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AULA Nº 01 Filosofia do Direito e Hermenêutica Jurídica 2017 2º Sem.doc

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AULA Nº 01 
APRESENTAÇÃO PESSOAL E DA DISCIPLINA
Apresentação Pessoal (Currículo Lattes):
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4498711H9
Apresentação da disciplina: 
A disciplina “Filosofia do Direito e Hermenêutica Jurídica” tem por objetivo auxiliar o aluno a aprimorar seu raciocínio jurídico, por meio da análise crítica racional e metódica dos fenômenos sociais que são a matéria-prima do direito.
O curso tem por objetivo estudar, principalmente, duas das grandes dimensões da ideia de direito: a Justiça e a Validade.
A primeira parte do semestre será dedicada principalmente às questões relativas à ideia de Justiça, o seu desenvolvimento histórico e suas teorias mais modernas, assim como as críticas a elas.
A discussão destas questões nos levará à segunda parte do semestre, onde passaremos aos temas mais ligadas à ideia de validade do Direito e à Hermenêutica Jurídica: a interpretação e utilização das normas jurídicas, assim como a apuração de seu sentido e seu alcance. 
No final, tentaremos ver como os Autores mais modernos tentam construir um direito contemporâneo, onde as duas ideias (justiça e validade) sejam tratadas com idêntica importância.
Com essas considerações, concluímos que nossa disciplina é uma disciplina auxiliar, de aplicação horizontal em todos os ramos do Direito, que serão abordados constante e livremente, como exemplos de aplicação pontual do raciocínio filosófico e hermenêutico.
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MÉTODO DE ESTUDO
Nós temos uma previsão de 20 a 21 encontros neste semestre. À exceção das três aulas destinadas às avaliações obrigatórias ( Prova Oral, 1ª Prova Bimestral, 2ª Prova Bimestral) nós distribuiremos cada aula em duas partes: a primeira, ocupando aproximadamente 2/3 do tempo, será destinada à parte teórica do curso. O terço restante será destinado à realização de debates sobre aplicações práticas da Filosofia do Direito e da Hermenêutica Jurídica, a partir de roteiros construídos pelo Professor. Essa proporção pode variar de aula para aula. 
Para facilitar e estimular o debate, os alunos receberão previamente a cada aula, via FACEBOOK, o resumo do que será discutido em sala no encontro seguinte. Os alunos deverão solicitar a amizade da página “Filosofia do Direito e Hermenêutica Jurídica 2018 Faceca” https://www.facebook.com/pg/filosfofiadodireitoehermeneuticajuridicafaceca/posts/ , para que possam receber o resumo de aula, bem como todo o material de apoio.
AVALIAÇÕES
O Aluno será avaliado por nota e presença.
Presenças
O limite de faltas não justificadas no semestre é de 5 aulas (10 horários).
Qualquer pedido de justificação de faltas deve ser encaminhado à Coordenação do Curso, pela Central do Estudante.
Avaliações
Prova Oral;
1ª Prova Bimestral;
2ª Prova Bimestral;
Projeto Integrador;
Participação nos debates orais e escritos OU
Trabalho escrito alternativo aos debates orais e escritos.
A participação nos debates orais e escritos será feita mediante a anotação das intervenções orais dos alunos no debate em sala de aula (5 pontos cada, até 1 avaliação por aula) e intervenções escritas em nossa página no Facebook: Hermenêutica Jurídica Faceca 2018 (4 pontos por intervenção, até o limite semanal de 4 pontos. 
CONTATO DO PROFESSOR
Dúvidas e questões sobre temas jurídicos podem também ser encaminhadas ao professor pelo email l.ribeiro.cruz@gmail.com, ou pelo Twitter, em @lribeirocruz.
PARA COMEÇAR, POR QUE E PARA QUE FILOSOFIA E HERMENÊUTICA A UMA ALTURA DESTAS?
Podemos fazer um curso de Direito sem estudar filosofia e hermenêutica? Claro que podemos! Podemos viver toda uma vida sem as duas.
Mas viveremos em um mundo em que as coisas são assim “porque são e porque sempre foram assim”. Isso atende pelo nome de DOGMA.
Em que as perspectivas de mudança são poucas ou nenhuma. 
E, finalmente, mais importante: em que alguém está pensando por nós e nos dizendo que o mundo é assim mesmo, fique aí em seu lugar – trabalhe, coma, durma, consuma, mas não pense. Nós faremos isso para você.
Para muitos, este é um mundo confortável! Para ser um profissional do Direito neste mundo, basta decorar nestes cinco anos de curso umas poucas centenas de normas, sem qualquer questionamento do porquê elas existem, quem as colocou e para que servem: o mundo é e sempre foi assim, o Direito vem do exclusivamente dos órgãos estatais e não importa se ele é justo ou não
Mas devo te dizer que o lugar no mundo das pessoas que assim acreditam é um lugar subalterno: ela anda pelo mundo, mas não escolhe o caminho. Ela não decide, decidem por ela. É isso que você quer?
