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__ANÁLISE QUÍMICA.pdf
__Aula_sedimentoscopia.pdf
__APOSTILA_AULAS PRÁTICAS DE URINÁLISE E LÍQUIDOS CORPORAIS.pdf
__aula_Cristais.pdf
__creatinina e outros biomarcadores de funcao renal.pdf
Aulas_Urinalise.zip
ANÁLISE QUÍMICA.pdf
ANÁLISE QUÍMICA DE 
URINA
Análise Química da Urina
A análise química, denominada também de 
pesquisa de elementos anormais, 
corresponde à investigação de vários 
elementos ou substâncias na urina que 
podem ser detectados por reações 
específicas utilizando as tiras reagentes 
ou os reagentes clássicos de pesquisa. 
MÉTODOS
• Fitas reagentes (urofitas) 
• Métodos clássicos em placas ou tubos de 
ensaio
• Testes rápidos para: 
– Bilirrubina, Urobilinogênio, Corpos Cetônicos, 
Proteínas, Glicose, Nitritos, Leucócitos, 
Sangue, pH, Densidade
Urofitas
VANTAGENS
• Conveniência e facilidade;
• Pequeno volume de urina;
• Disponibilidade;
• Baixo custo efetivo;
• Velocidade de análise;
• Estabilidade;
• Número reduzido de pessoal;
• Reprodutibilidade dos resultados;
• Espaço físico restrito.
PROTEÍNAS
• Urina normal: 
• Proteínas < 10 mg/dL;
• Excreção urinária de 150 mg/24 h;
• Principalmente proteínas de baixo peso 
molecular; 
• Proteína de Tamm-Horsfall (principal);
• Albumina 
• Microglobulinas plasmáticas; 
• Proteínas provenientes de secreções 
prostáticas, seminais e vaginais.
Principais correlações clínicas
a) Causas pré-renais: hipertensão, febre, 
desidratação intensa, Bence Jones 
(mielomas)
b) Glomerulares: glomerulonefrite de origens 
diversas
c) Tubulares: necrose tubular, pielonefrite, 
metais pesados, rim policístico, pós 
transplante...
d) Pós renais: uretrites e cistites
Princípio do Método
• Indicador em sistema tampão que muda 
de cor na presença de proteínas
• Interferentes: sabões, hipoclorito, 
antissépticos, corantes, urina pH>9; 
Condições especiais
Proteinúria de Bence Jones: Excesso na produção 
de anticorpos (mieloma múltiplo, doenças 
linfoproliferativas).
• Linfócito B => Plasmócito => Anticorpos
• Plasmócitos anormais => Ac anormais
• Depositam-se nos rins 
• Excretados na urina 
Detecção 
• Imunoeletroforese x Método simplificado
- Eletroforese em gel de agarose;
- Imuno difusão com anticorpos 
(Acα proteínas totais; cadeias 
leves e pesadas de IgG, IgA, IgM, 
κ e λ);
Aquecimento a 100oC, seguido 
de resfriamento a 40oC - 60oC 
(precipitação) - Turbidimetria
à Microalbuminúria: Quantidades reduzidas 
de albumina, marcador precoce de lesão 
renal. Métodos imunológicos
Proteinúia Ortostática
• Benigna - relacionada à postura
• Análise de urina coletada após levantar-se 
e após tempo prolongado em pé;
Posição ortostática (de pé)
Pressão sobre a veia renal
Proteinúria
SANGUE 
• Hemácias, Hemoglobina e Mioglobina
• Normal: indetectáveis 
• Principais correlações clínicas:
– Hemácias: glomerulonefrite, hipertensão, tumores, 
cálculos renais, hemorragias de origens diversas, 
infecção...
– Hemoglobina: hemólise intravascular, hemólise no 
conteúdo urinário
– Mioglobina: condições associadas com lesão 
muscular intensa; rabdomiólise, coma, infarto, 
exercícios intensos...
Sangue 
• Princípio do método
• Atividade peroxidase da Hb e mioglobina 
oxidam o cromógeno
• Interferentes
• Agentes oxidantes, peroxidases 
bacterianas, fluxo menstrual, inibidores da 
ECA, Ác. Ascórbico
Glicose
Em condições normais não é detectada
• Principais correlações clínicas: 
– Diabetes mellitus, diminuição da função 
tubular, medicamentos, 
• à Princípio do método: 
– Enzimas glicose oxidase e peroxidase + 
agente cromógeno e um tampão.
• ESPECÍFICO PARA GLICOSE
• Interferentes: 
– sabões, oxidantes (ar atmosférico), ác. 
acórbico, salicilatos.
Corpos cetônicos
• Normalmente indetectáveis na urina
• Principais correlações clínicas:
– Diabetes mellitus descompensado, inanição, dietas, 
frio intenso, exercícios físicos intensos...
• Princípio do método
ácido acetoacético + nitroprussiato de sódio 
Púrpura
• Interferentes
– Densidade elevada, estocagem (volatilização e 
degradação), corantes, medicamentos
Bilirrubina 
• Normalmente presente, mas em [ ]< 1,0 mg/dl
• Principais correlações clínicas:
– Lesão hepática grave, colestase
• Princípio do método:
– Acoplamento da bilirrubina com sal de diazônio ( 
reativo de Van den Bergh) 
• Interferentes: 
– Luz, formol, outros corantes, ác. Ascórbico, nitrito em 
grandes concentrações
Urobilinogênio
• Redução da bilirrubina conjugada (fígado) à
urobilinogênio (intestino grosso – reabsorção) 
presente na urina (< 1 mg/dl).
• Principais correlações clínicas
Aumentado na anemia hemolítica e na lesão 
hepática
Diminuído nas colestases
• Princípio do método
Urobilinogênio + p-dimetilaminobenzaldeído à
roxo
• Interferentes 
Os mesmos da bilirrubina, porfobilinogênio, 
metildopa
Nitrito
Nitrato ENZIMAS BACTERIANAS Nitrito 
Nitrito + cromógeno è róseo 
• Todas as enterobactérias; maioria das não 
fermentadoras, alguns cocos G+;
• E. coli, bacilos G- aeróbios (Staphylococcus 
saprophyticus e Enterococcus faecalis) – mais de 90% 
dos casos;
• Principais correlações clínicas
Detecção de presença de bactérias redutoras de nitrato 
com indícios de infecção urinária
• Interferentes
Contaminação da amostra, pH< 6,0, medicamentos, 
corantes, ác. Ascórbico, bilirrubina, antibióticos
Leucócitos
• Detecção de leucócitos íntegros ou lisados
à Principais correlações clínicas: 
Inflamação no TGU: glomerulonefrite, infecções, 
pós transplante, lesões no TGU...
à Princípios do método
Detecção da enzima esterase de leucócito
à Interferentes
Oxidantes fortes, formaldeído, medicamentos, ác. 
Ascórbico, secreção vaginal
Ácido ascórbico
• Presente em algumas fitas para detectar 
risco de interferência em outros exames 
Urina normal
Hemoglobina (++)
Proteínas (++)
pH = 7,0
Urina normal
Corpos Cetônico (+)
Glicose (+++)
Urina normal
Proteína
Hemoglobina
Bilirrubina
Urina normal
pH = 6,0
Urobilinogênio
__MACOSX/._ANÁLISE QUÍMICA.pdf
APOSTILA_AULAS PRÁTICAS DE URINÁLISE E LÍQUIDOS CORPORAIS.pdf
	
AULA PRÁTICA N° 01 
Conhecendo o Sistema Urinário 
 
1. Objetivos 
• Reconhecer as principais estruturas que compõem os rins. 
• Identificar em que regiões do rim se situam os néfrons (glomérulos e túbulos renais). 
• Compreender os mecanismos de formação e excreção de urina. 
 
2. Materiais 
 Rins de porco (comprados em açougue), faca ou bisturi, pratos descartáveis e garrafas 
lavadeiras com água. 
 
3. Procedimento 
 a)- Adquirir rins de porco em açougue, mantendo-os congelados até o momento do transporte 
para o laboratório. 
b)- Transportá-los para o laboratório em bolsa térmica. 
c)- Cortar o rim ao meio sobre pratos descartáveis, conforme mostra a figura abaixo: 
 
 d)- Observar as principais estruturas que compões o rim: cálices renais, artéria renal, pirâmide 
de Malpighi, córtex renal e pelve
renal. 
e)- Usar uma garrafa lavadeira com água para umedecer os rins durante toda a aula. 
 
Avaliação da aula prática: 
1)- Qual é a importância da excreção urinária? 
 
2)- Observe o desenho a seguir e associe-o às estruturas observadas no rim cortado em sala de aula: 
 
 
 
3)- Ordene o trajeto do filtrado urinário desde a passagem pelos glomérulos até a excreção da urina 
para o meio externo, descrevendo tanto as estruturas microscópicas quanto as macroscópicas: 
 
4)- Quais são os três processos responsáveis pela formação final da urina? Explique-os: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AULA PRÁTICA N° 02 
Fundamentos de Laboratório para o Exame de Urina Rotina 
 
1- Objetivos: 
• Identificar os instrumentos necessários na execução do exame de urina rotina; 
• Identificar principais cuidados no manuseio da amostra de urina para o exame de urina rotina; 
• Executar técnicas de centrifugação e focalização microscópica de amostra de urina conforme 
padronização do exame de urina rotina; 
• Executar o exame físico da amostra de urina. 
 
2- Materiais: 
 Frascos devidamente identificados contendo amostra de urina tipo I, refratômetro, tubo cônico, 
centrífuga, pipetas de 50µl e 100µL, lâminas, lamínulas e microscópio. 
 
3- Procedimentos: 
3.1- Exame físico da Urina: 
 a)- Para realização do exame físico da urina, todos os alunos devem estar utilizando luvas. 
 b)- Homogeneizar o frasco de urina ainda tampado para ressuspender o sedimento. 
 c)- Observar as seguintes características: 
• Cor 
A cor normal da urina é o amarelo, resultado da eliminação de 3 pigmentos: urocromo 
(amarelo), uroeritrina (vermelho) e urobilina (laranja). Esses pigmentos, provenientes do metabolismo 
normal do organismo, são eliminados em pequena concentração e tornam a urina amarela. O tom 
pode variar devido à concentração ou à diluição da urina. 
Variações dessa cor podem ser encontradas como resultado de condições patológicas ou da 
eliminação de corantes ou medicamentos: incolor ou palha ou amarelo pálido sugere diluição da urina 
(ingestão de grande quantidade de líquido, diabetes, poliúria e doenças renais); amarelo escuro ou 
laranja sugere concentração da urina (febre, desidratação, queimaduras, uso de medicamentos e 
alimentação rica em carotenos); vermelha ou rosa sugere hematúria (presença de sangue), uso de 
medicamentos ou contaminação menstrual; âmbar sugere presença de bilirrubina; marrom ou preta 
sugere a presença de melanina em casos de melanoma, hematúria (oxidação de hemácias) e alguns 
medicamentos; e verde ou azul sugere a presença de corantes ou ITU por Pseudomonas. 
 
• Odor: 
A urina normal tem cheiro característico ou “sui generis” devido à presença de certos ácidos 
voláteis. Odores anormais podem ocorrer devido a uma conservação ou armazenamento impróprios. 
Ao envelhecer, a urina adquire odor forte de amoníaco devido à transformação bacteriana de uréia 
em amônia. O cheiro pútrido indica presença de ITU. A urina de pacientes com excesso de corpos 
cetônicos apresenta odor característico de acetona ou de frutas. 
 
• Aspecto: 
Trata-se da transparência da amostra de urina. A urina é normalmente transparente após a 
emissão. Com o tempo, ela tende a se tornar turva, devido à precipitação de cristais amorfos. 
 
• Densidade 
A densidade representa a medida dos solutos dissolvidos na urina. Clinicamente esta medida 
é usada para se obter informações sobre o estado dos rins e o estado de hidratação do paciente. A 
densidade normal da urina varia entre 1010 e 1030. Essa densidade pode ser medida pela fita 
reagente ou através de refratômetro. 
 d)- Para medir a densidade através de refratômetro, pingar 2 gotas ou 100µL de amostra de 
urina no aparelho e proceder a leitura. 
 
3.2- Obtenção do sedimento urinário: 
 a)- Transferir aproximadamente 12mL de urina homogeneizada para um tubo cônico. Tampar 
o tubo e centrifugar a 1.500RPM durante 5 minutos. 
b)- Em seguida, descartar o sobrenadante, deixando aproximadamente 0,5mL de sedimento a 
ser examinado. 
c)- Homogeneizar bem. 
d)- Pipetar 50µL, colocar em lâmina de vidro, cobrir com lamínula (22x22) e focalizar no 
microscópio. 
 
3.3- Focalização microscópica da urina: 
 A focalização microscópica é feita com ocular de aumento de 10x e objetivas de 10x e 40x. 
 a)- No aumento de 10x, com pouca luminosidade e condensador baixo, observar o que 
aparece na urina. 
 b)- No aumento de 40x, com maior luminosidade observar o que aparece. 
 c)- Defina uma estrutura no aumento de 10x, centralize-a no campo visual do microscópico e 
mude a lente objetiva para 40x. Observe como foi o aumento dessa estrutura. 
 
Avaliação da aula prática: 
1)- Quais os principais cuidados relacionados à biossegurança observados no decorrer da aula? 
 
2)- Por que a homogeneização é uma etapa fundamental tanto para observar as características 
físicas da urina quanto para a sua transferência para o tubo cônico? 
 
3)- Caracterize a urina utilizada de acordo com as seguintes características: 
 Cor: ______________________________ 
Odor: _____________________________ 
 Aspecto: ___________________________ 
 Densidade: _________________________ 
 
4)- Qual a finalidade da obtenção do sedimento urinário para análise microscópica? 
 
5)- Por que a focalização da urina deve ser feita utilizando pouca luminosidade no microscópio? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AULA PRÁTICA N° 03 
Exame Físico e Químico da Urina e Preparação do sedimento urinário 
 
1- Objetivos: 
• Manusear corretamente a fita reagente e o refratômetro. 
• Identificar os elementos químicos pesquisados na fita reagente. 
• Executar os exames físico e químico da amostra de urina, correlacionando os parâmetros com 
as diversas condições clínicas. 
 
2- Materiais: 
 Frascos devidamente identificados contendo amostra de urina tipo I, tiras reagentes, tubo 
cônico, centrífuga, pipetas de 50µl e 100µL, lâminas, lamínulas e microscópio. 
 
3- Procedimentos: 
3.1- Exame físico da Urina: 
 a)- Identificar e homogeneizar a amostra de urina para o exame; 
b)- Observar e anotar as características físicas da urina. 
 
3.2- Exame químico da Urina: 
a)- Utilizar as tiras reagentes para fazer a pesquisa de elementos anormais e pH; 
b)- Homogeneizar a amostra; 
c)- Colocar aproximadamente 12mL de amostra em um tubo cônico; 
d)- Mergulhar a tira reagente completamente e retirá-la imediatamente; 
e)- Remover o excesso de amostra sobre o papel toalha; 
f)- Aguardar de 40 a 60 segundos e fazer a leitura, comparando as cores da reação com a 
tabela contida no frasco. 
OBS: O resultado deverá ser expresso como negativo, caso o elemento não seja detectado e de + a 
++++ quando o elemento estiver presente. No caso de nitrito, colocar positivo ou negativo. 
 
