtos dessas indústrias têm como características um grau de exigência 
quanto aos requisitos passíveis de fiscalização pela Agência Nacional de Vigilância 
Sanitária (ANVISA), órgão regulador brasileiro de todos os produtos e serviços que 
possam afetar a saúde da população brasileira, a qual fiscaliza todo o processo 
produtivo de um fármaco, desde a compra de matérias-primas até a comercialização 
para o consumidor final (ORTIZ, 2003). 
Uma das responsabilidades da ANVISA é o registro de medicamentos, nesta 
etapa, estes produtos são avaliados quanto a sua eficácia, segurança e qualidade 
antes de dirigir-se ao consumidor final, propiciando a garantia da segurança da saúde 
da população (CARVALHO et al. 2008). 
Martins e Laugeni (2005) cita alguns fatores que podem determinar a 
produtividade, atentando-se a relação capital e trabalho, pode-se citar alguns como: 
fatores gerenciais, escassez de recursos, inovação e tecnologia, mão de obra e 
qualidade de vida. Para Rodrigues (2014 p. 68) “a produtividade está relacionada com 
 17 
a produção de bens ou serviços, e é representada pela relação do resultado final, pelo 
que é necessário para realizar o produto”. 
De acordo com a Exame (2015) o setor farmacêutico movimentou 55,89 bilhões 
de reais no Brasil no ano de 2015, um levantamento elaborado pela IMS Health mostra 
as empresas do setor farmacêutico que mais venderam em 2015, conforme Tabela 1. 
 
Tabela 1 – Maiores indústrias farmacêuticas em vendas no Brasil 
EMPRESAS VENDAS (R$ BILHÕES) 
EMS 6,75 
HYPERMARCAS 5,72 
SANOFI 4,47 
NOVARTIS 3,33 
ACHÉ 3,18 
EUROFARMA 2,78 
TAKEDA PHARMA 1,56 
BAYER 1,48 
TEUTO BRASILEIRO 1,35 
GSK 1,30 
Fonte: Adaptado de Exame (2015) 
 
De acordo com a Tabela 1 as indústrias farmacêuticas que mais venderam em 
2015 somam um total de 31,92 bilhões de reais, embora essas empresas estejam 
sediadas no Brasil, são enormes fabricantes mundiais de medicamentos, assim pode-
se observar que em geral, os laboratórios multinacionais obtêm os insumos 
necessários para produção dos medicamentos de suas sedes ou outras empresas no 
exterior.Além da importação dos insumos, verifica-se também um aumento da 
importação de medicamentos prontos e embalados. Atualmente, a importação de 
insumos e medicamentos pelas multinacionais instaladas no Brasil tem provocado 
forte impacto negativo na balança comercial do país. Da perspectiva das indústrias 
nacionais, a habilitação em pesquisa e desenvolvimento e a capacidade de produção 
local de medicamentos constituem pontos essenciais para alavancagem das 
indústrias brasileiras. 
http://www.exame.com.br/topicos/setor-farmaceutico
 18 
 Em vista das dificuldades que esse setor encontra é imprescindível o uso de 
ferramentas e métodos adequados, afim de garantir produtos de qualidade que 
atendam as expectativas dos clientes e supram a crescente demanda das indústrias 
farmacêuticas. 
A produção enxuta ainda é um dos principais métodos utilizados nas indústrias, 
em especial nas indústrias farmacêuticas, já que procura identificar e sanar quaisquer 
desperdícios dentro do sistema produtivo, visto isso, esse método torna-se 
imprescindível no setor farmacêutico. Na produção enxuta ressalta-se alguns de seus 
elementos essenciais, são eles: produzir somente a quantidade necessária, identificar 
o que gera e o que não gera valor, descrever todos os passos fundamentais na 
manufatura do produto ao longo de toda a linha de produção, de tal maneira que não 
sejam gerados desperdícios, promover ações a fim de criar um fluxo de valor contínuo, 
sem interrupções, empenhar-se para manter uma melhoria contínua, buscando 
remover dentro da produção os desperdícios e perdas. (HINES; TAYLOR 2000). 
Juntamente com esse método há alguns sistemas utilizados no PPCP que já 
foram citados anteriormente, onde auxiliam à busca de resultados dos mesmos, são 
eles: JIT, MRP e OPT. A opção do uso de um desses sistemas, ou a utilização em 
conjunto, tem se mostrado uma das principais decisões acerca do gerenciamento 
produtivo nos últimos anos. 
O JIT busca atender de forma flexível e rápida à variada demanda do mercado, 
na maioria produzindo em pequenos lotes. Procura adequar a demanda prevista às 
possibilidades do sistema produtivo, otimizando a utilização do tempo, recursos de 
matéria prima e tecnologia, abrange também o controle de itens repetitivos no “chão 
de fábrica”. Essa filosofia é usada tanto no setor farmacêutico como em indústrias de 
vários segmentos. 
Os benefícios obtidos da utilização do MRP, também conhecido como 
Planejamento da Necessidade dos Materiais, conforme Russomano (2000) são: 
melhoria da eficiência da emissão e da programação, redução dos custos 
operacionais, redução do custo de estoque e aumento da eficiência da fábrica. Sua 
extensão, o MRP II, também pode ser utilizado para gerar as necessidades de 
materiais no âmbito de planejamento. 
O OPT que significa Tecnologia de Produção Otimizada, é composto de um 
software ou proprietário e sua filosofia. Segundo Goldratt e Fox (2002), a meta 
principal das empresas é ganhar dinheiro, e esse sistema contribui para isso atuando 
 19 
sobre três causas: ganho, estoques e despesas operacionais. Essa filosofia atua 
diretamente sobre o gargalo no sistema produtivo e sua utilização ideal na indústria 
pode dispor de um realista Programa Mestre da Produção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 20 
4. MÉTODOS E FERRAMENTAS DE GESTÃO DA PRODUÇÃO EMPREGADOS NA 
INDÚSTRIA FARMACÊUTICA 
 
