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Hormônios Sexuais BIOQUÍMICA Universidade Salvador Disciplina: Bioquímica. Docente: Mabel. Discentes: Yasmin Gomes – Fisioterapia, 4º semestre; Jéssica Reis – Nutrição, 6º semestre; Sylvia Dias – Nutrição, 4º semestre; Débora Alessandra – Nutrição, 4º semestre; HORMÔNIOS SEXUAIS O que são Hormônios? Um hormônio é uma substância química secretada para os líquidos corporais interno, por uma célula ou um grupo de células, exercendo um efeito fisiológico de controle sobre outras células ou sobre ela mesma. Os hormônios podem ser classificados de acordo com a sua natureza química, e as diferenças químicas também ira interferir no seu modo de ação como será mostrado mais adiante. São divididos em 3 categorias: Hormônios peptídicos e proteícos (hormônios da tireóide); Hormônios derivados da tirosina; Hormônios esteróides ADRENOCORTICAIS SEXUAIS HORMÔNIOS ESTEROIDES São os hormônios derivados do colesterol; O colesterol sofre diversas reações enzimáticas e é convertido em um determinado hormônio; Tem como característica química o núcleo ciclopentanoperhidrofenantreno (estrutura de 4 aneis unidos entre si, com um total de 17 carbonos); São lipossolúveis, eles precisam de proteínas para facilitar o seu transporte, eles não conseguem se perfundir livremente. Então ele terá duas frações: 1. Uma fração livre (quando ele está livre no plasma); 2. Uma fração ligada (quando ele está com a sua proteína transportadora); A principal proteína transportadora é a Albumina, quando esses hormônios estão ligados a Albumina eles não tem atividade biológica, somente a fração livre é que é biologicamente ativa; A biossíntese dos hormônios esteróides é restrita a alguns tecidos (Córtex Adrenal, Gônadas, Tecido adiposo e Placenta). A BIOSSÍNTESE DOS HORMÔNIOS ESTEROIDES 1. Começa a partir do colesterol; 2. Esse colesterol então a partir da mitocôndria que contém o citocromo P450 é convertido em 5- Delta-pregnenolona e essa 5-delta- pregnenolona dependendo do tecido que ela estiver é lançada. No citosol e no reticulo endoplasmático liso e então ela pode dá origem aos glicocorticoides, aos mineral corticoides, aos hormônios androgênios ou os estrogênios CLASSES DOS HORMÔNIOS SEXUAIS ANDROGÉNOS ESTROGÉNOS PROGESTÁGENOS Hormônios característicos do homem: 1. Androstenodiona; 2. DHEA; 3. Testosterona; 4. DHT. Hormônios característicos da mulher: 1. 17-beta-estradiol; 2. Estrona; 3. Estriol (que é o metabólito da estrona e do 17-beta- estradiol). Hormônio característico da mulher: 1. Progesterona. ANDROGÉNOS - TESTOSTERONA A testosterona, principal andrógeno da circulação, é responsável pelo desenvolvimento e manutenção das características sexuais masculina e do estado anabólico de tecidos. A testosterona é sintetizada a partir do colesterol, por uma sequência de cadeias enzimáticas dentro das células de Leydig, localizadas no interstício do testículo maduro. A secreção testicular de testosterona é modulada, principalmente, pelo hormônio luteinizante (LH) e a conversão de colesterol em pregnolona na mitocôndria das células de Leydig são feitas pelo complexo enzimático de clivagem da cadeia de colesterol do citocromo P450, localizado na membrana mitocondrial. Artigo: Efeitos Cardiovasculares da Testosterona - Otavio C. E. Gebara, Núbia W. Vieira, Jayson W. Meyer, São Paulo, SP TESTOSTERONA - SECREÇÃO A Testosterona é secretada três vezes na vida: Fonte, artigo: Efeitos Cardiovasculares da Testosterona - Otavio C. E. Gebara, Núbia W. Vieira, Jayson W. Meyer, São Paulo, SP No primeiro trimestre da vida uterina, transitoriamente; Na vida neonatal; Continuamente após a puberdade. “O nível de testosterona produzido pode ser calculado pela depuração