Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ROTEIRO PARA AULAS PRÁTICAS CITOLOGIA eHISTOLOGIA Aluno/a: _______________________________________________________ Ciclo/ módulo:__________________________________________________ Curso: _________________________________________________________ Professora: Janaína Cláudia S. Saldanha 2 USO DO MICROSCÓPIO ÓPTICO Identifique as partes do microscópio óptico, observando as mesmas no seu microscópio de bancada. Verifique as funções de cada componente. Partes básicas de um microscópio óptico (MO) Existem vários modelos de MO disponíveis no mercado, mas as partes essenciais são as mesmas, podendo variar apenas na localização ou forma. As principais partes são listadas abaixo. Procure ler com cuidado as informações sobre cada uma delas. a) Ocular: pequeno tubo removível contendo lentes, que aumenta a imagem fornecida pela objetiva. Alguns microscópios apresentam uma ocular (como o da ilustração) sendo chamados de monoculares; outros, como o que você tem neste laboratório, possuem duas oculares sendo dito binocular. Antes de observar qualquer material deve-se fazer o ajuste das oculares para sua distância interpupilar. Para isso, as oculares deslocam-se lateralmente. Mesmo tendo duas oculares deve-se enxergar apenas um campo. O aumento das oculares do seu microscópio é de 10X. b) Tubo: peça de metal localizada entre a ocular e o revólver de objetivas. 3 c) Objetivas: localizadas no final do tubo são compostas por quatro a seis lentes superpostas. Fornecem a imagem real ampliada e invertida do objeto a ser examinado. Normalmente existem quatro objetivas com aumento de: 4X, 10X, 40X e 100X.. O aumento final do objeto é dado pela multiplicação do aumento da objetiva pelo aumento da ocular. d) Revólver: peça arredondada móvel, onde se encaixam as objetivas. e) Estativo ou braço: seção curva de metal que apóia o tubo e a platina. Local onde se deve segurar o aparelho para seu transporte. f) Platina ou mesa: plataforma, geralmente quadrada, que serve para apoiar a lâmina a ser examinada. Possui uma abertura central por onde passa a luz que incidirá sobre o material de análise. g) Condensador: é composto por um sistema de lentes convergentes que visam melhora o fornecimento de luz condensando-a. Localiza-se abaixo da platina e apresenta movimentos verticais comandados por um parafuso localizado próximo a ele. h) Diafragma: acoplado ao condensador, auxilia na concentração de raios luminosos na objetiva, permitindo diferentes contrastes no material observado. Possui estrutura semelhante ao diafragma de máquinas fotográficas, podendo estar aberto ou fechado. i) Charriot: montado sobre a platina, permite que a lâmina colocada sobre a platina desloque em todas as direções. Prende a lâmina através de presilhas localizadas na platina. j) Botão macrométrico: botão maior localizado na parte inferior da estativa, possibilita grandes deslocamentos da platina para cima e para baixo. É responsável pelo foco grosseiro do material. k) Botão micrométrico: botão menor acoplado ao macrométrico, permite deslocamentos imperceptíveis da platina para cima e para baixo. Permite a focalização fina do material, sendo utilizado sempre depois do ajuste grosseiro do foco pelo macrométrico e também quando se trocam de objetivas. l) Fonte de luz: embutida ou fixada no pé do aparelho, fornece a luz que irá atravessar o material na lâmina. É ligada através de um botão localizado próximo à ela ou na lateral embaixo dos botões macro e micrométrico. m) Pé ou base: peça de metal que sustenta todo o conjunto. ´É um dos pontos de apoio para o transporte do aparelho. 4 Técnica de focalização 1- Acenda a luz. 2- Ajuste a distância das oculares para seus olhos. 3- Abaixe a platina ao máximo. 4- Gire a objetiva de 4X (menor aumento) para baixo, em direção à abertura da platina. 5- Retire a lâmina da caixa, limpe-a e encaixe-a na platina prendendo-a com as presilhas. 6- Utilizando o charriot centralize o corte no meio do campo (sobre o feixe de luz). 