 Visto a importância a temática gestão da produção, torna-se necessário 
adentrar ao assunto sobre os métodos e ferramentas de gestão da produção mais 
relevantes aplicados no âmbito de indústrias, através de revisão de literatura em 
artigos científicos e documentos relevantes da área. 
Para prosseguimento deste trabalho, foram selecionados artigos científicos 
recentes que contemplam um cenário mais atualizado, publicados nos anos de 2016 
a 2018 para levantamento teórico. A pesquisa foi realizada através da ferramenta de 
busca Google Acadêmico e utilizadas as palavras-chaves: gestão da produção, 
métodos, ferramentas e indústria farmacêutica. 
Através de uma minuciosa leitura foram selecionados artigos com base no tema 
principal: indústrias farmacêuticas, métodos e ferramentas da gestão da produção. 
Esses artigos são abordados neste capítulo retratando os métodos e ferramentas mais 
usuais de gestão da produção nas indústrias, especificamente no setor farmacêutico. 
 De acordo com Miranda e Santana (2018), para suprir a crescente expectativa 
dos consumidores em relação à qualidade dos produtos e serviços, as organizações 
precisam investir, cada vez mais, em sistemas e ferramentas a fim de garantir a 
permanência dos produtos no mercado. Dentre algumas ferramentas esses autores 
ressaltam o ciclo PDCA, P (planejar), D (fazer), C (checar) e A (agir), como mostra a 
Figura 4. 
 
