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Anápolis 2018 ANA CATARINA SILVA SANTOS MÉTODOS DE GESTÃO DA PRODUÇÃO EM INDÚSTRIAS FARMACÊUTICAS Anápolis 2018 MÉTODOS DE GESTÃO DA PRODUÇÃO EM INDÚSTRIAS FARMACÊUTICAS Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade Anhanguera de Anápolis como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Engenharia de Produção. Orientadora: Camila Oliveira ANA CATARINA SILVA SANTOS ANA CATARINA SILVA SANTOS MÉTODOS DE GESTÃO DA PRODUÇÃO EM INDÚSTRIAS FARMACÊUTICAS Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade Anhanguera de Anápolis, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Engenharia de Produção. BANCA EXAMINADORA Prof(a). Aline Elias da Silva Prof(a). Barbara Thays Rodrigues Almeida Prof(a). Milton Tostes Anápolis, 3 de dezembro de 2018 SANTOS, Ana Catarina S. Métodos de gestão da produção em indústrias farmacêuticas. Ano 2018. 28 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia de Produção) – Faculdade Anhanguera de Anápolis, Anápolis, 2018. RESUMO No ramo de indústrias farmacêuticas, a gestão da produção possui um papel fundamental para a competitividade e sustentabilidade dos negócios, pois todos os outros processos estão atrelados à produção. Para isso, se torna necessária a aplicação de métodos e ferramentas adequados nesta área, tendo assim um bom resultado no produto final. Esta pesquisa objetivou conhecer os métodos e ferramentas de gestão da produção utilizados em indústrias farmacêuticas brasileiras através de revisão bibliográfica por meio de artigos científicos. Para desenvolvimento deste trabalho utilizou-se artigos científicos recentes encontrados a partir da ferramenta Google Acadêmico e literatura que contempla o tema. A maioria dos artigos ressaltam a aplicação dos princípios de produção enxuta nas indústrias farmacêuticas, resultando em bons produtos que atendem as expectativas e necessidades dos clientes, tais como o uso do método Jus in Time (JIT) juntamente com as ferramentas kanban, ciclo PDCA, heijunka box, entre outras. Deste modo o uso do método e ferramentas adequadas implantados na indústria farmacêutica otimiza o processo produtivo, gerando menos desperdícios e utilizando melhor os ativos da empresa. Palavras-chave: Gestão de produção; Indústria farmacêutica; Métodos; Ferramentas. SANTOS, Ana Catarina S. Methods of production management in pharmaceutical industries. 2018. 28 sheets. Course Completion Work (Graduation in Production Engineering) – Anhanguera College of Anápolis, Anápolis, 2018. ABSTRACT In the pharmaceutical industry, production management has a fundamental role for the competitiveness and sustainability of the business, since all other processes are linked to production. For this, it is necessary to apply appropriate methods and tools in this area, thus having a good result in the final product. This CBT aims to know the methods and tools of production management used in Brazilian pharmaceutical industries through a bibliographical review through scientific articles. For the development of this work, we used recent scientific articles found from the Google Scholar and literature tool that contemplates the theme. Most articles highlight the application of lean manufacturing principles in pharmaceutical industries, resulting in good products that meet customers' expectations and needs, such as using the JIT method together with kanban tools, PDCA cycle, heijunka box, among others. In this way, the use of the appropriate method and tools implanted in the pharmaceutical industry optimizes the productive process, generating less waste and making better use of the company's assets. Key-words: Management of production; Industry pharmaceutical; Methods; Tools. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 – Modelo de Transformação ...................................................................... .10 Figura 2 – Interação do PPCP com outras áreas .................................................... .13 Figura 3 – Cadeia Produtiva de Medicamentos.........................................................16 Figura 4 – Ciclo PDCA...............................................................................................20 Figura 5 – Heijunka Box .......................................................................................... .22 LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Maiores indústrias farmacêuticas em vendas no Brasil ......................... .17 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS TCC Trabalho de Conclusão de Curso JIT Just In Time PPCP Planejamento, Programação e Controle da Produção PDCA Planejar, Fazer, Checar e Agir MRP Planejamento da Necessidade de Materiais OPT Tecnologia de Produção Otimizada MFV Mapa do Fluxo de Valor SMED Single Minute Exchange of Die TRF Troca Rápida de Ferramenta ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 8 2. GESTÃO DA PRODUÇÃO E SEUS MÉTODOS ............................................... 