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Determinantes e conseqüências psíquicas das doenças crônicas não transmissíveis: relação mente corpo Relação mente corpo Mente e corpo – constante relação, Produção de catecolaminas Percepção do ambiente e das relações Ex: somatização Relação mente corpo Problemas crônicos de saúde Acometem pessoas de todas as idades, classes sociais e etnias Gravidade e conseqüências variáveis – qualidade de vida Impacto de medidas preventivas Exigência ou não de tecnologia avançada para a sobrevida Características das condições crônicas Problemas de saúde que exigem longo tempo de tratamento Decorre da patologia e suas conseqüências Necessidade de conviver com as alterações físicas, psicológicas e sociais Necessidade de alterar estilos de vida Sentimentos – raiva, choque, negação Determinantes psíquicos das condições crônicas Ansiedade Apreensão vaga e difusa associada a sentimentos de impotência e incerteza Em níveis baixos, a ansiedade é adaptativa – motivação para sobrevivência Níveis altos – alterações da percepção e da atenção, sintomas físicos (taquicardia, cefaleia, insônia, náuseas, diarreia, hiperventilação), agressividade, uso de substancias psicoativas Ansiedade - exemplos Doenças psiquiátricas Distúrbios somáticos Pesar É um estado subjetivo de respostas emocionais, físicas e sociais à perda de uma entidade a que se dá valor Ex: mudanças e fracasso Luto – tristeza, culpa, raiva, impotência, desesperança e desespero Tipos: real, percebido, antecipado Pesar – respostas desajustadas Resposta prolongada – preocupação com recordações do objeto perdido Intensa dor emocional: ex: câncer Resposta retardada ou inibida – fixado no estágio de negação do processo de luto Distúrbios ansiosos: ex: fobias Distúrbios alimentares; ex: anorexia, insônia Resposta distorcida – fixado no estágio de raiva do processo de luto Comportamentos do luto exagerados: ex: depressão Solidão – estar sozinho Uso de substancias psicoativas Ex: câncer, dependência química, doenças gastrintestinais e neurológicas, acidentes Fatores que interferem na reação da pessoa à doença Fatores pessoais Idade, Sexo, Personalidade Capacidade de enfrentamento ao estresse Capacidade intelectual Experiências prévias, Significado da doença para a pessoa (perda, ganho, castigo e outros), Crenças e valores, Habilidades para o autocuidado Fatores socioculturais Significado social da doença Resposta da família Status e papel social da pessoa Situação de trabalho e econômica da pessoa ao adoecer Recursos sociais de apoio de que dispõe Relacionados a organização do serviço Organização do serviço Condições de assistência que se oferece Adequação da planta física do local, A atitude da equipe de saúde frente ao paciente, A confiança que a mesma inspira O estado físico/emocional dos integrantes da equipe Relacionados à doença Tipos de doença – aguda/crônica Prognostico Sequelas ou incapacidades em potencial Medidas terapêuticas exigidas pela enfermidade Fases de adaptação a vivencia da doença Viver com condição crônica é: Vivencia prolongada de sintomas de doença e incapacidade ameaça a identidade, impacto sobre a imagem corporal e auto conceito alteração de estilos de vida Exigência de adaptação física, emocional e social contínua para pacientes e famílias Há períodos de remissão e exacerbação – sintomatologia e tratamento característicos – é viver na incerteza Adesão ao tratamento – fatores culturais, socioeconomicos, psicológicos e intelectuais Tratamento desconfortável e inconveniente – efeitos colaterais Alterações de papeis sociais e familiares O tratamento é um processo de descoberta e aprendizado Viver com condição crônica é: Impacto das condições crônicas – no autoconceito Impacto sobre o autoconceito A reação é influenciada por: Tipo de alteração (ex: perda de partes do corpo) e suas conseqüências Capacidade de adaptação à alteração Velocidade em que as alterações ocorrem Serviços de apoio disponíveis Estratégias para enfrentamento da doença crônica Processo de enfermagem – prescrição de um plano de cuidados individualizado Orientações sobre a patologia – considerar nível intelectual e emocional Educação em saúde Atividades grupais – contato com pessoas que passam pelo mesmo problema Apoio da família, amigos e da comunidade Referencias LUCH, M.T,; NOVEL, G.; ROYO, M.D. La enfermidad y la hospitalizacion. In: MARTE G.W.; CONUT, M.T.; VERGARA, M.D.M.L. Enfermeria psicossoical II. Barcelona: Salvat; 1991. POTTER, P.A.; PERRY, A.G. Fundamentos de enfermagem. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012. KAPLAN, H.I., SADOCK, B.J., GREBB, J.A. Compendio de psiquiatria: ciências do comportamento e psiquiatria clínica. São Paulo: Artmed, 1997 TOWSEND, MC. Enfermagem Psiquiátrica: conceitos de cuidados. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002 Legislação específica sobre biossegurança RISCOS BIOLÓGICOS NO ÂMBITO DA NORMA REGULAMENTADORA 32 Lei n.º6.514 de 22/12/1977, alterou o capítulo V do Título II da CLT, relativo à Segurança e Medicina do Trabalho. Lei n.º6.514 de 22/12/1977, alterou o capítulo V do Título II da CLT, relativo à Segurança e Medicina do Trabalho. 27 NORMA REGULAMENTADORA 32 Para efeito desta NR, consideam-se riscos ambientais os agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalhos. Reconhecer os riscos ambientais é uma etapa fundamental do processo que servirá de base para a tomada de decisão quanto às ações de prevenção. 28 NORMA REGULAMENTADORA 32 A NR 32 foi reformulada e traz inovações para os funcionários que trabalham na Saúde, em qualquer nível de complexidade. Tem por finalidade estabelecer as diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores. 29 Risco Biológico É a probabilidade da exposição ocupacional a agentes biológicos, decorre da presença desses agentes no ambiente de trabalho. 30 Equipamento de Proteção Individual É todo dispositivo de uso individual destinado a proteger a saúde e a integridade física do trabalhador Deve ser utilizada em todo local onde existam condições que afetem a saúde do trabalhador 31 32 33 Equipamento de Proteção Individual Todo local onde exista a possibilidade de exposição ao agente biológico deve ter lavatório exclusivo para higiene das mãos provido de água corrente, sabonete líquido, toalha descartável e lixeira provida de sistema de abertura sem contato manual 34 Equipamento de Proteção Individual O uso de luvas não substitui o processo de lavagem das mãos, o que deve ocorrer no mínimo, antes e depois do uso das mesmas 35 36 Segundo a Norma Regulamentadora 32 é vedado ao trabalhador: Utilização das pias de trabalho para uso diversos dos previstos; 37 Segundo a Norma Regulamentadora 32 é vedado ao trabalhador: O ato de fumar, uso de adornos, unhas cumpridas e o manuseio de lentes de contato nos postos de trabalho; 38 Segundo a Norma Regulamentadora 32 é vedado ao trabalhador: Consumo de alimentos e bebidas nos postos de trabalho; 39 Guarda de alimentos em locais não destinados para este fim; Uso de calçados abertos; Reencape e desconexão manual de agulhas; As vestimentas utilizadas no trabalho devem ser adequadas e confortáveis; Os trabalhadores não devem deixar o local de trabalho com os EPIs. 40 41 A NR 32 ainda traz as responsabilidades do EMPREGADOR: Adquirir o EPI adequado ao risco de cada atividade; Exigir seu uso; Fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho; 42 Orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação; Substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado; 43 A NR 32 ainda traz as responsabilidades do EMPREGADO:Responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; O empregado tem como dever usar o EPI apenas para a finalidade a que se destina; Responsabilizar-se pela guarda e conservação; 44 A NR 32 - responsabilidades do EMPREGADO: Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso; Comunicar imediatamente todo acidente ou incidente que envolva possível exposição a agentes biológicos; Cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado dos Equipamentos de Proteção Individual. 