Figura 4 – Ciclo PDCA 
 
Fonte: Instituto Brasileiro de Ensino e Pesquisa (2010) 
 21 
De acordo com Slack, Chambers e Johnston (2002), o ciclo PDCA mostrado na 
Figura 4 é utilizado na gestão da produção e também na gestão da qualidade, é um 
ciclo que vai desde o estágio P ao A, é um melhoramento contínuo de operações, 
atividade ou processo de maneira cíclica e pode ser aplicado em qualquer processo 
com a intenção de otimizá-lo, aperfeiçoando um sistema com a implementação do 
mesmo. Assim a realização dessa ferramenta é simples, porém eficaz na solução de 
problemas. 
Segundo Womack e Jones (1998), a produção enxuta procura identificar e 
sanar quaisquer desperdícios dentro do sistema produtivo, sendo desperdício todas 
as atividades que consomem recursos e não geram nenhum valor. Hines e Taylor 
(2000), apontam alguns elementos essenciais da produção enxuta, são eles: produzir 
somente a quantidade necessária, identificar o que gera e o que não gera valor, 
descrever todos os passos fundamentais na manufatura do produto ao longo de toda 
a linha de produção, de tal maneira que não sejam gerados desperdícios, promover 
ações a fim de criar um fluxo de valor contínuo, sem interrupções, empenhar-se para 
manter uma melhoria contínua, buscando remover dentro da produção os 
desperdícios e perdas. 
Um dos métodos mais modernos da administração industrial e um dos 
principais métodos da Produção Enxuta é o sistema Just In Time (JIT) que traduzido 
do inglês significa “na hora certa”, onde os trabalhadores precisam ficar atentos as 
informações disponibilizadas para saber o que se deve produzir a cada momento, para 
que cada processo seja abastecido com os itens corretos, quantidade, local e tempo 
certo. A partir das ideias de Ohno e Shingo o JIT é um dos pilares de sustentação 
baseado na “completa eliminação das perdas” do Sistema Toyota de Produção. 
(OHNO 1997; SHINGO 1988). 
Uma ferramenta que atua dentro desse sistema é o Jidoka, na expressão 
japonesa significa “automação com toque humano”, no qual autoriza o operador ou a 
máquina parar o processo sempre que detectada alguma anormalidade no sistema 
produtivo. As falhas são analisadas e solucionados fazendo com que o processo volte 
a funcionar e que não desencadeie uma série de falhas, assim sempre agindo com 
melhoria contínua nos processos. Essa ideia surgiu fundamentado nos esforços de 
Ohno (1997) com o propósito de aumentar a eficiência da produção, fazendo com que 
o trabalhador operasse mais de uma máquina. 
 22 
Dentro da Produção Enxuta encontra-se também programas de Manutenção 
Preventiva, que dão suporte ao JIT, com a finalidade de evitar quebras de maquinário, 
bem como garantir o funcionamento de todo sistema produtivo. Ariza (1978) afirma 
que o operador é responsável por manter a limpeza, fazer pequenos reparos nos 
equipamentos, além de detectar e informar aos responsáveis qualquer anormalidade 
na produção. 
Há algumas ferramentas incluídas na produção enxuta que possuem como 
objetivo otimizar o processo produtivo nasindústrias, entre elas destacam-se: ciclo 
PDCA, Mapa do Fluxo de Valor (MFV), Heijunka Box e Kanban. 
O MFV é outra ferramenta importante na manufatura lean, Rother e Shook 
(1999) afirmam que o mapeamento consiste em tornar possível melhorar o 
desempenho da sua organização, estes autores explicam essa ferramenta como o 
desenho do mapa atual da produção de todas as partes de um produto englobando 
desde o fornecedor até o consumidor e após desenha o mapa futuro de como tudo 
deveria fluir, melhorando o fluxo de informação e material. 
Heijunka que traduzido do japonês significa “fazer plana e nivelada”, o heijunka 
box como mostra na Figura 5, é o principal mecanismo do nivelamento da produção e 
não é mais do que um quadro personalizado que mostra a programação da produção, 
usado para ajudar na comunicação interna, reduzir estoques e desperdícios, entre 
outros. (NATALIE J. SAYER, 2007). 
 