10 2.1 EVOLUÇÃO DOS MODELOS DE GESTÃO DA PRODUÇÃO............................11 2.2 PLANEJAMENTO, PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DA PRODUÇÃO (PPCP) ....................................................................................................................................13 3. SETOR FARMACÊUTICO.....................................................................................15 4. MÉTODOS E FERRAMENTAS DE GESTÃO DA PRODUÇÃO EMPREGADOS NA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA..................................................................................20 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................25 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 26 8 1. INTRODUÇÃO A sobrevivência das empresas com uma posição competitiva no mercado está diretamente ligada ao modo como essas organizações combinam seus recursos de forma aproveitável e com o mínimo de desperdícios, que se dá através de planejamento e controle em seus negócios. A importância de uma produção com alta produtividade, baixas perdas no processo produtivo, aliado a uma gestão de produção altamente eficaz, são alguns dos grandes obstáculos de todo segmento industrial. Para a formação integral do Engenheiro de Produção é imprescindível que o mesmo conheça os métodos de gestão da produção mais usuais em processos produtivos. Em todo ramo industrial a gestão de produção é essencial, os métodos ideais adotados nesse meio podem propiciar a capacidade máxima produtiva, além da obtenção do produto acabado com qualidade superior. No ramo de indústrias farmacêuticas, a gestão da produção possui um papel fundamental para a competitividade e sustentabilidade dos negócios, pois todos os outros processos estão atrelados à produção. Para isso, se torna necessária a aplicação de métodos e ferramentas nesta área, tendo assim um bom resultado no produto final. Contudo, o propósito deste trabalho foi responder a seguinte questão: Quais são os principais métodos e ferramentas de gestão da produção relatados em artigos científicos que estão sendo aplicados nas indústrias farmacêuticas? Este trabalho teve como objetivo conhecer os métodos e ferramentas de gestão da produção utilizados em indústrias farmacêuticas brasileiras através de revisão bibliográfica por meiode artigos científicos. Dentre os objetivos específicos desse TCC (Trabalho de Conclusão de Curso), pode-se citar: descrever gestão da produção e seus métodos, definir o setor de indústria farmacêutica e caracterizar os principais métodos e ferramentas utilizados nas indústrias farmacêuticas através de citação de artigos científicos que contemplam o tema. A pesquisa foi elaborada em revisão bibliográfica, sendo uma pesquisa qualitativa e descritiva. Para construção do TCC e embasamento teórico do tema dispôs-se da Biblioteca da Faculdade Anhanguera de Anápolis a qual possui um vasto acervo de livros. Utilizou-se também artigos científicos recentes que contemplam um cenário mais atualizado, publicados nos últimos anos para levantamento teórico e foram utilizadas as palavras-chaves: gestão da produção, métodos, ferramentas e indústria farmacêutica. Com o auxílio da ferramenta de pesquisa Google Acadêmico 9 foram selecionados artigos, e categorizados com base no tema principal através de uma minuciosa leitura, as palavras chave empregadas na busca foram: indústrias farmacêuticas, métodos e ferramentas da gestão da produção. Alguns seletos autores reconhecidos por retratarem o tema, como: Martins, Laugeni, Nigel Slack, Stuart Chambers e Robert Johnston. 