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OS DESAFIOS DA MULHER NO MERCADO DE TRABALHO Aposentadoria O que fazer para garantir um futuro tranquilo frente às possíveis mudanças na Previdência Social Conhecimento Novos Grupos de Excelência do CRA-SP discutirão Gestão Pública, Negócios de Energia e Pacto Global Março/2017 Ano 40 - nº 369 A forte presença da mulher no mercado de trabalho é um fato. Porém, não podemos negar que ainda são grandes os desafios enfrentados para atingir a equiparação entre os gêneros - principalmente nos cargos estratégicos e de lide- rança. A percepção histórica da mulher como a responsável pelos cuidados com a casa e com os filhos e até mesmo como pilar da família, continua arraigada. A mulher tem se notabilizado pelas ações efetivas que impactam a consciência das lideranças nas organizações públicas e privadas. Essas ações não podem ser ignoradas e têm seus reflexos na sociedade. Trata-se de uma evolução natural. O cenário econômico e o protagonismo não mais se concentram no homem. Prova disso é o empreendedorismo: segundo dados de 2016 do SEBRAE, o nú- mero de mulheres que são chefes de família e estão à frente do próprio negócio saltou de 6,3 milhões para quase 8 milhões em 11 anos, um aumento de 25%. Pode parecer ainda gradativo o alcance da equidade de gêneros, mas estamos no rumo certo. Nós, do CRA-SP, acreditamos e apoiamos as iniciativas em prol da equidade dos gêneros. Somos otimistas e vemos um futuro promissor, pois seguramente estamos caminhando para uma merecida igualdade. Hoje a equidade de gêneros está na pauta do dia a dia das organizações e tem significado que a participação das mulheres é cada vez maior. D IV U LG A ÇÃ O Adm. Roberto Carvalho Cardoso Presidente do Conselho Regional de Administração de São Paulo O caminho para a equidade de gêneros 3 Editorial twitter.com/ cra_sp facebook.com/ oficial.crasp instagram.com/ cra_sp Presidente Adm. Roberto Carvalho Cardoso Diretoria Adm. Silvio Pires de Paula Vice-presidente Administrativo Adm. Claudia Marcia de Jesus Forte Vice-presidente de Relações Externas Adm. Luiz Carlos Marques Ricardo Vice-presidente de Planejamento Adm. Idalberto Chiavenato Vice-presidente para Assuntos Acadêmicos Adm. Paulo Gaspar Schlittler 1ª Secretário Adm. Rogério Fernando de Góes 2º Secretário Adm. Mauro José Aita 1º Tesoureiro Adm. Francisco Rafael Pescuma 2º Tesoureiro Adm. Mauro Kreuz Conselheiro Federal Efetivo por São Paulo Adm. Teresinha Covas Lisboa Conselheira Federal Suplente por São Paulo Conselheiros Adm. Neusa Maria Bastos Fernandes dos Santos, Adm. Ana Akemi Ikeda, Adm. João Luiz de Souza Lima, Adm. Hong Yuh Ching, Adm. Fernando de Carvalho Cardoso, Adm. José Vicente Messiano, Adm. Marcos Nogueira Cobra, Adm. Antônio Carlos Cassarro, Adm. Silvio José Moura e Silva Comissão de Comunicação Adm. Silvio Pires de Paula, Adm. Luiz Carlos Marques Ricardo, Adm. Marcos Cobra, Adm. Ana Akemi Ikeda, Claudia Marcia de Jesus Forte e Rogério Fernando de Góes. Redação Editora Chefe Maria Cecília Stroka (Mtb 18.357) Redação Katia Carmo Diagramação e arte Propagare Comercial Ltda. Colaborador estagiário Pedro Senise Impressão Plural Editora e Gráfica Ltda. Tiragem 45.000 exemplares A RAP é uma publicação mensal do Conselho Regional de Administração de São Paulo (CRA-SP), órgão regulamentador da profissão de administrador, sob a responsabilidade do seu Conselho Editorial. As reportagens não refletem necessariamente a opinião do CRA-SP. SÃO JOSÉ DO RIO PRETO PRESIDENTE PRUDENTE BAURU CAMPINAS GRANDE SÃO PAULO SANTOS SÃO JOSÉ DOS CAMPOS SOROCABA RIBEIRÃO PRETO Seccionais CRA-SP Seccional de Bauru Coordenador Regional: Adm. Carlos Eduardo Sperança Rua Rio Branco, 15-15, sala 31, Centro 17015-311 - Bauru - SP Tel.: (14) 3223-1857 seccional.bauru@crasp.gov.br Seccional de Campinas Coord. Regional: Adm. Elcio Eidi Itida Rua Maria Monteiro, 830, cj. 53, Cambuí 13025-151 – Campinas – SP Tel.: (19) 3307-8555 seccional.campinas@crasp.gov.br Seccional de Presidente Prudente Coord. Regional: Adm. Manoel Barreto de Souza Av. Cel. José Soares Marcondes, 871, sala 132, Bosque 19010-080 – Presidente Prudente – SP Tel.: (18) 3916-7544 seccional.prudente@crasp.gov.br Seccional de Ribeirão Preto Coordenadora Regional: Adm. Fátima Angélica R. Moura Av. Braz Oláia Acosta, 727, cj. 109 - Jardim Califórnia 14026-040 - Ribeirão Preto - SP Tel.: (16) 3621-1061 seccional.ribeiraopreto@crasp.gov.br Seccional de Santos (Baixada Santista e Vale do Ribeira) Coordenadora Regional: Adm. Renata Farias Pizarro Busch Av. Ana Costa, 296, sala 14, Campo Grande 11060-000 - Santos - SP Tel.: (13) 3221-9357 seccional.baixadasantista@crasp.gov.br Seccional de São José do Rio Preto Coordenador Regional: Adm. Eduardo Gomes de Azevedo Junior Rua Imperial, 59, salas 1 e 2, Vila Imperial 15015-610 - São José do Rio Preto - SP Tel.: (17) 3305-1765 seccional.riopreto@crasp.gov.br Seccional de São José dos Campos (Vale do Paraíba e Litoral Norte) Coordenador Regional: Adm. Dejair Dutra de Souza Rua Euclides Miragaia, 700, sala 25, Centro 12245-820 - São José dos Campos - SP Tel.: (12) 3923-9954 seccional.valedoparaiba@crasp.gov.br Seccional de Sorocaba Coordenadora Regional: Adm. Aida Rodrigues Avenida Antônio Carlos Comitre, 510, sala 86, Parque Campolim 18047-620 - Sorocaba - SP Tel.: (15) 3233-8565 seccional.sorocaba@crasp.gov.br linkedin.com/ company/cra-sp youtube.com/ oficialcrasp Rua Estados Unidos, 889 Jd. América – 01427-001 – SP Tel.: (11) 3087-3200 atendimento@crasp.gov.br www.crasp.gov.br Sumário 3. Editorial 6. Notas 10. Tecnologia 12. Semana Temática 16. Aposentadoria 20 Matéria de Capa 24. Imposto de Renda 2017 26. Conhecimento 28. Representações 30. Clube de Serviços 31. Indicação de Leitura 32. Pesquisa de Satisfação 34. Opinião O PE N SP A CE Capa Apesar dos avanços, as mulheres ainda enfrentam situações que as colocam em desvantagem no mercado de trabalho. Contexto histórico, maternidade e preconceitos são alguns dos fatores para este cenário, que precisa mudar. Confira matéria na página 20 IS TO CK Aposentadoria As mudanças na aposenta- doria social têm deixado a população sem saber como garantir um futuro susten- tável. Veja como se preparar na página 16 IS TO CK Conhecimento Três novos grupos integram o Centro do Conhecimento do CRA-SP. As recentes formações falarão sobre as questões da Gestão Pública, os aspectos referentes aos Negócios de Ener- gia e as ações do Pacto Global, do qual o Conselho é signatário. Saiba mais na página 26 IS TO CK Embora o cenário econômico de 2016 tenha sido desafiador, as em- presas elevaram os investimentos na qualificação de suas equipes em busca de maior eficiência nos pro- cessos e resultados financeiros posi- tivos para o negócio. De acordo com o estudo “Panorama do Treinamento no Brasil”, a carga horária média de treinamento subiu de 16,6 horas, em 2015, para 22 horas, em 2016. O estudo, realizado pela Associação Brasileira de Treinamento e Desenvol- vimento - ABTD e Integração Escola de Negócios, considerou o cenário de 502 empresas, nacionais e multinacionais, de cinco setores (administração públi- ca direta, comércio, indústria, organiza- ção sem fins lucrativos e serviços). No Brasil, a modalidade presen- cial é o meio de transmissão de en- sino mais utilizado, de acordo com 63% dos entrevistados, seguido de atividades práticas no local de traba- lho (17%), do e-learning (15%) e do “blended” (5%), que mescla EAD e atividades em sala de aula. Na média nacional, os não líde- res são os maiores beneficiados com ações de T&D, representando 60% no universo de treinamento de uma empresa. Quase metadedesse ensi- no (44%) refere-se a conteúdos téc- nicos. A trilha de aprendizagem das empresas pesquisadas é integrada também por temas comportamen- tais (27%) e de conteúdo obrigatório (29%), como segurança do trabalho, normas de qualidade e etc. Ao lado, estão selecionados dados de desta- que da pesquisa: Item avaliado Conclusão do estudo (média) Investimento médio em T&D por colaborador R$ 624 Carga horária média de treinamento por colaborador 22 horas % das ações de treinamento destinadas a líderes 40% % das ações de treinamento em e-Learning/ EAD 15% % do faturamento bruto da companhia investido em T&D 0,46% % do orçamento de T&D investido com terceiros 47% Indicador de resultados de T&D mais utilizado Melhoria do clima organizacional Empresas que trabalham com orçamento anual de T&D 89% Empresas que possuem universidade corporativa 19% Absenteísmo nas ações de T&D 12% Distribuição das ações de treinamento 60% para não líderes 26% para gerência/ supervisão 14% para alta liderança Meios utilizados para o treinamento 63% presencial 17% prático, no local de trabalho 15% e-learning ou EAD 5% misto (presencial + e-learning) Fonte: Integração Escola de Negócios Para saber mais sobre a pesquisa acesse http://www.integracao.com.br/pagina--pesquisas-ted 6 Notas Cresce o investimento das empresas na qualificação dos colaboradores 7 permitirá que o Sistema CFA/CRAs promova debates, seminários e edite publicações sobre o assunto. “Inserir o Administrador no espaço público é necessário para melhorar a gestão nos municípios”, defende. O IGM-CFA é um referencial para o planejamento estratégico dos muni- cípios. Os prefeitos poderão elabo- rar e justificar a captação de investi- mentos e melhorar os índices das ci- dades (mediante a utilização de 60 indicadores), a qualidade da gestão pública municipal, os