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PÂNCREAS

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PÂNCREAS
PANCREATITE AGUDA
A pancreatite aguda é uma lesão reversível do parênquima pancreático associada à inflamação.
Morfologia. As alterações básicas são: extravasamentos microvasculares causando edema; necrose de tecido adiposo por enzima lipolíticas; inflamação aguda; destruição proteolítica do parênquima pancreático; destruição dos vasos sanguíneos e subsequente hemorragia intersticial. Nas forma mais branda, pancreatite aguda intersticial, leve inflamação, edema intersticial e áreas focais de necrose gordurosa na porção central do pâncreas e no tecido adiposo peripancreático. Na forma mais grave, pancreatite necrosante aguda, os tecidos acinares e ductais se encontram necróticos (necrose gordurosa calcificada).
Patogenia. Autodigestão do tecido pancreático por enzimas pancreáticas ativadas inapropriadamente. A inapropriada ativação do tripsinogênio é um importante fator no desencadeamento da pancreatite aguda.
Aspectos Clínicos. A dor abdominal é a principal manifestação da pancreatite aguda. A suspeita de pancreatite aguda é primariamente diagnosticada pela presença de níveis plasmáticos elevados de amilase e lipase, como pela exclusão de outras causas de dor abdominal. Os achados laboratoriais incluem uma elevação acentuada nos níveis séricos da amilase durante as primeiras 24 horas, seguido por um crescente aumento nos níveis séricos da lipase das próximas 72 a 96 horas seguintes.
PANCREATITE CRÔNICA
A pancreatite crônica é definida como uma inflamação do pâncreas com uma destruição irreversível do parênquima exócrino, presença de fibrose, e, na fase tardia, a destruição do parênquima endócrino. A principal distinção entre a pancreatite aguda e crônica é o comprometimento irreversível na função pancreática que é característico da pancreatite crônica. A causa mais comum de pancreatite crônica é o abuso de álcool a longo prazo.
Uma variedade de quimiocinas de quimocinas têm sido identificadas na pancreatite crônica, incluindo a IL – 8 e a proteína quimioatrativa de monócito. Além disso, o fator de crescimento transformador β (TGF – β) e o fator de crescimento derivado de plaquetas induzem a ativação e a proliferação de miofibroblastos periacinares (células pancreáticas estrelares), resultando na deposição de colágeno e formação de fibrose.
Morfologia. A pancreatite crônica é caracterizada por fibrose parenquimatosa, pelo reduzido número e tamanho dos ácinos, pelo relativo acometimento das ilhotas de Langerhans e pela variável dilatação dos ductos pancreáticos.
Aspectos Clínicos. A doença pode se desenvolver totalmente silenciosa até que a insuficiência pancreática e o diabetes mellitus sejam notados. A insuficiência pancreática exócrina grave e a má absorção crônica podem provocar o diabetes mellitus.
CARCINOMA PANCREÁTICO
As pequenas lesões epiteliais histologicamente não neoplásicas nos ductos e ductulos pancreáticos para carcinomas invasivos são conhecidas como “neoplasias intraepiteliais pancreáticas” (NIpans).
Patogenia. A principal influência ambiental é o tabagismo. A associação da pancreatite crônica e do diabetes mellitus oferece um risco aumentado para o câncer pancreático. Recém iniciadas manifestações de diabetes mellitus em um paciente idoso podem indicar o primeiro sinal de que o paciente possui câncer pancreático.
Morfologia. Aproximadamente 60% dos cânceres de pâncreas surgem na cabeça da glândula. Os carcinomas de pâncreas são geralmente rígidos, branco – acinzentado, estrelados e com massas mal – definidas. A maioria dos carcinomas da cabeça do pâncreas obstrui o ducto biliar comum distal à medida que este avança pela cabeça do pâncreas. Os carcinomas do corpo e da cauda do pâncreas não exercem qualquer incidência sobre as vias biliares permanecendo despercebidos durante algum tempo. Podem ser muito grandes e a maioria se encontra amplamente disseminada no momento em que são descobertos.
Aspectos Clínicos. A dor é normalmente o primeiro sintoma, porém no momento em que a dor aparece estes cânceres já se apresentam geralmente como incuráveis.
PANCREATOBLASTOMA
Principalmente em crianças entre 1 e 15 anos. Focos escamosos misturados com células acinares. A sobrevida é melhor do que a do adenocarcinoma pancreático ductal.

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