 Figura 5 – Heijunka Box 
 
Fonte: Adaptado de Lean Institute (2008) 
 23 
A sequência de produção é feita através de kanbans (cartões), permitindo 
visualizar a produção futura, geralmente as linhas demonstram cada produto e as 
colunas o período de tempo ou estação de trabalho. Os cartões são removidos do 
quadro à medida que a produção de determinado produto acaba. 
O Kanban é bastante utilizado na produção enxuta e significa cartão ou sinal, 
ele tem a função de controlar a transferência de material de uma operação a outra. É 
um cartão utilizado para sinalizar que mais material deve ser enviado e fornece 
informações sobre o que produzir, quando e quanto, permitindo um controle detalhado 
do processo produtivo. (SLACK, CHAMBERS E JOHNSTON, 2002). 
Shingo (2008) também desenvolveu um método chamado SMED (Single 
Minute Exchange of Die), no Brasil é conhecido como Troca Rápida de Ferramentas 
(TRF), essa metodologia visa reduzir o tempo de preparação da máquina para 
produção de outro produto, já que é uma operação que mantém o processo parado. 
É considerada o último produto produzido conforme de um lote anterior, até o primeiro 
produto conforme, do lote subsequente. 
Entre os métodos de gestão da produção com maior destaque, pode-se citar 
algumas outras ferramentas vinculadas à estes métodos, como: cronoanálise, índices 
de produtividade, kaizen, OEE, diagrama de Ishikawa, poka-yoke, entre outras. Essas 
ferramentas são utilizadas na gestão de produção no âmbito das indústrias e também 
especificamente em indústrias farmacêuticas. 
Grande parte das indústrias farmacêuticas fazem uso desses sistemas, de 
acordo com levantamento dos artigos em estudo, em especial o artigo de Barreto da 
Silva (2016) no qual afirma que a união da área de PPCP com o fluxo de produção, 
garante o nível de serviço e otimiza o nivelamento e fluxo da produção. O mesmo 
enfatiza que é essencial aplicar os princípios de produção enxuta nas indústrias 
farmacêuticas, resultando em bons produtos que atendem as expectativas e 
necessidades dos clientes. 
Em um estudo sobre a aplicação do lean manufacturing na redução do tempo 
de setup em uma indústria farmacêutica, Melo (2016) ressalta o emprego das 
ferramentas certas na análise do processo de produção de medicamentos buscando 
qualidade superior, redução de desperdícios e a busca da maior produção possível, 
através das ferramentas SMED e OEE que buscam introduzir-se na jornada de 
produção enxuta, sugerindo uma implantação dessa metodologia, almejando-se uma 
drástica mudança no resultado final gerando lucratividade. 
 24 
As ferramentas mencionadas no capítulo anterior em sua maioria são utilizadas 
no setor farmacêutico, juntamente com os métodos e sistemas citados acima com o 
objetivo de propiciar as indústrias melhores resultados. 
Existe ainda outros modelos de produção como italiano e sueco, mas estes 
modelos, apesar de influenciarem a forma como as empresas desenvolvem e aplicam 
seus métodos e ferramentas, não são tratados neste TCC, pois não se adequam 
fortemente à indústria farmacêutica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
O primeiro passo desse estudo baseado em referências bibliográficas foi 
descrever gestão da produção que tem como função propiciar uma boa posição 
competitiva para à empresa, transformando a estrutura em formas como fazer algo, 
denominados de métodos da gestão da produção. 
As indústrias farmacêuticas no Brasil enfrentam algumas dificuldades, já que 
as mesmas apenas fabricam os fármacos, as pesquisas e desenvolvimentos de seus 
produtos são vindas do exterior. Para esse setor continuar crescendo, é 
imprescindível que tenham processos produtivos cada vez mais eficientes, 
adentrando um método de gestão da produção que intensifique seus resultados de 
forma positiva e supre a crescente demanda das indústrias farmacêuticas. 
A última parte do trabalho ressalta no que retrata a maioria dos artigos que a 
aplicação dos princípios de produção enxuta nas indústrias farmacêuticas, resultam 
em bons produtos que atendem as expectativas e necessidades dos clientes, tais 
como o uso do método JIT juntamente com as ferramentas kanban, ciclo PDCA, 
heijunka box, entre outras. Deste modo o uso do método e ferramentas adequadas 
implantados na indústria farmacêutica otimiza o processo produtivo, gerando menos 
desperdícios e utilizando melhor os ativos da empresa. 
 
 26 
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