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“A radiação ionizante inclui as partículas beta, alfa e os raios gama e os raios-X. ) São ondas eletromagnéticas com comprimentos de onda curtos e frequência elevada” 1 As partículas alfa e beta não trazem grande risco a saúde, quando emitidas, pois são impedidas ainda nas primeiras camadas da pele, entretanto apresentam perigo se forem ingeridas ou injetadas. Já os raios gama e X, apresentam elevado poder de penetração tecidual, levando a lesões orgânicas.1 Embriões e fetos, quando expostos à radiação ionizante, estão sujeitos a sofrerem diversos tipos de malformações congênitas, a depender da dose recebida e do estágio de desenvolvimento do concepto.2,3 A seguir uma tabela para esclarecer melhor os efeitos da radiação e seus efeitos na gestação. Referências: 1. DA CRUZ, Gonçalo Pereira Rodrigues. Radiação na Gravidez: Abordagem da Mulher grávida exposta a radiação ionizante. 2013. 2. MOORE, K. L. et al. Embriologia clínica. 10. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016. 3. SADLER, Thomas W. Langman. Embriologia Médica. 13ª ed. Rio de Janeiro: Grupo Gen-Guanabara Koogan, 2016. 4. VARELLA, Isabela Paraventi; JUNIOR, Paulo Pinhal. Os efeitos negativos da radiação ionizante nos embriões. UNILUS Ensino e Pesquisa, v. 13, n. 30, p. 237, 2016. Para tentarmos responder a 2ª pergunta de Bia, pesquisei a respeito do aborto espontâneo. O aborto caracteriza-se pela expulsão do feto pesando menos de 500g1, ou com menos de 20 semanas de gestação. 2,3,4,5,6 Encontrei que ”cerca de 75% dos ovos fertilizados são abortados, e em mais da metade deles isso ocorre antes da primeira falha menstrual. Em gestações diagnosticadas clinicamente, 10% terminam espontaneamente até 12 semanas, representando 80% de todos os abortamentos.” 1. Logo podemos concluir antes de mais nada, que os abortamentos espontâneos não são algo raro. A frequência de desequilíbrio cromossômico nos abortos espontâneos é de pelo menos 50% no primeiro trimestre(1,4) e 20% no segundo4. As trissomias representam entre 50% e 60% das alterações citogenéticas encontradas em abortos espontâneos. 5 A trissomia do cromossomo 16 é a mais frequentemente relatada, responsável por um terço das trissomias entre abortos. A trissomia do cromossomo 22 é a segunda mais relatada. As trissomias do cromossomo 21 (Síndrome de Down), do cromossomo 18 (Síndrome de Edwards) e do cromossomo 13 (Síndrome de Patau) também são frequentemente observadas.5 Após as trissomias, as poliploidias (triploidia e tetraploidia) e a monossomia do cromossomo X (Síndrome de Turner) são as mais relatadas, representando respectivamente entre 20% e 25%, e 15% e 20% dos abortos ocorridos devido a fatores citogenéticos.5 Referências: 1. THE AMERICAN COLLEGE OF OBSTETRICIANS AND GYNECOLOGISTS. Practice Bulletin No. 150. Obstetrics & Gynecology, [s.l.], v. 125, n. 5, p.1258-1267, maio 2015. Ovid Technologies (Wolters Kluwer Health). http://dx.doi.org/10.1097/01.aog.0000465191.27155.25. Disponível em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25932865>. Acesso em: 15 jun. 2018. 2. MONTENEGRO, C.A.B.; REZENDE, J. Obstetrícia fundamental. 13.ed. Rio de Janeiro: Grupo Gen-Guanabara Koogan 2017. 3. BENIRSCHKE, Kurt; BURTON, Graham J.; BAERGEN, Rebecca N. Abortion, placentas of trisomies, and immunological considerations of recurrent reproductive failure. In: Pathology of the human placenta. Springer Berlin Heidelberg, 2012. p. 657-686. 4. CHOI, Tae Yeong et al. Spontaneous abortion and recurrent miscarriage: A comparison of cytogenetic diagnosis in 250 cases. Obstetrics & gynecology science, v. 57, n. 6, p. 518-525, 2014. 5. VIEIRA, Silvana Rodrigues; FERRARI, Lilian Pereira. Investigação de alterações citogenéticas em abortos espontâneos: um retrospecto de 2006 a 2011. Cadernos da Escola de Saúde, v. 2, n. 10, 2017. 6. CERONI, José Ricardo Magliocco et al. Abortamento espontâneo de repetição em paciente portadora de translocação cromossômica balanceada. Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba, v. 15, n. 4, p. 133-135, 2013.
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