metabólica, pela média dos níveis de testosterona circulante, por diferença arteriovenosa testicular ou pela taxa de fluxo testicular.” TESTOSTERONA – METABOLISMO & REGULAÇÃO I. METABOLISMO: Uma pequena porcentagem da testosterona é convertida em metabólitos, biologicamente ativos, em determinados tecidos; A maioria é convertida em metabólitos inativos, excretados pelos rins e vias biliares. A testosterona é convertida, pela 5-alfa-redutase, em dihidroepiandrosterona na próstata, mais efetivamente, e em menor extensão na pele e no fígado; A dihidroepiandrosterona, é também convertida em estradiol em menor proporção; No cérebro, a aromatização da testosterona em estradiol tem um importante efeito na regulação da secreção de gonadotrofina e na função sexual; A inativação da testosterona ocorre predominantemente no fígado. II. REGULAÇÃO: É regulada, primariamente, pela secreção de hormônio luteinizante pela pituitária, a qual estimula a esteroidogênese nas células de Leydig, aumentando o substrato para sua formação e regulando o fluxo sangüíneo testicular. O hormônio do crescimento (GnRH) hipotalâmico é secretado episodicamente, controlando a secreção de hormônio luteinizante, e a testosterona, por sua vez, exerce retro- alimentação (feed-back) negativa, inibindo a secreção de GnRH 6. TESTOSTERONA-DEFICIÊNCIA Queda na produção de testosterona provoca os seguintes efeitos no homem: 1. Perda de massa óssea e aumento do risco de fraturas; 2. Perda de força e diminuição da massa muscular; 3. Aumento da massa gordurosa; 4. Diminuição da libido; 5. Redução da fertilidade; 6. Fadiga; 7. Aumento da resistência à insulina e do risco de diabetes; 8. Depressão; 9. Comprometimento das funções cognitivas. A secreção de testosterona começa a declinar nos homens a partir dos 30 anos. Quando o hipogonadismo surge na infância não é difícil reconhecê-lo: o menino não sofre as transformações características da puberdade. Mas, quando se instala na vida adulta, o reconhecimento se torna problemático, porque os sintomas costumam ser vagos e características como distribuição da barba, massa muscular e desenvolvimento dos genitais, são mantidas por muito tempo apesar da falência da função testicular. PROGESTÁGENOS - PROGESTERONA É o maior esteróide progestacional secretado principalmente pelo corpo lúteo e placenta. A progesterona atua no útero, glândulas mamárias e encéfalo. É necessário para a implantação do embrião, manutenção da gravidez e no desenvolvimento do tecido mamário para a produção de leite. A progesterona, convertida a partir da pregnenola, também serve como um intermediário na biossíntese dos hormônios esteróides gonodais e dos corticosteroides da supra renal. Atribuem-se à progesterona numerosas funções, todas relacionadas diretamente ao preparo progestacional do endométrio e, na ocorrência de gravidez , ao transporte ovular, à nidação, e, sobretudo, ao bloqueio da contração muscular uterina, responsável pela quiescência do útero. Responsável pela sustentação do feto no útero. Aumentam as bolsas alveolares das glândulas mamárias e formam um epitélio secretor, aumentando a capacidade de secretar leite. A progesterona é a pregnenodiona, esteróide com 21 átomos de carbono, uma dupla ligação (4:5) e duas funções cetona em C3 e C20. BIOSSINTESE DA PROGESTERONA A pregnenolona se converte em progesterona por duas ações de uma única enzima, a 3ßHSD: O produto resultante é a progesterona, um potente hormônio ovariano e placentário. Imprescindível para manter a gravidez. E que é secretada em quantidades variáveis ao longo do ciclo menstrual; A maior parte da progesterona sintetizada vai para o sangue e a outra pequena parte é oxidada em C17 para conversão em andrógenos e