gastos e as fi- nanças e a entrega de resultados pa- ra a sociedade. As três dimensões pesquisadas no trabalho e a utiliza- ção de 60 variáveis em mais de 4 mil municípios representam uma gran- de representatividade para a profis- sionalização da gestão e a melhoria da governança no Brasil. METODOLOGIA - O estudo, realizado em parceria com o Instituto Publix, reuniu índi- ces já consolidados no mercado como o Ín- dice Firjan de Desenvolvimento Municipal, Índice de Efetividade da Gestão Municipal (IEGM), Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), entre outros. Foram mais de 400 variá- veis encontradas. Os pesquisadores fizeram um filtro e fo- ram selecionadas variáveis com alta correla- ção. Posteriormente, elas foram agrupadas em três dimensões consideradas indispen- sáveis na gestão pública: Qualidade Fiscal (QF), Qualidade da Gestão (QG) e Desempe- nho (D). A soma desses índices gerou a mé- trica adotada para chegar ao IGM-CFA. O indicador criado pelo CFA condensa a informação de diversas variáveis como edu- cação, saúde, gestão, gestão fiscal, gestão ambiental, transparência e accountability, efetividade, informatização, planejamento urbano, articulação institucional, recursos humanos, habitação, vulnerabilidade social, e Índice de Desenvolvimento Humano Mu- nicipal (IDHM). Mais informações sobre o IGM-CFA no si- te www.cfa.org.br ou http://cgp.cfa.org.br/ Fonte: CFA Medir a qualidade da gestão públi- ca dos municípios é um dos objetivos do Índice CFA de Governança Munici- pal (IGM-CFA). O estudo, criado e lan- çado recentemente pelo Conselho Fe- deral de Administração (CFA), consiste em uma métrica da governança públi- ca nos municípios brasileiros a partir de três dimensões: Gastos e Finanças Pú- blicas, Qualidade da Gestão e Desem- penho. O município de Ilhabela garan- tiu o primeiro lugar no Estado de São Paulo com a nota 0,767, que colocou a cidade do litoral paulista no topo do ranking nacional. O IGM-CFA foi elaborado a partir de dados secundários de bases pú- blicas como PNUD, IBGE, STN e con- sidera áreas como saúde, educação, planejamento urbano, articulação institucional, gestão fiscal, habita- ção, recursos humanos e outras que, com tratamento estatístico, gerou o resultado para o Índice e para cada dimensão do estudo. Educação é prioridade Antônio Colucci, prefeito da cida- de por dois mandados consecutivos – 2009 a 2012 e 2013 a 2016, diz que a educação foi prioridade. “Na mé- dia dos oito anos, aplicamos mais de 30% do nosso orçamento em educa- ção. Municipalizamos o segundo ci- clo do ensino fundamental, que es- tava sob a administração do gover- no estadual. Construímos 23 novas escolas, reformamos e ampliamos as existentes para termos condições de implantar o ensino em tempo inte- gral em 100% da rede escolar. Ao fi- nal de 2016, já contávamos com 60% implantado”, explica o ex-prefeito. Outras ações da área da educa- ção também foram realizadas co- mo a formação continuada de pro- fessores, redução da quantidade de alunos por sala de aula, inserção de novos conteúdos no currículo esco- lar, entre outros. Entre os resultados alcançados pelo município estão a queda na evasão escolar e aumen- to gradativo do Índice de Desenvol- vimento da Educação Básica (IDEB). Foco no bem estar Além da educação, Ilhabela também ganha destaque quando o assunto é saúde. O município líder do ranking IGM-CFA recebeu novas unidades de saúde e as que já existiam foram re- formadas. A cidade recebeu, ainda, in- vestimentos em infraestrutura, sanea- mento básico e turismo. Qualidade da gestão municipal De acordo com o presidente do CFA, Adm. Wagner Siqueira, o IGM- -CFA permitirá que o Sistema CFA/ CRAs atue como um importante de- fensor da qualidade da gestão e da valorização dos profissionais de Ad- ministração. “Trata-se de um indica- dor que servirá para promover me- lhorias e ajustes na gestão dos muni- cípios, sendo um insumo indispensá- vel para os prefeitos recém-eleitos na elaboração de políticas públicas”, ex- plica Siqueira, lembrando que o IGM Ilhabela é destaque no Índice de Governança Municipal do CFA IS TO CK 8 O e-commerce e as novas tecno- logias digitais estão mudando a for- ma de consumo e impulsionando as vendas das pequenas e médias em- presas (PMEs) brasileiras, de acordo com um estudo global encomenda- do pela FedEx Express, subsidiária da FedEx Corp. (NYSE: FDX) e maior empresa de transporte expresso do mundo. A pesquisa mostra que 89% dos pequenos e médios empresários brasileiros (PMEs) que exportam seus produtos, vendem ao exterior pela Internet. Estas transações correspon- dem, em média, por R$ 3,5 milhões (US$ 1,11 milhão) no faturamento entre setembro de 2015 e 2016. Este valor representa 33% do fatu- ramento das PMEs em 2015 – a mé- dia nacional de receita total foi de R$ 10,4 milhões – e está acima da mé- dia global encontrada na pesquisa (26%). Outro dado aponta que, das com- panhias que utilizam o e-commer- ce como ferramenta de vendas, 81% também estão no m-commerce – ca- nais de vendas por celular ou dispo- sitivos móveis, seja com um site res- ponsivo ou um aplicativo próprio – e 86% delas usam as redes sociais co- mo plataforma comercial. Do faturamento médio de R$ 3,5 milhões gerados por exportações via e-commerce, o m-commerce e as plataformas de vendas em redes so- ciais foram responsáveis por 29% e 30%, respectivamente. “No Brasil, as PMEs estão mais atentas às novas tecnologias do que a média global de 80%, com uma adesão de 89%”, diz Denise Thoma- zotti, gerente de Marketing da FedEx no Brasil. “Estes dados mostram que os pequenos e médios empresários brasileiros se preocupam em aten- der às novas expectativas dos consu- midores e o faturamento gerado nos últimos doze meses reflete o sucesso da aposta no e-commerce, m-com-merce e transações nas redes sociais – já representando um terço dos re- sultados”. “Entrar no mercado global ajuda as PMEs a estabilizar suas operações. Quando uma companhia depende E-commerce impulsiona as exportações das pequenas e médias empresas brasileiras Notas IS TO CK 9 totalmente do mercado interno, ela está sujeita a todas as oscilações do cenário local, enquanto uma estra- tégia que atinja o público estrangei- ro diversifica as fontes de renda das empresas”, comenta Denise. O estudo também mostra as prin- cipais áreas de atuação das PMEs brasileiras exportadoras. Segundo o levantamento, Produtos Manufatu- rados lideram a lista (13%), seguidos por Tecnologia de Informação e Tele- comunicações (12%) e Bens de Con- sumo (11%). Outro ponto de destaque da pes- quisa é a identificação dos principais mercados externos para o peque- no e médio empresário do Brasil. O país tem uma tendência de exportar dentro da própria América Latina, já que 68% dos entrevistados disseram ter negócios na região. O destino principal no continente é a Argenti- na (54%), seguido por Chile (37%) e Uruguai (36%). Fora da região Latina, os Estados Unidos recebem produ- tos de 34% das empresas consulta- das, enquanto Portugal e Alemanha também são grandes mercados con- sumidores, alvos de 31% e 26% das PMEs, respectivamente. Desempenho das PMEs Entre setembro de 2015 e 2016, 27% dos entrevistados perceberam um aumento médio de 33% em suas exportações, enquanto 51% apre- sentaram estabilidade nessas ope- rações e os demais 22% encontra- ram uma queda média de 27% neste mesmo período. Os principais moti- vos para o crescimento destas com- panhias foram: novos produtos no mercado (51%), o câmbio favorável à empresa (41%) e expansão em novos países/mercados (36%). Já as princi- pais razões para a diminuição foram: aumento dos custos de produção (49%), aumento nos custos de trans- porte (43%) e câmbio desfavorável à empresa (36%). Confiança nas transportadoras O provedor logístico tem um pa- pel significativo em diferentes mo- mentos de uma pequena e média empresa. Das companhias consulta- das, 91% reconhecem a importância das transportadoras para exportar seus produtos e 85% disseram que o operador logístico é importante para o desenvolvimento de uma startup. Mais da metade dos entrevista- dos (52%) disseram que se tornaram mais confiantes em suas transpor- tadoras nos últimos anos. As princi- pais razões para esse aumento são: operações em mais mercados (40%), consumidores demandando entre- gas mais rápidas (39%) e a necessida- de de mais flexibilidade em logística (38%). Outros 33% disseram man- ter o mesmo nível de confiança em seus operadores logísticos nos últi- mos anos, enquanto 16% estão me- nos confiantes. Consultados sobre se os provedo- res logísticos estão ajudando a ven- cer os novos desafios de mercado, 62% concordaram com essa afirma- ção, enquanto apenas 9% discorda- ram e os outros 29% disseram que as transportadoras não ajudam e nem atrapalham seus negócios a superar novas barreiras. Outros resultados • Os brasileiros são mais otimistas em relação as inovações tecnológi- cas do que a média mundial. 75% dos entrevistados disseram que so- luções como internet das coisas, im- pressões 3D e realidade virtual faci- litarão o começo ou o aumento das exportações nos próximos anos, en- quanto a média global é de 53%. • Algumas empresas brasileiras, in- clusive, já utilizam algumas destas novidades. 