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ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA EM TENDINITE DO TENDÃO DE 
AQUILES: RELATO DE CASO. 
 
 
 
 
 
Andrighetti. D ¹ 
 
¹ Universidade do Oeste de Santa Catarina – Campus Joaçaba. 
Rua Getúlio Vargas, 2125 Telefone: (49) 3551-2000. 
WWW.unoescjba.edu.br 
 
Daniele Andrighetti, Rua Angelo Scarpetta, 541 – Apto 103. Bairro Cruzeiro do Sul. 
Telefone: (49)91512126 
Danny_andrighetti@hotmail.com 
 
 
 
 
 
 
Palavras Chaves: tendinite, tendão de Aquiles, tendão calcâneo, fisioterapia. 
 
 
 
 
 
RESUMO 
Introdução: O futebol é a modalidade esportiva mais praticada no mundo sendo 
responsável pelo maior número de lesões desportivas, dentre elas, a tendinite. Alguns 
tendões são mais comumente afetados, e no futebol o tendão de Aquiles é o principal. A 
tendinite é uma lesão persistente de causa multifatorial, como por exemplo, excesso de 
uso através de treinamento excessivo. O tratamento inicial deve ser conservador ou 
cirúrgico em casos mais graves. Objetivos: aplicar a avaliação, compreender o quadro 
clínico apresentado pelo paciente e desenvolver um plano de tratamento embasado na 
literatura, visando melhora da mobilidade articular para um gesto esportivo correto, 
evitando recidivas da lesão. Metodologia: a apreciação da ficha de avaliação ortopédica 
e o tratamento foram realizados na Clínica Escola de Pesquisa e Atendimento de 
Fisioterapia – CEPAF da Universidade do Oeste de Santa Catarina, Campus de Joaçaba, 
no setor de Fisioterapia Aplicada à Ortopedia, Traumatologia e Reumatologia, com o 
paciente A.V.O., sexo masculino, de 26 anos de idade, natural da cidade de São Paulo-
SP, com diagnóstico clínico de Tendinite do tendão de Aquiles. Resultados e 
discussões: Para escolher a melhor conduta fisioterápica para o tratamento da síndrome 
do túnel do carpo, é necessário primeiramente, realizar uma boa avaliação do paciente, 
respeitando suas características. A conduta utilizada é compatível à encontrada na 
literatura, porém foram realizadas modificações visando a individualidade e 
características clínicas do paciente. Conclusão: um tratamento baseado na diminuição 
da sobrecarga do tendão reduz a dor e aumenta a mobilidade articular, dando resistência 
as forças estressivas. 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
O futebol é a modalidade esportiva mais praticada no mundo, com participantes 
em todas as faixas etárias e diferentes níveis, e aproximadamente 400 milhões de 
adeptos no mundo, sendo que desses 30 milhões se encontram no Brasil. Esse esporte 
caracteriza-se por apresentar grande contato físico, movimentos curtos, rápidos e não 
contínuos, tais como aceleração, desaceleração, mudanças de direção, saltos e 
pivoteamento. 
(1) 
Os movimentos realizados no futebol são muito variados, exigindo, em 
média, mudanças inesperadas a cada seis segundos. 
(2) 
Como esporte, o futebol tem sofrido muitas mudanças nos últimos anos, 
principalmente em função das exigências físicas cada vez maiores, o que obriga os 
atletas a trabalharem perto de seus limites máximos de exaustão, com maior 
predisposição às lesões. 
(2)
 Por esses motivos, apresenta um alto número de lesões. 
Estima-se que essas lesões são responsáveis 3,5 a 10% dos traumas físicos tratados em 
hospitais europeus. 
(1) 
A definição geral de lesão do futebolista será todo o tipo de dano físico 
observado ao longo de uma época desportiva e ocorrido numa situação de treino ou 
competição. As lesões mais comuns no futebol são as entorses (de 27.6% a 35%), 
roturas (de 10% a 47%) e contusões (de 8.1% a 21.3%). 
(3) 
As sobrecargas repetitivas de um tendão podem dar origem a uma resposta 
inflamatória, ou tendinite. A tendinite geralmente tem um inicio súbito. Inicialmente o 
atleta relata uma dor sutil no tendão após uma demanda de exercícios. Quando o atleta 
continua com as mesmas atividades físicas, sem tratamento, a dor passa a aparecer 
durante os exercícios e persiste até nas atividades diárias. 
(4) 
Pode assim, evoluir para 
um processo degenerativo, predispondo roturas. 
O tendão de Aquiles é o tendão comum dos músculos gastrocnêmio e sóleo. 
Insere-se na face posterior do calcâneo. 
(5) 
A lesão ocorre em uma área hipovascular, 
localizada entre 2 e 6 cm proximais à inserção. 
(6) 
É uma lesão persistente por excesso 
de uso, sua causa é multifatorial e a avaliação completa é essencial para identificar e 
abordar os fatores etiológicos. 
(7) 
São vários os fatores biomecânicos (intrínsecos) que predispõem à lesão deste 
tendão. Entre eles destacam-se a rotação excessiva do pé para dentro (pronação), o 
hábito de utilizar em demasia a extremidade posterior do calcanhar (examinando o salto 
das sapatilhas de desporto, nota-se onde há mais desgaste), as pernas arqueadas, a 
excessiva tensão do tendão dos músculos poplíteos e dos músculos da panturrilha 
(gastrocnêmio e sóleo), os arcos dos pés muito pronunciados, os tendões de Aquiles 
demasiado tensos e as deformidades do calcanhar. 
(8)
 Entre os fatores extrínsecos, 
destacam-se o treinamento excessivo, as alterações repentinas no volume, intensidade 
ou em ambos, superfícies de treinamento muito firmes como concreto e asfalto, além de 
calçado inadequado. 
(9)
 