estrógenos. Primeiro há oxidação do grupo hidroxila em C3 da pregnenolona o mesmo que precede do colesterol, O substrato deve sair da mitocôndriapara se encontrar com a 3-bdesidrogenase eta-hidroxiesteróide no RE. A 3-beta-hidroxiesteróide desidrogenase catalisa a transformação de pregnenolona em progesterona Essa transformação se dá pela desidrogenação do grupo hidroxila que se converte em cetona E como resultado da oxidação ocorre a isomerização da dupla ligação (C4-C5/C5-C6) Fonte, Artigo: Bioquímica Básica de las Hormonas Esteroideas:Biología y Clínica del Cáncer. Bonifacio Nicolás Díaz Chico, Catedrático de Fisiología, Instituto Canario de Investigación del Cáncer (ICIC). Departamento de Bioquímica y Fisiología, Universidad de Las Palmas de Gran Canaria PROGESTERONA – O CICLO MENSTRUAL No caso de ter havido uma fecundação e posterior implante do ovo na parede do útero, o corpo amarelo mantém-se em funções, mantendo-se a produção de estrogeneos e, principalmente, de progesterona. Como é lógico, não haverá então menstruação e estará em curso uma gravidez. 1 • Durante o ciclo menstrual a glândula pituitária liberta o FSH, que vai estimular o desenvolvimento de muitos folículos que são precursores dos óvulos femininos, existentes no ovário (um folículo se desenvolve mais que os outros, este então que irá dá origem ao óvulo, libertado no ciclo menstrual); 2 • Os folículos libertam para o sangue os estrógenos, que por sua vez, estimula a pituitária a secretar LH, que ao chegar nos ovários vai liberar o folículo mais desenvolvido, dando-se a ovulação. O folículo que agora é óvulo, vai para a trompa para a fecundação; 3 • Os folículos que ficaram no ovário, sob a influência da mesma LH, formam uma pequena zona amarela (corpo amarelo ou corpus luteum) que inicia a produção de outro hormônio a progesterona. Esta hormônio que tem como principal função preparar o interior do útero para receber o ovo fecundado (espessando-o e aumentando a circulação sanguínea) e iniciar a gestação (o seu nome vem de pró-gestação). 4 • No caso do óvulo não ser fecundado, ou de o embrião não ser viável, o corpo amarelo desaparece e os níveis de estrógenos e de progesterona descem subitamente, provocando o desagregar do revestimento interno do útero e a sua saída para o exterior: é a menstruação. 5 • A baixa de estrógenos e de progesterona fazem então com que a produção de FSH recomece, iniciando-se assim um novo ciclo. PROGESTERONA - DEFICIÊNCIA Insuficiência luteínica: A secreção insuficiente de progesterona pode traduzir-se por: Esterilidade Infertilidade; (abortamentos de repetição) Ciclomastopatias Tensão pré-menstrual (retenção hídrica, enxaqueca, irritabilidade) Distúrbios menstruais (hemorragia funcional uterina). Devemos aceitar como diagnóstico de insuficiência luteínica um teor de progesterona plasmática inferior a 5 ng/ml entre 21º e 23º dias do ciclo. Sua deficiência não tem muito significado pelo organismo, sendo a sua maior consequência a amenorréia. ESTRÓGENOS – ESTRADIOL, ESTRONA E ESTRIOL ESTRADIOL O estradiol pertence à família dos esteróides, lipídeos que compartilham a estrutura molecular básica do peridrociclopentanofenantreno, formado pela fusão do fenantreno com o ciclo pentano, tendo dois átomos de carbono em comum(17). É o hormônio estrogênio mais abundante potente. É uma substância secretada por uma glândula endócrina e liberada diretamente na corrente circulatória ou em outros líquidos do organismo ou, ainda, difunde-se em tecidos adjacentes, atingindo células e tecidos-alvo onde determina uma sequência de respostas e provoca um evento fisiológico característico. Promove o acumulo de gordura na região glúteo femoral. É considerado o estrogênio do ”bem“, sendo