36% dos empresários dis- seram que tem equipamentos inter- conectados em seus locais de traba- lho, como crachás que dão acesso a estacionamento ou salas específicas. A pesquisa também mostra que 19% deles usam Wearables* em seus es- critórios. • Quando o assunto é desafios de negócios, o aumento no custo de produção é a principal barreira para os empresários brasileiros (48%). A segunda maior preocupação é a bu- rocracia (40%), seguida pela falta de incentivo do governo (35%)**. Para vencer estes desafios, as PMEs pude- ram listar suas principais estratégias. Investimento em novas tecnologias foi a principal resposta com 54%, se- guido por aplicação de mais esforços em marketing e propaganda, 43%, e treinamentos para os funcionários, 38%. * Wearables, ou tecnologias vestí- veis, são dispositivos tecnológicos, como pulseiras e relógios, que po- dem ser utilizados pelos usuários co- mo peças do vestuário. ** Os entrevistados poderiam es- colher mais de uma resposta para es- ta pergunta. Sobre a pesquisa O estudo independente intitulado “Mercado Global na Economia Digi- tal: Oportunidades para Pequenos Negócios” foi conduzido pela Har- ris Interactive e encomendado pela FedEx para gerar informações sobre os desafios e as oportunidades glo- bais de exportação para as PMEs. A Harris Interactive fez 9 mil entre- vistas por telefone e e-mail com exe- cutivos seniores de PMEs em 17 mer- cados em quatro regiões globais en- tre agosto e setembro de 2016. No Brasil, foram realizadas 600 entrevis- tas. Fonte: FedEx IS TO CK 10 Dropbox O DropBox é um aplica- tivo de armazenamen- to e sincronização em nuvem bas- tante popular que permite aos seus usuários guardarem diversos tipos de arquivos, como fotos, vídeos, mú- sicas, documentos, programas e mui- to mais. Você pode acessar seus docu- mentos via internet a partir de qual- quer dispositivo, em qualquer lugar do mundo. Além disso, ele também tem outra utilidade interessante para o mundo dos negócios: o comparti- lhamento de conteúdo entre mais de uma pessoa. Assim, você pode manter arquivos que podem ser alterados e editados por diversos colaboradores, mantendo-os sempre sincronizados. Download: iOS | Android | Windows Phone Tecnologia Você acorda com a ajuda do aplicativo de desper- tador do seu telefone ce- lular. Confere a previsão do tempo, busca rotas alternativas de trânsito, verifica seu saldo bancá- rio, responde mensagens de amigos e colegas de trabalho. É muito prová- vel que até a metade do dia você já tenha usado, pelo menos, cinco apli- cativos que lhe auxiliam nas tarefas mais básicas da sua rotina. Na vida profissional não é dife- rente: a tecnologia trou- xe inúmeras facilidades para o trabalho, propor- cionando formas mais dinâmicas de produção e relacionamento. Por is- so, a RAP selecionou dez aplicativos que podem facilitar e otimizar a vida do profissional de Admi- nistração. GuiaBolso O GuiaBolso tem uma tecnologia inovadora de conexão com os bancos que puxa au- tomaticamente todas as suas informa- ções financeiras e coloca em um úni- co lugar de forma organizada e gráfi- ca. Como tudo é automático, você po- de começar a controlar o orçamento imediatamente, com apenas alguns cliques. A tecnologia do GuiaBolso já é utilizada por milhões de pessoas no mundo que procuram inteligência para suas decisões financeiras. Download: iOS | Android Flipboard O app é um agregador de notícias, que reúne todo o conteúdo escolhido pelo usuá- rio numa espécie de revista personali- zada. Ele ainda permite o armazena- mento de artigos para ler depois e tam- bém o compartilhamento de notícias. Download: iOS | Android Serasa Experian Consulta Serasa Expe- rian Mobile é um apli- cativo criado para você obter acesso ao Decisor Mobile, primeiro produ- to de decisão da Serasa Experian para smartphones e tablets. É a solução pa- ra empresas que precisam de agilida- de, segurança e mobilidade na conces- são de crédito. Com o Decisor, você po- de avaliar e tomar decisões precisas a qualquer hora e em qualquer lugar. Download: Android 10 aplicativos que facilitam a vida do profissional de Administração 11 MicrosoftOffice Mobile Microsoft Office Mo- bile é a versão mobile da suíte de edição de documentos da Micro- soft. Através dele, você poderá abrir e também editar arquivos do Word, Excel e PowerPoint. Além disso, é possível criar novas planilhas e ar- quivos de texto do Word e Excel. Todo o conteúdo do Office Mobile é enviado diretamente para a nuvem e poderá ser aberto em outros dis- positivos, como smartphones e ta- blets Android, PCs, dispositivos com iOS (iPads e iPhones) e Windows Phones. Você também pode aces- sar os documentos do Office arma- zenados no Ondrive, no Ondrive for Business e no SharePoint. Download: iOS | Android | Windows Phone SurveyMonkey SurveyMonkey per- mite criar questioná- rios e pesquisas, enviá-los a qual- quer pessoa e monitorar seus re- sultados em qualquer lugar e a qualquer hora. Agora, a platafor- ma de questionário líder mundial pode acompanhá-lo onde quer que vá. O aplicativo da Survey- Monkey torna mais fácil: escrever e elaborar questionários e pesquisas em poucos minutos; enviar ques- tionários para qualquer pessoa pe- la web, email ou através das mí- dias sociais; monitorar respostas em tempo real; e transformar seus dados em insights práticos. Download: iOS 1Password O 1Password é óti- mo para quem pre- cisa ter em mãos senhas e núme- ros de documentos, mas não quer correr nenhum risco de seguran- ça. O programa permite o cadas- tro de senhas de acesso, dados de cartão de crédito, documentos e até notas secretas. Todas as infor- mações ficam protegidas por uma única senha — que precisa ser for- te. Além de permitir que o profis- sional não tenha que memorizar todos os dados, o 1Password pro- tege as informações com cripto- grafia de 256 bits, o que é muito mais seguro que um aplicativo de notas. Download: iOS | Android When I Work O When I Work foi criado para permitir o compartilhamento de informa- ções da empresa (como compro- missos, dados e reuniões) direta- mente com seus funcionários. Os membros precisam estar com o aplicativo instalado em seus dis- positivos e logados através de uma conta criada no próprio app para assim receberem as informa- ções. Por ele é possível criar ou cancelar novos compromissos, di- vulgar informações de equipes de tarefas em aberto, visualizar requi- sições de tarefas e adicionar (ou retirar) membros da database. Download: iOS | Android Evernote O Evernote é um dos aplicativos mais queridos e recomendados pelos gestores de tempo. O app é indi- cado para quem deseja organizar observações, dados, lembretes e afins no modo off-line, como tam- bém arquivos online. O aplicativo disponibiliza blocos de anotações para que sejam salvos qualquer ti- po de texto e determinados tipos de mídias (fotos, links), facilitan- do na hora de lembrar o que deve ser feito na empresa ou na sua vi- da pessoal. Download: iOS | Android | Windows Phone Wrike - Gestão de Projetos Wrike – Gestão de Projetos é o aplicativo para An- droid que te conecta ao serviço online de gerenciamento de proje- tos, permitindo que você acompa- nhe a evolução dos trabalhos que está participando onde e quando quiser. O Wrike é uma plataforma online que visa oferecer ferramen- tas e recursos para que a sua rotina profissional se torne mais eficien- te, descomplicada e ágil. A flexibi- lidade das funcionalidades dispo- nibilizadas possibilita que equipes multifuncionais colaborem umas com as outras e finalizem suas ta- refas com sucesso em um só lugar. Download: Android 12 das novas tecnologias existen- tes, das demandas cada vez mais exigentes dos consumidores e da (ainda) burocracia existente. Como fazer, então, para que tudo isso funcione bem? Para sanar esta e outras dúvidas, o Conselho Regional de Adminis- tração de São Paulo – CRA-SP rea- lizou, no mês de março, a I Semana de Comércio Exterior e Logística, evento que contou com diversas palestras na sede e nas cidades de São José dos Campos, São José do Rio Preto, Itapetininga, Adaman- tina, Bauru, Franca, Campinas e Santos. Com o apoio do Sindicato dos Administradores no Estado de São Paulo – SAESP e promovida em conjunto com os grupos de Excelência em Gestão da Cadeia de Suprimentos e Logística e Re- lações Internacionais e Comércio Exterior, a Semana reuniu, entre profissionais, estudantes e empre- sários, mais mil e duzentas pessoas em todo o Estado. Desafios primários As péssimas condições da BR- 163, rodovia que liga os estados do Rio Grande do Sul e Pará, passando por Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, são as mesmas de 30 anos atrás, embora essa seja umas das principais vias para escoamento da produção de agronegócio bra- sileiro. No final de fevereiro, ape- nas entre os quilômetros 539 e 574, mais de dois mil caminhões estavam parados em meio à lama, Semana Temática Mais de mil e duzentas pessoas participam da I Semana de Comércio Exterior e Logística do CRA-SP Quando compramos um produto, esperamos que ele seja entregue logo e chegue dentro das condições contra- tadas. Também queremos contar com um atendimento eficiente, que resolva eventuais trocas e dê o suporte necessário em caso de dúvidas. Um desejo simples, comum a toda aquisição, mas que envolve inúmeros procedi- mentos, pessoas e normas e vai desde a extração e transporte da matéria prima até o atendimento pós-venda e a atenção à logística reversa. Toda essa cadeia de suprimentos, ainda mais com- plexa nos casos de importação e exportação, tem passado por mudanças constantes, por conta 13 relações humanas, internacionali- zação e logística”. Além dos conflitos, Vico Mañas, que é professor da