10 2. GESTÃO DA PRODUÇÃO E SEUS MÉTODOS Este capítulo tem por intuito demonstrar a importância e necessidade de uma boa gestão da produção dentro das indústrias, levando em consideração que a produção é o coração de toda a empresa, com isso pode-se estudar através de referências bibliográficas os principais conceitos da gestão de produção e seus métodos em indústrias farmacêuticas. Gestão da Produção é conceituada como a produção e entrega de bens e serviços e a administração de recursos escassos, objetivando em atender os quesitos de qualidade e necessidades, tempo e custo de seus respectivos clientes. Toda organização que vise ou não o lucro possui em seu interior uma função de produção, já que a mesma gera algum “pacote de valor” à seus clientes, isso inclui produtos e/ou serviços. Esta área está presente em tudo do nosso dia-a-dia, seja nas vestimentas ou alimentação, já que tudo isso passa de alguma forma por um processo produtivo, e fazer com que esse processo seja eficiente e eficaz é o objetivo dessa área (SLACK, CHAMBERS E JOHNSTON, 2002). Na maioria das vezes o termo Gestão da Produção remete à atividade fabril praticada dentro das empresas e vem a figura de um local cheio de máquinas, produtos em processo de fabricação, caminhões com cargas em transportes e assim por diante. Com certeza isso tudo está ligado à Gestão de Produção, no entanto ela abrange mais setores. Essa área pode ser explorada em hospitais, aeroportos, empresas de pequeno ou grande porte, tudo que envolva serviços. Slack, Chambers e Johnston (2002) retrata um sistema de produção em que insumos são combinados para fornecer uma saída, através do modelo input- transformação-output, no qual input são os recursos de entrada e output os recursos de saída, como mostra a Figura 1. Figura 1 – Modelo de Transformação Fonte: Adaptado de Slack, N., Chambers, S., Johnston, R. (2002) 11 De acordo com a Figura 1 pode-se notar que a entrada são os materiais, informações e consumidores que combinados com os recursos de transformação, equipamentos e pessoal resultam na produção de bens e serviços. O maior ou menor aproveitamento desses recursos no processo produtivo se designa ao conceito de produtividade que é consequência ao método que se aplica. Com isso, o envolvimento de funcionários, máquinas, combustíveis consumidos e matéria-prima são utilizados de forma proveitosa a gerar um crescimento da produtividade. A implantação de métodos e ferramentas eficientes, assim como a melhoria contínua em processos produtivos é de grande valia para qualquer indústria ou empresas, sejam elas de grande ou pequeno porte, que tenham o objetivo de consagrar-se no mercado. Em tempos onde se deve produzir mais com menos recursos, a eficiência do processo fabril é indispensável para o sucesso de uma organização, já que as empresas devem conduzir suas decisões à sempre manter o foco nas exigências definidas pelo cliente, sendo este o real indicativo da estratégia produtiva. A gestão da produção tem como função propiciar uma boa posição competitiva para à empresa, transformando a estrutura em formas como fazer algo, denominados de métodos da gestão da produção. (JURAN e GRYNA, 1991; TEIXEIRA et al., 2014). 2.1 EVOLUÇÃO DOS MODELOS DE GESTÃO DA PRODUÇÃO Segundo Correa (2003) a administração da produção existe desde a pré- história, mas começou a tomar forma com o artesanato. Com o intuito de suprir uma demanda maior os artesãos criam a produção organizada, estabelecendo prioridade de serviços e prazos de entrega. Porém com a chegada da Revolução Industrial o trabalho artesanal decai e começam a substituir o trabalho manual pelas máquinas e assim surgem as primeiras unidades fabris, com o desenvolvimento de técnicas de supervisão e produtos e processos padronizados. Alguns modelos de gestão da produção que mais se destacam é o fordismo e a produção enxuta. O fordismo, criado com a função de atender as necessidades do consumidor em uma demanda contínua e em massa, se caracteriza pela produção em série e com pouca variedade, com o intuito de reduzir custos. Através da esteira rolante criada por Henry Ford que este sistema foi capaz de efetivar-se em grande escala, o que aumentou de forma grandiosa o aproveitamento da técnica de 12 decomposição do processo de produção, criada pelo engenheiro americano Taylor, no qual cada trabalhador exercia apenas uma função (KURZ, 1993). Correa (2003) também afirma que com a produção do famoso Modelo Ford T Preto, com carros padronizados e pouca variedade, resulta em economias de escala, na qual o aumento da quantidade produzida é inversamente proporcional a redução de custos dos seus produtos. Assim Ford liderou a indústria automotiva por ser o primeiro a produzir em massa. Mas devido aos altos estoques gerados por esse modelo de produção, produtos padronizados e alienação dos trabalhadores houve um declínio na demanda. A partir disso