7- OLHANDO POR FORA do microscópio levante a platina, utilizando o macrométrico, o mais próximo possível da objetiva. 8- Agora OLHANDO PELA OCULA, desça a platina LENTAMENTE utilizando o botão macrométrico, até obter uma imagem do corte sobre a lâmina. 9- Melhore a focalização utilizando o botão micrométrico sempre olhando pela ocular. Gire- o para um lado e se não conseguir ajustar o foco gire-o para o outro lado. 10- Com o charriot percorra todo o campo. 11- Com o material bem focalizado, mude para a objetiva de 10X (médio aumento) até que ela se encaixe. Se o material estiver bem focalizado não é necessário descer novamente a platina. Ajuste o foco com o micrométrico. De modo geral, as objetivas de 4X, 10X e 40X são parafocais, isto é, se o objeto está bem focalizado em um aumento, estará muito próximo do foco nos outros aumentos, sendo necessário apenas o uso do micrométrico para acertar o foco fino. 12- Com o material bem focalizado (gire o revólver para a objetiva de 40X (grande aumento), com cuidado para que a mesma não atinja a lâmina ou quebre a lamínula. AJUSTE O FOCO UTILIZANDO SOMENTE O MICROMÉTRICO. Caso não consiga ajustar o foco com essa objetiva, reinicie a partir do item 3. 13- Afaste ou aproxime o condensador e regule a abertura do diafragma de modo que o material fique bem iluminado. 14- Ao mudar de lâmina volte o revólver para a objetiva de menor aumento (4X) e abaixe totalmente a platina. 5 TECIDO EPITELIAL DE REVESTIMENTO Os epitélios são constituídos por células geralmente poliédricas, justapostas, entre as quais se encontra pouca substância extracelular. Geralmente, as células epiteliais aderem firmemente umas às outras, formando camadas celulares contínuas que revestem a superfície externa e as cavidades do corpo. Lâmina 43 – Corte de feixe vásculo-nervoso Coloração: Hematoxilina e eosina (HE) Em pequeno aumento localize os vasos sanguíneos (estrutura em forma de anel / circular). Em maior aumento observe a morfologia do epitélio que reveste o lúmen desse vaso sanguíneo. Voltado para o lúmen observamos núcleos basófilos (roxo) achatados em uma única camada. Classificação do epitélio: _________________________________________________________ Lâmina 59 – Corte de estômago (região fúndica e do corpo) Coloração: (HE) Em pequeno aumento localize o epitélio que reveste internamente o estômago. Em médio aumento observe a morfologia deste epitélio. Localize o limite inferior em contato com as células das glândulas gástricas, intensamente coradas em rosa e roxo. O epitélio é formado por camada única de células, como pode ser notado pelos núcleos celulares dispostos aproximadamente na mesma altura. As células do epitélio possuem núcleo alongado, basófilo Não se esqueça ao observar as lâminas que: O limite das células epiteliais não é visível ao MO, pois a membrana plasmática está abaixo de sua resolução; A forma das células é determinada pela observação do formato de seus núcleos, e cada núcleo corresponde a uma célula epitelial; O número de camadas de células epiteliais é determinado pela posição dos núcleos dentro do epitélio. Aumento de 40X 6 (corado em roxo - hematoxilina) e o citoplasma acidófilo (corado em rosa - eosina). O formatoalongado dos núcleos das células epiteliais nos indica que essas células são cilíndricas ou prismáticas ou colunares. Classificação do epitélio: _________________________________________________________ Lâmina 62 – Corte de jejuno-íleo Coloração: HE Em pequeno e médio aumentos identifique projeções digitiformes (vilosidades intestinais). Observe o epitélio na camada periférica basófila e o tecido conjuntivo subjacente, levemente acidófilo. Em maior aumento, observe as células dispostas em uma só camada, altas, prismáticas e com núcleo ovóide próximo da região basal. Na porção apical destas células, uma linha mais corada, a borda estriada, que corresponde às microvilosidades, longas e numerosas, presentes nas células absortivas e só individualizadas