3.3- Obtenção do sedimento urinário: 
 a)- Tampar o tubo com amostra já utilizado para mergulhar a fita reagente e centrifugar a 
1.500RPM durante 5 minutos. 
b)- Em seguida, descartar o sobrenadante, deixando aproximadamente
0,5mL de sedimento a 
ser examinado. 
c)- Homogeneizar bem. 
d)- Pipetar 50µL, colocar em lâmina de vidro, cobrir com lamínula (22x22) e focalizar no 
microscópio. 
 
Avaliação da aula prática: 
 Responda às questões que se seguem: 
1)- Preencha os resultados encontrados para a amostra: 
CARACTERES GERAIS: 
Cor: ........................................................ 
Cheiro: .................................................... 
Aspecto: ................................................. 
Densidade: .............................................. 
PESQUISA DE ELEMENTOS ANORMAIS: 
pH: ........................................................ 
Sangue: ................................................. 
Glicose: .................................................. 
Proteínas: ............................................... 
Bilirrubina: ............................................. 
Corpos cetônicos: ................................... 
Nitrito: ................................................... 
Urobilinogênio: ........................................ 
 
2)- Correlacione os elementos físicos e químicos pesquisados com uma possível causa de alteração: 
 
3)- Que cuidados devem ser tomados no manuseio da fita reagente para EAS? 
 
4)- Por que, para o exame de rotina da urina, a amostra mais representativa é o jato médio da 
primeira urina da manhã? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AULA PRÁTICA N° 04 
Testes Confirmatórios na Urina 
 
1- Objetivos: 
• Manusear corretamente e com segurança os reagentes utilizados nos testes confirmatórios 
com a amostra de urina. 
• Identificar a importância dos testes confirmatórios de proteínas e glicose na urina. 
• Executar as reações de Benedict e de Robert corretamente. 
 
2- Materiais: 
 Frascos devidamente identificados contendo amostra de urina tipo I, tiras reagentes, tubo 
cônico, pipetas graduadas de 2,0mL e de 5,0mL, tubos de ensaio pequeno e grande, pipetas de 
Pasteur, bico de bunsen e isqueiro ou fósforo. 
 
3- Procedimentos: 
3.1- Exame químico da Urina: 
a)- Utilizar as tiras reagentes para fazer a pesquisa de elementos anormais e pH; 
b)- Homogeneizar a amostra; 
c)- Colocar aproximadamente 12mL de amostra em um tubo cônico; 
d)- Mergulhar a tira reagente completamente e retirá-la imediatamente; 
e)- Remover o excesso de amostra sobre o papel toalha; 
f)- Aguardar de 40 a 60 segundos e fazer a leitura, comparando as cores da reação com a 
tabela contida no frasco. 
OBS: O resultado deverá ser expresso como negativo, caso o elemento não seja detectado e de + a 
++++ quando o elemento estiver presente. No caso de nitrito, colocar positivo ou negativo. 
 
3.3- Realização dos testes confirmatórios: 
 
1ª parte)- Pesquisa de Proteínas – Reação de Robert 
Princípio da pesquisa: pela ação conjunta de um ácido forte (ácido nítrico) e um sal de metal 
pesado (sulfato de magnésio) sobre as proteínas presentes na urina, ocorre a formação de 
metaproteínas insolúveis, representadas por um anel branco que aparece na superfície de separação 
entre os dois líquidos, reagente de Robert e urina. 
 
Procedimento: 
 Transferir 2,0mL de urina centrifugada para um tubo de ensaio pequeno. Colocar o reagente 
introduzindo uma pipeta, com 2,0mL do reagente, no fundo do tubo e deixar escoar lentamente, de 
modo que não haja mistura dos dois líquidos. A formação de um anel branco na superfície de 
separação dos dois líquidos indica a presença de proteínas. 
 
Resultado: 
• Ausência de anel: negativo 
• Anel granuloso: traços 
• Anel branco com 1mm de espessura: + 
• Anel branco com 2mm de espessura: ++ 
• Anel branco com 3mm de espessura: +++ 
• Anel branco com mais de 4mm de espessura: ++++ 
 
2ª parte)- Pesquisa de Glicose – Reação de Benedict 
A glicose é um tipo de carboidrato que possui grupamento hidroxila (-OH) livre no carbono 1 
de sua molécula, como mostra a figura abaixo: 
 
 
Observa-se que moléculas que apresentam a hidroxila livre no C-1 são bons agentes 
redutores. Por esse motivo a extremidade que contém o -OH passa a ser chamada extremidade 
redutora e o açúcar, de açúcar redutor. A capacidade que esses compostos apresentam de reduzir 
íons metálicos em soluções alcalinas é um bom método de identificação desses compostos. 
A reação abaixo esquematiza o princípio do teste de Benedict, utilizado no exame de urina 
rotina para confirmar a presença de glicose, quando esta é detectada na fita reagente. A reação é 
baseada na redução de íons Cu2+ a Cu+, com formação de um precipitado vermelho ou amarelo: 
 
 
Princípio da pesquisa: a glicose ou outra substância redutora presente na amostra de urina 
provoca a redução do sulfato de cobre (CuSO4) a óxido cuproso (Cu2O), de cor laranja na presença 
de calor e álcali. 
Nessa reação, o aparecimento de um precipitado de coloração vermelho-tijolo indica que os 
íons Cu2+ do reagente de Benedict** foram reduzidos a Cu+, indicando a presença de um açúcar 
redutor. 
 
Procedimento: 
Transferir 2,5mL do reagente de Benedict para um tubo de ensaio, adicionar quatro gotas de 
urina, homogeneizar e levar à fervura (5 ebulições no bico de bunsen, ou banho maria fervente por 5 
minutos). 
 
Resultado: 
• Azul: negativo 
• Verde: traços 
• Amarelo: + 
• Laranja: ++ 
• Vermelho tijolo: +++ 
 
** Preparo do reativo de Benedict: inicialmente, devem ser preparadas duas soluções, em separado, 
a saber: 
Solução A: 
– 173g de citrato de sódio (Na3C6H5O7.2H2O) 
- 90g de carbonato de sódio (Na2CO3) 
- 600 ml de água destilada quente (~80ºC) 
O íon Cu2+ também reage com o meio alcalino, segundo o esquema abaixo: 
 
Para evitar que essa reação aconteça, mascarando o teste para açúcares redutores, é adicionado o 
citrato de sódio, que mantém o Cu2+ em solução, através da formação de um complexo. 
 
Solução B: 
– solução 17,3% de sulfato de cobre (CuSO4) em água destilada. Dissolver por agitação. 
Para preparar o regente de Benedict, coloque a solução A em um balão volumétrico de 1000ml; em 
seguida, adicione a solução B sob agitação constante e complete o volume com água destilada. 
 
Avaliação da aula prática: 
1)- Qual a importância dos testes confirmatórios de Robert e de Benedict? 
 
2)- O que indica o resulta positivo no teste de Benedict? Qual a interpretação clínica mais provável? 
 
3)- Quais são os reagentes que compõem o reativo de Robert? E o reativo de Benedict? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AULA PRÁTICA N° 05 
Exame Sedimentoscópico da Urina 
 
1- Objetivos: 
• Manusear corretamente centrífuga e microscópio no intuito de obter e analisar 
adequadamente o sedimento urinário. 
• Identificar a importância do exame microscópico da urina inserido no exame de urina-rotina. 
• Interpretar corretamente os achados do exame microscópico da urina. 
 
2- Materiais: 
 Frascos devidamente identificados
contendo amostra de urina tipo I, tubo cônico, pipetas 
automáticas de 50 microlitros, lâminas e lamínulas, centrífuga, microscópio. 
 
Hemácias 
 
- Até 50/campo ⇒ número exato. 
- Acima de 50/campo ⇒ numerosas. 
- Campo tomado por hemácias ⇒ campos repletos. 
 
Leucócitos 
- Até 50/campo ⇒ número exato. 
- Acima de 50/campo ⇒ numerosas. 
- Campo tomado por hemácias ⇒ campos repletos. 
- Relatar aglomerados de leucócitos, quando presente. 
 
 
Células epiteliais 
- Células não encontradas ⇒ ausentes. 
- Até 3/campo ⇒ raras. 
- De 4 a 10/campo ⇒ algumas. 
- Acima de 10/campo ⇒ numerosas. 
- Descrever o tipo celular encontrado e relatar a presença de células “chave”, 
fragmentos de células renais e corpos graxos ovais, quando presentes. 
Cilindros - Registrar o tipo e o número/campo no aumento de 100x. 
 
Cristais 
- Cristais não encontrados ⇒ ausentes. 
- Até 3 cristais/campo ⇒ raros. 
- De 4 a 10 cristais/campo ⇒ alguns. 
- Acima de 10 cristais/campo ⇒ numerosos. 
Muco - Ausente, escasso, moderado ou aumentado. 
Flora bacteriana - Ausente, escassa, moderada ou acentuada. 
 
Espermatozóides - Em urina de mulher ⇒ citar apenas em casos de solicitação explícita. 
 
3- Procedimentos: 
3.1- Exame Microscópico da Urina: 
a)- Transferir 10 mL de urina para o tubo de centrífuga; 
b)- Ajustar a centrífuga para 1500 rpm por 5 minutos; 
c)- Ao final deste período, desprezar o sobrenadante para obtenção do sedimento urinário; 
d)- Ressuspender o sedimento obtido, tendo o cuidado para não ocasionar hemólise; 
e)- Transferir uma gota do sedimento para uma lâmina de vidro e cobrir com lamínula; 
f)- Proceder observação em microscópio de campo claro empregando objetiva de 10 e 40x; 
g)- Anotar e quantificar a presença de cilindros, células (renais, pélvicas, vesicais e de 
descamação), hemácias, leucócitos, muco, espermatozóides, etc, caso estejam presentes. 
 
3.2- Transcrição do resultado: 
 Para a transcrição do resultado, utilizar as seguintes referências: 
 
Avaliação da aula prática: 
 Responda às questões que se seguem: 
1)- Preencha os resultados do exame microscópico da urina utilizada: 
Análise Microscópica: 
Hemácias: ______________________________________________________________________ 
Leucócitos: _______________________________________________________________________ 
Epitélio: _________________________________________________________________________ 
Cristais: _________________________________________________________________________ 
Cilindros: ________________________________________________________________________ 
Muco: __________________________________________________________________________ 
Flora bacteriana: __________________________________________________________________ 
Outros: __________________________________________________________________________ 
 
- Em urina de homem ⇒ citar sempre. 
- Liberar como presente ou ausente. 
Leveduras - Liberar como: “Presença de células leveduriformes com aspecto morfológico 
de Candida sp” 
Contaminantes 
diversos 
- Liberar como: “Presença de...”. 
2)- De acordo com os resultados, explique quais as alterações pode-se observar: Correlacione esses 
resultados com possíveis situações clínicas. 
 
3)- Correlacione o achado no sedimento obtido com outras possíveis alterações a serem encontradas 
nos exames físico e químico da urina: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AULA PRÁTICA N° 06 
Clearance ou Clareamento de Creatinina 
 
1. Introdução 
Vários produtos metabólicos são derivados do metabolismo de proteínas, tanto endógenas 
(tecidos) quanto exógenas (dieta). Esses produtos metabólicos são denominados compostos 
nitrogenados não proteicos e a maior parte destes é excretada pelos rins, através da urina. 
A tabela a seguir mostra os metabólitos nitrogenados e a importância da sua pesquisa na 
urina. 
Metabólito Origem bioquímica Utilidade clínica da medida 
Aminoácidos Proteínas endógenas 
e exógenas 
Enfermidade hepática; erros inatos do metabolismo; 
desordens tubulares. 
Amônia 
 
Aminoácidos Enfermidade hepática; e renal. 
(congênita ou adquirida), erros inatos do metabolismo. 
Ureia Amônia Enfermidade hepática, enfermidade renal. 
Creatinina Creatina 
 
Função renal 
Ácido úrico Nucleotídeos 
purínicos 
 
Desordens da síntese purínica 
Estes compostos compreendem ao redor de 90% das substâncias não proteicas na urina. 
Como a quantidade de creatinina endógena produzida é proporcional à massa muscular, sua 
produção varia com o sexo e a idade da pessoa. O homem não obeso excreta em torno de 1,5 g/dia e 
a mulher 1,2 g/dia. A excreção diária pode ser 10 a 30% maior como resultado da ingestão de 
creatina e creatinina presentes em carnes. A concentração de creatinina no sangue varia muito pouco 
em função de dietas, mesmo as ricas em proteínas. Nas disfunções renais, a creatinina é o principal 
componente do nitrogênio não proteico que é retido no sangue e consequentemente sua excreção 
urinária é baixa. 
Assim, a taxa de excreção em um indivíduo, na ausência de doença renal, é relativamente 
constante e paralela à produção endógena. 
A creatinina é depurada do plasma por filtração glomerular e eliminada na urina, sem sofrer 
significativa reabsorção pelos túbulos. Devido a sua excreção contínua e fácil pelo sistema renal, a 
presença de níveis aumentados indica diminuição do índice de filtração glomerular. 
Por conseguinte, a creatinina constitui indicador muito específico da função renal, revelando o 
equilíbrio entre sua formação e excreção. Desta forma, a função geral do rim pode ser avaliada pelo 
clearance (depuração) renal de uma determinada substância. Por definição teórica... 
 
O clearance é o volume de plasma a partir do qual uma determinada substância pode ser totalmente 
depurada (eliminada) na urina em uma determinada unidade de tempo. 
 
O teste de depuração da creatinina é realizado com medição da creatinina em uma amostra 
de urina colhida em um tempo estabelecido e também em uma amostra de sangue colhida no período 
de colheita da amostra de urina. Esse processo depende da concentração sérica, da taxa de filtração 
glomerular e do fluxo plasmático renal. É calculado a partir dos valores sérico e urinário da substância 
e do volume urinário em 24 horas, sendo corrigido em relação à superfície corporal. 
É um teste convencional para avaliar a capacidade de filtração glomerular (FG). O teste de 
depuração mede a rapidez com que os rins são capazes de remover uma substância filtrável do 
sangue. 
Para se ter certeza de que a FG está sendo medida com precisão, a substância a ser 
analisada não deve ser reabsorvida nem secretada pelos túbulos. Além disso, a estabilidade da 
substância na urina durante uma possível coleta de 24 horas, a constância do seu nível plasmático, a 
sua disponibilidade no organismo e a facilidade da sua análise bioquímica são fatores que devem ser 
considerados na escolha da substância para o teste de depuração. 
Atualmente, as avaliações laboratoriais de rotina da velocidade de FG empregam a creatinina
como substância teste. 
 
2. Objetivos 
• Evidenciar a importância do clareamento de creatinina como na avaliação da função 
glomerular; 
• Compreender a metodologia utilizada para realização do clareamento de creatinina. 
 