surge uma nova forma de produção garantindo um mix de produtos maiores, qualidade e custos baixos, o Sistema Toyota de Produção. Ohno (1997), retrata que o Sistema Toyota de Produção é pioneiro na construção de um gerenciamento robusto da produção, possibilitando um diferencial na competitividade do mercado atual. O grande trunfo desse sistema é o foco principal na completa eliminação de desperdícios nos processos da empresa. Outro método importante nessa área é a produção enxuta que surgiu a partir das técnicas do Toyotismo, o qual busca produzir somente o necessário no tempo certo. Conforme Dennis (2008), Prates e Bandeira (2011) a manufatura enxuta visa produzir mais com menos, menos esforços, menos tempo, menos maquinário, menos material, ou seja, tornar a organização mais eficiente. As atividades desse sistema de produção tem como intuito otimizar o lead-time (tempo de atravessamento do produto na fábrica, desde a realização do pedido até a entrega do produto). Através desse método os conceitos de engenharia simultânea, just-in-time (JIT), células de produção e outros são inseridos. Ao longo dessa evolução, tornando a produção modernizada, o consumidor se torna o grande alvo, no qual a satisfação dos mesmos tem levado as organizações a se tornarem mais eficazes e eficientes através do uso de técnicas cada vez mais atuais. Fazendo uso de técnicas aprimoradas a fim de garantir um crescimento competitivo ao melhorar continuamente seus serviços ou produtos. Para atingir esse objetivo as indústrias devem adaptar-se as novas faces do mercado constantemente, naincessante busca por melhoria contínua. Com isso a utilização de sistemas flexíveis, com a função de integrar toda a organização é essencial, entre as diversas áreas a de maior destaque é o Planejamento, Programação e Controle da Produção (PPCP). 13 2.2 PLANEJAMENTO, PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DA PRODUÇÃO (PPCP) A Gestão da Produção também retratada como gerenciamento da produção, tem como função dentro da indústria coordenar todos os processos produtivos, desde o recebimento dos insumos na produção até o produto acabado, dentre esses processos algumas das principais atividades são o planejamento, programação e controle da produção. Segundo os autores Andrade, Fernandes e Nantes (2010) existem algumas atividades que são imprescindíveis no desenvolvimento do PPCP, independente da tecnologia empregada na produção ou mesmo o sistema de produção utilizado. No Planejamento da Produção, o planejamento agregado e desagregado da produção, a previsão de demanda e o planejamento da capacidade retratam algumas dessas atividades. Já no que se refere ao Controle da Produção, a análise de capacidade, programação mestre de produção, controle de estoque, coordenação de ordens de compra e produção, entre diversas outras associadas a essa área específica. Na percepção de Martins e Laugeni (2001), o PPCP tem como principal objetivo comandar o processo produtivo, emitir ordens de produção e ordens de compra criadas a partir da transformação de informações de vários setores, essa ligação com os outros setores é demonstrada na Figura 2. Figura 2 – Interação do PPCP com outras áreas Fonte: Adaptado de Tubino (1997) 14 Conforme expresso na Figura 2 o PPCP é considerado o alicerce na estrutura administrativa de um sistema produtivo. Russomano (2000) trata esse setor como um elemento decisivo na estratégia das organizações, logo consequentemente exercendo funções de planejamento e controle, de maneira a buscar a satisfação dos consumidores com seus respectivos produtos e serviços, atendendo as suas exigências por melhor qualidade, entregas confiáveis e maior variedade de modelos, resultando a toda organização um retorno financeiro positivo. Para auxiliar nas atividades de Planejamento e Controle da Produção, utilizam- se três sistemas, pelo menos: MRP/MRP II (Planejamento da Necessidade de Materiais), JIT e OPT (Tecnologia de Produção Otimizada). Estes sistemas podem ser utilizados de forma isolados ou integrados, isso vai depender da complexidade da produção nas empresas. 