à microscopia eletrônica. Localize entre as células prismáticas absortivas, as células caliciformes, com formato de cálice, cujo núcleo basal, pode ser confundido com o das células prismáticas. O citoplasma mostra-se claro ou em imagem negativa devido ao acúmulo de substâncias que não se coram pela hematoxilina-eosina. Classificação do epitélio: _________________________________________________________ Aumento de 40X Aumento de 10X Aumento de 40X 7 Lâmina 73 – Corte transversal de traquéia Coloração: HE Em pequeno e médio aumentos localize o epitélio de revestimento na superfície cavitária da traquéia. Em grande aumento, localize o limite inferior do epitélio em contato com o tecido conjuntivo (acidófilo e com muitos núcleos). Esse é um tipo especial de epitélio simples, chamado de pseudo-estratificado, que recebeu este nome porque, apesar de apresentar núcleos em várias alturas, todas as células atingem a lâmina basal, acima do conjuntivo. As células do epitélio da traquéia são prismáticas, evidenciado pelo formato dos núcleos. Pode-se observar a presença de duas especializações: cílios e células caliciformes. Classificação do epitélio: _________________________________________________________ ] Lâmina 57 - Corte transversal de esôfago Coloração: HE Em pequeno e médio aumentos localize o epitélio de revestimento na superfície voltada para a luz do órgão. Ele está apoiado sobre o tecido conjuntivo, caracterizado por células afastadas por grande quantidade de matriz extracelular corada fracamente pela eosina. Em grande aumento observe que o epitélio é constituído por várias camadas de células: prismáticas, cúbicas e pavimentosas. É um epitélio característico de superfície úmida. Classificação do epitélio: _________________________________________________________ Aumento de 40X Aumento de 40X 8 Lâmina 51 – Corte de pele Coloração: HE Em pequeno e médio aumentos identifique o epitélio intensamente basófilo e o tecido conjuntivo subjacente em róseo. Em maior aumento observe a disposição das células epiteliais em várias camadas, identificadas pelo grande número de núcleos dispostos em alturas diferentes. As células apresentam formatos poliédricos ao longo das camadas. À medida que se aproxima da superfície as células vão se tornando pavimentosas. Mais superficialmente, observa-se uma camada acidófila de células mortas, anucleadas e queratinizada. Classificação do epitélio: _________________________________________________________ Lâmina 77 – Corte de bexiga Coloração: HE Em pequeno e médio aumentos identifique o epitélio de revestimento da bexiga na superfície cavitária que se apresenta pregueada e irregular,. Esse epitélio permite a distensão da bexiga. Em grande aumento observe que o epitélio caracteriza-se pelo fato de suas células superficiais não serem nem pavimentosas nem prismáticas, mas globosas. Apesar de ser estratificado, o número de camadas e a forma das células da camada superficial variam de acordo com a distensão do órgão. Classificação do epitélio: _________________________________________________________ Aumento de 40X Aumento de 40X 9 TECIDO EPITELIAL GLANDULAR Os epitélios glandulares são formados por células que apresentam capacidade de produzir secreções. Essas células se agrupam e formam as glândulas, que podem ser de dois tipos: exócrinas e endócrinas. As glândulas exócrinas secretam o seu produto através de ductos, enquanto as endócrinas não têm ductos excretores e a secreção é lançada no meio extracelular e transportada pelo sangue. GLÂNDULAS EXÓCRINAS Nestas glândulas distingue-se o ducto excretor e a porção secretora (adenômero). O ducto é facilmente visualizado por apresentar luz (cavidade) ampla e geralmente um epitélio cúbico simples ou estratificado revestindo-o. O ducto excretor, que transporta o produto de secreção pode ser único (glândula simples) ou se dividir formando vários ductos (glândula composta). A porção secretora também pode variar de aspecto sendo denominada de acinosa (forma arredonda) ou tubulosa (forma de túbulos alongados). O produto de secreção também permite dividir as glândulas em mucosas ou serosas. As células mucosas caracterizam-se pela presença de grânulos de secreção grandes e poucos corados, que ocupam maior parte do citoplasma, deslocando o núcleo para a base da célula. A secreção mucosa é viscosa, rica em carboidratos e pobre em proteínas. As células serosas apresentam-se bem coradas devido aos grânulos de secreção acidófilos, os núcleos são arredondados e localizam-se no terço-médio da célula. Os adenômeros serosos liberam secreção pouco viscosa e rica em proteínas. Lâmina 57 – Corte de esôfago Coloração: HE Em pequeno e médio aumento localize e classifique o epitélio de revestimento na parte interna do esôfago. Abaixo do epitélio está o tecido conjuntivo corado mais fracamente. No meio deste tecido existem glândulas, com apenas um ducto, sem ramificações. Os adenômeros apresentam forma arredondada, alongada ou com parte arredondada e parte alongada. As células secretoras mostram-se fracamente coradas, com núcleo deslocado para a porção basal. Classificação da glândula: ________________________________________________________ Aumento de 10X 10 Lâmina 63 – Corte de intestino grosso Coloração: HE Em pequeno aumento identifique a camada mais interna do intestino grosso chamada de mucosa. Estas glândulas possuem a porção secretora com formato alongado, tubuloso, que se continua como um canal que termina na superfície da mucosa. Perceba as células palidamente coradas, com formato arredondado, abundantes em toda a extensão da glândula. Estas células são as caliciformes e já foram observadas nos epitélios das lâminas 73 e 62. Classificação da glândula: ________________________________________________________ Lâmina 65 – Corte de parótida Coloração: H.E. A parótida é um órgão que possui extensa árvore de ductos e inúmeros adenômeros. Em pequeno e médio aumentos identifique adenômeros bem corados (acidófilos) e ductos em cortes transversais e oblíquos (róseos, lúmen regular e amplo, de acordo com o tamanho). Em maior aumento identifique os ductos de diferentes calibres, de coloração clara (rósea). São constituídos porcélulas cúbicas ou prismáticas, dependendo do seu calibre. É possível observar nos adenômeros regiões intensamente coradas (serosos), sendo denominado de seroso. Note que a forma dos adenômeros é arredondada (acinoso). Classificação da glândula: ________________________________________________________ Aumento de 40X Aumento de 10X 11 GLÂNDULAS ENDÓCRINAS De acordo com o arranjo das células epiteliais são classificadas em cordonais ou vesiculares. Não possuem ductos. Lãmina 80- Corte de tireóide Coloração: H.E. Em pequeno e médio aumento observe que a tireóide é formada por várias vesículas ou folículos contendo secreção acidófila. Em médio e grande aumento observe que há ausência de ductos. Observe que as células do epitélio secretor se agrupam formando vesícula, constituídas por uma só camada de células, limitando um espaço onde a secreção (colóide) se acumula temporariamente. Entre os folículos podem ser observados alguns capilares sangüíneos, reconhecidos pelo aspecto achatado dos núcleos das células endoteliais. Classificação da glândula: ________________________________________________________ Lâmina 80 – Corte de paratireóide Coloração: H.E. Em pequeno aumento procure e identifique a paratireóide que se encontra próxima à tireóide. Em médio aumento observe a organização das células secretoras identificadas por seus núcleos bem redondos e intensamente corados. As células se colocam em cordões dispostos de maneira irregular por toda a extensão da glândula. Classificação da glândula: ________________________________________________________ Aumento de 40X Aumento de 40X 12 TECIDO CONJUNTIVO VARIEDADES DE TECIDO CONJUNTIVO Há diversas variedades de tecido conjuntivo, formadas pelos constituintes básicos (fibras, células e matriz extracelular). Os nomes dados aos