3. Materiais 
 Amostra de urina e de soro, tubos de ensaio, água destilada, kit para dosagem de creatinina 
(tampão alcalino, padrão, ácido pícrico e acidificante), banho-maria a 37°C, espectrofotômetro, 
nomograma impresso, pipetas graduadas de 5,0 e 1,0mL e pipetas automáticas de 500, 200 e 20µL. 
 
4. Procedimento 
4.1. Princípio do teste 
A reação colorimétrica entre a creatinina e o picrato alcalino foi descrita em 1896 por Jaffé. Em 
1914, Folin aplicou o princípio da reação de Jaffé para a determinação de creatinina em fluidos 
biológicos. Hoje, a maioria dos métodos usados para a dosagem de creatinina ainda emprega a 
reação de Jaffé. 
A creatinina e outros componentes do soro (proteínas, glicose, ácido acetoacético e ácido 
pirúvico) reagem com a solução de picrato em meio alcalino formando um complexo de cor 
alaranjada que é medido fotometricamente. 
A adição de um acidificante abaixa o pH a 5,0 promovendo a decomposição do picrato de 
creatinina permanecendo inalterada a cor derivada dos cromogênios, que também é medida 
fotometricamente. O valor das duas leituras fornece o valor de creatinina verdadeira. 
 
4.2. Técnica 
a)- Orientar para se obter uma colheita correta do volume urinário, preferentemente de 24 
horas. A urina não deve receber preservativos e deve ser mantida refrigerada durante o período de 
colheita e depois de recebida no laboratório. 
b)- Colher a amostra de sangue. Como a concentração de creatinina plasmática é 
relativamente constante, a amostra de sangue pode ser obtida em qualquer momento do período de 
colheita da urina. Idealmente, a amostra deve ser obtida na metade deste período, porém, visando 
maior conforto do paciente, pode-se obter a amostra de sangue ao final do período de colheita. 
c)- Para a dosagem na urina, diluir a amostra 1:25 (0,2mL de urina + 4,8mL de água destilada 
ou deionizada). Ao final, multiplicar o resultado obtido por 25. 
d)- Tomar quatro tubos e realizar a seguinte pipetagem: 
 BRANCO PADRÃO SORO URINA 
Tampão alcalino 2,0mL 2,0mL 2,0mL 2,0mL 
Água destilada 0,25mL - - - 
Padrão - 0,25mL - - 
Soro - - 0,25mL - 
Urina - - - 0,25mL 
Ácido pícrico 0,5mL 0,5mL 0,5mL 0,5mL 
 
d)- Misturar bem e colocar em banho maria 37°C durante 10 min. Determinar as absorbâncias 
do teste com a urina, do teste com o soro e do padrão em 510nm, acertando o zero com o branco. A 
absorção do teste com o soro será A1. 
e)- Em seguida, adicionar o acidificante, conforme esquema abaixo: 
Acidificante 0,1mL - 0,1mL -* 
 f)- Misturar bem e deixar em repouso na temperatura ambiente por 5 minutos. Em seguida, 
determinar a absorbância do teste em 510nm. Essa absorção será A2. 
* Não há necessidade de adição do acidificante, pois na urina não ocorre interferência dos 
cromogênios. 
g)- Efetuar o cálculo da seguinte forma: 
 
- Soro: (mg creatinina/100mL) = Fc x (A1 – A2) 
Fc (fator de calibração) = Concentração do padrão 
 Absorbância do padrão 
 
- Urina: (mg creatinina/10mL) = Fc x Abs urina x Fator de diluição (25) 
 
 
 
 
 
 
Onde: 
V= Volume total da urina (mL/min) 
Medir o volume total da urina e calcular o volume/minuto dividindo o volume pelo número de 
minutos em que a amostra de urina foi colhida. Em uma colheita de 24horas dividir por 1440 (24 
horas x 60 minutos). 
A= área de superfície corporal do paciente medida através de nomograma. 
 
Valores de referência: 
 Creatinina (soro)= 0,4 a 1,3mg/dL 
 Creatinina (urina)= 21 a 26mg/dL (homens) e 16 a 22mg/dL (mulheres) 
 Clareamento= 97 a 137mL/min (homens) e 88 a 128mL/min (mulheres) 
 
Avaliação da aula prática: 
 Responda às questões que se seguem: 
1)- O que é avaliado através do clareamento de creatinina? 
2)- Por que a creatinina é a melhor substância a ser utilizada para se avaliar a taxa de filtração 
glomerular através do seu clareamento? 
3)- Qual o resultado encontrado para o clareamento de creatinina feito em aula prática? O que esse 
resultado significa? 
Clareamento de creatinina = [Creatinina]urina x V x 1,73 
 [Creatinina]sangue A 
 
 
AULA PRÁTICA N° 07 
Espermograma (Critérios de rotina) 
 
1. Introdução 
 O sêmen é o líquido formado no trato reprodutivo masculino e corresponde à soma das 
secreções do epidídimo, dos vasos seminais, da próstata e das glândulas bulbouretrais. 
 Os testículos contêm células germinativas que originarão os espermatozoides. É o local onde 
ocorre a espermatogênese até a formação de espermatozoides imaturos. A maturação destes se 
completa no epidídimo, quando desenvolvem o flagelo. 
 Dos testículos, então, os espermatozoides imaturos migram para o epidídimo e, quando 
ocorre a ejaculação, eles passarão pelo canal deferente, de onde seguem até os ductos ejaculatórios. 
Neste trajeto, recebe um reforço do líquido seminal, secretado pela vesícula seminal. 
 O líquido seminal corresponde a 60 a 70% do sêmen e contem frutose para fornecer energia 
para a motilidade dos espermatozoides. Assim, sêmen sem frutose significa que os espermatozoides 
perderão a motilidade. 
 A próstata, por sua vez, produz um líquido ácido que corresponde a 20 a 30% do sêmen. Este 
líquido contém fosfatase ácida, ácido cítrico, zinco e enzimas proteolíticas. 
 E, finalmente, as glândulas bulbouretrais produzem um líquido espesso e alcalino que 
corresponde a 5% do sêmen. Este líquido neutraliza a acidez vaginal para não comprometer a 
motilidade dos espermatozoides. 
 
2. Coleta da amostra 
Seguir os seguintes critérios para a coleta de sêmen: 
• Abstinência sexual de 3 dias (sem relação sexual ou masturbação). Abstinência maior que 5 
dias pode aumentar o volume e reduzir a motilidade espermática; 
• Esvaziar a bexiga antes de ejacular; 
• Utilizar recipiente plástico estéril e com tampa de rosca; 
• Entregar a amostra ao laboratório dentro de uma hora após a coleta; 
• Manter a amostra aquecida durante o armazenamento e transporte; 
• Realizar a coleta através de masturbação ou durante o coito com preservativo Silastic; 
• Amostras incompletas não devem ser analisadas. 
 
3. Materiais 
Tubos cônicos, fita de pH, bastões de vidro, pipetas de Pasteur, lâminas, lamínulas 22x22mm, 
pipetas automáticas de 10 e 20uL, ponteiras, pipetas graduadas de 1 mL, câmara de Neubauer, água 
destilada, corante Giemsa, álcool metílico (metanol), óleo de imersão, banho-maria entre 25 e 37ºC, 
microscópios. 
 
4. Análise Macroscópica 
A análise macroscópica deve ser feita após a liquefação do sêmen. 
Após a chegada do material biológico, fazer a análise das seguintes características 
macroscópicas: 
 
4.1. Volume 
O volume total da amostra deve ser medido em tubo cônico e normalmente varia de 2,0 a 5,0 
mL. 
Volume menor que 1,5 mL indica hipospermia, o que dificulta a fertilidade. Isso pode ocorrer 
porque há alguma obstrução no canal seminal, infecção ou insuficiência vesicular. Mas também 
deve-se
questionar uma possível coleta incompleta. 
 Volume acima de 5mL indica hiperespermia, pode ser indício de que há alguma infecção 
nas glândulas anexas ou tumores na próstata ou vesículas. Mas, se esse valor vem acompanhado de 
baixa vitalidade dos espermatozoides e redução no ácido nítrico e frutose, pode ser apenas um 
reflexo de abstinência sexual por mais de 7 dias. 
Muitas vezes pode haver também a ausência de ejaculado, a chamada aspermia, que pode 
ocorrer por alguma obstrução no caminho do sêmen ou devido a ejaculação retrógrada. 
 
4.2. Aspecto 
O aspecto normal do sêmen após liquefação é translúcido. A presença de turbidez pode 
indicar aumento de leucócitos, que pode ser indício de infecção no trato reprodutivo. 
 
4.3. Consistência 
A consistência normal do sêmen após liquefação é fluida. Pode ainda se apresentar viscosa 
ou gelatinosa. 
 
4.4. Odor 
O odor normal ou característico do sêmen apresenta cheiro de hipoclorito de sódio. Pode, em 
algumas circunstâncias apresentar-se fétido, sem odor ou cítrico. 
 
4.5. Cor 
A cor normal do sêmen é branco acinzentado. As variações mais importantes são: 
Cor Possíveis interpretações 
Amarelo citrino Pirospermia, prostatite, abstinência prolongada, contaminação 
por urina ou uso de medicamentos 
Avermelhada Presença de hemácias 
Ferrugem Sangramento na vesícula seminal 
 
4.6. Tempo de liquefação 
Para se determinar o tempo de liquefação, deve-se colocar a amostra em banho-maria a 25-
37ºC e medir o tempo necessário para que a amostra se liquefaça. O normal é de 30 a 60 minutos. 
 Tempo de liquefação menor que 30 segundos pode indicar alguma disfunção prostática. E 
caso não ocorra a liquefação pode ser devido a deficiência de enzimas prostáticas, o que deve ser 
relatado no exame. 
 
4.7. pH 
O pH normal do sêmen varia entre 7,2 e 8,0. Pode ser medido em fita própria, de urina ou em 
pHmetro após a liquefação. 
O pH acima de 8,0 pode indicar infecções agudas na próstata, vesícula seminal ou epidídimo. 
Enquanto o pH menor que 7,0 pode indicar contaminação com urina, obstrução nos ductos 
ejaculatórios ou muito líquido prostático. 
 
4.8. Viscosidade 
Após a liquefação, utilizar uma pipeta de Pasteur ou um bastão de vidro para verificar a 
viscosidade. Quando liberado da pipeta não pode formar um filete maior que 2 cm. É também 
chamada análise da filância. 
Se o sêmen for mais consistente ou viscoso, forma-se um filete com mais de 2 cm e pode ser 
sinal de uma inflamação na próstata ou disfunção nas vesículas seminais. Esta viscosidade 
aumentada também pode explicar a infertilidade na medida que impede a motilidade espermática. 
Obs: relatar a presença de grumos, coágulos, etc. 
 
5. Análise Microscópica 
 Para a análise microscópica, utilizar lamínulas 22x22mm. 
 
5.1. Motilidade 
 Para se determinar a motilidade dos espermatozoides, proceder da seguinte maneira: 
• Após liquefação, homogeneizar bem a amostra. 
• Pipetar 10 µL da amostra, colocar em uma lâmina e cobrir com uma lamínula 22 x 22mm. 
• Em objetiva de 40x, condensador de luz médio, diafragma aberto e regulando a intensidade de 
luz, analisar 20 campos da lâmina. 
• Estimar a porcentagem de espermatozoides que mostram real avanço. 
O resultado da motilidade é dado pela velocidade e direção dos espermatozoides e pode ser 
reportada em Tipo ou Grau. Podendo-se observar as seguintes motilidades: 
 
Tipo 
(OMS) 
Grau Critérios da OMS 
A 4 Movimento linear rápido com poucos desvios 
B 3 Movimento linear lento com algum movimento lateral 
C 2 Movimento não linear (perceptível movimento lateral) lento 
D 1 Não há movimento 
 
Valores de referência: Dentro de 1 hora, acima de 50% com motilidade A, B e C ou acima de 
32% com motilidade A e B. 
 
5.2. Viabilidade 
Se a motilidade estiver abaixo de 30%, é necessário determinar a viabilidade por meio de 
coloração com eosina e negrosina (contracoloração). 
Com eosina, os espermatozoides vivos não se coram e os mortos ficam rosados. 
Com negrosina, os espermatozoides vivos não se coram e os mortos ficam enegrecidos. 
Quando 75% deles estão mortos, o quadro se chama necrozoospermia. 
 
6. Contagem Global de espermatozoides 
 As contagens de espermatozoides podem ser expressas de duas formas: através da 
concentração de espermatozoides por mililitro de sêmem ou através da contagem total de 
espermatozoides no ejaculado. 
 
6.1. Concentração de espermatozoides 
Corresponde à contagem global por mililitro de sêmen e é feita após liquefação. 
Proceder da seguinte maneira: 
• Homogeneizar. 
• Diluir a amostra 1:20 (0,4 mL de diluente + 20µL de sêmen). O diluente pode ser água 
destilada contendo um pouco de cristal violeta ou salina. 
• Preencher a câmara de Neubauer nos dois lados do hemocitômetro. 
• Contar em aumento de 40x nos mesmos quadrados em que se contam hemácias. 
• Tirar a média dos dois lados. A diferença entre os dois lados não pode exceder 10%. 
• Calcular a concentração de espermatozoides: 
Concentração de espermatozoides = Número contado x 20 x 5 x 10 x 1000 
Onde: 
20: fator de diluição. 
5: 1/5 dos retículos contados. 
10: conversão de mm2 para mm3. 
1000: conversão de mm3 para mL. 
• Valores de referência: Acima de 20 milhões/ mL. 
 Valor limítrofe: 10 a 20 milhões/mL. 
Aspermia: não se encontram espermatozoides. 
Azoospermia: não se encontram espermatozoides, mas apenas células da espermatogênese. 
Oligospermia: número diminuído de espermatozoides. 
 
6.2. Contagem total de espermatozoides 
 Corresponde ao total de espermatozoides em todo o volume ejaculado. 
- Calcular: 
Contagem total = Concentração de espermatozoides x volume ejaculado 
Valores de referência: Acima de 40 milhões/ ejaculado. 
 
6.3. Outras observações 
 Deve ser relatada a presença de outros elementos no sêmen, tais como piócitos, hemácias e 
leveduras. 
 
7. Morfologia espermática 
Também conhecida como contagem diferencial de espermatozoides. Utilizada para evidenciar 
a presença e a frequência de anormalidades na morfologia dos espermatozoides. Essas 
anormalidades podem ser na cabeça, na peça intermediária ou na cauda (flagelo). 
 Proceder da seguinte maneira: 
• Confeccionar um esfregaço fino: 
 
• Secar e corar com Giemsa: 
- Colocar álcool metílico não diluído sobre a lâmina. 
- Deixar descansar por 10 minutos. 
- Drenar e secar ao ar. 
- Cobrir a lâmina com corante de Giemsa (17 gotas da solução-estoque de Giemsa em água destilada 
suficiente para tornar um volume final de 5mL). 
- Deixar descansar por 20 minutos. 
- Lavar com água destilada. 
 