15 3. SETOR FARMACÊUTICO O mercado é cada vez mais competitivo, sendo assim uma produção com melhor qualidade e em quantidade maiores tende a ser o objetivo de todas indústrias e empresas para que possam caminhar frente a concorrência. Granjeiro et al. (2012), afirma que o setor farmacêutico é considerado como um dos mais competitivos e inovadores do mercado, que se caracteriza por um forte dinamismo muitas vezes centrado em pesquisa e desenvolvimento, além de investimentos elevados por parte das empresas, que precisam buscar, por vezes, estratégias competitivas fundamentadas na diferenciação. A indústria farmacêutica é um setor que requer inovação constante, investimentos em pesquisa, além de estratégias competitivas eficientes quanto ao mercado e concorrentes. O setor farmacêutico é sinalizado pela inovação, taxas elevadas de crescimento e aumento de novos consumidores que como consequência geram uma vantagem competitiva e sustentável. Esse setor vem crescendo progressivamente, segundo os dados da Interfarma (2017), Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa, a indústria farmacêutica brasileira representa a oitava posição no ranking mundial, com estimativa para o quinto lugar em 2021, apresentando um maior volume de produção e vendas em genéricos. O Brasil apenas fabrica esses medicamentos, as pesquisas e desenvolvimentos de produtos são do exterior. Para esse setor continuar crescendo, é imprescindível que tenham processos produtivos cada vez mais eficientes, adentrando um método de gestão da produção que intensifique seus resultados de forma positiva. A indústria farmacêutica fabrica seus produtos através de altos investimentos em pesquisas e testes. Todas essas pesquisas têm em vista a melhoria de alguns medicamentos já efetivos e acarretam em custos elevados. O retorno da grande parte desses investimentos ocorre a partir de lucros resultantes da venda de royalties, as patentes das fórmulas dos medicamentos, além da comercialização direta dos medicamentos (MELO, 2009). Para compreender as etapas do processo produtivo e distribuição de medicamentos do setor farmacêutico, a Figura 3 mostra todos os estágios envolvidos dentro dessa cadeia de produção. 16 Figura 3 – Cadeia Produtiva de Medicamentos Fonte: Adaptado de Palmeira Filho, P. L. e Pan, S. S. (2003) Como visto na Figura 3 as etapas dessa cadeia produtiva vão desde a produção industrial, incluso no segmento das indústrias farmacêuticas até o consumidor final que representa a última etapa. Dentro dessa cadeia os fármacos passam da indústria para o laboratório, em seguida para distribuição dos medicamentos às farmácias que chegam ao consumidor final. A primeira e segunda etapa, no caso das grandes empresas localizadas também no exterior, normalmente estão em conjunto, isto é, os princípios ativos dos fármacos são cedidos por uma fábrica do mesmo grupo. Conforme Moretto e Calixto (2011), no setor farmacêutico o desenvolvimento de um produto possui como objetivo projetá-lo com qualidade e um processo de fabricação aceitável para que se obtenha o desempenho pretendido do produto. No Brasil, os produtos dessas indústrias têm como características um grau de exigência quanto aos requisitos passíveis de fiscalização pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), órgão regulador brasileiro de todos os produtos e serviços que possam afetar a saúde da população brasileira, a qual fiscaliza todo o processo produtivo de um fármaco, desde a compra de matérias-primas até a comercialização para o consumidor final (ORTIZ, 2003). Uma das responsabilidades da ANVISA é o registro de medicamentos, nesta etapa, estes produtos são avaliados quanto a sua eficácia, segurança e qualidade antes de dirigir-se ao consumidor final, propiciando a garantia da segurança da saúde da população (CARVALHO et al. 2008). Martins e Laugeni (2005) cita alguns fatores que podem determinar a produtividade, atentando-se a relação capital e trabalho, pode-se citar alguns como: fatores gerenciais, escassez de recursos, inovação e tecnologia, mão de obra e qualidade de vida. Para Rodrigues (2014 p. 68) “a produtividade está relacionada com 17 a produção de bens ou serviços, e é representada pela relação do resultado final, pelo que é necessário para realizar o produto”. De acordo com a Exame (2015) o setor farmacêutico movimentou 55,89 bilhões de reais no Brasil no ano de 2015, um levantamento elaborado pela IMS Health mostra as empresas do setor farmacêutico que mais venderam em 2015, conforme Tabela 1. Tabela 1 – Maiores indústrias farmacêuticas em vendas no Brasil EMPRESAS VENDAS (R$ BILHÕES) EMS 6,75 HYPERMARCAS 5,72 SANOFI 4,47 NOVARTIS 3,33 ACHÉ 3,18 EUROFARMA 2,78 TAKEDA PHARMA 1,56 BAYER 1,48 TEUTO BRASILEIRO 1,35 GSK 1,30 Fonte: Adaptado de Exame (2015) De acordo com a Tabela 1 as indústrias farmacêuticas que mais venderam em 2015 somam um total de 31,92 