45 CONSTITUI ATO FALTOSO A recusa injustificada do empregado ao cumprimento do disposto O não cumprimento das disposições legais e regulamentares sobre Segurança e Medicina do Trabalho acarretará ao empregador a aplicação das penalidades previstas na legislação. 46 Referencias bibliográficas POTTER, P.A.; PERRY, A.G. Fundamentos de enfermagem. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012. SMLETZER, S.C.; BARE, B.G. Brunner & Suddarth Tratado de Enfermagem Médico Cirurgica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan Brasil. Ministério do Trabalho. Norma Regulamentadora n 32. ISOLAMENTO PARA DOENÇAS INFECTO-CONTAGIOSAS NO AMBIENTE HOSPITALAR INTRODUÇÃO Objetivo: prevenir a transmissão de infecções entre pacientes e destes para os profissionais da saúde. Efeito somatório: duas formas de isolamento podem estar indicadas para um mesmo paciente. Instituição empírica: o isolamento deve ser instituído não somente para casos confirmados, mas também para suspeitos. CATEGORIAS Estão relacionadas aos mecanismos de transmissão de cada doença contagiosa: (precauções-padrão); Precauções de contato; Precauções respiratórias-gotículas; Precauções respiratórias-aerossóis. Foram criadas pelo CDC-Atlanta, em virtude da epidemia de AIDS e o reconhecimento do risco da exposição ao sangue e fluidos biológicos. Aplicam-se a todos os pacientes em atendimento, porque: ...não é possível distinguir quem é portador do HIV, do HBV, do HCV, entre outros patógenos transmitidos pelo sangue. PRECAUÇÕES-PADRÃO 1) Higienize as mãos antes e após qualquer contato com o paciente ou suas imediações PRECAUÇÕES-PADRÃO 2) Oriente o paciente a cobrir boca e nariz com toalha descartável ao tossir ou espirrar PRECAUÇÕES-PADRÃO 3) Use luvas se antever contato com sangue ou secreções biológicas PRECAUÇÕES-PADRÃO 4) Use avental se antever possibilidade de respingo de fluidos biológicos na vestimenta PRECAUÇÕES-PADRÃO 5) Use máscara e óculos de proteção se antever respingo de fluidos biológicos na face PRECAUÇÕES-PADRÃO 6) Limpe e desinfete equipamentos e artigos de assistência entre o uso em pacientes PRECAUÇÕES-PADRÃO 7) Use práticas seguras para a administração de medicamentos injetáveis PRECAUÇÕES-PADRÃO 8) Manuseie e descarte adequadamente os instrumentos perfurocortantes PRECAUÇÕES-PADRÃO PRECAUÇÕES DE CONTATO Indicação: portadores de doenças transmitidas por contato direto ou indireto. Exemplos: escabiose, pediculose; portadores de germes multidrogarresistentes; diarréia infecciosa com incontinência fecal; colite pseudomembranosa – Clostridium difficile; feridas com secreção abundante. Quarto privativo: se possível, ou compartilhado por outros pacientes com a mesma doença, preferencialmente. Uso de luvas: para qualquer contato com o paciente, antecedido e sucedido pela higienização das mãos. Uso de avental: para examinar e prestar cuidados ao paciente. Esfigmo e esteto: uso exclusivo no paciente. Transporte do paciente: deve ser evitado. Se necessário, conter secreções. PRECAUÇÕES DE CONTATO Escabiose PRECAUÇÕES DE CONTATO Diarréia infecciosa Portador de germe multi PRECAUÇÕES DE CONTATO PRECAUÇÕES RESPIRATÓRIAS-GOTÍCULAS Indicação: portadores de doenças transmitidas por gotículas de saliva ou secreção respiratória. Exemplos: influenza humana; doença meningocócica (24h); meningite por Haemophilus influenzae tipo B (24h); rubéola, caxumba; coqueluche. Quarto privativo: sozinho ou compartilhado por outros pacientes com a mesma doença. Uso de máscara: cirúrgica comum, por todos que entrarem no quarto. Transporte do paciente: deve ser evitado. Se necessário, colocar máscara cirúrgica comum no paciente. PRECAUÇÕES RESPIRATÓRIAS-GOTÍCULAS Meningite meningocócica PRECAUÇÕES RESPIRATÓRIAS-GOTÍCULAS PRECAUÇÕES RESPIRATÓRIAS-AEROSSÓIS Indicação: portadores de doenças transmitidas por