• Focalizar em aumento de 1000x com óleo de imersão. 
• Analisar 100 espermatozoides, anotando a porcentagem dos anormais. 
Morfologia normal: a cabeça será levemente ovalada, única, lisa, sem gotas citoplasmáticas e 
com o acrossoma ocupando cerca de 40% a 70% da cabeça. O diâmetro varia de 3 a 5µm, podendo 
apresentar até 2 vacúolos citoplasmáticos. A peça intermediária deve medir de 6 a 10µm, alinhar-se 
com o eixo longitudinal da cabeça e não apresentar expansões laterais. A cauda deve ser única e 
desenrolada. 
Assim, os tipos
morfológicos encontrados são: 
 
 
• Anormalidades da cabeça: macrocéfalo (cabeça gigante), microcéfalo (microcabeça), cabeça 
dupla, cabeça amorfa, cabeça cônica e cabeça constrita. 
• Anormalidades da cauda: sem cauda, cauda dupla (bicaudado) e cauda enrolada. 
- Anotar também o percentual de hemácias, leucócitos e células leveduriformes. 
Valores de referência: mais de 30% de formas normais como critério de rotina. 
 
8. Relação OMS/ Consenso geral 
 
Parâmetro Unidade OMS 1999 Consenso 
Volume mL ≥ 2,0 1,5 a 5,0 
pH - ≥ 7,2 7,2 a 8,0 
Concentração 1.000.000/mL ≥ 20 ≥ 20 
Motilidade (até 60’ 
após a ejaculação) 
% grau A 
% grau A + B 
≥ 25 
≥ 50 
≥ 50 
Morfologia % formas normais ≥ 14 ≥ 30 
Vitalidade % vivos ≥ 75 ≥ 75 
Leucócitos 1.000.000/mL < 1,0 < 1,0 
 