bilhões de reais, embora essas empresas estejam sediadas no Brasil, são enormes fabricantes mundiais de medicamentos, assim pode- se observar que em geral, os laboratórios multinacionais obtêm os insumos necessários para produção dos medicamentos de suas sedes ou outras empresas no exterior.Além da importação dos insumos, verifica-se também um aumento da importação de medicamentos prontos e embalados. Atualmente, a importação de insumos e medicamentos pelas multinacionais instaladas no Brasil tem provocado forte impacto negativo na balança comercial do país. Da perspectiva das indústrias nacionais, a habilitação em pesquisa e desenvolvimento e a capacidade de produção local de medicamentos constituem pontos essenciais para alavancagem das indústrias brasileiras. http://www.exame.com.br/topicos/setor-farmaceutico 18 Em vista das dificuldades que esse setor encontra é imprescindível o uso de ferramentas e métodos adequados, afim de garantir produtos de qualidade que atendam as expectativas dos clientes e supram a crescente demanda das indústrias farmacêuticas. A produção enxuta ainda é um dos principais métodos utilizados nas indústrias, em especial nas indústrias farmacêuticas, já que procura identificar e sanar quaisquer desperdícios dentro do sistema produtivo, visto isso, esse método torna-se imprescindível no setor farmacêutico. Na produção enxuta ressalta-se alguns de seus elementos essenciais, são eles: produzir somente a quantidade necessária, identificar o que gera e o que não gera valor, descrever todos os passos fundamentais na manufatura do produto ao longo de toda a linha de produção, de tal maneira que não sejam gerados desperdícios, promover ações a fim de criar um fluxo de valor contínuo, sem interrupções, empenhar-se para manter uma melhoria contínua, buscando remover dentro da produção os desperdícios e perdas. (HINES; TAYLOR 2000). Juntamente com esse método há alguns sistemas utilizados no PPCP que já foram citados anteriormente, onde auxiliam à busca de resultados dos mesmos, são eles: JIT, MRP e OPT. A opção do uso de um desses sistemas, ou a utilização em conjunto, tem se mostrado uma das principais decisões acerca do gerenciamento produtivo nos últimos anos. O JIT busca atender de forma flexível e rápida à variada demanda do mercado, na maioria produzindo em pequenos lotes. Procura adequar a demanda prevista às possibilidades do sistema produtivo, otimizando a utilização do tempo, recursos de matéria prima e tecnologia, abrange também o controle de itens repetitivos no “chão de fábrica”. Essa filosofia é usada tanto no setor farmacêutico como em indústrias de vários segmentos. Os benefícios obtidos da utilização do MRP, também conhecido como Planejamento da Necessidade dos Materiais, conforme Russomano (2000) são: melhoria da eficiência da emissão e da programação, redução dos custos operacionais, redução do custo de estoque e aumento da eficiência da fábrica. Sua extensão, o MRP II, também pode ser utilizado para gerar as necessidades de materiais no âmbito de planejamento. O OPT que significa Tecnologia de Produção Otimizada, é composto de um software ou proprietário e sua filosofia. Segundo Goldratt e Fox (2002), a meta principal das empresas é ganhar dinheiro, e esse sistema contribui para isso atuando 19 sobre três causas: ganho, estoques e despesas operacionais. Essa filosofia atua diretamente sobre o gargalo no sistema produtivo e sua utilização ideal na indústria pode dispor de um realista Programa Mestre da Produção. 20 4. MÉTODOS E FERRAMENTAS DE GESTÃO DA PRODUÇÃO EMPREGADOS NA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA Visto a importância a temática gestão da produção, torna-se necessário adentrar ao assunto sobre os métodos e ferramentas de gestão da produção mais relevantes aplicados no âmbito de indústrias, através de revisão de literatura em artigos científicos e documentos relevantes da área. Para prosseguimento deste trabalho, foram selecionados artigos científicos recentes que contemplam um cenário mais atualizado, publicados nos anos de 2016 a 2018 para levantamento teórico. A pesquisa foi realizada através da ferramenta de busca Google Acadêmico e utilizadas as palavras-chaves: gestão da produção, métodos, ferramentas e indústria farmacêutica. Através de uma minuciosa leitura foram selecionados artigos com base no tema principal: indústrias farmacêuticas, métodos e ferramentas da gestão da produção. Esses artigos são abordados neste capítulo retratando os métodos