diferentes tipos refletem o componente predominante ou a organização estrutural do tecido. O tecido conjuntivo propriamente dito pode ser dividido em frouxo e denso, que por sua vez pode ser ordenado ou desordenado. Lâmina 14 – Corte de pele Coloração: Tricrômico de Mallory Observe em pequeno aumento o tecido conjuntivo corado pelo azul d anilina (corante ácido). Em médio e grande aumentos observe o tecido conjuntivo frouxo, identificável pelas fibras colágenas finas logo abaixo do epitélio. À medida que se afasta do epitélio observe que as fibras colágenas vão se tornando mais espessas (coloração azul mais forte) dando origem ao tecido conjuntivo denso desordenado. Repare na disposição desorganizada dessas fibras. Os núcleos das células do tecido conjuntivo mostram-se corados em vermelho. Os espaços em imagem negativa (sem coloração) entre as fibras colágenas representam os demais constituintes da matriz do tecido conjuntivo (substância fundamental amorfa ou SFA) que não se coram por essa técnica. Observe a presença de vasos sangüíneos. Indique no desenho os dois tipos de tecidos conjuntivos observados: Aumento de 40X 13 Lâmina 21 – Corte longitudinal de tendão Coloração: HE Em médio e grande aumentos observe o tecido conjuntivo denso ordenado, caracterizado pela predominância de fibras colágenas (acidófilas) espessas e paralelas, a SFA em imagem negativa localizada próxima às células do tecido conjuntivo, os fibrócitos. Essas células apresentam núcleos extremamente alongados e muito afilados dispostos em fileiras entre as fibras colágenas espessas. Unindo os feixes de fibras colágenas do tendão estão septos de tecido conjuntivo frouxo contendo capilares e células. Indique os fibrócitos. Lâmina 16 – Corte de fígado, rim e baço Impregnação pela prata para fibras reticulares NÃO É PRECISO IDENTIFICAR OS ÓRGÃOS. Em médio e grande aumentos observe as fibras reticulares em negro devido à impregnação pela prata. Por isso são denominadas fibras argirófilas do tecido conjuntivo. São constituídas predominantemente por colágeno tipo III. As fibras reticulares organizam-se em rede formando a trama de sustentação das células desses órgãos. Aumento de 40X Aumento de 40X 14 Lâmina 15 – Corte de artéria de grande calibre e epiglote Técnica de Verhoeff para fibras elásticas Contra-coloração: eosina Identifique macroscopicamente o corte de artéria, que apresenta parede escura e lúmen amplo. Em médio e grande aumentos observe as fibras elásticas, com aspecto ondulado, coradas em negro, formando lâminas elásticas dispostas concentricamente, na parede do vaso. As lâminas de fibras elásticas permitem a distensão da parede do vaso, controlando o fluxo e pressão sangüínea. Aumento de 40X 15 TECIDO ADIPOSO Lâmina 17- Corte de tecido adiposo unilocular Coloração: HE Em médio e grande aumentos, observe a morfologia do tecido adiposo unilocular, cujas células chamadas de adipócitos, apresentavam uma gota grande e única de lípide que preenchia quase todo o citoplasma. O lípide está em imagem negativa devido sua extração durante a preparação. Nos adipócitos é possível perceber o citoplasma e o núcleo localizado perifericamente na célula. Observe septos de tecido conjuntivo frouxo, com vasos sangüíneos, que dividem o tecido adiposo em lóbulos. Lâmina 18 – Corte de tecido adiposo multilocular Coloração: HE Nesta lâmina é possível observar, em pequeno e médio aumentos, o tecido adiposo multilocular associado com adiposo unilocular. No grande aumento veja a morfologia dos adipócitos multiloculares, com várias gotas de lípides menores, em imagem negativa em seu citoplasma. O núcleo ovóide, central ou ligeiramente excêntrico. Note que os adipócitos multiloculares são menores que os uniloculares. Observe que este tecido é mais vascularizado que o unilocular. Aumento de 40X Aumento de 40X 16 TECIDO CARTILAGINOSO Lâmina 22 – Corte transversal de traquéia Coloração: HE Em médio e grande aumentos identifique o epitélio de revestimento, o epitélio glandular