PUC-SP, expli- cou que o conhecimento em mer- cados internacionais é essencial e que isso não se refere apenas às questões comerciais do negó- cio. “Para ir a outros cenários, é preciso ter conhecimento sobre o lugar. Quando vamos para um país estrangeiro já sabemos que iremos aprender. Muitas pessoas esquecem isso, mas é fundamental conhecer novas culturas e tecno- logias. Além disso, a internacio- nalização é uma estratégia que necessita de análise sobre qual qualificação profissional é neces- sária para prestar um serviço em outro país. É preciso se comportar o mais próximo possível das cultu- ras locais”, lembrou. “Se a logística estiver envolvida na internacionalização, ela precisa acordo com o administrador, de- corrente das poucas parcerias-pú- blico privadas, tão necessárias para o desenvolvimento. “As parcerias público-privadas ainda não atraem os empresários, pois são feitas de forma que o governo tenha muito mais retorno do que as empresas, detentoras da maior parte do di- nheiro e do investimento”, explicou Zani. Questões sociais Não há dúvidas que manter um bom serviço é algo complexo. Sustentar este cenário em outros países torna-se, então, um desa- fio ainda maior para as empresas e profissionais, principalmente porque tudo envolve uma relação humana. “O conceito básico de ne- gócio é muito simples: alguém que sabe fazer algo necessário a outras pessoas que, por sua vez, podem pagar por ele. Porém, nas relações humanas sempre haverá pontos de vistas diferentes, que podem gerar conflitos”, explicou o Adm. Antônio Vico Mañas na palestra “Negócios: gerando enormes prejuízos aos produtores e, em consequência, para o país. Na palestra “Superando os desa- fios logísticos no Brasil”, o Adm. Luiz P. Zani, pós-graduado em Administração de Negócios pelo IBMEC/Insper e professor de Lo- gística para o ensino técnico e superior, apresentou uma triste realidade diante deste cenário. “Não adianta ser um dos maiores produtores de soja, mas não con- seguir distribuir a sua safra. Ape- nasem 2013, o Brasil perdeu um contrato milionário com a China por conta de uma produção que não conseguiu escoar”. Elencando dificuldades que não ficam apenas no aspecto rodoviário, Zanin lem- brou que o Brasil ocupa a 52ª po- sição mundial referente ao tempo para exportar um contêiner e, de acordo com o Ranking do Índice de Desempenho Logístico divul- gado pelo Banco Mundial, o país estava, em 2014, na 65ª posição de desempenho logístico e na 54ª em infraestrutura. Parte desses resultados é, de D IV U LG A ÇÃ O D IV U LG A ÇÃ O "Não adianta (o Brasil) ser um dos maiores produtores de soja, mas não conseguir escoar sua safra", defendeu o Adm. Luiz P. Zani Público presente na palestra reali- zada na cidade de Adamantina 14 ser superestimada, pois o cliente não quer apenas o produto, mas sim uma série de serviços decor- rentes dele. Isto acontece porque temos acesso a muitas coisas que efetivamente não precisamos e, por isso, é necessária uma educa- ção paralela que vai nos orientar e nos convencer da necessidade de compra”, completou Vico Mañas. Entraves internacionais A eleição de Donald Trump trouxe impactos na economia mundial e tem gerado inúmeras incertezas. Uma das promessas cumpridas por ele logo após o início do seu mandato foi a reti- rada dos Estados Unidos do Trans Pacific Partnership – TPP, bloco econômico do qual fazem parte Japão, Austrália, Canadá, México, Peru, Chile, Malásia, Vietnã, Nova Zelândia, Cingapura e Brunei e que pretende reduzir as barreiras comerciais entre os países parti- cipantes, unificar a legislação em temas como acesso a internet, pro- teção a investidores, propriedade intelectual e normas de proteção ao meio ambiente. Ainda em processo de ratificação pelas nações participantes, o TPP é considerado o maior tratado de comércio da história e represen- taria 40% do PIB mundial. A saída dos Estados Unidos, porém, trouxe para o debate questões importan- tes sobre a soberania das nações e as políticas protecionistas. “Em razão da internacionalização da economia, é necessário haver uma flexibilização da soberania das nações, mas com o TPP isto seria ainda maior”, explicou a Dra. Maísa Emilia Raele Rodrigues, na palestra “Discussão sobre a TPP nas relações trabalhistas do co- mércio mundial e na propriedade intelectual”. De acordo a advogada e ex-juíza Classista do Trabalho do TRT 2ª Região, a preocupação quanto ao TPP é mundial e afeta diretamente o Brasil. “Possuímos relações co- merciais com vários países mem- bros, o que acarreta impactos para nós, pois se o bloco possui facili- dades nas transações entre si, nós passaremos a sofrer com novas concorrências”, mostrou Maísa. Comércio mundial Falando sobre transporte mundial, a Adm. Maria Cristina Abbud apre- sentou em sua palestra “Transporte Internacional: os diferentes modais” um cenário muito diferente do ima- ginado pela maioria da população. “90% do transporte mundial é ma- rítimo, 5% é aéreo e outros modais constituem os outros 5%. Quando pensamos em transporte marítimo, logo imaginamos imensos contai- ners, mas este tipo representa o menor número de carga deslocada, sendo a maior parte constituída por commodities”, explicou Ana Maria. D IV U LG A ÇÃ O D IV U LG A ÇÃ O "A logística reversa é uma responsabilidade de todos: consumidores, empresários e governo", defendeu Neusa Andrade Para a Adm. Maria Cristina Abbud, as questões protecionistas da atualidade podem mudar o cenário da logística 15 A grande variedade de navios de carga, porém, precisa de portos adequados para conseguir escoar as mercadorias, o que não acontece em muitos locais. “Para transportes marítimos existem diversos tipos de navios, de acordo com o que é trans- portado, como carga e seca e líquida a granel, automóveis, commodities, produtos químicos, containers (al- guns chegando a transportar até 18 mil unidades), mas tudo depende de portos que consigam manusear es- tas cargas”, apresentou a adminis- tradora, professora e consultora e comércio exterior. O transporte aéreo, devido ao seu alto custo, é um modal utilizado em casos urgentes ou estratégicos. “Na época da inflação descontrolada, as empresas mantinham grandes estoques de produtos, que muitas vezes se perdiam. Hoje, as compa- nhias às vezes trabalham com esto- ques zerados e assumem os custos de transporte aéreo, pois isso é mais compensatório do que man- ter produtos armazenados”, con- textualizou Ana Maria lembrando, ainda, que o mercado logístico é algo em constante transformação. “Com as questões protecionistas que temos visto atualmente, talvez tenhamos alterações nos modelos econômicos. Se países exportado- res perderem mercado, toda a rede de distribuição deve ser alterada para uma nova realidade”, lembrou. Ciclo dos produtos Após a instituição da Política Na- cional de Resíduos Sólidos, no final de 2010, empresários, governos e cidadãos passaram a possuir obri- gações no gerenciamento dos resí- duos. Apesar dos avanços e mesmo após quase sete anos em vigor, a Política ainda precisa de maior conscientização da sociedade. “O governo precisa fazer uma cam- panha de conscientização para o descarte correto dos produtos, os consumidores devem ter responsa- bilidade nesta etapa e os empresá- rios têm que fazer os treinamentos e os programas necessários para que a logística reversa realmente aconteça. É uma responsabilidade de todos”, defendeu Neusa An- drade na palestra “Situação da po- lítica nacional de resíduos sólidos e os desafios da logística reversa para o biênio 2017/2018”. “A Política Nacional de Resíduos Sólidos é um guarda chuva para que possam ser feitos acordos se- toriais e para que os municípios se adequem às melhores formas na devolução de produtos, estabe- lecendo metas de coleta e recicla- gem”, explicou Neusa, mestre em Administração e doutoranda em Engenharia de Produção. Apesar da real necessidade, mui- tas empresas ainda não se adapta- ram à Política e desconhecem as oportunidades que ela pode ge- rar. “A legislação está trabalhando com normas mais rígidas para que as empresas possam se adequar, pois se não houver essa obriga- toriedade, muitas delas não farão as mudanças. Os selos verdes, por exemplo, estimulam a prática sus- tentável, pois geram prêmios e acumulam demais vantagens. As empresas podem, por exemplo, criar estratégias comerciais com produtos que voltam à cadeia de suprimentos com preços dife- renciados após devoluções. Esta prática já é adotada por algumas empresas do ramo de e-commerce”, mostrou Jair Gustavo de Mello Tor- res, também palestrante no evento. De acordo com Jair, o setor é um dos principais protagonistas do mercado. “A logística veio para criar valor para o cliente. É uma área estratégica que tem entrado fortemente na área de serviços”, definiu. por Katia Carmo Para ver os conteúdos apresentados nas palestras da I Semana de Comércio Exterior e Logística, acesse http://bit.ly/2lEhRNy D IV U LG A ÇÃ O D IV U LG A ÇÃ O O Adm. Antônio Vico Mañas (ao fundo, no centro) e participantes da sua palestra realizada na sede 16 vida central: afinal, como garantir uma aposentadoria tranquila? São muitas as variáveis neste ce- nário: alto índice de desemprego, falta de informação suficiente para entender as regras da Pre- vidência, dificuldade de inserção no mercado de trabalho por parte de profissionais com mais de 50 anos e falta de planejamento entre O tema é polêmico e tem gerado debates, manifes-tações e muitas dúvidas. A Reforma da Previdên- cia