As teorias fisiopatológicas mais aceitas para essa injúria são a degenerativa, na 
qual microtraumas repetitivos em uma área hipovascular provocariam a lesão e a 
falência do mecanismo inibitório da unidade musculo-tendínea. Os principais 
mecanismos de trauma indireto sugeridos são flexão plantar do tornozelo com joelho 
estendido, no início da corrida; dorsiflexão súbita do tornozelo e dorsiflexão violenta 
após flexão plantar, como uma queda de altura. 
(6)
 
 O início da tendinite costuma ser gradual ou insidioso. O atleta queixa-se de dor 
intensa e constante após a atividade 
(5)
, por exemplo, durante ou após a corrida, o atleta 
pode observar um discreto edema na região da dor e dor ao realizar fortalecimento e ou 
alongamento da panturrilha. 
(10) 
Por se tratar de uma lesão produzida pela contração, a 
dor costuma aumentar com a dorsiflexão passiva e a flexão plantar resistida. 
(5)
 A 
tendinite provoca, em 70% dos casos, dor matinal e, em 90% dos casos, encontramos 
alterações estáticas dos pés (60% pés cavos e 30% pés planos valgos). 
(11) 
Estima-se que atue sobre o tendão de Aquiles uma força equivalente a 6 a 8 
vezes o peso do corpo durante a corrida. Desse modo, todas as atividades de salto que 
superem a resistência máxima do tendão de Aquiles podem provocar ruptura do tendão 
na área hipovascular. 
(7) 
 
Essa é a terceira lesão tendinosa mais freqüente, superada apenas pela lesão do 
manguito rotador e do mecanismo extensor quadricipital. O crescente aumento das 
atividades esportivas em adultos vem contribuindo para o aumento na incidência dessas 
lesões. A maioria dos casos ocorre em homens, entre 30 e 50 anos de idade, durante 
práticas de atividades esportivas, tendo pequena predileção pelo lado esquerdo. 
(6)
 
 O diagnóstico de lesões de tendão de Aquiles deve ser precoce, para melhor 
resultado final. O tratamento a ser instituído deve ser individualizado, levando- se em 
conta a idade, o nível de atividade esportiva. O tratamento conservador apresenta bons 
resultados, sendo uma opção terapêutica viável. 
(6) 
 