e o tecido conjuntivo, toso já estudados anteriormente. Volte ao pequeno e médio aumentos e localize o tecido cartilaginoso abaixo do tecido conjuntivo. Passe para o grande aumento e observe os componentes da cartilagem hialina. A matriz é basófila e de aparência homogênea (abundância de fibrilas colágenas tipo II). Nesta matriz é possível visualizar os condrócitos, células arredondadas e localizadas nas lacunas. Alguns condrócitos se originaram por divisão mitótica de uma única célula e estão juntas em uma lacuna formando os grupos isógenos. Na periferia da cartilagem, próximo ao pericôndrio, estão os condroblastos, que são células jovens, com forma elíptica e núcleo vesiculoso, que se originaram de células indiferenciadas do pericôndrio. Note também o pericôndrio, que é a bainha de tecido conjuntivo denso ordenado que reveste a cartilagem.Lâmina 23 – Corte de epiglote Coloração: Técnica de Verhoeff Contra-coloração: eosina Identifique em pequeno aumento a cartilagem elástica que contém células em lacunas envolvidas por matriz em negro, indicando a grande quantidade de fibras elásticas. Passe para o médio e grande aumentos e observe condrócitos retraídos no interior das lacunas, estão corados em vermelho. Na periferia da cartilagem encontram-se os condroblastos, elípticos e com núcleos vesiculosos. O pericôndrio encontra-se corado pela eosina. Aumento de 40X Aumento de 40X 17 Lâmina 24 – Corte de cartilagem fibrosa Coloração: Tricrômico de Gomori Este corte contém cartilagem fibrosa associada a tecido conjuntivo. A diferenciação entre os dois tecidos é baseada nas suas células: a fibrocartilagem apresenta condrócitos presos em lacunas e o conjuntivo tem células com núcleos alongados (fibrócitos). No médio e grande aumentos observe os condrócitos, corados em vermelho, localizados em lacunas e dispostos em fileiras entre as fibras colágenas da matriz. A matriz cartilaginosa contém grande quantidade de fibras colágenas do tipo I e está corada pelo verde-luz. Na cartilagem fibrosa não há condroblastos nem pericôndrio. O tecido conjuntivo que o originou, está sempre associado a fibrocartilagem, sendo responsável pela nutrição de suas células. Aumento de 40X 18 TECIDO ÓSSEO Lâmina 27 – Corte longitudinal de osso plano (cabeça de feto) Coloração: HE Em pequeno e médio aumentos observe o tecido ósseo constituído por trabéculas ósseas onde se localizam os osteócitos envolvidos por matriz óssea. No grande aumento observe a matriz óssea orgânica, acidófila devido à presença de fibras colágenas espessas. No interior dessa matriz é possível identificar os osteócitos localizados dentro de lacunas. Na superfície da matriz observe as células cúbicas ou prismática, em forma de chama, com núcleo excêntrico e citoplasma acidófilo que são osteoblastos ativos. Nesse local está havendo formação óssea. Em outros locais da superfície da matriz os osteoblastos apresentam forma mais achatada e núcleo alongado. Esses são os osteoblastos em repouso. Em alguns pontos da superfície da matriz é possível visualizar os osteoclastos, que são células gigantes, multinucleadas, de forma irregular e citoplasma acidófilo. Nesses locais está havendo reabsorção óssea. Observe ainda o tecido pouco corado que preenche o espaço entre as trabéculas ósseas que é o mesênquima. Possui capilares sangüíneos e células mesenquimatosas. Revestindo o tecido ósseo externamente está o periósteo. Lâmina 26 – Corte transversal de diáfise de osso longo Coloração: Técnica de Schmorl A técnica de Schmorl é utilizada para visualização de lacunas, canalículos e canais vasculares do osso compacto. Os elementos celulares não são observados por essa técnica. Em pequeno e médio aumentos observe a organização do osso compacto. Os sistemas circunferenciais externo e interno, constituídos de lamelas concêntricas em relação ao canal medular, localizados na face externa e interna do osso, respectivamente. No centro do osso compacto, observe o sistema de Havers ou osteônio, que é um conjunto