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GABARITO AD1 Educação e Trabalho 2018.2

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Prévia do material em texto

PRIMEIRA AVALIAÇÃO A DISTÂNCIA – 2018.2 
DISCIPLINA: EDUCAÇÃO E TRABALHO 
Prof. Dr. Dalton Alves 
Profª. Drª Fátima Chaves 
Profª. Ms. Roberta Guimarães 
Prof. Dr. Robert Lee Segal 
 
Nome: 
Matrícula: Polo: 
 
Prezado(a) Estudante: 
 
Esta é a sua Primeira Avaliação a Distância (AD-1), ela tem por objetivo aprofundar alguns conhecimentos 
básicos da Disciplina os quais serão fundamentais para a compreensão dos demais estudos que você realizará 
posteriormente, em especial, para a realização da AP-1. 
 Você vai encontrar nesta AD1 3(três) atividades para serem realizadas. 
 Leia atentamente; 
 Revise suas respostas; 
 
 
*** ATENÇÃO *** 
 Data Limite para a POSTAGEM VIA PLATAFORMA da AD1 dia 26 de agosto. 
 
Bom Trabalho !!! 
 
 
COMO POSTAR ESTA AD1 VIA PLATAFORMA: 
O aluno/a depois de baixar o arquivo da AD1 e responder deverá salvar o arquivo em Word (.doc) com as respostas e acessar a 
Plataforma no lugar correspondente para anexar e enviar o arquivo. 
Onde está na Plataforma a Ferramenta para o envio dessa AD1? 
Ao acessar a Plataforma na área da Disciplina Educação e Trabalho o aluno/a deve procurar logo abaixo da mensagem de "Boas 
Vindas" ou na coluna à esquerda em "Atividades" onde está escrito: “Como ENTREGAR a AD1 de Educação e Trabalho_2018.2". 
Você deve entrar na Atividade e clicar no botão "Adicionar Atividade" e anexar o arquivo da AD1 (em Word), clique em "Salvar 
Mudanças" e em seguida "Enviar Arquivo". 
ATENÇÃO, caso apareça no menu "Status de Envio" o termo: "Rascunho", significa que o arquivo ainda não foi enviado. Neste caso, 
para concluir o envio certifique-se de ter clicado em "Enviar Atividade". 
Qualquer dúvida acesse o tutorial aqui: Tutorial de Entrega da AD1 (em anexo) 
Ou entre em contato com a Equipe de Tutoria da Disciplina. 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO 
ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
ATIVIDADE DE APROVEITAMENTO DA DISCIPLINA 
[10.0 pontos] 
 
Orientações: 
 Procure responder às questões usando suas próprias palavras, com criatividade e demonstrando 
coerência expositiva e argumentativa ao redigir o seu texto. 
 ATENÇÃO: Não serão aceitos plágios ou cópias literais dos textos ou de outros trabalhos na internet 
sob pena disto impactar na nota nesta atividade. 
 Pode-se, no entanto, fazer citações, desde que entre aspas e com as devidas indicações da fonte 
pesquisada, com as referências bibliográficas de acordo com as regras da ABNT – Associação 
Brasileira de Normas Técnicas (NBR 6023 e NBR 10520), disponíveis na internet. 
Bom Trabalho! 
 
 
 
ATIVIDADES: 
 
 
“O trabalho como princípio educativo (ontocriativo) deriva do fato de que todos 
os seres humanos são seres da natureza e, portanto, têm a necessidade de 
alimentar-se, proteger-se das intempéries e criar seus meios de vida. É 
fundamental socializar, desde a infância, o princípio de que a tarefa de prover a 
subsistência e outras esferas da vida pelo trabalho é comum a todos os seres 
humanos, evitando-se, dessa forma, criar indivíduos, grupos ou classes sociais 
que naturalizam a exploração do trabalho de outros. Estes, na expressão de 
Gramsci, podem ser considerados ‘mamíferos de luxo’ seres de outra espécie que 
acham normal explorar outros seres humanos”. (FRIGOTTO, Texto 02, p. 402) 
 