trouxe para cenário político, econômico e social questõescomo planejamento orçamentário, re- serva financeira, plano de carreira e muitas outras preocupações que, somadas, formam uma dú- os jovens, que consideram a apo- sentaria algo muito distante. Para este último quesito, aliás, a reali- dade atual não é nada animadora. De acordo com pesquisa realizada pelo SPC Brasil e pela Confedera- ção Nacional de Dirigentes Lojistas – CNDL, quatro em cada dez jovens de 18 a 30 anos (38,7%) não se preparam para a aposentadoria, Planejando um futuro tranquilo Aposentadoria 17 mais jovens? “Cada vez que são citados, os números referentes ao rombo da previdência contrapõem posições que vão desde a urgên- cia de uma reforma para viabilizar as aposentadorias no futuro até a recusa de qualquer medida que altere o status quo. A Previdên- cia já custa mais de 10% do PIB, apesar de o Brasil ainda desfrutar de uma janela demográfica, que já se fechou em várias nações de- senvolvidas, levando à adoção de medidas amargas. Hoje, a soma de brasileiros acima de 65 anos e dos que ainda estão fora do mercado de trabalho beira os 45% da po- pulação, com tendência a crescer, dada a maior expectativa de vida”, afirma Luiz Gonzaga Bertelli, pre- sidente do Conselho de Adminis- tração do CIEE. Educação O educador financeiro do SPC Brasil, José Vignoli, afirma que esta postura tem que mudar. “Os jovens precisam ser envolvidos nessa dis- cussão desde cedo e devem enten- der que suas ações em relação ao dinheiro podem trazer benefícios duradouros ou gerar problemas complexos, como o endividamento e a restrição ao crédito”, aconselha. “Além disso, as discussões atuais em torno da reforma da previdên- cia sugerem que, nos próximos anos, será cada vez mais difícil con- tar com os recursos deste sistema para aposentar-se. Assim, o despre- paro poderá obrigar os jovens de hoje a continuar trabalhando tar- diamente, a fim de manterem seu padrão de vida”, conclui. Reinaldo Domingos, presidente da DSOP Educação Financeira e autor de diversos livros sobre o tema, alerta que o início do pre- paro para a aposentadoria deve acontecer muito antes do que se imagina. “O ideal é que os pais fa- çam uma previdência, ou qualquer outro tipo de aplicação para seus filhos, assim que eles nascem. A segunda oportunidade é o jovem, logo que ingressa no mercado de trabalho, pensar em guardar 10% do que ganha pelos próximos 30 anos, independente do valor da renda ao longo do tempo. Auto- maticamente essa pessoa estaria independente financeiramente, ou seja, aposentada de uma forma saudável”, aconselha. Realidade e futuro Como encontrar um equilíbrio entre a necessidade de reforma previdenciária e as preocupações dos trabalhadores, em especial os índice que aumenta para 48,2% entre as mulheres e 43,6% entre os pertencentes às classes C, D e E. Apesar das inúmeras informa- ções a respeito do tema, princi- palmente às vésperas da votação que pretende implantar mudanças como a aposentadoria por idade apenas aos 65 anos (para homens e mulheres) e acesso ao benefício integral após 49 anos de contribui- ção, 21,7% dos que não se prepa- ram para essa fase da vida não o fazem porque acreditam ser cedo para pensar nisso e 21,3% não sa- bem como fazer suas reservas. D IV U LG A ÇÃ O "A aposentadoria sustentável deveria ser um sonho, assim como a compra de um carro ou uma casa", afirma Reinaldo Domingos D IV U LG A ÇÃ O 18 Bertelli lembra, também, que este é um cenário muito difícil de ser assimilado pela população mais jovem. “Como pedir isso a milha- res de estudantes que sonham com uma vida melhor e, sem retomada do crescimento, sequer sabem se terão emprego? O que oferecer aos milhões de jovens menos favoreci- dos, com baixa escolaridade e sem capacitação? Para nós, a resposta está no presente: mesmo com a crise, não podemos descuidar da formação profissional e cidadã das novas gerações”, defende. “A influência da família tam- bém é algo que pesa. Quando o jovem conversa com seus pais ou seus avós sobre o futuro, muitas vezes os conselhos não são posi- tivos, pois o histórico deles com a aposentadoria social não foi sa- O QUE MUDA COM A NOVA PROPOSTA DE REFORMA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL Passa a ser a idade mínima para se aposentar, para homens e mulheres. Atualmente, não há uma idade mínima para o trabalhador se aposentar, exceto nos casos de aposentadoria por idade (65 anos). Pelas regras em vigor, é possível pedir a aposentadoria com 30 anos de contribuição, no caso das mulheres, e 35 anos no caso dos homens. Para receber o be- nefício integral, é preciso atingir a fórmula 85 (mulheres) e 95 (homens), que é a soma da idade com o tempo de contribuição 65 anos É o tempo mínimo de contribuição para se aposentar. Hoje, este perío- do é de 15 anos. 25 anos É a soma de tempo de contribuição para ter direito à aposentadoria in- tegral 49 anos Seguirão as mesmas regras estabelecidas para os demais trabalhadores. Pelas regras atuais eles podem se aposentar com tempo reduzido ao contabilizar o tempo em sala de aula Professores O tratamento especial continua existindo, mas a diferença em relação aos demais não poderá ser maior do que 10 anos no requisito de idade e 5 anos no de tempo de contribuição Trabalhadores com deficiência Passarão a responder a regras iguais às dos trabalhadores do Regime Geral. Hoje, eles fazem parte de um sistema diferenciado chamado Re- gime de Previdência dos Servidores Públicos (RPPS) Servidores públicos Homens com 50 anos de idade ou mais e mulheres com 45 anos de ida- de ou mais poderão aposentar-se com regras diferenciadas. A regra de transição só vale para o tempo de aposentadoria, já para o cálculo do benefício valerá a nova regra proposta Regras de transição Fonte: Agência Brasil D IV U LG A ÇÃ O Para Luiz Gonzaga Bertelli é necessário investir na formação profissional e cidadã das novas gerações 19 tisfatório. O fato é que a aposen- tadoria sustentável deveria ser um sonho, assim como comprar um carro ou uma casa, mas as pessoas só deixam para pensar nisso aos 45, 50 anos. Quanto menos tempo elas tiverem, maior será o sacrifício para conseguir fazer a construção dessa aposen- tadoria”, acrescenta Domingos. Como se preparar Para conquistar uma aposen- tadoria tranquila é necessário saber: não há formula mágica. Garantir uma renda no futuro requer planejamento e, acima de tudo, disciplina. “Dois elementos são necessários para saber se você consegue se aposentar com sustentabilidade. O primeiro é identificar quando você quer pa- rar de trabalhar por necessidade e o segundo é saber quanto você ganha hoje por mês. A partir disso, inicia-se a construção da sua re- serva financeira, independente do meio escolhido, como previdência privada, investimentos em tesouro direto, LCI, LCA, CDB, etc. Em que você vai investir pouco importa, o que vale mais, além de ter um ga- nho de onde se possa retirar uma quantia para a sua aposentadoria, é sair da zona de conforto, assu- mir as suas fragilidades e falta de conhecimento e buscar por livros, cursos ou outros instrumentos que possam lhe auxiliar. O que faz as pessoas não terem uma reserva hoje é a ausência de educação fi- nanceira e, por isso, é importante fazer um diagnóstico com todos da família, inclusive filhos pequenos, para reduzir excessos e fazer esco- lhas”, orienta Domingos. O educador ainda comple- menta que precisamos ser hones- tos com nós mesmos e encarar os desafios. “Para saber se estamos ou não no caminho de uma inde- pendência financeira é necessá- rio responder a duas perguntas: se eu não recebesse mais o meu ganho mensal, por quanto tempo conseguiria mantermeu atual pa- drão de vida? Outra pergunta é: se eu fizesse essa mesma indaga- ção dez anos atrás, qual seria a minha resposta? É provável que a maioria das pessoas diga que não conseguiria se manter por muito tempo nas duas situações. Se você não tem sustentabilidade para se manter com o mesmo pa- drão de vida por um tempo caso pare de trabalhar agora, é sinal de que está frágil e de que em nenhum momento da sua trajetó- ria investiu na aposentadoria. As pessoas devem fazer uma refle- xão sobre a sua situação, mesmo que a resposta seja dura, pois é melhor termos um diagnóstico ruim agora, mas conseguirmos construir um novo caminho, do que chegar lá na frente e ter que depender da ajuda de outras pes- soas ou ficar trabalhando por obrigação pelo resto da vida. Para este último item existe, ainda, o agravante da exclusão de retorno e permanência nos empregos das pessoas acima de 50 anos, pois os jovens que chegam ao mercado demandam menos custos às empresas e já estão mais habituados às novas tecnologias”, contextualiza Do- mingos. Diante das prováveis novas regras e sem disciplina, planeja- mento e educação financeira, a sonhada aposentadoria da maio- ria dos brasileiros pode ficar cada vez mais distante. E você, já começou a se preparar? por Katia Carmo Valor inicial depositado mensalmente Aporte Inicial Acréscimo (anual) no valor depositado mensalmente (INFLAÇÃO) * Rendimento mensal da aplicação ** R$ 300,00 R$ 0,00 5,00% 0,50% Total aplicado Total Aplicado + Rendimento Acumulado em 30 anos R$ 239.179,85 R$ 538.926,20 * O quanto será acrescentado, em percentual, ao valor investido mensalmente, de acordo com a inflação ** Taxa de rendimento da aplicação escolhida. Hoje, este percentual é equivalente a rentabilidade da poupança, considerada uma das menos rentáveis Simulação realizada