MATERIAL E MÉTODO 
Paciente A.V.O., do gênero masculino, 26 anos de idade, etnia negra, jogador de 
futebol, procurou atendimento fisioterapêutico na Clínica Escola da Universidade do 
Oeste de Santa Catarina (UNOESC), devido a encaminhamento médico com 
diagnóstico clínico de tendinite do tendão de Aquiles. 
A avaliação fisioterapêutica foi realizada poruma examinadora que constou de 
anamnese, exame físico e avaliação funcional. Os Instrumentos utilizados para a 
avaliação foram a ficha de avaliação ortopédica da clínica escola da UNOESC. 
Na anamnese, foram coletado dados pessoais do paciente (nome, sexo, idade, 
procedência, profissão, ocupação), diagnóstico clínico, queixa principal, patologias 
associadas, história da doença atual (HDA), história da doença pregressa (HDP), uso de 
medicamentos. 
O exame físico constou da verificação dos sinais vitais, avaliação da ADM, 
avaliação postural, nível de dor através da escala numérica. Os testes de força muscular 
foram graduados de 0 a 5 sendo analisados os músculos bilateralmente. Palpação dos 
músculos gastrocnêmio e sóleo e tendão calcâneo. Avaliação funcional foi obtida 
através de relatos do paciente sobre suas atividades de vida diária (AVD´S), forma, 
tempo e local de treinamento, atividades que aumentam a dor e o que faz para diminuir 
a dor, e também através de testes funcionais, como saltos (uni e bi podal), corrida, 
marcha, subir e descer escadas, agachamento, ajoelhar-se. 
Com base na avaliação, elaborou-se o diagnóstico cinético funcional, a partir do 
qual se puderam estabelecer os objetivos e a conduta de tratamento a ser seguida com o 
paciente. O tratamento fisioterapêutico teve como objetivos principais mobilização 
articular, treino proprioceptivo e manutenção da força muscular, para assim, melhorar 
gesto esportivo, evitando recidivas. 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
Na anamnese, o paciente relatou que há vinte dias estava trotando durante o 
treino no campo de futebol de sua equipe, e sentiu uma forte dor no tendão calcâneo. 
Após alguns dias, o tornozelo começou a edemaciar. É jogador de futebol, atua como 
volante, e treina duas vezes por dia, toda semana. Sente dor ao final dos treinos. 
Permanece treinando normalmente não obedecendo ao período de repouso para 
recuperação da lesão. Faz uso de Diclofenaco (antiinflamatório). 
Paciente relata que a dor é do tipo pulsada, graduando-a em 4 (quatro), após 
realizar movimento rápidos, principalmente ao final de corridas durante os treinos. Não 
sente dor ao repouso. Não apresenta patologias associadas. 
Como exame complementar, portava um ultra-som realizado no dia 8 de junho 
de 2009, sem evidências de anormalidades. 
Durante a inspeção, ao exame físico, o paciente apresentou um leve eritema na 
pele da região próxima ao tornozelo direito. O tendão encontrava-se um pouco espesso 
em relação ao tendão esquerdo. Relatou dor à palpação no músculo sóleo. Expõe um 
calcâneo com restrição de movimentos. Não foi encontrado instabilidade de tornozelo. 
Durante a marcha, apresenta leve rotação lateral de joelhos. Referiu dor aos movimentos 
de dorsiflexão, plantiflexão e inversão com sustentação de peso, também mencionou dor 
ao movimento passivo de plantiflexão. Ao salto unipodal direito, refere dor. A 
amplitude de movimento e força muscular apresentou-se normais. 
Com as informações coletadas na avaliação, concluí-se como diagnóstico 
cinético funcional que o paciente apresenta calcâneo com restrição de movimentos, que 
associado à sobrecarga dos treinamentos, causa tensão no tendão calcâneo ocasionando 
dor aos movimentos. 
 Durante a caminhada e a corrida, o calcâneo prona-se a partir do toque do 
calcanhar até a saída dos dedos e rotaciona-se externamente em relação à tíbia. Esse 
movimento submete a porção medial do tendão de Aquiles a uma carga tênsil mais 
elevada, portanto, uma hiperpronação do pé provocará uma carga tênsil aumentada na 
inserção medial do tendão de Aquiles. 
(7) 
Logo, com a restrição dos movimentos do 
calcâneo justifica a tendinite do paciente. 
 O aspecto mais desafiador da reabilitação é preparar o complexo músculo-
tendíneo para suportar as forças repetitivas de até 10 vezes o peso corporal, sem 
traumatizar o tendão. 
(7) 
A literatura é controversa quanto ao tipo de tratamento a ser 
instituído. Alguns autores advogam procedimentos cirúrgicos
 (6,7)
, através das mais 
variadas técnicas, enfatizando o menor número de recidivas, porém apresentando grande 
número de complicações maiores como infecção, deiscência de ferida, fístula, necrose 
de pele e tromboembolismo que afetam o resultado final. Na quase totalidade das 
técnicas descritas a imobilização é necessária no pós-operatório. Já com relação ao 
tratamento conservador, essas complicações maiores não ocorreram e o índice de 
recidivas é baixo, salientando-se que um novo tratamento é efetivo nesses casos. 
(6)
 
 Os objetivos principais com este paciente são: mobilização articular, treino 
proprioceptivo, manutenção da força muscular e treino correto do gesto esportivo. A 
conduta utilizada foi mobilização de calcâneo, mobilização ativa de tornozelo, 
exercícios de fortalecimento da musculatura flexora, extensora, inversora e eversora de 
tornozelo e treino do gesto esportivo. Orientação quanto ao movimento correto, tipo de 
calçado usado, alongamentos da panturrilha e tendão, foi repassado ao paciente. 
 O tratamento conservador é o de escolha. No estágio subagudo, deve ser 
aplicada tensão ao tendão de Aquiles para estimular a produção de colágeno e para 
direcionar apropriadamente as fibras ao longo das linhas de estresse. 
(7)
 Realizou-se com 
o paciente alongamento deste complexo, após a realização de uma bandagem 
estabilizando o tendão. As bandagens funcionais, ferramenta essencial na reabilitação, 
promovem uma rápida recuperação e evita a perda da função do atleta, pois promove 
um retorno precoce a atividade ou competição esportiva dentro de uma amplitude 
cuidadosa, com a área lesada protegidas por eventual lesões futuras e lesões 
compensatórias
.(12)
 