e ferramentas mais usuais de gestão da produção nas indústrias, especificamente no setor farmacêutico. De acordo com Miranda e Santana (2018), para suprir a crescente expectativa dos consumidores em relação à qualidade dos produtos e serviços, as organizações precisam investir, cada vez mais, em sistemas e ferramentas a fim de garantir a permanência dos produtos no mercado. Dentre algumas ferramentas esses autores ressaltam o ciclo PDCA, P (planejar), D (fazer), C (checar) e A (agir), como mostra a Figura 4. Figura 4 – Ciclo PDCA Fonte: Instituto Brasileiro de Ensino e Pesquisa (2010) 21 De acordo com Slack, Chambers e Johnston (2002), o ciclo PDCA mostrado na Figura 4 é utilizado na gestão da produção e também na gestão da qualidade, é um ciclo que vai desde o estágio P ao A, é um melhoramento contínuo de operações, atividade ou processo de maneira cíclica e pode ser aplicado em qualquer processo com a intenção de otimizá-lo, aperfeiçoando um sistema com a implementação do mesmo. Assim a realização dessa ferramenta é simples, porém eficaz na solução de problemas. Segundo Womack e Jones (1998), a produção enxuta procura identificar e sanar quaisquer desperdícios dentro do sistema produtivo, sendo desperdício todas as atividades que consomem recursos e não geram nenhum valor. Hines e Taylor (2000), apontam alguns elementos essenciais da produção enxuta, são eles: produzir somente a quantidade necessária, identificar o que gera e o que não gera valor, descrever todos os passos fundamentais na manufatura do produto ao longo de toda a linha de produção, de tal maneira que não sejam gerados desperdícios, promover ações a fim de criar um fluxo de valor contínuo, sem interrupções, empenhar-se para manter uma melhoria contínua, buscando remover dentro da produção os desperdícios e perdas. Um dos métodos mais modernos da administração industrial e um dos principais métodos da Produção Enxuta é o sistema Just In Time (JIT) que traduzido do inglês significa “na hora certa”, onde os trabalhadores precisam ficar atentos as informações disponibilizadas para saber o que se deve produzir a cada momento, para que cada processo seja abastecido com os itens corretos, quantidade, local e tempo certo. A partir das ideias de Ohno e Shingo o JIT é um dos pilares de sustentação baseado na “completa eliminação das perdas” do Sistema Toyota de Produção. (OHNO 1997; SHINGO 1988). Uma ferramenta que atua dentro desse sistema é o Jidoka, na expressão japonesa significa “automação com toque humano”, no qual autoriza o operador ou a máquina parar o processo sempre que detectada alguma anormalidade no sistema produtivo. As falhas são analisadas e solucionados fazendo com que o processo volte a funcionar e que não desencadeie uma série de falhas, assim sempre agindo com melhoria contínua nos processos. Essa ideia surgiu fundamentado nos esforços de Ohno (1997) com o propósito de aumentar a eficiência da produção, fazendo com que o trabalhador operasse mais de uma máquina. 22 Dentro da Produção Enxuta encontra-se também programas de Manutenção Preventiva, que dão suporte ao JIT, com a finalidade de evitar quebras de maquinário, bem como garantir o funcionamento de todo sistema produtivo. Ariza (1978) afirma que o operador é responsável por manter a limpeza, fazer pequenos reparos nos equipamentos, além de detectar e informar aos responsáveis qualquer anormalidade na produção. Há algumas ferramentas incluídas na produção enxuta que possuem como objetivo otimizar o processo produtivo nasindústrias, entre elas destacam-se: ciclo PDCA, Mapa do Fluxo de Valor (MFV), Heijunka Box e Kanban. O MFV é outra ferramenta importante na manufatura lean, Rother e Shook (1999) afirmam que o mapeamento consiste em tornar possível melhorar o desempenho da sua organização, estes autores explicam essa ferramenta como o desenho do mapa atual da produção de todas as partes de um produto englobando desde o fornecedor até o consumidor e após desenha o mapa futuro de como tudo deveria fluir, melhorando o fluxo de informação e material. Heijunka que traduzido do japonês significa “fazer plana e nivelada”, o heijunka box como mostra na Figura 5, é o principal mecanismo do nivelamento da produção e não é mais do que um quadro personalizado que mostra a programação da produção, usado para ajudar na comunicação interna, reduzir estoques e desperdícios, entre outros. (NATALIE J. SAYER, 2007). Figura 5 – Heijunka Box Fonte: Adaptado de Lean Institute (2008) 23 A sequência de