no portal DSOP. Para ver estas e outras simulações acesse www.dsop.com.br SIMULAÇÃO DE APLICAÇÃO PARA APOSENTADORIA 20 Capa IS TO CK 21 A maioria das empresas brasileiras ainda enfrenta desafios significativos de equidade de gênero. A conclusão é de estudo inédito da Câmara Americana de Comércio (Amcham) com 350 diretores e executivos de empresas, aplicada em outubro de 2016. Para 76% dos entrevistados e entrevistadas, na sua maioria gestores de recursos humanos de empresas dos mais variados portes e segmentos, as empresas ainda não tratam homens e mulheres de forma igualitária na estrutura organizacional e de gestão. Só 24% deles avaliam de forma satisfatória a temática e tratamento de gênero na sua companhia. Na avaliação de 80%, a dife- rença de tratamento é percebida em maior escala na promoção de novas lideranças, com maior número de homens em nível ge- rencial. Outros 12% consideram a seleção o momento de maior diferenciação, com maior pre- ferência por gênero e não por competência. E 8% apontam o estágio do desenvolvimento, com investimentos em treina- mento desigual na companhia. Para promover em maior nível a equidade de gênero, existem três aspectos prioritários a serem tra- balhados: (47%) financeiro, igua- lando salários e benefícios entre gêneros do mesmo cargo; (30%) recursos humanos, aumentando o número de mulheres no quadro de funcionários; e (23%) jurídico, igualando direitos e benefícios in- dependente de gêneros. “Quando, para 47% dos em- presários, igualar salários entre gêneros ainda é o maior obstá- culo, percebemos o quanto falta avançar”, comenta Deborah Viei- tas, CEO da Amcham Brasil, e pri- meira mulher a comandar, em 98 anos, a maior Câmara Americana, entre 114 existentes fora dos Es- tados Unidos. A maioria dos entrevistados pela Amcham (86%) avalia que o papel cultural das mulheres nas estru- turas familiares ainda é fator de interrupção de carreira. Para esta maioria, as mulheres arcarem com uma parte desproporcionalmente maior das tarefas domésticas e, especialmente, na maternidade, inibe e reduz promoções e tam- bém as ambições femininas por cargos mais elevados. Para 78%, o fator maternidade ainda gera in- terrupções ou pausas em plano de carreira para mulheres executivas. Na sondagem da Amcham, 52% declararam não ter um programa formal ou ação de incentivo à equidade de gênero. Das 48% das Equidade de gênero ainda é um desafio para 76% das empresas brasileiras IS TO CK "Quando igualar salários entre gêneros ainda é o maior obstáculo, percebemos o quanto falta avançar", diz Deborah Vieitas M A RI O M IR A N D A | A M CH A M 22 empresas que já possuem um pro- grama estruturado, 63% avaliam os resultados gerados a partir da ação ainda como “regulares”, com mudanças pontuais na cultura da empresa. Só 19% estão satisfeitos com as ações e estágio atual do seu programa de equidade. Faltam ações? Para mostrar o impacto dos es- tereótipos para a equidade de gê- nero, a Unilever, uma das líderes mundiais na comercialização de produtos alimentícios, de limpeza doméstica e de cuidados pesso- ais, com vendas em mais de 190 países, alcançando 2,5 bilhões de consumidores por dia e com 169 mil funcionários, também realizou um estudo com nove mil pessoas em oito países - Argentina, Brasil, Estados Unidos, Índia, Indonésia, Quênia, Turquia, UK – sendo 50% homens, 50% mulheres, 50% com idade entre 18 e 35 anos e 50% com mais de 35 anos. Em parceria com a The Female Quotient (TQF), o estudo “The Unstereotyped Mindset” (Pen- samento Livre de Estereótipos) procurou entender os desafios enfrentados pelas mulheres para atingirem todo o seu potencial e se desenvolver economica- mente. A pesquisa mostra que os estereótipos de gênero, as conven- ções sociais e os vieses inconscien- tes são os principais obstáculos para acelerar o processo de igual- dade entre homens e mulheres. Marina Fernie, vice-presidente de Foods da Unilever Brasil, afir- mou que “o empoderamento das mulheres e das meninas oferece uma oportunidade única para o desenvolvimento humano e para o crescimento econômico”. O último Relatório de Desigualdade de Gênero do Fórum Econômico Mundial, apresentado em outubro de 2016, mostra que podemos demorar até 170 anos para alcançar igualdade entre homens e mulheres. A comunidade empresarial tem o papel de fomentar, acelerar e li- derar esse processo. “Precisamos combater os estereótipos que li- mitam homens e mulheres tanto no ambiente de trabalho como fora dele”, afirma Marina. “The Unstereotyped Mindset” mostra que é preciso repensar a divisão de trabalho doméstico, rever as atitudes no mundo dos negócios e revolucionar a comunicação de marcas e produtos. O estudo também conclui que a maior parte dos entrevistados, três em cada quatro, acha que a res- ponsabilidade por promover uma mudança de atitude é dos líderes seniores. O estudo mostra ainda o papel significativo da propaganda neste processo: 70% dos entrevis- tados acreditam que o mundo seria melhor se as crianças de hoje não fossem expostas a estereótipos de gênero na publicidade. Ano pas- sado, por exemplo, a Unilever lan- çou o movimento #Unstereotype. Trata-se de um compromisso glo- bal para combater os estereótipos na comunicação das suas marcas. Alguns dados da pesquisa “The Unstereotyped Mindset” referen- tes ao Brasil mostram que 56% acreditam que as empresas pro- movem mulheres para cargos Para Marina Fernie é preciso combater os estereótipos que limitam homens e mulheres "As novas gerações terão oportunidade de demonstrar que o nivelamento de gênero é um processo natural", defende Teresinha Covas Lisboa D IV U LG A ÇÃ O D IV U LG A ÇÃ O23 de liderança para transmitir a percepção de equidade; 58% das mulheres se sentem pressionadas a ignorar maus comportamentos dos homens em relação a elas e 56% concordam que convenções sociais – trabalhos tradicional- mente femininos e que a mulher é responsável pelos cuidados com a casa e com a família - são as prin- cipais barreiras para o desenvolvi- mento econômico da mulher. Os resultados da pesquisa mostram que 47% das mulhe- res afirmam que a distribuição desigual das tarefas domésticas e dos cuidados com os filhos é um obstáculo para a equidade de gênero, mas apenas 36% dos homens concordam com isso. Já 61% acreditam que as mulheres se distraem com frequência por questões relacionadas à família/ filhos. A porcentagem cai para 29% em relação aos homens. 72% acreditam que as mulheres são pouco representadas nos cargos de liderança devido ao “corporati- vismo masculino”. Já 70% concor- dam que o mundo seria melhor se as crianças não fossem expostas a estereótipos de gênero (tanto fe- mininos, quanto masculinos) em campanhas de marketing e 60% dos homens concordam que o re- trato que a publicidade faz - tanto de homens como de mulheres - é baseado em estereótipos. Otimismo De acordo com a Adm. Teresinha Covas Lisboa, conselheira federal suplente do CRA-SP, apesar de al- guns aspectos ainda dificultarem a equiparação entre homens e mulheres, tanto em empresas pri- vadas como nos cargos públicos, há um cenário de otimismo, princi- palmente por conta da realização profissional da mulher. “No Bra- sil, o comprometimento com a fa- mília dificultou, por muitos anos, o acesso da mulher no mercado de trabalho. Porém, sentimos que nos últimos anos ocorreu um crescimento de mulheres nos cargos de gestão, principal- mente no empreendedorismo. O SEBRAE demonstra que o Brasil possui 7,3 milhões de mulhe- res empreendedoras em vários segmentos, com destaque para educação, saúde, e-commerce estética, alimentação, moda e negócios sociais. Portanto, esse crescimento deve-se ao espaço que ela procura para realização profissional ou como reforço da renda familiar em momentos de crise econômica. As diferencia- ções salariais ainda existem, mas à medida que a mulher opta pela sua capacitação e investe em sua formação, obviamente o espaço será oferecido para demonstrar suas habilidades e competên- cias”, defende Teresinha. Os cargos de liderança, ainda ocupados em sua grande maio- ria por homens, precisam de mulheres e as próximas gerações deverão contar com mais oportu- nidades para mostrar o seu tra- balho. “Nos cargos estratégicos ainda vemos poucas mulheres. São empresas familiares ou aque- las cuja presença masculina sem- pre esteve à frente da direção. O tradicionalismo da administração pública também demonstra que ainda ocorre certa dificuldade na escolha de uma mulher para ocu- par cargos estratégicos (como ministérios, secretarias, dire- torias etc). As novas gerações, com certeza, terão oportunidade de demonstrar que o nivelamento do gênero é um processo natural e que a mulher exerce sua ativi- dade tão bem quanto o homem”, explica Teresinha. por Maria Cecilia Stroka D IV U LG A ÇÃ O CONEXÕES QUE IMPULSIONAM CONQUISTAS A segunda edição do CONALIFE (Congresso Nacional de Lideran- ça Feminina), promovido pela ABRH-SP - Associação Brasileira de Recursos Humanos - seccional São Paulo em parceria com a ONU Mulheres terá como tema “Conexões que impulsionam conquistas”. Segundo Nadine Gasman, representante do Escritório da ONU Mulheres no Brasil, “a ideia é gerar ações que impulsionem conquis- tas e que levem a um engajamento da sociedade brasileira em prol dos direitos das mulheres e da construção de um planeta 50-50 on- de haja igualdade para todos”. Já a diretora comercial da ABRH-SP, Edna Goldoni, destaca que a Associação já tem cases de engajamento de empresas à causa da equidade de gênero e do empoderamento feminino gerados pelo primeiro congresso. “Nosso objetivo agora é mobilizar mais mulhe- res, homens e a área de Recursos Humanos das empresas para fazer muito mais.” O CONALIFE terá sua segunda edição realizada em 31 de maio, em São Paulo. Veja mais informações em http://bit.ly/2o9lITn . 