__MACOSX/._APOSTILA_AULAS PRÁTICAS DE URINÁLISE E LÍQUIDOS CORPORAIS.pdf
aula_Cristais.pdf
Exame Microscópico de Urina
Exame de Cristais
CRISTAIS
• Formados pela precipitação de sais presentes na urina 
devido a: variações do pH, da temperatura e da 
concentração urinária;
• Encontrados com freqüência no sedimento urinário;
• Raramente têm significado clínico;
• Alguns tipos relacionam-se a distúrbios como: 
doenças hepáticas, erros inatos do metabolismo, 
litíase renal e alterações metabólicas;
• Identificação: importante conhecer o valor do pH 
urinário, pois são classificados de acordo com o tipo 
de urina, ácida ou alcalina. 
Urato amorfo
• Amostras de urinas concentradas e que apresentam pH ácido; 
• Maior freqüência após o resfriamento da urina e correspondem 
a sais de ácido úrico; 
• Não possuem formato característico; 
• Pequenos cristais arredondados, refringentes, com coloração 
amarelo-avermelhado ou marrom; 
• Os cristais de urato amorfo são solubilizados com o 
aquecimento da urina ou com adição de NaOH 10% (p/v);
• Quando se adiciona à urina ácido acético glacial, estes cristais 
transformam-se em ácido úrico;
• Em presença de hidróxido de amônio, transformam-se em 
biurato de amônio;
• O sedimento pode adquirir aspecto rosado quando há uma 
grande quantidade de cristal de urato amorfo na urina;
Cristais de urato amorfo
Ácido úrico
• Amostras de urina com pH < 5,5 
• Formas diversas: losango (mais comum); retangulares, rombóides, 
ovais e cúbicas, com espículas e aglomerados (rosetas); 
• Intensidade de cor depende da espessura do cristal - lamelas 
simples parecem incolores, enquanto as mais espessas tendem ao 
amarelo-marrom ou marrom-avermelhado. 
• Cristais de ácido úrico aparecem na urina de indivíduos normais, 
devido a uma dieta rica em purinas (vísceras animais);
• Os cristais de ácido úrico são solubilizados pelo calor e pela adição 
de NaOH a 10% (p/v) e são insolúveis em ácido acético glacial. 
• O sedimento urinário adquire aspecto brilhante e amarelado, 
quando há grande quantidade deste cristal na urina. 
rosácea.
espícula.
Oxalato de cálcio
• Comum em amostras de urina ácida, pode também ser 
encontrado em amostras de urina levemente alcalina ou 
neutra. 
• Incolores, brilhantes e geralmente pequenos; 
• Formas:
- Dihidratada  formato de octaedro ou envelope
- Monohidratada  redonda ou oval
• Ingestão de espinafre, laranja, ruibarbo, leite, derivados 
do leite, chocolate, tomate e o uso de vitamina C pode 
contribuir para a presença destes cristais na urina. 
• Estes cristais são solúveis em ácido clorídrico diluído.
amido
formato de ampulheta.
Fosfato amorfo
• Material amorfo encontrado na urina alcalina.
• Grânulos amorfos, esbranquiçados ou
acinzentados; 
• Insolúveis até 60ºC e solúveis em ácido acético
glacial e em ácido clorídrico diluído; 
• O sedimento urinário adquire coloração branca, 
quando há uma grande quantidade deste cristal
na urina; 
Cristais de fosfato amorfo
Fosfato triplo
• Amostras de urina com pH superior 6,5; 
• Grande, incolor, bastante refringente e possui 
forma de prisma de seis ou quatro lados"tampa 
de caixão“;
• Podem se aglomerar como longos prismas, 
formando cruzetas;
• A presença de qualquer destas formas na urina 
não tem significado clínico;
• Cristal é solúvel em ácido acético glacial e 
denomina-se corretamente como fosfato triplo 
amoníaco magnesiano;
Biurato de amonio
• Cristais com forma de esferas com estrias 
radiais, com ou sem espículas e coloração 
marrom característica; 
• Podem precipitar devido à alcalinização 
quando a amostra é armazenada;
• O cristal é solubilizado pelo aquecimento a 
60ºC;
• A adição de ácido acético glacial à urina pode 
transformar este cristal em ácido úrico.
Fosfato de cálcio
• Cristais incolores e com forma de longos 
prismas; 
• Geralmente aglomeram-se formando rosetas;
• Raramente encontrados na urina 
• O calor não dissolve estes cristais, entretanto, 
os mesmos são solúveis em ácido acético 
glacial;
Cistina 
• Mais comumente encontrado em amostras de 
urina, com pH ácido, de pacientes com 
cistinúria (erro inato do metabolismo que 
afeta a reabsorção de cistina, a arginina, a 
lisina e a ornitina).
• Os cristais são incolores, hexagonais e 
bastante refringentes.
• A confirmação da presença da cistina (dímero 
de cisteínas) pode ser feita com a reação do 
cianeto-nitroprussiato.
Tirosina 
• Cristal com coloração escura e forma de finas
agulhas formando rosetas;
• Encontrado em amostras de urina com pH ácido;
• Observado geralmente em amostras de urina de 
pacientes com doença hepática grave ou em
portadores de tirosinemia tipo I e tirosinemia
tipo II (erros inatos raros no metabolismo da
tirosina)
• A confirmação pode ser realizada com o teste do 
nitroso-naftol.
Cristais de tirosina
Bilirrubina 
• Cristal de coloração marrom-avermelhada com 
morfologia semelhante à agulhas ou cunhas; 
• Amostras de urina de pH ácido;
• Presente em alguns casos de excreção urinária de 
bilirrubina (doenças hepáticas e colestases); 
• Podem “colorir” outros elementos do sedimento de 
amarelo;
• A presença deste cristal pode ser confirmada pelo teste 
da tira reagente para bilirrubina e/ou pelo reagente de 
Fouchet.
Cristais de bilirrubina
Outros Cristais 
• Cristais de Hemossiderina: estes são observados em 
amostras de urina de pH ácido ou neutro, após 
episódios de grave hemólise intravascular. São 
semelhantes ao urato amorfo, porém, mais grosseiros 
e com coloração marrom. 
• Cristais Anormais de Origem Iatrogênica: cristais de 
medicamentos podem ser encontrados em amostras 
de urina de pacientes desidratados e em uso de certos 
medicamentos. Cristalização normalmente em pH 
ácido, em torno de 5,0. Devem ser relatados da 
seguinte forma: "Presença de cristais de substância 
não identificada. Medicamento?".
Cilindro granuloso grosso e 
cristal de medicamento.
Cristal de medicamento (sulfa?)
Cristal de medicamento (sulfadiazina).
Referência para Contagem 
• Identificar cada tipo de cristal, contar 10 
campos em aumento de 400x
e calcular a 
média desses campos.
• Contagem de alguns (4 a 10) cristais de urato 
amorfo, oxalato de cálcio, fosfato amorfo e 
fosfato triplo, por campo, em aumento de 
400x - Normal
Transcrição dos Resultados
• Ausentes: cristais não observados
• Raros: até 3 por campo
• Alguns: 4 a 10 por campo
• Numerosos: acima de 10 por campo
Significado Clínico - Cristais
• Presença de cristais no sedimento urinário é freqüente e raramente possui 
significado clínico. 
• Alguns cristais podem indicar patologia, tais como:
• Ácido úrico: 
- Indivíduos com aumento da concentração de ácido úrico no sangue, em 
associação à gota.
- Em pacientes com catabolismo aumentado de ácidos nucléicos: leucemia, 
linfomas, neoplasias e glicogenoses;
• Oxalato de cálcio: 
- A sua presença na urina pode estar associada a sinais clínicos de litíase renal 
podendo indicar a provável composição do cálculo; 
- No envenenamento por etilenoglicol ou metoxiflurano estes cristais são vistos 
na urina em grande quantidade
- Outras condições: como hiperoxalúria primária, deficiência em piridoxina 
(vitamina B6), aumento da absorção intestinal dos oxalatos e diminuição de 
absorção de gorduras no intestino.
Significado Clínico - Cristais
• Cistina: é encontrado na urina de pacientes com 
cistinúria (alteração congênita do transporte de 
aminoácidos - cistina, arginina, lisina e ornitina);
• Esses pacientes estão predispostos à formação de 
grandes cálculos que podem provocar lesão renal, 
inclusive estase urinária; 
• Tirosina: é encontrado na urina de pacientes com doença
hepática grave. Sua presença está também associada à 
tirosinose;
• Bilirrubina: é encontrado na bilirrubinúria, em alguns
casos de doenças hepáticas.
__MACOSX/._aula_Cristais.pdf
Aula_sedimentoscopia.pdf
Exame	Microscópico	de	Urina
Células	e	Cilindros
INTRODUÇÃO
• Sedimentoscopia:
- Observação,	identificação	e	quantificação	do	
material	insolúvel	presente	na	urina.	
- Fornece	informações	sobre	a	integridade	
anatômica	dos	rins	e	sobre	a	existência	e	a	
extensão	de	lesões.	
- CUIDADO!	maioria	dos	elementos	pode	sofrer	
modificações	no	seu	aspecto	morfológico	devidas	
a:	variações	do	pH,	uso	de	medicamentos,	
decomposição	 bacteriana,	coleta	e	conservação	
inadequadas,	 frascos	impróprios,	etc.
Hemácias	
• A	presença	de	hemácias	em	número	superior	a	3	por	campo,	é	
definida	como	hematúria.
• Tipos	de	hemácias	no	sedimento
• Normocítica
• Apresenta-se	no	sedimento	urinário	na	forma	de	disco	bicôncavo	
sem	núcleo e	com	diâmetro	de	cerca	de	7	micra.	A	hemoglobina	
pode	torná-la	corada,	em	tom	pálido	de	laranja-amarelado.
- Urina	diluída ou	hipotônica:	as	hemácias	se	apresentam	maiores	e	
arredondadas
- Urina	com	pH	alcalino,	 estas	podem	se	romper,	eliminando	o	
conteúdo	celular	e	mantendo	somente	a	membrana,	
apresentando-se	como	"sombra"	ou	"fantasma".
- Urina	concentrada,	há	perda	de	fluidos	pela	célula	e	a	hemácia	se	
apresenta	crenada	ou	com	volume	reduzido.	
1) Hemácia crenada
2) Hemácia fantasma
3) Hemácia normocítica
1 3
2
Hemácias: fantasmas e crenadas - aumento de 1.000x.
Codócito 
(Cél. em alvo)
1) Acantócito
2) Hemácia normocítica
Grumo de hemácias
Acantócito
(Cél. Contraída e 
com projeções)
Hemácias dismórficas
Microscopia de contraste de fases envidenciando hemácia 
dismórfica
CRISTAL DE 
OXALATO
HEMÁCIA 
DISMÓRFICA
LEUCÓCITO
Estruturas	semelhantes	
• As	hemácias	podem	ser	confundidas	com	outros	elementos	do	
sedimento	urinário:
Leveduras,	uratos,	oxalatos,	leucócitos,	linfócitos,	gotículas	de	óleo	
e	bolhas.	
Diferenciação:
- Leveduras	è são	mais	ovais	e,	geralmente,	apresentam	
brotamentos.
- Corantes,	corante	de	Sternheimer-Malbin,	cora	as	hemácias	em	
rosa	escuro	e	o	corante	de	Eosina,	que	cora	em	cor	rosa.	
- O	uso	de	ácido	acético	a	2%	(v/v)è lisa	as	hemácias,	torna	os	
núcleos	dos	leucócitos	visíveis	e	dissolve	os	cristais	básicos,	mas	
não	os	ácidos.	
1) Célula epitelial renal
2) Hemácia
3) Leucócito
Cristal de oxalato de 
cálcio arredondado
Células leveduriformes com 
brotamentos
Gotículas de gordura
Contagem	e	valor	de	referência
• Normalmente	são	encontradas	no	sedimento	
urinário	de	0	a	3	(zero	a	três)	hemácias	por	campo.
• Contar	dez	campos	no	aumento	de	400x	e	calcular	
a	média	destes	campos.
QUANTAS HEMÁCIAS POR 
CAMPO?
Expressão	dos	resultados
• ausentes: quando	as	hemácias	não	são	observadas	no	
sedimento
• raras:	menos	de	uma	hemácia	por	campo
• até	50	por	campo: relatar	o	número	exato	por	campo
• numerosas: acima	de	50	por	campo
• campos	repletos: quando	o	campo	apresentar	inúmeras	
hemácias,	impedindo	a	visualização	de	outros	elementos
• Presença	de	grumos	de	hemácias	deve	ser	relatada	no	espaço	
"Observação",	do	laudo
Significado	clínico
• Causas	pré-renais:	coagulopatias,	anticoagulantes,	e	
hemoglobinopatias	(anemia	falciforme,	talassemias	
...)
• Causas	renais glomerulares:	glomerulonefrites	
agudas,	glomerulonefrites	crônicas,	nefrite	lupóide,	
síndrome	de	Alport	(genética)	e	hematúria	familiar	
benigna
Significado	Clínico
• Causas	pós-renais: cálculos,	tumores	do	trato	
urinário	inferior,	cistites,	prostatites,	epididimites,	
estenose	da	uretra,	uretrites,	hipertrofia	da	
próstata,	endometriose,	exercícios	físicos	intensos	
e	obstruções	no	fluxo	urinário.
• Causas	renais	não	glomerulares:	nefroesclerose	
(microvasculatura),	infarto	renal,	pielonefrite,	
nefrite	intersticial,	uso	abusivo	de	analgésicos	e	
nefropatias	secundárias	(irradiação,	hipercalcemia,	
hiperuricemia).
Leucócitos	
• Presença	na	urina	reflete	o	conteúdo	sanguíneo
• Células	arredondadas,	com	diâmetro	de	12	micra,	repletas	de	
grânulos	citoplasmáticos	e,	às	vezes,	é	possível	observar	os	
núcleos	lobulados.	
• No	prazo	de	2	a	3	horas	após	a	coleta, aproximadamente	50%	
dos	leucócitos	se	desintegram	e	desaparecem,	caso	a	urina	não	
seja	refrigerada.	
• Algumas	vezes	são	encontrados	aglomerados
LEUCÓCITOS 
NUMEROSOS
AGLOMERADO DE 
LEUCÓCITOS
CÉLULAS 
EPITELIAIS 
Estruturas	semelhantes	
• Os	leucócitos	podem	ser	confundidos	com	hemácias	
e	células	do	epitélio	renal.	
• O	corante	de	Sternheimer-Malbin	cora	os	leucócitos	
de	violeta.	
• Em	meio	ácido	(ácido	acético	a	2%	(v/v),	os	núcleos	
segmentados	dos	leucócitos	se	tornam	visíveis,	as	
hemácias	são	lisadas	e	nas	células	do	epitélio	renal	é	
evidenciado	o	núcleo,	redondo	e	central.	
Contagem	e	valor	de	referência
• Normalmente,	são	encontrados	no	sedimento	
urinário	até	quatro	leucócitos	por	campo.
• Contar	10	campos	no	aumento	de	400x	e	calcular	
a	média	destes	campos.
QUANTOS LEUCÓCITOS POR 
CAMPO?
Expressão	dos	resultados	
• Ausentes:	quando	os	leucócitos	não	são	observadas	no	
sedimento
• Raros:menos	de	um	leucócito	por	campo
• Até	50	por	campo:	relatar	o	número	exato	por	campo
• Numerosos:	acima	de	50	por	campo
• Campos	Repletos:	quando	o	campo	apresentar	inúmeros	
leucócitos,	impedindo	a	visualização	de	outros	elementos
• a	presença	de	aglomerados	de	leucócitos	deve	ser	relatada	no	
espaço	"Observação"	do
laudo
Significado	clínico
• Leucocitúria - infecção	bacteriana	e	doenças	
intrínsecas	renais,	como	a	glomerulonefrite,	a	
nefrite	lupóide	e	tumores,	ou	ainda	doenças	do	trato	
urinário	inferior	ou	do	trato	genital.	
• Trato	superior:	leucócitos	+	cilindros	leucocitários	+	
proteinúria	moderada.	
• Trato	inferior: a	proteinúria	leve	ou	ausente
• Possibilidade	de	rejeição	a	transplantes.
• Aglomerados	de	leucócitos:	presença	de	abscesso.
Células	epiteliais
Células	Epiteliais	Escamosas
• Oriundas	da	uretra	e	da	vagina
• Contaminação	por	secreções	genitais.
• Células	grandes,	(30	a	50	micra)
• Formato	retangular	ou	arredondado,	achatadas,	
com	bordas	onduladas	e	irregulares,	núcleo	central	e	
pequeno	e,		muitas	vezes	se	apresentam	agrupadas.	
• “Célula-chave",	- coberta	por	cocobacilos	da	espécie	
Gardnerella	 vaginalis.	
Coberta de Gardnerella
Células	do	Epitélio	de	Transição
• Células	uroteliais	ou	intermediárias	e	são	oriundas	
da	pelve	renal,	ureteres	e	bexiga.	
• Esféricas	ou	poliédricas	com	tamanho	de	20	a	30	
micra.	O	núcleo	grande,	irregular	(redondo	ou	oval),	
distinto,	central	ou	pouco	deslocado	do	centro,	
apresenta	nucléolos	múltiplos	e	a	membrana	
nuclear	é	espessa.
• A	presença	de	células	em	mitose,	binucleadas	ou	
multinucleadas	é	freqüente.
• Células	caudadas:	bexiga	ou	pelve	renal	com	
prolongamento	do	citoplasma	
Forma caudada
Células	do	Epitélio	Renal
• Oriundas	dos	epitélios	tubulares	renais
• Células	arredondadas,	poliédricas,	um	pouco	
alongadas	ou	ovóides;	o	núcleo	é	redondo,	grande	e,	
algumas	vezes,	excêntrico,	e	o	citoplasma	granuloso.	
Corpos	Graxos	Ovais	(CGO)
• Os	CGOs	podem	ser	células	do	epitélio	renal,	
repletas	de	gotículas	de	gordura
• Macrófagos	Gordurosos	("foam	cells").	
– Também	encontrados	no	líquido	seminal	de	pacientes	
com	prostatite,	na	bile	e	nas	secreções	brônquicas.	
Células epiteliais e corpo 
graxo oval
Cilindro gorduroso e 
corpo graxo oval
Células	Epiteliais
• Normalmente	são	encontradas	no	sedimento	urinário	algumas	
células	epiteliais	escamosas	e/ou	de	transição	(4	a	10)	e	raras	
células	do	epitélio	renal.
• Contar	10	campos	no	aumento	de	400x	e	calcular	a	média	
destes	campos.
• Ausentes:	células	não	observadas
• Raras:	até	3	por	campo
• Algumas: 4	a	10	por	campo
• Numerosas:	acima	de	10	por	campo
Significado	clínico
• Em	geral,	a	presença	destas	células	não	tem	grande	valor	clínico,	
com	exceção	das	células	do	epitélio	renal.
• Células	epiteliais	escamosas:	descamação	normal,	indicam	
contaminação.	