 Diferente da maioria dos tecidos moles que necessitam de 7 a 10 dias para 
cicatrizar, a cicatrização primária do tendão leva em torno de 6 semanas para adquirir a 
resistência necessária para transmitir efetivamente a força gerada por seu músculo 
homônimo. 
(13) 
Realizou-se com o paciente uma sessão de ultra-som com o objetivo de 
acelerar a cicatrização. Após alongou-se o tendão de Aquiles e saltos repetitivos foram 
feitos sem relato de dor. 
 Houve quatro sessões para o tratamento. Logo, respeitou-se a fase da lesão do 
paciente antes de realizar qualquer atividade. Até o presente estudo, foram utilizados 
alongamentos, bandagem, ultra-som, e propriocepção como conduta do tratamento. 
Verificou-se melhora na dor e maior mobilidade do calcâneo após a realização da 
bandagem. 
Conclui-se que com o ganho de mobilidade do calcâneo, a força tênsil exigida 
do tendão é reduzida, aliviando a dor e diminuindo o estresse. Um tratamento baseado 
no fortalecimento do complexo gastrocnemio- solear e tendão calcâneo aumenta a força 
de resistência do mesmo reduzindo recidivas e melhorando a mobilidade articular. 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
1 – SILVA, A.A. da. et.al. Fisioterapia Esportiva: Prevenção e Reabilitação de 
Lesões Esportivas em Atletas do América Futebol Clube. Anais do 8° Encontro de 
Extensão da UFMG. Belo Horizonte. Outubro, 2005. 
 
2 – ABDALLA, R.J.et.al. Lesões ortopédicas no futebol. Rev Bras Ortop _ Vol. 32, Nº 
12 – Dezembro, 1997. 
 
3 - GONÇALVES, J.P.P. Lesões no Futebol - os desequilíbrios Musculares no 
aparecimento de lesões. Universidade do Porto. Porto, 2000. 
 
4 - COSTA, Carina N. da. Retrospectivo: Perfil de Lesões nos Atletas da Equipe de 
Futsal da UNISUL em 2005. Universidade do Sul de Santa Catarina. Tubarão, 
novembro de 2005. 
 
5 – ANDREWS, J.R.; HARRELSON, G.L.; WILK, K.E. Reabilitação Física das 
Lesões Desportivas. 2ªed. Guanabara Koogan. Rio de janeiro, RJ: 2000. 
 
6 – DELAZZARI, F.L.et.al. Lesão do tendão de Aquiles: tratamento conservador. 
Rev Bras Ortop _ Vol. 35, Nº 8 – Agosto, 2000 
 
7 – CANAVAN, Paulo K. Reabilitação em Medicina Esportiva Um Guia 
Abrangente. Manole, São Paulo, Sp: 2001. 
 
8 – Tendinite Anquílea. MANUAL MERK. Biblioteca Médica On-line. Disponível em: 
http://www.manualmerck.net/?url=/artigos/%3Fid%3D83%26cn%3D812. Acesso em 
19 de junho de 2009. 
 
9 – CHAGAS, Marco Antônio. Lesões Desportivas Tendinite do Tendão de Aquiles. 
Disponível em: http://www.educacaofisica.com.br/coluna_mostrar.asp?id=309. Acesso 
em 20 de junho de 2009. 
 
10 - SIGNORINI, Leonardo. Corrida de Longa Distância. Medicina Esportiva 
Joaquim Grava. Disponível em: http://www.joaquimgrava.com.br/img/corrida.pdf . 
Acesso em 20 de junho de 2009. 
 
11- TOLEDO, Lidio. Rupturas espontâneas dos tendões nos desportistas. Rev Bras 
Ortop - Vol. 29, Nº 10 – Outubro, 1994 
 
12 – CECI, Lisandro A.; PARREIRA, Rodolfo B.; SALGADO, Afonso S.I. Aplicação 
de Bandagens Funcionais como recurso no tratamento de lesões nos atletas 
tratados na Clínica de Fisioterapia Salgado – Clinique du Sport, Londrina – PR. 
Fisio Magazine. Disponível em : http://www.sonafepe.org/dicasarticos/01.pdf Acesso 
em 22 de junho de 2009. 
 
13 – ALMEIDA, Rinaldo; CARVALHO, Daniel da S.Atuação do ultra-som 
terapêutico na cicatrização de tendões. Disponível em : 
http://www.nead.unama.br/site/bibdigital/pdf/artigos_revistas/116.pdf Acesso em 22 de 
junho de 2009.

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