Por isso, começamos nosso curso apontando 3 bons motivos para todos (e estudantes de direito particularmente) reservarem um pouco do seu tempo para estudar filosofia e hermenêutica:
Aprender a argumentar: é da essência da profissão saber expressar-se e saber convencer as pessoas (clientes, juízes, adversários, população em geral). O entendimento das ideias centrais da filosofia podem melhorar seus argumentos, associando suas razões pessoais a ideais centrais à Filosofia e à Hermenêutica, como a ideia de Justiça. Como estas ideias estão “impregnadas” em nossa sociedade, elas serão aceitas como “algo que faz grande sentido”, ainda que o ouvinte não saiba exatamente porque pensa assim.
As duas também reforça nosso raciocínio lógico, obrigando que desejos ou insatisfações difusas que temos sejam estruturados de uma forma clara e compreensível ao nosso interlocutor.
Ser aberto a novas ideias: muitas vezes em nossa carreira, enfrentaremos situações em que solução tradicional do problema nos causa uma amarga sensação de injustiça. O aluno e o profissional que se dispõem a estudar um mínimo de filosofia terá contato com posições teóricas alternativas de enfretamento dos problemas, que podem se converter na chave do seu sucesso.
Desenvolver a capacidade crítica: ok, podemos admitir que se trata de combinação dos dois primeiros itens. A filosofia pode habilitar você a identificar um problema como tal (pense que o racismo e o machismo, por exemplo, eram completamente “naturais” até outro dia) e apontar alternativas para solução dele, “desnaturalizando” os argumentos fechados e dogmáticos do seu adversário.
Ter a capacidade de construir conceitos jurídicos em torno de situações novas: estamos em um período de intensa modificação social e tecnológica, e, a todo momento, surgirão novas situações sem uma regulamentação evidente pelo Direito. Você pode ser um profissional de ponta, que consegue receber estas novidades, somá-las aos seus conhecimentos jurídicos-filosóficos teóricos e apresentar uma solução prática aceitável.
O procedimento não serve apenas para as grandes questões da humanidade, mas também para pequenos problemas que enfrentamos em nossa vida pessoal e profissional
Em suma, Direito de verdade, Direito que pensa, e não apenas a aplicação dogmática de algo que foi pensado por outras pessoas, é filosofia aplicada. 
Benvindos todos ao nosso curso.
FILOSOFIA DO DIREITO OU FILOSOFIA NO DIREITO? O QUE É ISSO?
Embora a própria disciplina seja denominada “Filosofia DO direito”, preferimos a expressão “Filosofia NO direito”.
Isto porque não existe uma filosofia específica para as questões jurídicas (o que justificaria a expressão “DO direito”). Tampouco aqueles que se ocupam do tema são mero expectadores do sistema jurídico e de seu trato das questões, analisadas como se fossem um objeto externo ao estudioso.
Diferentemente, acreditamos que o direito seja um “local” de estudo e crítica, a partir do qual a Filosofia tentará explicar a racionalidade que existe (ou não) em seus institutos e fenômenos. E que as reflexões sobre estes formarão o conjunto de conhecimentos (em permanente evolução) conhecidos como “filosofia NO direito”.
Seu objetivo é responder (sempre provisoriamente) a três perguntas: o que é o Direito? E por que ele é assim? Para quem o direito tem servido?Existem várias formas de resposta a estas questões, e, durante nosso curso, veremos algumas delas, pelo menos aquelas que tiveram mais sucesso nesta explicação, no trato dessas duas grandes dimensões do direito, que são a Justiça e a Validade.
Durante muito tempo, este lugar foi ocupado quase exclusivamente por uma teoria que ainda tem muito prestígio em nosso país, que é o positivismo jurídico. Mas, claramente, ele é insuficiente para explicação do fenômeno jurídico atual, embora seja ainda muito útil em determinadas circunstâncias.
Conheceremos, além dele, seu antecessor, as chamadas teorias do direito natural, e chegaremos, ao final, às várias teorias pós-positivistas atualmente mais destacadas. Em linhas gerais, o que definiu os elementos teóricos principais dessas teorias é
a relação entre o direito e elementos externos a eles, como a moral, e, mais recentemente, também com a linguagem;
a fonte de origem do direito: estatal exclusiva, não-estatal exclusiva, mista;
a necessidade de adequação evidente ou não a alguma teoria da Justiça.
Todos estes temas serão retomados em detalhe nas aulas seguintes.

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