• A	presença	de	"célula	chave".	indica	vaginite	bacteriana	
provocada	pela	Gardnerella.	 Identificação	no	exame	
Papanicolau.
• Células	do	epitélio	de	transição:	a	urina	de	indivíduos	normais	
contém,	freqüentemente,	algumas	células	de	transição.
Células	do	Epitélio	Renal
• Presença	de	mais	de	15	células	por	campo	
(aumento	de	400x)	- forte	evidência	de	doença	
renal	ativa	ou	lesão	tubular.	
• Necrose	tubular	aguda,	rejeição	de	transplante	
renal,	papilite	necrosante	e	infarto	renal.	
Corpos	Graxos	Ovais	(CGO)
• Presença	indica	lipidúria	devido	à	disfunção	renal	
grave.
• Lipidúria	- associada	à	síndrome	nefrótica,	à	
doença	renal	do	diabetes	mellitus avançado,	ao	
lupus	e	às	condições	patológicas	com	grave	lesão	
do	epitélio	tubular,	como	no	envenenamento	por	
mercúrio	e	etilenoglicol.
Cilindros	
• Elementos	do	sedimento	urinário	com	formato	cilíndrico,	
provenientes	da	polimerização	da	proteína	de	Tamm-Horsfall	
(moldada	na	luz	dos	túbulos	renais)
• Doença	renal	intrínseca	- reflete	as	condições	existentes	no	
interior	do	néfron.
• Composição
Uma	glicoproteína	(proteína	de	Tamm-Horsfall)	constitui	a	matriz	
protéica	dos	cilindros.	Esta	é	secretada	pelas	células	tubulares	da	
parte	ascendente	espessa	da	alça	de	Henle	e	da	parte	inicial	do	
TCD.	
Condições	Favoráveis	à	Formação
• Aumento	da	acidez	da	urina;
• Redução	acentuada	do	volume	urinário;	
• Alta	concentração	de	solutos;	
• Baixa	velocidade	do	fluxo	urinário;	
• Diminuição	da	taxa	de	filtração	glomerular;
• Presença	de	albumina.
Morfologia	
• Formato	cilíndrico,	lados	paralelos	e	extremidades	
arredondadas	(moldados	na	luz	dos	túbulos	renais);
• Diferentes	formas:
- Enrugados,	indicando	estase	urinária;
- Contorcidos,	devido	à	formação	dentro	de	uma	fração	contorcida	do	
túbulo	ou	por	estase	prolongada;
- Quebrados,	em	decorrência	de	excesso	de	centrifugação	da	urina	
- Extremidades	afiladas,	o	que	acontece	quando	o	cilindro	se	forma	na	
junção	da	alça	ascendente	de	Henle	e	do	TCD	(cilindróides).	
Céreos 
Granuloso 
Hialino 
Gorduroso 
Hemático 
Constituição
Hialinos	
• Freqüentemente	observados	no	sedimento	urinário;
• Importância	clínica	limitada	(indivíduos	normais	
podem	eliminar	até	1.000	cilindros	desse	tipo,	por	
24	horas);	
• Mas	eliminação	contínua	pode	indicar	disfunção	
renal	em	fase	inicial.
• Podem	ser	homogêneos	ou	podem	apresentar	
pequenas	granulações	(às	vezes	têm	com	aspecto	
pregueado,	devido	a	condensação	irregular	da	
proteína).	
Significado	Clínico	- Hialinos
• Até	2	(dois)cilindros	hialinos	por	campo,	no	aumento	de	100x,	é	
considerado	normal.
• Após	exercício	físico	intenso,	desidratação,	exposição	ao	calor	e	
estresse	emocional,	o	número	destes	cilindros	no	sedimento	
pode	aumentar.	
• Em	doenças	renais	(glomerulonefrite,	pielonefrite,	doença	renal	
crônica	e	na	insuficiência	cardíaca	congestiva)	o	número	de	
cilindros	hialinos	encontrados	no	sedimento	varia	de	20	a	30	por	
campo,	no	aumento	de	100x.
Hialinos	
Hialino com granulações e 
flora bacteriana
Celulares	
• Formados	pela	aglutinação	à	matriz	protéica	de	
alguns	elementos	celulares,	presentes	na	luz	
tubular;
• Podem	conter	hemácias,	leucócitos	ou	células	
epiteliais.
Celulares	
Hemático 
Epitelial 
Hemático e leucocitário
Significado	Clínico	- Celulares
• Grande	valor	clínico	- células	presentes	no	seu	
interior	são	originadas	dos	rins;
• Presença	dos	cilindros	celulares	pode	auxiliar	na	
classificação	de	nefropatias	(de	acordo	com	o	tipo	
de	célula	encontrada	no	interior	do	cilindro);
• Cilindros	com	leucócitos	são	freqüentes	nas	
pielonefrites,	enquanto	que,	cilindros	com	
hemácias	são	freqüentes	nas	glomerulonefrites.
Hemáticos	
Significado	Clínico	- Hemáticos
• Indício	de	sangramento	no	interior	do	néfron,	
(mais	freqüentemente	glomerular);
• Cilindros	hemáticos	estão	associados	à	
glomerulonefrite;
• Qualquer	lesão	nos	glomérulos	ou	nos	túbulos	
pode	provocar	a	sua	formação.
Leucocitário	
Cilindro e células
Significado	Clínico	- Leucocitários
• Associado	a	inflamações	ou	infecções	no	
interstício	renal	(pielonefrites	aguda	e	crônica,	
nefrite	intersticial	alérgica	ou	medicamentosa,	
glomerulonefrite	aguda	pós-estreptocócica	e	em	
casos	de	rejeição	de	transplante	renal).
Epiteliais	
Cilindro de células do epitélio tubular renal.
Cilindro de células do epitélio tubular renal
Significado	Clínico	- Celulares
• Resulta	da	destruição	ou	da	descamação
exacerbada	do	epitélio	renal;	
• Indica	doença	renal	grave	(importante	achado	
patológico);	
• Observado	na	pielonefrite,	na	glomerulonefrite,	
nas	exposições	à	nefrotóxicos,	como	mercúrio,	
etilenoglicol	e	ciclosporina,	nefrite	intersticial,	em	
casos	de	rejeição	de	transplante	renal,	necrose	
tubular	e	em	infecções	virais.
Granulosos	
• Apresentam	granulações	no	interior	da	matriz	
proteica	devido	à	desintegração	de	elementos	
celulares	presentes	anteriormente;
• Granuloso	grosso	ou	granuloso	fino;
• A	presença	deste	último	identifica	estase	
prolongada.
• Degeneração	do	cilindro	granuloso	origina	o	cilindro	
céreo.			
• CELULAR	è GRANULOSO	è CÉREO
• Quanto	maior	a	estase	renal	mais	se	desintegram	
esses	cilindros	
Granuloso	
Cilindro granuloso em degeneração.
Cilindro granuloso fino.
Cilindro granuloso grosso.
Significado	Clínico	- Granulosos
• Cilindros	granulosos	podem	aparecer	no	sedimento	
urinário,	principalmente,	após	exercícios	físicos	
intensos;
• Em	maior	número	possui	valor	diagnóstico,	pois	a	
sua	presença	indica	estase	urinária;	
• Pode	ser	encontrado	em	casos	de	toxicidade	a	
aminoglicosídeos	e	em	todas		as	doenças	renais	em	
que	ocorreu	a	formação	dos	cilindros	celulares;
• Podem	ser	um	sinal	de	cronificação	das	nefropatias.
Céreos	
• Formados	pela	degeneração	dos	elementos	
granulares	que	estavam	presentes	no	seu	interior.	
• Bastante	refringentes,	largos	e	apresentam	
fissuras	ou	quebraduras,	por	possuírem	uma	
estrutura	rígida.
Céreo	
Significado	Clínico	- Céreos
• Não	é	encontrado	em	condições	normais	no	
sedimento	urinário	e	a	sua	presença	indica	estase	
renal	prolongada;
• Está	associado	a	doença	renal	crônica;
• “Cilindros	de	insuficiência	renal”	- pior	prognóstico.
Gordurosos	
corpo graxo oval.
Cilindro gorduroso com gotículas de gordura.
Significado	Clínico	- Gordurosos
• Presença	associada	à	síndrome	nefrótica;
• Podem	também	ser	encontrados	em	casos	de	
diabetes	mellitus com	degeneração	renal	e	nas	
intoxicações	por	mercúrio	e	etilenoglicol.
Mistos	
• Formados	por	mais	de	um	tipo	de	elemento;
• Como	não	existe	nos	rins	um	processo	de	
separação	de	elementos,	muitos	dos	cilindros	
encontrados	são	formados	por	mais	de	um	
elemento;
• Cilindro	apresenta	mais	de	1/3	de	sua	superfície	
composta	por	um	elemento	figurado	- será	
classificado	pelo	nome	do	elemento	
predominante.
Misto	
Cilindro misto(celular e granuloso). 
Cilindro misto (granuloso fino e céreo).
Hialino e celular
Com	inclusões	
Cilindro com de oxalato de cálcio.
Referência	- Cilindros	
• 0	a	2	cilindros	hialinos	por	campo,	em	aumento	de	
100x	– normal;
• Quando	visualizados	em	aumento	de	400x:	
– Contar	10	campos	em	aumento	de	100x,	identificando	
cada	tipo	de	cilindro	no	aumento	de	400x	e	calcular	a	
média	por	campo	(100x);
• Registrar	o	tipo	de	cilindro	e	o	número	médio	
encontrado	por	campo,	em	aumento	de	100x.
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creatinina e outros biomarcadores de funcao renal.pdf
182 Revista Brasileira de Terapia Intensiva
Vol. 19 Nº 2, Abril-Junho, 2007
RESUMO
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Os biomarcadores 
são ferramentas diagnósticas discriminatórias entre o 
estado de saúde e doença. O objetivo deste estudo 
foi reconhecer a aplicação clínica dos biomarcadores 
de função renal na prática clínica, com a fi nalidade de 
disponibilizar conhecimento do avanço diagnóstico da 
lesão renal aguda (LRA).
MÉTODO: Estudo descritivo de levantamento bibliográ-
fi co de periódicos indexados de 1975 a outubro de 2006, 
por meio das bases de dados LILACS e PubMed.
RESULTADOS: Foram disponibilizados 505 artigos nas 
bases de dados PubMed e 6 nas do LILACS. Foram se-
lecionados 106 artigos e, após leitura na íntegra, apenas 
69 traduziam a abordagem temática pretendida.
CONCLUSÕES: Nesse levantamento foi verifi cado 
que apesar do progresso na compreensão dos meca-
nismos celular e molecular envolvendo a LRA, ainda 
existe um hiato entre a compreensão e a aplicação de 
tratamentos efetivos e específi cos na prevenção e con-
trole dessa síndrome.
Unitermos: biomarcador biológico, insufi ciência renal 
aguda
Avaliação da Função Renal: Creatinina 
e outros Biomarcadores*
Evaluation of Renal Function: Creatinine and other Biomarkers
Márcia Cristina da Silva Magro1 , Maria de Fátima F. Vattimo2
1. MS, Enfermeira da Unidade de Recuperação Cardíaca do Instituto 
do Coração do HC-FMUSP e Doutora da Escola de Enfermagem da 
USP
2. MS, PhD, Professora da Escola de Enfermagem da USP
*Recebido do Instituto do Coração do Hospital de Clínicas da Fa-
culdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP), 
São Paulo, SP
Apresentado em 23 de janeiro de 2007
Aceito para publicação em 10 de maio de 2007
Endereço para correspondência:
Márcia Cristina da Silva Magro
Alameda Santos, 663/83, BL B Cerqueira César
01419-001 São Paulo, SP
Fone: (11) 3284-1376
E-mail: ppmmagro@uol.com.br
©Associação de Medicina Intensiva Brasileira, 2007
SUMMARY
BACKGROUND AND OBJECTIVES: Biomarkers are 
diagnostic tools which discriminate between the good 
health and the illness. This study had as objective to 
recognize the clinical application of the renal function 
biomarkers in the clinical practice, in order to inform the 
diagnostic advances of the acute kidney injury (AKI).
METHODS: Descriptive study of bibliographical survey 
of indexed periodicals from 1975 to October, 2006, by 
means of the LILACS and PubMed databases.
RESULTS: Were available 505 articles from the biblio-
graphical survey in the PubMed database and 6 in the 
Lilacs database. 106 articles were selected and, after 
full reading, only 69 referred to the intended thematic 
approach.
CONCLUSIONS: In this survey, it was verifi ed that 
despite the progresses in the molecular and cellular 
mechanisms understanding related to AKI, there is still 
a gap between the comprehension and the application 
of effective and specifi c therapeutics in the prevention 
and control of this syndrome.
Key Words: acute renal failure, biological biomarker
INTRODUÇÃO
A lesão renal aguda (LRA) é freqüentemente obser-
vada em pacientes internados e sua prevalência está 
aumentando, principalmente na população idosa, com 
múltiplas comorbidades e em pacientes com doenças 
consideradas graves como neoplasia entre outras1. Ela 
representa uma condição clínica causada pela diminui-
ção ou perda da capacidade de manutenção dos equi-
líbrios ácido-base e hidroeletrolítico.
Apesar do progresso terapêutico e tecnológico observa-
do nos últimos anos, o prognóstico da LRA permanece 
sombrio. Ela é considerada uma complicação freqüente 
nas unidades de terapia intensiva (UTI) e seu diagnósti-
co tardio repercutem em elevada mortalidade.
Sabidamente, as manifestações clínicas da LRA são 
RBTI
2007:19:2:182-185
ARTIGO ORIGINAL
RBTI v19_n02.indb 182RBTI v19_n02.indb 182 31/8/2007 12:02:4131/8/2007 12:02:41
AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO RENAL: CREATININA E OUTROS BIOMARCADORES
183Revista Brasileira de Terapia Intensiva
Vol. 19 Nº 2, Abril-Junho, 2007
incipientes, silenciosas e se confundem com sinais clí-
nicos de diversas outras morbidades, sendo freqüen-
temente percebidas quando constatadas alterações 
em exames laboratoriais de rotina, como a uréia e prin-
cipalmente a creatinina. 
Contudo, elevações nos níveis
séricos da creatinina 
são atualmente os sinais mais indicativos de compro-
metimento da função renal. Apesar de representar a 
principal estratégia de identifi cação dessa síndrome, 
a creatinina é considerada um teste específi co, entre-
tanto tardio, pouco sensível e impreciso. Ela se altera 
apenas quando já existe perda de aproximadamente 
50% da função renal. A contraposição ao uso conven-
cional desses indicadores se apercebe de situações 
mais desfavoráveis como é o caso na disfunção como 
a insufi ciência hepática, na qual não há indicadores di-
retos de função e o seu diagnóstico e a conseqüente 
intervenção, tardam mais ainda. Em nenhum dos dois 
casos deve haver, contudo, resignação científi ca nem 
tampouco clínica.
O relativo descompasso da creatinina com o real esta-
do funcional e sua baixa sensibilidade e especifi cidade 
se traduzem em diagnóstico tardio e tratamento mais 
tardio ainda, medidas de prevenção próxima de zero 
e, por fi m, alta mortalidade. Tal panorama tem deixado 
marcas precisas na epidemiologia da LRA.
Esse cenário desfavorável da LRA tem gerado então 
questionamentos sobre conceitos até então intocá-
veis. Um deles é a busca para identifi cação de bio-
marcadores mais precisos da função renal. Há de se 
conhecer indicadores de função renal, interpretados 
por toda equipe profi ssional, que tenham desempenho 
discriminatório superior àqueles mencionados. Já se 
sabe acerca desses novos testes.
Genericamente, biomarcadores são ferramentas que 
podem fornecer alguma informação necessária, es-
pecialmente quando usado em conjunto com dados 
clínicos e laboratoriais2,3. Um biomarcador deve con-
sistir em indicador de processos biológicos, patogê-
nicos ou resposta farmacológica para um tratamento 
terapêutico3.
A busca por novos biomarcadores para detecção da 
lesão renal está se desenvolvendo rapidamente com o 
avanço da tecnologia. Com melhores biomarcadores, 
possivelmente, tornará viável a detecção precoce da 
lesão renal, a identifi cação de lesões subclínicas, o for-
necimento de informação prognóstica do curso da doen-
ça, a identifi cação dos segmentos mais afetados, a ava-
liação da resposta para determinados tratamentos e a 
classifi cação dos pacientes de risco para lesão renal4.
O objetivo deste estudo foi apresentar o resultado de 
um levantamento bibliográfi co sobre os novos biomar-
cadores de função renal para que se possa reconhecer 
a sua aplicação na prática clínica, no sentido de dis-
ponibilizar conhecimento do avanço no diagnóstico da 
lesão renal aguda, que poderá refl etir-se na tomada de 
decisão precoce junto ao paciente em risco para LRA. 
MÉTODO 
Este estudo é de caráter descritivo, baseado em levan-
tamento bibliográfi co de periódicos indexados.
Foi realizada busca bibliográfi ca utilizando as bases de 
dados LILACS (Literatura Técnica-Científi ca em Ciên-
cias da Saúde) e PubMed, envolvendo os periódicos 
do período de 1975 até outubro de 2006, referentes à 
literatura existente sobre os biomarcadores de função 
renal, utilizando como descritores (DeCS e MeSH): in-
dicadores biológicos, insufi ciência renal aguda, sendo 
as linguagens portuguesa e inglesa empregadas de 
acordo com a exigência das bases de dados
RESULTADOS 
A análise do material bibliográfi co obtido através da bus-
ca nas bases de dados permitiu verifi car que a produção 
científi ca com pesquisas envolvendo biomarcadores de 
função renal é extensa, porém, não consensual. 
Foram encontrados 505 artigos referentes ao tema. 
Da PubMed selecionou-se 100 e após a análise indivi-
dual e leitura na íntegra dos estudos, apenas 68 artigos 
abrangiam o tema biomarcadores de lesão renal. En-
quanto do LiLacs apenas um artigo foi utilizado. Foram 
incluídos todos os estudos de abordagens experimen-
