Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA ___ REGIÃO. Autos processo nº ___ FULANO, já devidamente qualificado nos autos em epígrafe, por intermédio de seu advogado, com escritório profissional no endereço ___, onde recebe notificações e intimações, vem respeitosamente, à presença de Vossa Excelência interpor CONTRARRAZÕES AO RECURSO DE REVISTA interposto por CICRANO para que das contrarrazões inclusas conheça o Egrégio Tribunal Superior do Trabalho, negando provimento ao recurso. Nestes termos, Pede Deferimento. Local e data Advogado OAB nº EGRÉGIO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO CONTRARRAZÕES DE RECURSO REVISTA RECORRIDO: CICRANO RECORRENTE: FULANO Autos nº___ TRT ___ Região. Eméritos Julgadores, A veneranda decisão recorrida não merece qualquer reforma porque, data vênia, é justa e foi prolatada em sintonia com as normas vigentes que regem a matéria. Para tanto, respeitosamente, o Recorrido vem expor suas contrarrazões, articuladamente, como a seguir. DO MÉRITO RECURSAL Inconformada com o Acórdão proferido pelo Egrégio Tribunal de Justiça do Trabalho, ___ Região, a Recorrente pretende reformá-lo, sob os argumentos de que, no caso em contendo, a base de cálculo do adicional de Insalubridade é o salário mínimo. Ocorre que, no ano de 2008, parte da Súmula 228 do Tribunal Superior do Trabalho (TST) que versa sobre a base de cálculo do adicional de insalubridade foi anulada. A súmula passou a considerar que a base de cálculo do adicional de insalubridade deveria ser o salário básico percebido pelo trabalhador, salvo se instrumento coletivo tivesse fixado critério mais vantajoso. A redação da súmula havia sido alterada em virtude da edição, pelo STF, da Súmula Vinculante nº 4, que estabeleceu que o salário mínimo não poderia ser utilizado como indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público ou empregado, tampouco poderia ser substituído por decisão judicial. Além do mais, em que pese o argumento da recorrente sobre os percentuais do recebimento do adicional de insalubridade sobre o critério do salário respaldado no artigo 192 da CLT, este não merece prosperar. A CF/88 derrogou o artigo 192 da CLT, pois determina que se aplique o percentual atinente ao adicional de insalubridade sobre a remuneração auferida (art. 7º, XXIII, CF/88), pois o referido adicional visa ressarcir o empregado pela perda potencial de sua saúde, sendo esta interpretação consonante com os princípios basilares de proteção ao trabalhador inserido na legislação trabalhista pátria, bem como é vedada a vinculação do salário mínimo para qualquer fim (art. 7º, IV, CF/88). "Adicional de insalubridade- incidência- Desde a promulgação da CF/88, o percentual do adicional de insalubridade deve incidir sobre a remuneração do obreiro ex vi do seu artigo 7º XXIII" ( TRT/PR, RO- 2016/91, ac. 1ª T., Rel. Juiz Pretextato Pennafort Taborda Ribas, In Julgados trabalhistas selecionados, de Irani Ferreira e Melchíades Rodrigues Martins, Ed. LTR, SP, 1993, vol. II, p. 331, em 1103). Destarte, data vênia, pede e espera o Recorrido que se digne esta Colenda Turma desprover o Recurso de Revista interposto para manter a decisão recorrida nos exatos termos em que foi proferida. Local, data. Advogado OAB
Compartilhar