produção é feita através de kanbans (cartões), permitindo visualizar a produção futura, geralmente as linhas demonstram cada produto e as colunas o período de tempo ou estação de trabalho. Os cartões são removidos do quadro à medida que a produção de determinado produto acaba. O Kanban é bastante utilizado na produção enxuta e significa cartão ou sinal, ele tem a função de controlar a transferência de material de uma operação a outra. É um cartão utilizado para sinalizar que mais material deve ser enviado e fornece informações sobre o que produzir, quando e quanto, permitindo um controle detalhado do processo produtivo. (SLACK, CHAMBERS E JOHNSTON, 2002). Shingo (2008) também desenvolveu um método chamado SMED (Single Minute Exchange of Die), no Brasil é conhecido como Troca Rápida de Ferramentas (TRF), essa metodologia visa reduzir o tempo de preparação da máquina para produção de outro produto, já que é uma operação que mantém o processo parado. É considerada o último produto produzido conforme de um lote anterior, até o primeiro produto conforme, do lote subsequente. Entre os métodos de gestão da produção com maior destaque, pode-se citar algumas outras ferramentas vinculadas à estes métodos, como: cronoanálise, índices de produtividade, kaizen, OEE, diagrama de Ishikawa, poka-yoke, entre outras. Essas ferramentas são utilizadas na gestão de produção no âmbito das indústrias e também especificamente em indústrias farmacêuticas. Grande parte das indústrias farmacêuticas fazem uso desses sistemas, de acordo com levantamento dos artigos em estudo, em especial o artigo de Barreto da Silva (2016) no qual afirma que a união da área de PPCP com o fluxo de produção, garante o nível de serviço e otimiza o nivelamento e fluxo da produção. O mesmo enfatiza que é essencial aplicar os princípios de produção enxuta nas indústrias farmacêuticas, resultando em bons produtos que atendem as expectativas e necessidades dos clientes. Em um estudo sobre a aplicação do lean manufacturing na redução do tempo de setup em uma indústria farmacêutica, Melo (2016) ressalta o emprego das ferramentas certas na análise do processo de produção de medicamentos buscando qualidade superior, redução de desperdícios e a busca da maior produção possível, através das ferramentas SMED e OEE que buscam introduzir-se na jornada de produção enxuta, sugerindo uma implantação dessa metodologia, almejando-se uma drástica mudança no resultado final gerando lucratividade. 24 As ferramentas mencionadas no capítulo anterior em sua maioria são utilizadas no setor farmacêutico, juntamente com os métodos e sistemas citados acima com o objetivo de propiciar as indústrias melhores resultados. Existe ainda outros modelos de produção como italiano e sueco, mas estes modelos, apesar de influenciarem a forma como as empresas desenvolvem e aplicam seus métodos e ferramentas, não são tratados neste TCC, pois não se adequam fortemente à indústria farmacêutica. 25 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS O primeiro passo desse estudo baseado em referências bibliográficas foi descrever gestão da produção que tem como função propiciar uma boa posição competitiva para à empresa, transformando a estrutura em formas como fazer algo, denominados de métodos da gestão da produção. As indústrias farmacêuticas no Brasil enfrentam algumas dificuldades, já que as mesmas apenas fabricam os fármacos, as pesquisas e desenvolvimentos de seus produtos são vindas do exterior. Para esse setor continuar crescendo, é imprescindível que tenham processos produtivos cada vez mais eficientes, adentrando um método de gestão da produção que intensifique seus resultados de forma positiva e supre a crescente demanda das indústrias farmacêuticas. A última parte do trabalho ressalta no que retrata a maioria dos artigos que a aplicação dos princípios de produção enxuta nas indústrias farmacêuticas, resultam em bons produtos que atendem as expectativas e necessidades dos clientes, tais como o uso do método JIT juntamente com as ferramentas kanban, ciclo PDCA, heijunka box, entre outras. Deste modo o uso do método e ferramentas adequadas implantados na indústria farmacêutica otimiza o processo produtivo, gerando menos desperdícios e utilizando melhor os ativos da empresa. 26 REFERÊNCIAS ANDRADE, J. H. de; FERNANDES, F. C. F.; NANTES, J. F. D. Avaliação do nível de integração entre PDP E PCP em ambiente de projeto e fabricação sob encomenda. 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