tal e clínica.
Através desse levantamento foi identifi cado um perfi l 
conciso de 29 biomarcadores de lesão renal, estuda-
dos em pesquisas com modelos animais e estudos 
clínicos nos últimos anos, dentre eles destacaram-se 
a Interleucina 18 (IL-18), a interleucina-6, a interleuci-
na-8, o hidrato de carbono (HNK-1), o Malondialdeido 
urinário (MDA), a Cistatina C, o Dendrimer-enhanced 
MRI, a Glutathione alpha-transferase e pi-transferase, 
o Neutrophil gelatinase-associated Lipocalin (N-GAL), 
a Protein P53, o Proatrial natriuretic peptide (1-98), 
a Urinary actin, a N-acetyl-beta-D-glucosaminidase, 
a alpha-1-microglobulin, o Kidney Injury molecule-
1 (KIM-1), a Retinol Binding Protein (RBP), a Neutral 
endopeptidase (NEP), a Beta 2-microglobulin, urinary, 
o Sodium/hydrogen exchanger isoform 3 (NHE3), o 
RBTI v19_n02.indb 183RBTI v19_n02.indb 183 31/8/2007 12:02:4231/8/2007 12:02:42
184
MAGRO E VATTIMO
Revista Brasileira de Terapia Intensiva
Vol. 19 Nº 2, Abril-Junho, 2007
Neutrophil CD11b, Spermidine/Spermine N(1)-acetyl-
transferase (SSAT), a Cysteine rich protein 61 (CYR61, 
CCN1), o 1,5-anhydroglicitol, a Adenosina deaminase 
binding protein, a Glycosyl transferase e entre as enzi-
mas de lesão tubular encontraram-se a Gamma-Gluta-
myl transpeptidase (Gama-GTP), a Alanine aminopep-
tidase (AAP), a alkaline phosphatase (AP), a Leucine 
aminopeptidase e dipeptidyl peptidase IV (DPP).
Na classifi cação dos biomarcadores, alguns são desti-
nados preferencialmente à estimativa da taxa de fi ltra-
ção glomerular, como a cistatina C, outros refl etem a 
função renal (KIM-1, NHE3 e actina), enquanto outros 
mostram infl amação associada com a lesão renal (In-
terleucinas 6, 8 e 18)5,6. Há ainda o grupo de proteí-
nas urinárias como a Retinol binding protein (RBP), a 
N-acetyl Glucosaminidase e α1-microglobulina, como 
indicadores mais sensíveis de disfunção ou lesão tu-
bular7,8.
Dentre os biomarcadores descritos, observou algumas 
tendências de ênfase, iniciando-se pela Neutrophil ge-
latinase-associated lipocalin (NGAL). Trata-se de uma 
enzima presente na urina e no sangue. Observou-se 
que em crianças, a lesão renal aguda pode ser detec-
tada em até duas horas após cirurgia cardíaca, por 
aumento substancial dessa enzima no sangue ou na 
urina. Pode ser ainda também detectada na presença 
de lesão renal em período que antecede a manifes-
tação clássica pela creatinina9. Entretanto, ainda são 
necessários estudos multicêntricos prospectivos em 
populações maiores, de diferentes idades para validar 
esses resultados10. Novos estudos que avaliem fatores 
de interferência em seus níveis urinários ou plasmáti-
cos serão providentes11.
Vale ressaltar que a elevada excreção de proteínas e 
enzimas de baixo peso molecular (proteínas tubulares) 
tem sinalizado situações de lesão tubular proximal. 
Nessa função, destacam-se a α1 e β1-microglobulina, 
a Cistatina C, a Retinol Binding Protein (RBP)12,13, a α-
glutathione S-transferase (GST), a γ-glutamiltransferase 
(GGT), o Lactato desidrogenase (LD) e a N-acetyl-β-D-
glucosaminidase (NAG)12,14,15.
A neutral endopeptidase (NEP) é livremente fi ltrada pelo 
glomérulo, sendo 99,9% reabsorvida pelo túbulo proxi-
mal8. Representa um tipo de enzima tubular localizada 
na membrana endotelial do túbulo renal proximal e é 
excretada na urina. Sendo então, indicador de lesão 
tubular e a RBP, um indicador de função tubular. En-
quanto, o NHE3 é a forma de permutador Na+/H+ mais 
abundante na membrana apical, responsável pela rea-
bsorção de grande parte do NaCl e do NaHCO3 fi ltrado 
nos glomérulos. Tem papel essencial na homeostase 
de volume, ácido-base e na determinação dos níveis 
da pressão arterial16.
A IL-18 urinária pode servir como indicador de lesão 
tubular proximal em ATN. Ela é uma citocina pró-infl a-
matória liberada em resposta a lesão tubular17. A apli-
cação clínica desse teste pode ser substancial, já que 
exige técnicas confi ável, precisa e rápida e ser pron-
tamente mensurável utilizando-se
kits de imunoensaio 
(Elisa).
Já a cistatina C é um inibidor da cisteíno proteinase, 
produzida por células nucleadas em taxa constante. 
Ela é livremente fi ltrada pelo glomérulo, reabsorvida 
e metabolizada, mas não secretada pelos túbulos18,19. 
Ela pode detectar a LRA um ou dois dias antes da cre-
atinina e, além disso, não é afetada por baixas doses 
de hormônio tireoidiano e defi ciência ou excesso de 
corticóide5. A técnica utilizada para sua dosagem tem 
sido a nefelometria, no sangue ou na urina.
A Kidney Injury Molecule-1 (KIM-1) é uma proteína 
transmembrana que está presente no túbulo renal pro-
ximal e é superegulada e excretada na urina na vigên-
cia de uma lesão. Em indivíduos normais e sem a lesão 
renal ela não está presente. A elevação dessa enzima 
sugere o início de um processo patológico em células 
do epitélio tubular proximal, sendo assim considerada 
um sensível marcador de lesão tubular proximal. Pode 
ser detectada na biópsia renal e urina de pacientes 
com necrose tubular aguda isquêmica20.
A lesão renal é ainda pouco compreendida e uma das 
razões é a existência de marcadores pouco precisos 
e sem mensuração direta. Estudos sobre aspectos da 
disfunção renal freqüentemente utilizam a creatinina 
como sinalizador, entretanto a sua elevação sérica só 
ocorre quando já existe um comprometimento renal 
estabelecido.
A lesão renal é uma condição clínica comum durante a 
hospitalização principalmente em pacientes internados 
em UTI, ambiente no qual sua taxa de mortalidade au-
menta independentemente de outros fatores11,21.
Nos últimos 20 anos, o progresso substancial na com-
preensão de mecanismos celulares e moleculares en-
volvendo a lesão renal aguda esclareceu mecanismos 
fi siopatológicos antes desconhecidos. Entretanto, esse 
conhecimento não tem se traduzido na aplicação de 
tratamentos efetivos e sufi cientemente específi cos para 
prevenir ou excluir os agentes etiológicos. Essa limita-
ção difi culta o controle de sua progressão. Tornando-se 
imperativa a necessidade de preencher essa lacuna de 
conhecimento no diagnóstico da lesão renal.
RBTI v19_n02.indb 184RBTI v19_n02.indb 184 31/8/2007 12:02:4231/8/2007 12:02:42
AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO RENAL: CREATININA E OUTROS BIOMARCADORES
185Revista Brasileira de Terapia Intensiva
Vol. 19 Nº 2, Abril-Junho, 2007
CONCLUSÕES
Esse estudo demonstrou que nas últimas décadas 
houve um progresso no conhecimento sobre marcado-
res de função renal em decorrência da difi culdade, até 
os dias atuais, relacionados à prevenção e o tratamen-
to da lesão renal aguda. Esse avanço contribuiu para 
a identifi cação de diversas proteínas, cuja fi nalidade é 
proporcionar a detecção precoce da disfunção renal e 
garantir ao paciente o diagnóstico preciso, que possi-
bilite instituir tratamento adequado e individualizado, 
para o grau de comprometimento.
Entretanto, estudos multicêntricos que demonstrem 
maior abrangência, com amostras maiores são fun-
damentais para que se possam sugerir mudanças na 
rotina diagnóstica desta síndrome.
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__MACOSX/._creatinina e outros biomarcadores de funcao renal.pdf
Fisiologia Renal e Coleta2.pdf
Modificado com autorização de Jussara Júlia Campos
Aspectos	da	Fisiologia	Renal	e	
Processos	de	Formação	de	Urina
O	sistema	urinário
Rins
• Órgãos	bilaterais	localizados	no	espaço	
retroperitonial
• Parênquima	renal:	medula	+	córtex
• Néfrons:
- Microunidade	funcional	dos	rins
- 1	a	1,5	milhões	a	cada	rim
Funcões	dos	rins	
Funções	homeostáticas
- Regulação	do	volume	plasmático	e	do	equilíbrio	
hídrico;	
- Regulação	da	pressão	sanguínea;
- Regulação	da	osmolaridade	sangüínea;
- Manutenção	do	equilíbrio	eletrolítico	(Na+,	K+,	Cl-,	
Ca2+,	Mg2+,	SO42-,	PO42-,	H+,	HCO3-);
- Regulação	do	equilíbrio	ácido-básico;
- Excreção	de	metabólitos	(ex:	uréia,	ácido	úrico,	
creatinina).
Funções	bioquímicas
• Produção	de	hormônios:
- Eritropoietina	
- Renina	
- Calcitriol	(forma	biologicamente	ativa	da	vitamina	
D);
• Produção	de	substâncias	bioativas	(ex.	
prostaglandinas,	adenosina,	endotelina,	NO,	
bradicinina,	fator	de
crescimento	epidérmico,	fator	
de	crescimento	tipo	insulina);
• Angiotensinogênio	e	amônia;
• Metabolismo	de	algumas	substâncias	(ex.	insulina).
Formação	da	urina
• Primeira	etapa	:	Filtração	glomerular
• Fenômeno	físico	passivo,	envolve	os	capilares	
glomerulares	e	a	primeira	porção	do	túbulo	
proximal.
- Fluxo	Sangüíneo	Renal	(FSR):	aproximadamente	
1.200mL/min
- Ritmo	de	filtração	glomerular:	120	ml/min
- Passagem	seletiva	de:	água,	eletrólitos	e	
moléculas	de	baixo	peso	molecular	(<	50.000	
daltons)
espaço capsularLuz do capilar
Ph Pc
Po
PEF = 10 mmHg
Pressão hidrostática 
glomerular 
60 mmHg
32 mmHg
18 mmHg
http://www.oup.co.uk/best.textbooks/medicine/humanphys/illustrations/
fenestra fenda
Pressão oncótica
32 mmHg
Pressão hidrostática 
capsular
18 mmHg
Pressão efetiva de filtração: 
10 mmHg
Membrana basal
Céls. endoteliais
pedicélios
Pressão	de	filtração
http://www.sci.sdsu.edu/Faculty/Paul.Paolini/ppp/lecture23/sld009.htm
Todo o plasma é filtrado
60 vezes por dia
180 litros de 
plasma são 
filtrados por dia
Homem normal de 70 Kg: 
3 litros de plasma
Excreção diária 
(média): 1,5 litros de 
urina
O quê acontece 
com os 
178,5 litros 
filtrados por dia?
Filtração Glomerular
Segunda	etapa
- Ocorre		no	túbulo	proximal,	por	reabsorção
para	os	capilares	peritubulares;	
- Água,	eletrólitos	(sódio	e	potássio)	e	
nutrientes	(glicose,	peptídeos,	aminoácidos,	
corpos	cetônicos);
- Secreção ativa	de	substâncias	tóxicas	ao	
organismo	(drogas,	metais	pesados	e	
substâncias	tóxicas	do	metabolismo	geral)
http://www.sci.sdsu.edu/Faculty/Paul.Paolini/ppp/lecture23/sld009.htm
178,5 litros /dia
Filtração
Reabsorção
Reabsorção
REABSORÇÃO	TUBULAR
Parcialmente filtrada
Não excretada
Ex: Glicose e AAs
totalmente 
reabsorvida
Parcialmente filtrada
Parcialmente 
excretada
Ex.: água e íons
parcialmente 
reabsorvida
Substância Z
Totalmente excretada
Ex: catabólitos e 
xenobióticos
totalmente 
secretada
Parcialmente filtrada
Substância X Substância Y
Terceira	etapa
- Hiperconcentração	iônica	do	líquido	
intratubular	no	ramo	descendente	da	alça	de	
Henle.
- Diluição	do	líquido	intratubular	nos	ramos	
ascendentes,	delgado	e	espesso,	da	alça	de	
Henle.	
Quarta	etapa
- Ocorre	nos	túbulos	contorcidos	distais	
e	ducto	coletor
- Ação	dos	hormônios	antidiurético	
(ADH)	e	aldosterona
• ADH	ou	vasopressina:
- Diminui	o	volume	urinário	
- Vasoconstrição	
• Aldosterona:	
Aumento	na	reabsorção	de	sódio	e	da	
secreção	de	potássio	e	do	íon	
hidrogênio.
Fatores	que	interferem	no	volume	urinário
• Ingestão	de	líquidos,	
• Perda	de	líquidos	por	fontes	não	renais,	
• Variações	na	excreção	do	hormônio	
antidiurético	
• Necessidade	orgânica	de	excretar	grandes	
quantidades	de	solutos,	tais	como	glicose	ou	
sais,	especialmente	o	sódio.
formação 
de urina
sede
INGESTÃO 
DE ÁGUA
PERDA DE 
ÁGUA (*)
BALANÇO DA ÁGUA
(*) respiração, suor, urina e fezes
Equilíbrio	entre	a	perda	e	a	ingestão	de	
água
• Poliúria: volume	de	urina	aumentado	(>2500	
mL/24h),	detectado	no	diabetes	insipidus e	no	
diabetes	mellitus.	
• Oligúria: diminuição	do	volume	urinário	(<500	
mL/24h),	como	ocorre	nos	estados	de	choque	
e	na	nefrite	aguda.
• Anúria: supressão	completa	da	urina,	em	
termo	mais	amplo,	corresponde	a	uma	
excreção	menor	que	100	mL/24h.
Composição	da	urina
• A	urina	é	constituída	por,	
aproximadamente,	96%	de	
água	e	4%	de	substâncias	
diversas	(compostos	
inorgânicos	e	orgânicos).
Urinálise	
Obtenção	da	amostra
Tipos	de	amostras
• Amostra	aleatória	(rotina	e	glicosúria);	
• Amostra	de	paciente	em	jejum	e	amostra	pós	
prandial	(diabetes	mellitus);
• Segundo	jato	da	primeira	urina	da	manhã	
(rotina);
• Urina	de	24	h	para	dosagens	urinárias;
• Amostra	para	cultura	microbiológica	(jato	
médio	ou	por	caterização).
Coleta	
• Mulheres	
• Homens
• Crianças
• Pacientes	inconscientes/hospitalizados
Recém	Nascidos
http://www.e-familynet.com/phpbb/como-coletar-urina-dos-bebes-com-sac-vt508925.html
Coleta	e	preservação
• Imprescindível	à	obtenção	de	resultados	
fidedignos
• É	importante	que	o	laboratório:
- Forneça	instruções	por	escrito
- Forneça	os	frascos	adequados	e	já	etiquetados
- Propicie	a	coleta	no	próprio	laboratório
- Saiba	o	horário	da	coleta	da	amostra	e	suas	
condições	de	transporte
É	importante	que	o	paciente:
- Repita	as	instruções	recebidas	como	forma	de	
“verificar	a	aprendizagem”
- Faça	a	higiene	das	mãos	antes	e	após	a	coleta
- Faça	higiene	correta	dos	genitais	antes	da	
coleta
- Forneça	informações	sobre	transporte	e	
armazenamento
- Tenha	alimentação	balanceada	no	dia	anterior
Armazenamento	e	conservação
• Pode-se	analisar	após,	no	máximo,	2h	em	
temperatura	ambiente	
• Usar	refrigeração	se	necessário
• Colocar	urina	que	está	sob	refrigeração	em	
banho	maria	a	37	ºC	antes	de	analisar
• Alguns	conservantes	que	podem	ser	
utilizados:
- Toluol																		- Ácido	bórico
- Timol																			- Urotropina		+	AAS	(2:1)
- Aldeído	fórmico			- Fluoreto	de	sódio…
Aceitáveis?
dupla artigo dia
Comparação de bulas de duas marcas de tiras
reagentes utilizadas no exame químico de urina
Análise comparativa de metodologias para dosagem
de proteinúria de 24 horas*
Qual o valor da sedimentoscopia em urinas com
características físico-químicas normais?
Comparação dos resultados obtidos pelos métodos
de contagem por campo e contagem de Addis modificada
utilizados para a análise do sedimento urinário*
Importância do dismorfismo eritrocitário na investigação da
origem da hematúria: revisão da literatura
Análise do desempenho da prova de nitritos das tiras
reativas de urina para triagem de infecção bacteriana
do trato urinário
Análise dos Métodos Diagnósticos para Infecção Urinária
Diagnóstico laboratorial das micobactérias isoladas
na urina: comparação entre métodos convencionais e
a reação em cadeia da polimerase (PCR)
Avaliação da Função Renal: Creatinina
e outros Biomarcadores*
Urinálise: comparação entre microscopia óptica
e citometria de fluxo
__MACOSX/._Fisiologia Renal e Coleta2.pdf
Intro_Urinalise.pdf
URINÁLISE	
BIOMEDICINA	
2016/1
Prof.	Wander	Jeremias
Apresentação	da	Disciplina
e	Aspectos	Históricos
Perspectiva	histórica
• Análise	da	urina,	uroanálise	ou	urinálise,
•Os	relatos	sobre	a	interpretação	do	exame	de	
urina	são	de,	aproximadamente,	4.000	a.C:
- Urina	de	diabéticos	atraía	insetos;
- Germinação	de	sementes	de	cereais	regadas	
com	urina	indicavam	gravidez	
Hipócrates (400	a.C.)
“Nenhum órgão ou	sistema	orgânico fornece
tantas informações através	de	sua excreção
como	o	sistema	urinário”
- Ferramenta para	o	prognóstico
- Aforismo 34:	“bolhas flutuantes na	superfície
da	urina denotam afecção dos	rins e	a	
doença será longa”.
Hipócrates (400	a.C.)	- Aforismas
Figura	1:	Ilustração	medieval	mostrando	Hipócrates	(direita)	analisando	a	urina	de	doentes	à	beira	do	
leito.	Fonte:	Kouba,	2007.
• Primeiro	a	fazer	alusão	a	respeito	da	relação	sangue-
urina
Galeno	(200	d.C.)
• Realizou		experimentos	em	cães	e
escreveu	sobre	o	trato	urinário
Theofilus	(700	d.C)
- Define	urina	como	filtrado	do	sangue
- Descrição	anatômica	sobre	a	produção	da	urina
- De	urinis,	essa	obra	foi usada	até	1.200	d.C	em	
escolas	européias
- Aplicação	clínica	de	suas	descrições	detalhadas
- Ferramenta	diagnóstica	
Figura	2:	Quadro	descritivo	das	características	de	urinas	e	suas	correlações	clínicas.	Fonte:	
Kouba	2007