24 no qual ainda podem ser solicita- dos pela Receita Federal. Para 2017, é necessária maior atenção a alguns itens que sofre- ram alterações e que podem en- grossar o número de contribuintes na malha fina. A principal mudança é a obrigatoriedade de inserção de CPF para os dependentes maiores de 12 anos, antes necessária ape- nas a partir dos 14 anos. Outra importante questão é o início do cruzamento de dados médicos e do eSocial, página que unifica o envio de informações de empregadores e empregados (inclusive domésti- cos), com as informações prestadas à receita. Em entrevista ao portal G1, Elaine Pereira de Souza, chefe da malha fina do imposto de renda, informou que o Fisco já solicitava, Quem já caiu na malha fina do Imposto de Renda sabe o tamanho da dor de cabeça e, muitas vezes, prejuízo. Segundo informações da Receita Federal, apenas no ano passado, mais de 770 mil contribuintes ti- veram suas declarações retidas. Dentre os principais erros estão a omissão de rendimentos do ti- tular e dos dependentes, dedução indevida de previdência privada, social e pensão alimentícia, va- lores errados em despesas mé- dicas e informações divergentes sobre a fonte pagadora. Por isso, especialistas recomendam que os documentos que comprovam as despesas das últimas cinco decla- rações sejam guardados, período desde o ano passado, que os profis- sionais de saúde que atuam como autônomos informassem, em sua declaração do IR, o CPF dos seus pacientes. Entretanto, esse dado ainda não estava inserido nos cruzamentos da malha fina, o que acontecerá a partir deste ano. Prazos e multas Deixar a entrega para o último momento é um hábito frequente, mas não aconselhável. Para o di- retor executivo da Confirp Consul- toria Contábil, Richard Domingos, é interessante que as pessoas se preparem com calma e tempo para declarar, procurando e separando os documentos necessários. "Quanto mais preparado o con- tribuinte estiver, melhor, pois os primeiros dias são os mais inte- ressantes para o envio e isso por dois motivos: quem entrega o ma- terial com antecedência receberá sua restituição antes e, em caso de problemas, o contribuinte terá tempo para resolvê-los, evitando a necessidade de realizar uma de- claração retificadora depois do prazo de entrega, que será 28 de abril", alerta. Quem deixar de entregar a de- claração no prazo estará sujeito a multa de 1% do imposto devido ao mês, até o limite de 20%. O valor mínimo para multa pelo atraso ou falta de entrega é de R$ 165,74. Dúvidas frequentes Fazer declaração conjunta ou separada? Utilizar o desconto simplificado ou não? Como de- clarar compra e venda de imóveis ou veículos? Em caso de herança, como proceder? As dúvidas dos contribuintes são inúmeras e, por Imposto de Renda 2017 Cuidado com o leão! IS TO CK 25 tões referentes a entrega da De- claração do Imposto de Renda 2017. O atendimento é realizado de segunda a sexta-feira, na Av. Pacaembú, 715 - São Paulo, das 09h00 às 16h00, exceto feriados, e não é necessário agendar. por Katia Carmo isso, a Receita Federal mantém um condensado de perguntas e respostas no site, com as prin- cipais questões da declaração deste ano. Além disso, também é possível comparecer em uma unidade que mantém pessoal especializado apenas para ques- D IV U LG A ÇÃ O Quem precisa declarar? PESSOA FÍSICA QUE: Recebeu rendimentos tributáveis superiores a R$ 28.559,70, tais co- mo: rendimentosdo trabalho as- salariado, não-assalariado, pro- ventos de aposentadoria, pensões, aluguéis, atividade rural; Recebeu rendimentos isentos, não-tributáveis ou tributados ex- clusivamente na fonte superiores a R$ 40 mil; Obteve receita bruta superior a R$ 142.798,50 relativa a atividade ru- ral ou pretenda compensar prejuí- zos de anos-calendário anteriores ou do próprio ano-calendário de 2016; Realizou em qualquer mês do ano- -calendário: alienação de bens ou direitos em que foi apurado ga- nho de capital, sujeito à incidên- cia do imposto (preencha o item Demonstrativo de Ganhos de Ca- pital e/ou Demonstrativo de Ga- nhos de Capital em Moeda Estran- geira); ou operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas (preencha o item Demonstrativo de Apuração de Ganhos – Renda Variável – Opera- ções Comuns e Day-Trade); Teve a posse ou a propriedade de bens ou direitos, em 31/12/2016 cujo valor total foi superior a R$ 300.000,00; Passou à condição de residente no Brasil e encontrava-se nessa condi- ção em 31/12/2016; Optou pela isenção do imposto sobre a renda incidente sobre o Ganho de Capital auferido na ven- da de imóveis residenciais, cujo produto da venda seja aplicado na aquisição de imóveis residenciais localizados no País, no prazo de 180 dias contados da celebração do contrato de venda, nos termos do art. 39 da Lei nº 11.196, de 21 de novembro de 2005. 12 principais motivos que levam à malha fina 1 Utilizar o ponto final (.) ao invés da vírgula (,) para separar os cen- tavos. A declaração do IR não considera o ponto como um sepa- rador e, portanto, o uso dele será considerado um erro; 2 Não declarar todos os rendimentos tributáveis recebidos. São eles salários, proventos de aposentadorias, aluguéis, entre outros; 3 Não declarar os rendimentos tributáveis recebidos pelo cônjuge, no caso de declaração em conjunto; 4 Declarar o somatório do Imposto de Renda Retido na Fonte des- contado do 13º salário. No caso do IR Retido da Fonte, deve ser descontado o somatório integralmente do imposto apurado; 5 Declarar a subtração entre os rendimentos tributáveis e os rendi-mentos isentos; 6 Declarar prêmios de loteria e planos de capitalização na ficha de rendimentos tributáveis. Quando houver esses prêmios, eles de- vem ser declarados na ficha de rendimentos sujeitos à tributação exclusiva; 7 Declarar planos de previdência complementar na modalidade VGBL como dedutíveis. Eles só podem ser dedutíveis quando es- tão na modalidade PGBL, com dedução limitada em 12% do ren- dimento tributável declarado; 8 Declarar doações a entidades assistenciais para garantir a dedu- ção. A legislação permite a dedução somente para doações efe- tuadas diretamente aos fundos controlados pelos Conselhos Mu- nicipais, Estaduais e Nacional dos Direitos da Criança e do Adoles- cente; ela é limitada em até 6% do imposto devido; 9 Declarar Rendimentos Sujeitos à Tributação Exclusiva, como o 13º salário, como se fosse um Rendimentos Tributável; 10 Deixar de declarar ganhos ou perdas de capital que são alienados bens e direitos; 11 Deixar de declarar ganhos ou perda de renda variável, caso o con-tribuinte opere em bolsa de valores; 12 Declarar despesas com planos de saúde de dependentes não re-lacionados na declaração. Fonte: Portal Infomoney 26 vertentes da ciência administra- tiva, como Planejamento Estraté- gico, Gestão de Pessoas, Logística, Comércio Exterior, Administração Legal, Mediação e Arbitragem, en- tre outras. O objetivo do Centro do Conhe- cimento é gerar e compartilhar conteúdos, servindo como um ambiente para fomento e discus- sões sobre temas e tendências. Além disso, também é possível ter acesso a informações discutidas, geradas e disponibilizadas pelos Grupos de Excelência através da produção de artigos, livros, pes- quisas, palestras e outros. O Centro do Conhecimento do Conselho, que abriga os Grupos de Excelência atuantes nas mais diferentes áreas, conta com três recentes formações: Pacto Global, Gestão Pública e Negócios de Ener- gia, que visam estudar e debater estes temas de total importância nos dias de hoje para a Administra- ção e, também, para a sociedade. Criado pelo Conselho em 1997, o Centro do Conhecimento é cons- tituído por Grupos formados por profissionais voluntários e espe- cialistas nas mais diferentes áreas, que atuam dentro da abrangência do CRA-SP estudando inúmeras Gestão Pública Para entender este tema, ne- cessário para o desenvolvimento das nações, e em especial evi- dência no Brasil atualmente, o Grupo de Excelência em Gestão Pública foi reativado e conta com experientes profissionais da área, com o objetivo principal de es- tudar as recentes tendências da Administração Pública, em es- pecial o novo perfil exigido do Administrador deste setor frente às exigências de mudança em to- das as esferas de governo. Por meio de diversos eventos a serem Pacto Global, Gestão Pública e Negócios de Energia são os mais novos Grupos de Excelência do CRA-SP Conhecimento 27 realizados, o grupo visa levar ao conhecimento dos participantes as questões fundamentais sobre uma gestão eficiente, promo- vendo o desenvolvimento dos municípios, estados e país. Negócios de Energia A questão energética no país é o foco do Grupo de Excelên- cia em Negócios de Energia, que visa disseminar o conhecimento e estimular o administrador para a compreensão das diferentes questões que envolvem o tema na atualidade, com ênfase na ges- tão de negócios e na capacitação necessária para assumir posições de destaque nesse setor. Pacto Global Após a adesão do CRA-SP ao Pacto Global das Nações Unidas, no final do ano passado, tornou- -se necessária a criação de um Grupo que possa estudar e de- bater ações de apoio, defesa e di- fusão