de lamelas ósseas dispostas concentricamente ao redor de um canal, que é o canal de Havers. Unindo os canais de Havers entre si ou com as superfícies externa e interna do osso, estão os canais de Volkman. Aparecem na lâmina em corte longitudinal ou oblíquo, melhor observados no médio aumento. Aumento de 40X 19 Em grande aumento, observe no osteônio as lacunas ósseas, em preto, De cada lacuna irradiam numerosos canalículos, que se comunicam entre si. Por essa rede de canais passam os nutrientes e substâncias que controlam o metabolismo do tecido. OSSIFICAÇÃO Na ossificação intramembranosa o tecido ósseo origina-se diretamente no interior de uma membrana conjuntiva ou tecido mesenquimal. Células mesenquimais indiferenciadas sofrem mitose, diferenciam-se em osteoblastos que sintetizam o osteóide e se transformam em osteócitos. Na ossficação endocondral inicialmente, o tecido mesenquimal dá origem à cartilagem hialina que vai se calcificar, ser invadida por vasos e células osteogênicas que sintetizam matriz óssea sobre os moldes de cartilagem calcificadda. Lâmina 29 – Corte de osso longo (animal jovem) Coloração: HE Em pequeno aumento localize o disco epifisário, entre a epífise e diáfise do osso, constituído de cartilagem hialina e responsável pelo crescimento do osso em comprimento. No médio e maior aumentos observe as regiões do disco epifisário: 1- Zona de cartilagem em repouso: contém condrócitos normais e matriz cartilaginosa basófila e homogênea.. 2- Zona de cartilagem seriada: os condrócitos estão se dividindo por mitose e formando fileiras de células. 3- Zona de cartilagem hipertrófica: os condrócitos estão bem maiores e ainda enfileirados. 4- Zona de cartilagem calcificada: formada por lacunas vazias ou com condrócitos degenerados em seu interior. A matriz cartilaginosa está basófila devido à calcificação. 5- Zona de ossificação: contém espículas ósseas (pequenas trabéculas) com restos de matriz cartilaginosa calcificada basófila que serviu de suporte para o início da deposição de matriz óssea acidófila pelos osteoblastos. Contém também tecido conjuntivo que invadiu a área levando consigo vasos sanguíneos e osteoblastos. Aumento de 10X Aumento de 40X 20 Observe que na região da diáfise é encontrado tecido mesenquimal entre as trabéculas ósseas, sendo indicativo de um processo de ossificação intramembranoso, que é responsável pelo crescimento dos ossos longos em espessura. Aumento de 40X 21 TECIDO MUSCULAR Lâmina 31 – Corte de músculo estriado esquelético Coloração: HE Em médio e maior aumento observe, no corte longitudinal, as fibras musculares esqueléticas,com citoplasma acidófilo e grande quantidade de miofibrilas que lhes conferem o aspecto estriado e formam as estriações transversais. No entanto, as estriações transversais só são visualizadas com o grande aumento. Cada fibra é constituída por uma única célula cilíndrica denominada miônio. As células musculares esqueléticas possuem vários núcleos, ovóides e periféricos. No corte transversal, médio aumento, identifique o epimísio constituído por tecido conjuntivo denso ordenado que envolve todo o músculo. O perimísio é o tecido conjuntivo frouxo, com vasos sangüíneos, que envolve os feixes de fibras musculares. O endomísio, constituído por fibras reticulares e lâmina basal, aparece em imagem negativa envolvendo cada fibra muscular. O miônio tem forma poligonal com núcleos periféricos, citoplasma acidófilo e pontilhado (miofibrilas cortadas transversalmente). Lâmina 32 – Corte de coração Coloração: HE No corte longitudinal observe, em médio aumento, as fibras musculares cardíacas, acidófilas, com estriação transversal e com 1 ou 2 núcleos centrais ou ligeiramenteexcêntricos. Unindo as fibras musculares cardíacas ou cardiomiócitos, estão as estrias escalariformes ou discos intercalares, que se apresentam sob a forma de uma linha mais corada no citoplasma das células. Aumento de 10X - Corte transversal Aumento de 40X – Corte longitudinal Aumento de 40X 22 