Exame de	Urina – Veneza,	1495
Avicenna	(980-1037)
Ressalta	que	devem-se	observar	algumas	
condições	antes	da	coleta	e	da	análise.
Paracelsus	(1493-1541)	
Importância	da	análise	de	constituíntes	não	
visíveis	a	olho	nu,	propõe	análises	químicas		
Leeuwenhoek		(1632-1723)
Primeiras observações usando
microscópio
Thomas	Addis	(início do	século XX):	
técnicas para a	quantificação do	
sedimento urinário
Final	do	século XX:	testes	rápidos com	
tiras reagentes.	
Mais recentemente,	a	automação e	
introdução de	novas	tecnologias
Fonte: 
http://pt.wikipedia.org/wiki
/Microsc%C3%B3pio
Aplicações na Clínica Médica
De acordo com o National Comittee for Clinical 
Laboratory Standard-NCCLS:
n Auxiliar no diagnóstico de uma doença;
n Triagem de uma população quanto a 
doenças assintomáticas, congênitas ou 
hereditárias;
n Monitorar a evolução de certas doenças;
n Monitorar a eficácia ou as complicações de 
terapias.
Etapas da urinálise
n Análise física è levantam-se suspeitas 
n Análise química è confirmam-se suspeitas
n Análise microscópica è definem-se as 
suspeitas levantadas e confirmadas
__MACOSX/._Intro_Urinalise.pdf
Aula 4 parte 2 pdf.pdf
ELISA
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DAS VIROSES
Immunoblotting 
Western Blotting 
(WB)
Blotting significa 
transferência de 
DNA.
Separação das 
proteínas virais 
usando o método 
de eletroforese 
em gel de 
poliacrilamida.
ELETROFORESE EM GEL DE POLIACRILAMIDA - ROTAVÍRUS
Detecção do Ácido Nucléico Viral
Reação em Cadeia pela Polimerase (PCR)
Reação de Hibridização in situ
TÉCNICAS DE BIOLOGIA MOLECULAR
 Para o estudo de vírus que não podem ser isolados em cultura de
células, como os papilomavírus e alguns agentes associados a
gastrenterites,
 Para vírus com alta diversidade antigênica, como os enterovírus, o
que dificulta a utilização de técnicas sorológicas de detecção de
antígeno,
 A análise do genoma viral diretamente da amostra clínica pode ser
vantajosa principalmente para aqueles vírus com genoma RNA, que
podem sofrem mutações através de sucessivas passagens in vitro.
QUANDO A DETECÇÃO DO GENOMA VIRAL É 
PARTICULAMENTE IMPORTANTE:
PRINCÍPIO
Todo ser vivo tem seqüências de ácido nucléico que são
específicas e podem ser detectadas por uma reação de
hibridização ou de amplificação
Técnicas de Biologia Molecular:
DNA
RNA
As fitas da molécula de 
DNA (dupla hélice) podem 
ser separadas. Esse 
processo é denominado
desnaturação.
A renaturação ocorre 
quando se volta às 
condições físico químicas 
iniciais.
Uso de sondas marcadas para detecção de genoma 
em tecido com alterações patológicas (material de 
arquivo)
SONDA: fragmento de DNA marcado com substância 
reveladora (radioisótopo, enzima...)
 Triagem X Tipagem
 Sensibilidade: 100 cópias DNA/célula
 Relevância clínica
HIBRIDIZAÇÃO IN SITU
Sonda
REAÇÃO DE HIBRIDIZAÇÃO IN SITU
Uso de sondas marcadas para detecção de genoma em membrana de 
nitrocelulose.
Amostra clínica: soro, fezes, tecido
 Triagem
 Sensibilidade: 10-50 cópias DNA/célula
 Pode ocorrer falso-positivos
Dot blot
Dot Blot
Sonda marcada com P32
1 2 3 4 5 6 7 8 9
A
B
C
D
E
F
G
H
Sonda marcada com biotina
DOT BLOT
REAÇÃO EM CADEIA PELA POLIMERASE : 
PCR
• Método para produzir cópias de uma segmento de DNA específico
• Polimerização de DNA em Cadeia
• Polimerização é feita por uma DNA polimerase termoestável
• São utilizados dois “primers”, o que delimitam o segmento amplificado e 
determinam o crescimento exponencial do número de moléculas de DNA
• Sensibilidade : 10 cópias de genoma
• Primers genéricos x primers específicos
PCR AMPLIFICA UMA SEQÜÊNCIA ALVO
ALTERNÂNCIA DE TEMPERATURAS A CADA CICLO:
DESNATURAÇÃO
ANELAMENTO
POLIMERIZAÇÃO
Replicação “in vitro” do DNASeqüência AlvoDNADNA 
SupercoiledCromossomo
Extensão
Seqüência alvo 
DNAPolymerase
5’
5’
Anelamento dos 
primers 55-64°C
Denaturaçãopelo calor 
95°C 
REAÇÃO EM CADEIA PELA POLIMERASE : PCR
Qualquer seqüência alvo de DNA pode ser amplificada por PCR
A localização da seqüência alvo é feita pelos “primers”. 
Oligonucleotídeos com 20 -24 bases são usualmente seletivos o suficiente para 
localizar um sítio único em um genoma de alta complexidade, tal como o 
genoma humano.
O pareamento dos “primers” com a seqüência alvo se faz pelo estabelecimento 
de pontes de hidrogênio, segundo o pareamento convencional descrito por 
Watsone Crick:
A =T
C =G
VISUALIZAÇÃO DO PRODUTO DA PCR
Cuba de eletroforese
Produtos da reação de PCR em um gel de agarose
Herpesvírus Nested PCR
150pb
150pb
NESTED PCR PODE SER UMA ALTERNATIVA PARA MELHORAR A 
ESPECIFICIDADE E A SENSIBILIDADE DA PCR
 427bp
MW 1 2 3 4 MW 5 6 7 8
Primers externos Primers internos
681 pb 
PADRÃO DE RESTRIÇÃO:
Sítios de reconhecimento para ENZIMAS DE 
RESTRIÇÃO são curtas sequências de 
nucletídeos reconhecidas e clivadas por 
várias endonucleases
EIA - DNA
ENSAIO DE CAPTURA DE HÍBRIDO
 Detecção e tipagem de HPV
SEQUENCIAMENTO DE DNA
Citosina
Dideoxicitosina
 Detecção de IgM específica
 Conversão sorológica: 
 soro de fase aguda
 soro de fase de convalescência
Diagnóstico de infecção recente:
MÉTODOS INDIRETOS: DETECÇÃO DE AC NO SORO
 Reações Imunológicas
Imunofluorescência (IF)
Ensaio Imunoenzimático (EIE)
Radioimunoensaio (RIE)
Western Blot
MÉTODOS INDIRETOS: DETECÇÃO DE 
AC NO SORO
UFPI.docx
(UFPI/COPESE-2013) As doenças parasitárias causadas por protozoários e helmintos são uma das manifestações mais comuns em pediatria e responsáveis por um significativo número de internações. São, respectivamente, espécies de protozoários e de helmintos:
(A) Balantidium coli e Entamoeba coli.
(B) Giardia lamblia e Toxoplasma gondi.
(C) Trichomonas vaginalis e Ancylostoma duodenale.
(D) Wuchereria bancrofti e Plasmodium vivax.
(E) Ascaris lumbricoides e Trichiuris trichiura.
(UFPI/COPESE-2013) As amebas são parasitas intestinais, patogênicas ou comensais e podem ser encontradas na forma de trofozoítas (móvel) ou cistos (infectante). Tendo em vista os vários tipos de amebas e a
necessidade de identificá-las corretamente, para que o tratamento do paciente seja adequado, assinale a opção que caracteriza uma Entamoeba histolytica.
(A) Núcleo com cariossoma pequeno e central, cromatina periférica, em grânulos uniformes, revestindo a membrana nuclear; cisto arredondado, apresentando um, dois ou quatro núcleos; corpos cromatóides em forma de charuto.
(B) Núcleo com um cariossoma grande e excêntrico, cromatina periférica irregular aderida à membrana nuclear; cisto apresentando mais de oito núcleos; corpos cromatóides com extremidades afiladas.
(C) Cisto arredondado de tamanho enormemente variado (6 a 40µm de diâmetro), apresenta grande vacúolo circundado por vários pequenos núcleos de coloração escura.
(D) Trofozoíta de simetria bilateral, dois núcleos anteriores e oito flagelos; cistos ovais, com dois ou quatro núcleos localizados em um dos polos.
(E) Núcleo anterior, grande, quatro flagelos anteriores, um axóstilo e uma membrana ondulante.
(UFPI/COPESE-2013) Os parasitas hematológicos são assim chamados devido a apresentarem formas ou estágios presentes no sangue de indivíduos infectados em algum momento do seu ciclo de vida. Portanto, para a detecção ou identificação desses parasitas, são preparados esfregaços de sangue delgados ou espessos com posterior análise em microscópico. Acerca das preparações hematológicas para análise de parasitas sanguíneos, é INCORRETO afirmar que:
(A) O sangue pode ser obtido por punção capilar ou venosa.
(B) O sangue deve ser coletado com anticoagulante para preservar a morfologia dos parasitas.
(C) As preparações espessas aumentam a chance de localizar o parasita em infecções leves, já que se tem um aumento de volume de sangue.
(D) As preparações delgadas servem para identificar os parasitas com maior nitidez.
(E) O sangue deve ser coletado entre os paroxismos da doença.
(UPENET/IAUPE-2013) Todas as alternativas estão corretas, EXCETO:  
A) Streptococcus spp são cocos que possuem arranjos em cadeias.
B) Os flagelos estão relacionados à motilidade bacteriana.
C) O peptidoglicano nas bactérias Gram-positivas é espesso, enquanto que nas Gram-negativas é delgado.
D) As bactérias se multiplicam por divisão binária simples.
E) A membrana externa está presente somente nas bactérias Gram-positivas.
Utilize (V) verdadeiro ou (F) falso para responder a questão abaixo. Para se fazer uma prevenção de doenças parasitárias, precisamos conhecer o ciclo dos parasitas humanos. Sobre o ciclo e prevenção dos parasitas humanos:
(V) No ciclo da malária, uma forma infectante do Plasmodium sp. invade os eritrócitos causando sua destruição.
(V) A prevenção da amebíase e giardíase exige a construção de uma adequada rede de esgoto que possa destinar as fezes para lugar seguro, controle da qualidade da água, correta lavagem de verduras com água não contaminada e hábitos de higiene pessoal.
(F) A prevenção da Doença de Chagas seria o controle dos insetos transmissores, além de medidas que impeçam o contato direto entre as pessoas.
(F) As larvas filariformes que penetram na pele são a forma infectante da Ascaridíase.
(V) Para erradicar a doença de Chagas é necessário combater o Triatoma infestans com inseticidas e evitar locais de alojamento do mesmo, construindo casas de alvenaria. É preciso também fiscalizar bancos de sangue, já que o tripanossomo pode ser transmitido por transfusões de sangue.
Considere as seguintes afirmações referentes aos protozoários:
I. Considerando-se o nível de organização dos protozoários, pode-se afirmar corretamente que são seres acelulares como os vírus.
II. Pode-se afirmar corretamente que os protozoários só se reproduzem assexuadamente
III. O protozoário causador da malária no homem é o parasita plasmódio.
(a) Apenas II está correta.
(b) Apenas III está correta.
(c) Apenas I e II estão corretas.
(d) Apenas II e III estão corretas.
(e) Todas estão corretas.
Os picos de febre que ocorrem na malária são devidos:
(a) a migração de protozoários para zonas cerebrais que controlam a temperatura.
(b) a liberação de substancias tóxicas rupturas de glóbulos vermelhos.
(c) a presença de ameba no sangue.
(d) a invasão do fígado pelo plasmódio.
(e) ao aumento do baço que passa a produzir mais glóbulos brancos.
Em relação ao ciclo de vida do Plasmodium,causador da malária humana, é incorreto afirmar que:
(a) a fase de merozoítos ocorre durante o ciclo no mosquito Anopheles.
(b) o homem é o hospedeiro intermediário desse parasita.
(c) seu vetor é o mosquito do gênero Anopheles.
(d) os trofozoítos são encontrados no ciclo do homem.
(e) o zigoto do Plasmodium é formado no ciclo do mosquito Anopheles.
Na pesquisa de Entamoeba histolytica nos exames de fezes, buscamos encontrar nas fezes
líquidas e nas fezes formadas, respectivamente:
(a)Cistos e trofozoítos.
(b)Trofozoítos e cistos.
(c)Trofozoítos e ovos.
(d)Ovos e cistos
(e) Trofozoitos, larvas e ovos
Considere os seguintes meios de transmissão de doenças:
1- ingestão de cistos eliminados com fezes humanas.
2- contaminação através de fezes de inseto em lesões na pele.
3- picada de Anopheles darlingi.
As protozooses correspondentes aos meios de transmissão indicados são respectivamente:
a) amebíase, doença de Chagas e toxoplasmose.
b) giardiase, malária e Balantidíase.
c) toxoplasmose, doença de Chagas e malária.
d) amebíase, doença de Chagas e malária.
e) doença de Chagas, teníase e Giardíase
Ao abrir o envelope com o resultado do exame parasitológico de fezes José leu “positivo para ovos de Ascaris lumbricoides”. Qual das medidas de prevenção das doenças parasitárias relacionadas abaixo não deve ter sido observada por José em sua vida diária?
(a) Comer carne de porco ou boi bem cozida e inspecionada.  
(b) Lavar bem mãos e verduras antes das refeições. 
(c) Andar calçado para que a larva não penetre nos pés. 
(d) Colocar telas nas janelas para evitar a entrada do mosquito Anopheles. 
(e) Evitar contato direto com fezes de cães e gatos
No ciclo evolutivo da Taenia solium, as proglotes (segmentos) grávidas são eliminadas do intestino do homem juntamente com as fezes. Quando as fezes dos portadores de Taenia são lançadas à superfície do solo, contaminam o terreno. Os ovos embrionados liberam-se das proglotes e espalham-se no meio externo. O embrião só abandona o ovo no interior do tubo digestivo do porco, sendo então lançado na circulação. O embrião, atingindo os capilares, rompe-os e acaba localizando-se nos músculos, onde se encista. Segundo essas informações, o homem e o porco são, respectivamente, os hospedeiros: 
(a)  definitivo e vetor.
(b)  definitivo e de transporte. 
(c)  definitivo e intermediário. 
(d)  intermediário e definitivo. 
(e)  intermediário e vetor.
(ENADE-2013_Biomedicina) Transmitidos através da picada de insetos, alguns protozoários são capazes de causar parasitoses em seres humanos, utilizando como habitat a corrente sanguínea.
A figura acima apresenta algumas das fases do ciclo de vida de um protozoário parasita, instalado no interior de um glóbulo vermelho.  Considerando a figura, assinale a opção que apresenta, respectivamente, os nomes do agente etiológico, do vetor e da doença provocada pelo protozário ilustrado.
A) Plasmodium sp., barbeiro Triatoma infestans, malária.
B) Plasmodium sp., fêmea do mosquito Anopheles sp., malária.
C) Trypanossoma cruzi, barbeiro Triatoma sp., doença de Chagas.
D) Leishmania sp., fêmea do mosquito Lutzomyia sp., leishmaniose.
E) Trypanossoma cruzi, fêmea do mosquito Anopheles sp., doença de Chagas.
(SECAD/TO-2009) A dengue é uma doença causada por vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. Dentre os diferentes subtipos da dengue, o mais temido é o hemorrágico, pois nele se observa marcante trombocitopenia,
no exame hematológico.
O termo destacado refere-se a um(a):
(A) aumento no número total de leucócitos.
(B) aumento do número de hemácias no sangue.
(C) diminuição do número total de neutrófilos.
(D) diminuição do número dos precursores das hemácias.
(E) diminuição do número normal de plaquetas.
(ILSL-IBFC_2013) Faça a associação correta entre os conceitos básicos e os microrganismos envolvidos:
A) Vírus.
B) Micobactérias.
C) Protozoários.
D) fungos.
1) Microrganismos com a forma de bastonete que não se coram facilmente, mas que, uma vez corados, resistem à descoloração por ácido ou álcool.
2) São microrganismos contendo uma molécula de DNA ou RNA como seu genoma envolto por uma capa protéica.
3) São microrganismos não fotossintéticos, crescendo como uma massa de filamentos entrecortados e ramificados.
4) Podem ser classificados em 4 grupos tais como Mastigophora e Sarcodina.
a) 1-D; 2-A; 3-B; 4-C.
b) 1-B; 2-A; 3-C; 4-D.
c) 1-B; 2-A; 3-D; 4-C.
d) 1-B; 2-C; 3-A; 4-D.
(ILSL-IBFC_2013) Faça a associação correta entre os agentes etiológicos das doenças infecciosas e aspectos diagnósticos.
1- Treponema pallidum.
2- Criptococcus neoformans.
3- Trypanossoma cruzi.
4- Plasmodium falciparum.
A) O diagnóstico confirmatório é feito em exame microscópico do sangue em gota espessa.
B) O diagnóstico é feito pelo exame microscópico pela coloração com tinta nanquim.
C) Para a confirmação diagnóstica existe a necessidade de pelo menos 2 métodos imunológicos diferentes como exemplo ELISA e hemaglutinação.
D) Triagem diagnóstica com pesquisa de anticorpos não específicos e confirmatório com imunofluorescência indireta ou hemaglutinação passiva.
a) 1-D; 2-C; 3-B; 4-A.
b) 1-D; 2-B; 3-C; 4-A.
c) 1-B; 2-A; 3-C; 4-D.
d) 1-C; 2-D; 3-A; 4-B.

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