dos princípios defendidos pelo Pacto, estimular a mobiliza- ção da comunidade empresarial e acadêmica, além de estabele- cer parcerias com entidades não governamentais que têm papel importante na liderança de movi- mentos como este, desenvolvido pela ONU. O lançamento oficial das ações deste e do Grupo de Ex- celência em Negócios de Energia acontece em evento a ser reali- zado na sede do CRA-SP, no início de abril, e que debaterá um im- portante cenário no país: a con- tribuição das empresas para o desenvolvimento sustentável no Brasil (veja cobertura completa na próxima edição da RAP). por Redação D IV U LG A ÇÃ O O Adm. Cleber Suckow Nogueira, integrante do Grupo de Excelência em Administração em Saúde e coor- denador de Planejamento em Saúde do município de Praia Grande conta, em breve relato à RAP, a importância do administrador neste setor e um pouco das atividades desenvolvidas no munícipio do litoral paulista atra- vés do projeto Programa de Residên- cia em Medicina de Família e Comu- nidade – PRMFC. A cidade é a única da Baixada San- tista que faz parte da iniciativa do Governo Federal e funciona como modelo na região. Com o PRMFC, a Secretaria de Saúde Pública do mu- nicípio avança mais uma etapa no processo de ampliação da qualidade da Atenção Básica, setor considerado porta de entrada do sistema respon- sável pelos serviços primários que evitam procedimentos mais comple- xos por meio de acompanhamento médico com consultas. “O Programa de Residência em Medicina de Família e Comunida- de é um programa regulamentado pelo Governo Federal que existe especificamente na área da saúde. As residências são cursos de pós- -graduação para os profissionais deste setor e, no caso da cidade de Praia Grande, esse curso em desta- que visa a especialização na medi- cina de família e comunidade, que já é realizado com muito sucesso em países como Canadá e Inglater-ra e que agora está recebendo in- vestimentos no Brasil, com foco na saúde preventiva. O ponto importante da Admi- nistração no curso é que os profis- sionais da área médica geralmen- te não conhecem e não geren- ciam recursos e nem a sistemática de comunicação organizacional, por exemplo, e acabam por assu- mir cargos de direção sem conhe- cer a parte de gestão. A partir dis- so, criamos aqui na Praia Grande, além das matérias técnicas, a dis- ciplina de Gestão em Saúde. Nessa residência, os profissionais contam com períodos onde atuam na prá- tica dentro das unidades de saúde, atendendo junto com um precep- tor (médico mais experiente que os acompanha), além da parte de estudos, na qual está alocada esta disciplina ministrada por um admi- nistrador (coisa difícil de acontecer em outras localidades). Acredito que no país ainda não existam muitos administradores atuando nesses programas de re- sidência. Recentemente partici- pei de um congresso internacional da área, realizado no Rio de Janei- ro, e a nossa experiência foi mui- to bem aceita lá. Inclusive, muitos profissionais da região se interes- saram pelo programa e se inscre- veram para participar de um novo processo seletivo, pois já estamos no segundo ano da residência mé- dica e contamos com aproximada- mente 17 residentes no município. Este é um campo difícil, pois é necessário dar aulas para médicos e falar de técnicas de negociação e economia, para que eles enten- dam que existe um orçamento e que cada município tem a sua limi- tação orçamentária, o que influen- cia diretamente, por exemplo, em solicitações desnecessárias de exa- mes. Essa visão do todo no planeja- mento, bem como da organização que, muitas vezes, o profissional de saúde – médico – não tem, são co- locadas nessas aulas e a aceitação está surpreendente.” Adm. Cleber Suckow Nogueira ADMINISTRAÇÃO NA SAÚDE 28 Representações Representações e participações em eventos ampliam a visibilidade da profissão Em nome do CRA-SP, Conselheiros e Representantes divulgam perma- nentemente junto a diferentes públi- cos – como alunos e coordenadores dos cursos das áreas da Administra- ção, instituições de ensino, empre- sas públicas e privadas, entidades, governo – a missão e os objetivos do Conselho, ampliando, assim, a sua representatividade na sociedade. Acompanhe, a seguir, algumas das representações realizadas. Eventos diversos meses de fevereiro e março 17/02 Palestra Empresas preparam pro- posta para reformar impostos em 10 anos – Associação Brasileira de Advocacia Tributária – ABAT Representante: Cons. Rogério Fer- nando de Góes 22/02 Palestra Construção de Cenários: Como integrar o planejamento de curto, médio e longo prazo – Asso- ciação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabili- dade – ANEFAC Representante: Cons. Luiz Carlos Marques Ricardo 10/03 Palestra Cenário econômico e pers- pectivas para as reformas estruturais - Ordem dos Economistas Representante: Cons. João Luiz de Souza Lima 16/02 Faculdade Fleming Universidade São Francisco Faculdade Politécnica de Campinas Centro Universitário da Fundação Educacional Inaciana Pe. Saboia de Medeiros 17/02 Faculdade Integração Tietê Universidade do Oeste Paulista Centro Universitário de Adamantina - FAI 18/02 Centro Universitário Álvares Penteado 19/02 Faculdade de Administração da Fun- dação Armando Alvares Penteado 20/02 Centro Universitário das Faculdades Associadas de Ensino - FAE Universidade Cruzeiro do Sul 21/02 Faculdade de Hortolândia Faculdade de Tecnologia Rubens Lara Faculdade Anglo 22/02 Instituto de Educação Superior de Boituva Universidade Paulista – Ribeirão Preto 23/02 Universidade São Francisco – Bra- gança Paulista * As representações realizadas em fevereiro, antes do dia 10, fazem parte da edição nº 368 da RAP 14/03 Programa Empresa com Valores - Associação Dirigentes Cristãos Empresas - ADCE SP Representante: Cons. Antônio Carlos Cassarro 14/03 Reunião Técnica Empresa Pró Ética - Associação Nacional dos Executi- vos de Finanças, Administração e Contabilidade – ANEFAC Representante: Cons. Antônio Carlos Cassarro Representação Cerimonial em Colação de Grau mês de fevereiro* 10/02 Faculdade de Ciências Gerenciais Faculdade Marechal Rondon Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas 11/02 Centro Universitário Antônio Eufrá- sio de Toledo de Presidente Pruden- te - Toledo Prudente 14/02 Faculdade de Presidente Prudente Universidade Paulista – São José do Rio Pardo 15/02 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo – campus São José do Rio Preto 29 No Espaço Manacá, você encontra toda a infra- estrutura com a mais avançada tecnologia, localização privilegiada e capacidade para receber até 400 pessoas. Faça seu evento corporativo, acesse www.espacomanaca.com.br b cs co m un ic aç ão Workshops, treinamentos, seminários, eventos especiais. Ligue e reserve seu espaço: 11 3087 3200 Av. 9 de Julho, 3.830 - Jardins | + 55 11 3087.3200 | www.espacomanaca.com.br Vivências empresariais acontecem no Espaço Manacá. Clube de Serviços 30 Certificação Digital: mais um benefício do Clube de Serviços As empresas, profissionais e estudantes registrados no CRA-SP e os associa-dos ao Sindicato dos Administradores no Estado de São Paulo – SAESP contam com descontos exclusivos na aquisi- ção dos Certificados Digitais emi- tidos pela Serasa Experian. O Certificado é um documento eletrônico que, através de pro- cedimentos lógicos e matemá- ticos, asseguram a integridade das informações e autoria das transações realizadas por meios digitais, permitindo que pessoas e empresas se identifiquem e as- sinem digitalmente de qualquer lugar do mundo com mais segu- rança e agilidade. Benefícios Confira algumas vantagens que os Certificados Digitais oferecem: Imposto de renda: todos que possuem certificado digital po- dem baixar a declaração pré-pre- enchida, apenas para realização de ajustes ou adição de despesas e deduções, reduzindo a possibi- lidade de erros de digitação. Com o e-CPF é possível agilizar desde o preenchimento até o acompa- nhamento do processamento da declaração. Identificação: a tecnologia per- mite que processos, antes reali- zados pessoalmente ou por meio de inúmeros documentos em papel, possam ser feitos de ma- neira eletrônica. É possível, por exemplo, assinar contratos digi- talmente, provando que a pessoa é ela mesma com total segurança e autenticidade, o que exclui a obrigação de reconhecer firma. Procurações: qualquer empresa pode gerar, com seu e-CNPJ, pro- curações eletrônicas para um por- tador de e-CPF fazer determinadas transações em nome dela perante a Receita Federal e outras autar- quias públicas. Leilões eletrônicos: Para ter acesso aos leilões em anda- mento da Receita Federal ou da Polícia Federal, basta que o interessado acesse o Centro Virtual de Atendimento ao Con- tribuinte (e-CAC) por meio de certificado digital válido, utili- zando a opção de atendimento “Sistema de Leilão Eletrônico”. Nesse link, é possível visualizar os editais disponíveis, os lotes de cada um, preço inicial e as datas de início e fim de recebi- mento das propostas. Transações online: A utilização do certificado digital garante a identificação do cliente pelo banco. Há vários tipos de Certificados, para pessoas físicas e jurídicas, dependendo do uso e tipo de aplicabilidade. Para saber mais sobre os tipos de Certificados e os valores com desconto ofe- recidos aos registrados, acesse: http://bit.ly/2fM8MhH Nova Carteira Profissional Profissionais registrados no Conselho e que
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