O trabalho é, ou deveria ser, comum a todos os seres humanos, ou seja, conforme afirma 
Saviani, que diferentemente dos animais “o homem, para continuar existindo, precisa estar 
continuamente produzindo sua própria existência através do trabalho” (Vídeo 01). Porém, 
sabe-se que ao longo da história e na atualidade tem-se uma classe de seres humanos que 
gozam do direito de viver sem trabalhar, os quais podem viver não do seu próprio trabalho, 
mas do trabalho alheio, podendo, portanto, de acordo com a expressão de Gramsci, ser 
considerados “mamíferos de luxo”. 
3.5 Pontos 
1) Considerando estas ideias, explique, num texto dissertativo [de 15 a 30 linhas], qual foi o 
acontecimento histórico que tornou possível a alguns seres humanas ganhar a condição de 
poder viver sem trabalhar, ou seja, como se tornou possível alguns viverem do trabalho dos 
outros? 
GABARITO: 
Isto teve início com o surgimento da propriedade privada dos meios de produção. 
O estudante pode mencionar que a transformação da produção que causou a ruptura com o modo de 
produção primitivo, no trabalho, foi o surgimento da propriedade privada, da qual resultou a divisão 
da sociedade em classes, a classe dos proprietários privados e dos não-proprietários. Em outros termos, 
desta divisão social resultou uma classe de indivíduos que passou a viver do trabalho dos outros, 
enquanto os demais foram forçados à condição de ter que viver do próprio trabalho e a ter que trabalhar 
para sustentar os senhores proprietários privados das terras, das ferramentas, das sementes etc. 
Bem como o estudante tem a questão de que dessa divisão da sociedade em classes foi surgindo 
aos poucos a necessidade de diferenciar, também, o modo de vida de cada classe a partir das 
suas necessidades específicas. Explicar que a propriedade privada levou, inicialmente, ao 
estabelecimento do trabalho forçado (escravo) como forma de coagir os não-proprietários a 
trabalharem para sustentar os proprietários, donos das terras e ferramentas, trata-se da 
situação conhecida como Escravismo Antigo ou Modo de Produção Escravista; depois, esta é 
substituída pelo Modo de Produção Feudal (Feudalismo), baseada na exploração do trabalho 
servil, dos servos; e atualmente, tem-se o Modo de Produção Capitalista, baseado na exploração 
do trabalhador assalariado que vende a sua força de trabalho (manual e intelectual) em troca 
de um salário. No momento atual o capitalista, então, é aquele que vive do trabalho desses 
trabalhadores assalariados. Seriam, na expressão de Gramsci, os “mamíferos de luxo” da 
atualidade. 
 
 
3.0 Pontos 
2) Segundo Frigotto, na citação acima, “(...) é fundamental socializar, desde a infância, o 
princípio de que a tarefa de prover a subsistência e outras esferas da vida pelo trabalho é 
comum a todos os seres humanos (...)”. 
A partir disto, traga exemplos da sua vida cotidiana e/ou da sua cidade e região de formas 
educativas do trabalho infantojuvenil que visem educar a criança e o jovem para participar 
das tarefas da produção, de cuidar de sua própria vida e da vida coletiva e partilhar de 
tarefas compatíveis com sua idade. [apresentar no mínimo 5(cinco) exemplos com a devida 
justificativa]. 
GABARITO: 
Ajudar nos trabalhos domésticos, desde que isto não interfira nos seus estudos e lazer: arrumar 
sua própria cama, lavar-louças, ajudar no preparado das refeições, limpar a casa etc. 
Se a família vive da agricultura familiar, pode-se ajudar em alguma tarefa relacionada à 
produção, compatível com a sua idade; 
Etc... 
 
 
3.5 Pontos 
3) Trabalho ontocriativo versus Trabalho como exploração: 
O Trabalho “não se reduz à atividade laborativa ou emprego, mas à produção de todas as 
dimensões da vida humana [...] a centralidade do trabalho como práxis que possibilita criar 
e recriar, não apenas os meios de vida imediatos e imperativos, mas o mundo da arte e da 
cultura, linguagem e símbolos, o mundo humano como resposta às suas múltiplas e 
históricas necessidades”. (FRIGOTTO, Texto 02, p. 400). 
Porém, “(...) o trabalho não é necessariamente educativo, depende das condições de sua 
realização, dos fins a que se destina, de quem se apropria do produto do trabalho e do 
conhecimento que se gera” (CIAVATTA, Texto 03, p. 413). 
 
