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Clique para editar o estilo do título mestre Clique para editar o estilo do subtítulo mestre * * * FIXADORES EXTERNOS X FISIOTERAPIA * * * O que são Fixadores Externos ? A fixação esquelética externa é um método de fixação óssea ou de fragmentos ósseos, utilizando pinos ou fios transfixantes, que penetram perpendicularmente no esqueleto, e são fixados uns aos outros por uma armação metálica. * * * Componentes de Transfixação Pino de Hoffman; Pino de Schanz; Fios de Kirschner; Kit Ilizarov. * * * Úmero * * * Rádio e Ulna * * * Fêmur e Tíbia * * * Ilizarov * * * Indicações para Fixação Externa Fraturas cominutivas severas; Fraturas associadas a perda óssea; Fratura expostas; Fraturas associadas a lesão de partes moles; Fraturas associadas a lesão neurovascular; Fraturas associadas a queimaduras; Tratamento das não consolidações; Estabilização das osteotomias Artrodeses; Alongamento de membro inferior. * * * Vantagens do uso da Fixação Externa Ter acesso a partes moles; Alteração da rigidez com a qual a fratura é contida, antes da formação do calo ósseo; Manter as articulações próximas as fraturas livres; Permitir mobilização precoce das articulações e do paciente; Melhor controle do quadro infeccioso. * * * Desvantagens do uso dos Fixadores Externos Infecção no trajeto dos pinos ou fios. (Osteomielite); Afrouxamento dos pinos; Retardo de consolidação; Pseudoartrose. * * * Falhas e Lesões Provocadas pela Colocação dos Fixadores Externos Consolidação fora do alinhamento anatômico; Lesão de estruturas nobres (vasos, nervos etc.); Colocação dos pinos de transfixação através do foco de fratura; Não permitir acesso adequado aos tecidos moles. * * * Fraturas Expostas Se caracterizam por apresentar uma fratura associada com lesão de partes moles, colocando o meio interno em contacto com o meio externo. São na traumatologia as fraturas com maior indicação do uso de fixadores externos. Se classificam em grau I, II e III, de acordo com a extensão de lesão das partes moles. * * * Classificação das Fraturas Expostas Grau I – Ocorre uma fratura com pequena extensão de lesão de partes moles com pouca exposição dos fragmentos ósseos; Grau II – Ocorre uma fratura, associada com lesão significativa de partes moles, e uma maior exposição dos fragmentos ósseos, podendo ou não ter alguma lesão de estruturas nobres. Grau III – Ocorre fratura associada com grande lesão de partes moles, promovendo uma grande exposição dos fragmentos ósseos e lesão de estruturas nobres. * * * Fratura Exposta Grau I com Fixador Externo * * * Fratura Exposta Grau III * * * Infecções Osteomielite – Ocorre quando existe contato do meio interno com o meio externo, por mais de 6 horas na fratura exposta, ou por má assepsia no uso do fixador externo, principalmente os pacientes que foram liberados para sair a rua. * * * Infecções Gangrena Gasosa – Ocorre quando existe sujeira ou restos de detritos dentro da ferida formada em conseqüência da fratura exposta, ou quando não é feito um bom desbridamento da ferida, deixando tecidos desvitalizados no local, o que irá levar a essa infecção, podendo ocorrer à amputação do segmento. * * * Avaliação Fisioterapêutica Análise Geral do Paciente; Análise de Grupamentos Musculares Envolvidos; Verificação dos Arcos de Movimento das Articulações Adjacentes ao Fixador; Verificação de Pontos Dolorosos Locais; Verificação da Presença de Edema na Região ou Extremidade Adjacente Observar a Área Próxima aos Pinos, para Verificar se Existe Presença de Infecção. * * * Tratamento Fisioterapêutico O tratamento pode ser realizado o mais precoce possível. (Normalmente após 48h); Devemos encorajar o paciente a realizar movimentos ativos das articulações adjacentes o mais rápido possível; Estimular o fortalecimento muscular de estruturas acometidas e próximas a colocação do fixador; Realizar alongamento geral com o paciente, principalmente de músculos com grande facilidade de encurtar, tipo: Isquios Tibio-Fibular. Trabalho e treinamento de marcha quando possível ou deslocamento de peso corporal. * * * Outras Técnicas de Tratamento Eletroterapia – Correntes de baixa freqüência quando utilizadas sobre o grupamento muscular, não promovem interferência com o metal de transfixação. Hidroterapia – A cinesioterapia realizada dentro d’água, pode ser benéfica e acelerar o processo de recuperação do paciente, desde que se proteja os orifícios de contato dos fixadores e aumente a quantidade de cloro da água. Manipulações Passivas – Devem ser realizadas em determinadas situações para melhorar a mobilidade e a elasticidade de partes moles. * * * Contra Indicações e Cuidados a Serem Observados. Por se tratar de estrutura metálica, não devemos utilizar calor no local; Devemos evitar manipular o fixador externo, usando ele como “alça” ou suporte para mobilizar o segmento Se durante a mobilização do segmento se observar qualquer deslocamento do fixador, principalmente se acompanhado de dor, deve-se encaminhar o paciente ao ortopedista com o relato, pois esse procedimento pode vir a deslocar o foco de fratura, porém se o fixador for bem colocado isso não ocorre Em casos de infecção pode durante a cinesioterapia, ocorrer a saída de pús pelos orifícios, isso (caso não tenha dor), não impede o trabalho cinesioterapêutico. * * * Conclusão A Utilização dos fixadores externos é sem dúvida nenhuma atualmente o melhor tratamento para se fixar fraturas, e para o fisioterapeuta é facilitador, pois permite uma mobilização precoce e faz com que o tempo de morbidez do paciente praticamente não exista tornando sua recuperação funcional bem mais rápida. Vinicius Banzato