Lâmina 30 – Corte de músculo liso Coloração: HE No médio aumento e no corte longitudinal, observe as fibras musculares lisas, acidófilas. Cada fibra é formada por apenas uma célula pequena, fusiforme, chamada de leiomiócito. O núcleo dos leiomiócitos é central e alongado e o citoplasma tem ausência de estriações transversais. No corte transversal, veja que as células, musculares lisas têm o núcleo bem central, apesar da maioria dos cortes não passar pelo núcleo. Características Músculo estriado esquelético Músculo estriado cardíaco Músculo liso Tamanho e forma da fibra (célula) Número de núcleo/célula Localização do núcleo Presença de estriações transversais Presença de discos intercalares Nome da célula Tipo de contração Localização do tecido Aumento de 40X 23 TECIDO NERVOSO Lâmina 33 – Corte de medula espinhal e gânglio espinhal Coloração: Tricrômico de Gomori No corte de medula espinhal localize macroscopicamente (a olho nu) a substância branca envolvendo externamente a substância cinzenta que tem a forma de “H ou de borboleta”. A medula espinhal é envolvida externamente por uma camada de tecido conjuntivo, corado em verde, denominada pia-máter. Septos de tecido conjuntivo da pia-máter penetram na substância branca levando vasos sangüíneos. Na substância cinzenta, focalize em médio e grande aumentos e identifique os neurônios mulipolares, estrelados, mais visíveis no corno anterior (projeções mais globosas da substância cinzenta). Esses neurônios possuem o corpo celular ou pericário de forma estrelada, núcleo grande e vesiculoso (claro), nucléolo bem evidente e desenvolvido e citoplasma com granulações basófilas devido à abundância de corpúsculo de Nissl. No centro da substância observe o canal medular, cujo revestimento é feito por epitélio simples cúbico ou prismático, denominado epêndima ou células ependimárias. Entre os neurônios observam-se os núcleos das células da glia e também prolongamentos de neurônios e da neuroglia, que formam uma trama que preenche o espaço entre os corpos celulares. Aumento de 40X – medula espinhal Identifique o corte de gânglio espinhal e focalize no médio aumento. Os gânglios são acúmulos de neurônios fora do sistema nervoso central. Agora passe para o grande aumento e observe neurônios, que são as células grandes, esferoidais, com citoplasma basófilo e finamente granular, núcleo vesiculoso e nucléolo bem evidente e corado. A basofilia do citoplasma corresponde aos corpúsculos de Nissl. È possível observar o tecido conjuntivo corado em verde no meio do gânglio e também na porção externa. Ao redor dos neurônios, notam-se núcleos bem corados que correspondem aos anfícitos, células que funcionam como neuroglia do sistema nervoso periférico. O citoplasma destas células não está bem visível Subst. branca Subst. cinzenta Canal medular 24 Lâmina 36 – Corte de nervo mielínico Coloração: Tricrômico de Gomori Em médio amento identifique os envoltórios conjuntivos que envolvem o nervo. Na parte mais externa está o epineuro, constituído por tecido conjuntivo denso contendo tecido adiposo e vasos. A seguir, observa-se uma faixa delgada de tecido conjuntivo denso associado com células semelhantes a células epiteliais, denominado perineuro. Envolvendo cada fibra nervosa está o endoneuro que é uma fina camada de tecido conjuntivo frouxo. Nas fibras nervosas mielínicas observe o axônio do neurônio que é o ponto central ou ligeiramente excêntrico, bem corado. Envolvendo o axônio está a bainha de mielina em imagem negativa. A linha rosa que delimita externamente a bainha de mielina é o citoplasma da célula de Schwann. Aumento de 40X Aumento de 10X 25 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS JUNQUEIRA & CARNEIRO. Histologia Básica. 10ª ed. Guanabara Koogan. 2004. ROTEIRO DE PRÁTICAS DE CITOLOGIA E HISTOLOGIA GERAL. Departamento de Morfologia , ICB- UFMG. ROTEIRO DE PRÁTICA DE CITOLOGIA, HISTOLOGIA E EMBRIOLOGIA. Histologia especial básica. Departamento de Morfologia , ICB- UFMG.
Compartilhar