 Considerando estas ideias, traga exemplos da sua vida cotidiana, da sua cidade ou região, 
sobre (a) o trabalho que se realiza como atividade criativa, produtiva, educativa e 
outros exemplos em que(b) o trabalho se realiza como exploração, alienação. 
[Apresentar no mínimo 3(três) exemplos para cada item, com as devidas justificativas] 
 
GABARITO = 
 
Item (a): É aquele trabalho no qual o trabalhador vive do próprio trabalho, em que ele é o dono dos seus 
instrumentos de trabalho; é ele quem define a jornada, o método, o tempo do trabalho que exerce; bem 
como é ele também o dono do produto do seu trabalho, o qual ele vende no mercado e dele extrai os 
recursos para a sua sobrevivência e da sua família. Porém, trata-se também das atividades apenas de 
criação, que visem fazer existir o que não existiria sem a ação direta humana, sem o objetivo imediato 
de satisfazer às suas necessidades vitais de sobrevivência. No Primeiro caso, seria o trabalho artesanal, 
o produtor da agricultura familiar, o profissional liberal, sapateiro, alfaiate, pedreiro autônomos etc. No 
segundo caso, seria o artista das diferentes artes, que produz por prazer, para contemplar a obra da sua 
criação e não necessariamente para vender e lucrar com isto. É aquela pessoa que gosta de cozinhar e 
inventar novos pratos e sabores aos finais de semana, mas, também, no dia-a-dia, quando cozinha para 
si mesmo e não por obrigação ou hábito, tem de cozinhar para toda a família, todo os dias, se isto ocorre 
ela já se enquadraria nos casos do item (b), pois, se trataria de um trabalho como exploração, explorado 
pela própria família. 
 
Item (b): Trabalho na indústria, no comércio, na agricultura, ou seja, todo trabalho que o trabalhador 
realiza por necessidade de sobrevivência e não por escolha, onde ele vende a sua força de trabalho em 
troca de salário. Trabalho como emprego. 
 
Frigotto apresenta duas noções de Trabalho: o trabalho como exploração e o aspecto ontocriativo do 
trabalho, isto é, a noção de que o trabalho também se realiza ou pode se realizar como uma atividade 
educativa, criadora. Mas o trabalho sob a forma capitalista é reduzido a emprego, a trabalho como 
exploração, portanto, trabalho como um elemento de desumanização, embrutecedor e de exploração do 
trabalhador como mão-de-obra a serviço de outros seres humanos (não-trabalhadores). Ele contrapõe 
a isto outra relação possível com o trabalho, qual seja, a forma do trabalho como atividade educativa, 
formativa, emancipadora, forma desejada, a do trabalho como princípio educativo. 
 
Considerando as ideias de CIAVATTA no último parágrafo do seu texto, pode-se dizer que: 
 
“Tendo por base as exigências do sistema capitalista, a educação profissional modelou-se por uma visão 
que reduz a formação ao treinamento para o trabalho simples ou especializado para os trabalhadores e 
seus filhos. A introdução do trabalho como princípio educativo na atividade escolar ou na formação de 
profissionais [...], supõe recuperar para todos a dimensão do conhecimento científico-tecnológico da 
escola unitária e politécnica, introduzir nos currículos a crítica histórico-social do trabalho no sistema 
capitalista, os direitos do trabalho e o sentido das lutas históricas no trabalho [...] e na educação”. 
 
O aspecto educativo do trabalho não é algo dado ou evidente, trata-se de um aspecto a ser construído 
intencionalmente por aqueles que vivem do trabalho. Todavia, pode-se afirmar a partir do que é posto 
pela autora, em outros termos, que em última instância a construção do trabalho como atividade 
laborativa criadora e educativa somente será possível de ser implementada e vivenciada na sua 
completude em outro tipo de sociedade muito diferente da atual, mas que apesar dos limites, é possível 
alcançar-se avanços na direção de formas educativas do trabalho na sociedade atual capitalista.

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