responsável pela lubrificação vaginal e a libido. Além de prevenir infecções urinárias. O estradiol também é importante na absorção de minerais, estimula a produção óssea, estimula a produção de oxido nítrico e HDL, além de manter a saúde da pele e ser um potente antioxidante. Fonte, Artigo: Conceitos e aspectos bioquímicos dos estrógenos: Concept and biochemical aspects of the oestrogens,- Hans Wolfgang Halbe, Livre-docente de Obstetrícia e Ginecologia, FMUSP. ESTRÓGENOS – ESTRADIOL, ESTRONA E ESTRIOL ESTRONA É produzido nos adipócitos e é responsável pelo acúmulo de gordura abdominal e ao redor dos órgãos, sendo considerado estrogênio do mal por bloquear os efeitos do estradiol e ter relação com o desenvolvimento do câncer. Na mulher jovem, os níveis de estrona são baixos, pois os ovários convertem rapidamente a estrona em estradiol. Após a menopausa, o ovário perde essa habilidade e a estrona passa a ser produzida pelo fígado e tecido adiposo. A estrona é um hormônio esteróide de potência estrogênica inferior ao estradiol, porém maior do que o estriol. Produzido pelo ovário e a glândula adrenal. A estrona continua a ser produzida após a menopausa, como se sabe, por conta da conversão do esteróide adrenal, denominado androstenediol, em vários tecidos, mas principalmente no tecido adiposo. ESTRÓGENOS – ESTRADIOL, ESTRONA E ESTRIOL ESTRIOL É considerado o mais fraco estrogênio, bloqueando os efeitos deletérios da estrona e também apresenta propriedades positivas nas funções auto imunes e é produzido naturalmente durante a gravidez pela placenta. O estriol é o principal hormônio produzido na mulher e juntamente com a progesterona e os hormônios FSH e LH, controlam a função ovariana durante o ciclo menstrual. “ ” Evidências científicas sugerem o papel promotor da, gordura dietética no desenvolvimento do câncer de, mama e correlacionam o consumo excessivo de gordura com o aumento dos índices desta neoplasia, especialmente na pós-menopausa onde há maior correlação entre o teor de gordura da dieta e os níveis séricos de estradiol. ESTRADIOL E O CÂNCER DE MAMA • O indol-3-carbinol, é um potente antioxidante que age diretamente na mama prevenindo o câncer. FONTE, ARTIGO: O PAPEL DOS ALIMENTOS FUNCIONAIS NA PREVENÇÃO E CONTROLE DO CÂNCER DE MAMA. PADILHA, PATRICIA DE CARVALHO;PINHEIRO, ROSILENE DE LIMA, 2004 REFERÊNCIAS Artigo: Efeitos Cardiovasculares da Testosterona – Otavio C. E. Gebara, Núbia W. Vieira, Jayson W. Meyer, Ana Luisa G. Calich, Eun J. Tai, Humberto Pierri, Mauricio Wajngarten, José M. Aldrighi – São Paulo, SP (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas e Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo. Correspondência: Otavio C. E. Gebara – InCor - Av. Dr. Enéas C. Aguiar, 44 - 05403-000- São Paulo, SP - E-mail:carotavio@uol.com.br - Recebido para publicação em 11/4/01.Aceito em 18/7/01); Artigo: Bioquímica Básica de las Hormonas Esteroideas: Biología y Clínica del Cáncer –Bonifacio Nicolás Díaz Chico, Catedrático de Fisiología, Instituto Canario de Investigación del Cáncer (ICIC). Departamento de Bioquímica y Fisiología, Universidad de Las Palmas de Gran Canaria; Artigo: Conceitos e aspectos bioquímicos dos estrógenos: Concept and biochemical aspects of the oestrogens,- Hans Wolfgang Halbe, Livre-docente de Obstetrícia e Ginecologia, FMUSP. Manejo dos Sintomas da Menopausa, Grayd,D. http://www.dohmsweb.net/apparenza/informes/168_ginecologia_art_tec.pdf(acesso em 20/11/2012) O Papel dos Alimentos Funcionais na Prevenção e Controle do Câncer de Mama. PADILHA, Patricia de Carvalho;PINHEIRO, Rosilene de Lima,2004h ttp://www.inca.gov.br/rbc/n_50/v03/pdf/REVISAO3.pdf (acesso em 20/11/2012)
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