partículas de secreção respiratória aerossolizadas no ar. Exemplos: tuberculose pulmonar ou laríngea; varicela ou herpes zoster disseminado; sarampo; hantavirose (?), influenza aviária (?), SARS (?) -Severe Acute Respiratory Syndrome PRECAUÇÕES RESPIRATÓRIAS-AEROSSÓIS Quarto privativo: sozinho ou compartilhado por outros pacientes com a mesma doença. Porta fechada! Uso de máscara: N95, por todos que entrarem no quarto. Pode ser reutilizada várias vezes. Transporte do paciente: deve ser evitado. Se necessário, colocar máscara cirúrgica comum no paciente. PRECAUÇÕES RESPIRATÓRIAS-AEROSSÓIS PRECAUÇÕES RESPIRATÓRIAS-AEROSSÓIS Confluent vesicular lesions of herpes zoster in consecutive dermatomes are visible in two distinct locations in a 20-year-old man with miliary tuberculosis Kulkarni, A.G. et al. N Engl J Med 1995;332:1684 PRECAUÇÕES RESPIRATÓRIAS-AEROSSÓIS ISOLAMENTO PROTETOR Indicação: Pacientes submetidos a transplante de medula óssea (TMO) alogênico, nos primeiros 100 dias após o transplante. Não há estudos conclusivos sobre a necessidade deste tipo de isolamento para outros pacientes imunossuprimidos. Motivo: prevenção de infecções fúngicas adquiridas por inalação de ar comum não-filtrado (Aspergillus sp, Fusarium sp). Filtro de ar de alta eficiência (HEPA); Fluxo de ar unidirecional; Pressão de ar positiva em relação ao corredor; Ventilação com pelo menos 12 trocas de ar por hora; Selamento de portas, janelas e pontos de fiação; Piso e paredes lisas e laváveis; Proibição da entrada de flores e plantas. ISOLAMENTO PROTETOR Depressão e ansiedade no paciente; Contato reduzido com a equipe de saúde; Risco de intercorrências não presenciadas pela equipe de saúde; Custo extra de assistência. EVENTOS ADVERSOS DO ISOLAMENTO EM QUARTO PRIVATIVO RESPONSABILIDADES A responsabilidade de indicar o isolamento é de quem primeiro o atende, e faz a suspeita diagnóstica. A responsabilidade de rever a indicação, manter ou suspender o isolamento, é do Núcleo Executivo da CCIH. A responsabilidade de cumprir as medidas de isolamento é de todos os profissionais que atendem ao paciente!!! Avental x Jaleco Avental: equipamento de proteção individual; indicado para uso em procedimentos que respingam; deve ser trocado entre o cuidado a diferentes pacientes. Jaleco: uniforme de trabalho; usado para identificação da equipe; pode ser usado para atendimento a vários pacientes. CCIH DURAÇÃO DAS PRECAUÇÕES Consulte a CCIH para a suspensão das precauções de isolamento: Na UE, ramal 1168, bip 7199. No HC-Campus, ramal 2319, bip 7113 ou 7112. Use luvas se antever contato com sangue ou secreções biológicas Use óculos de proteção se antever respingo de fluidos biológicos na face Use avental se antever possibilidade de respingo de fluidos biológicos na vestimenta Use máscara e gorro de proteção se antever respingo de fluidos biológicos na facee cabeça Precaução para gotículas Precaução para aerossóis Precaução de contato Isolamento protetor Doenças transmitidas por gotículas de secreção respiratória. Quartoprivativo, mascara cirúrgica Doenças transmitidas por secreção respiratóriaaerossolizadasno ar. Quarto privativo,N95, porta fechada portadores de doenças transmitidas por contato direto ou indireto. Quarto privativo, uso de luvase avental,esteto/esfigmo Pacientes submetidos a forte depressão do sistema imunológico Sapatofechado AlimentosLavagem das mãos Coletor É vedado ao trabalhador o uso de calçadosabertos É vedado ao trabalhador a manipulação de alimentos em ambiente inadequado A lavagem das mãos deve ocorrer antes e depois de procedimentos e uso de luvas Manuseie e descarte adequadamente os instrumentosperfurocortantes Quando usar? Quando usar? Quando usar? Quando usar? Precaução para gotículas Precaução para aerossóis Precaução de contato Isolamento protetor Quando usar? Quando usar? Quando usar? Quando usar? Sapato Alimentos Lavagem das mãos Coletor É vedado ao trabalhador É vedado ao trabalhador Quando usar? Quando usar?