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Prof. Dr. Rogerio Melo CREF 000018 G/RJ Tudo começou quando o homem primitivo sentiu a necessidade de lutar, fugir ou caçar para sobreviver. Assim o homem à luz da ciência executa os seus movimentos corporais mais básicos e naturais desde que se colocou de pé: corre, salta, arremessa, trepa, empurra, puxa entre outros. REFERÊNCIAS MUNDIAIS OS CHINESES, JAPONESES, HINDUS, EGÍPCIOS, PERSAS E MESOPOTÂMICOS, OUTROS... TEM UMA GRANDE INFLUÊNCIA NO DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO FÍSICA (GINÁSTICA); GREGOS E ROMANOS; IDADE MÉDIA; RENASCENÇA, MODERNO, CONTEMPORÂNEO. CHINA - Como Educação Física as origens mais remotas da história falam de 3000 A. C. na China. Um certo imperador guerreiro, Hoang Ti, pensando no progresso do seu povo pregava os exercícios físicos com finalidades higiênicas e terapêuticas além do caráter guerreiro. GRÉCIA: Lugar onde a Educação Física se desenvolveu através da cultura da civilização grega. Nomes como: Sócrates, Platão, Aristóteles, e Hipócrates contribuíram e muito para a Educação Física e a Pedagogia atribuindo conceitos até hoje aceitos na ligação corpo e alma através das atividades corporais. É de Platão o conceito de equilíbrio entre corpo e espírito ou mente. Os sistemas metodizados e as atividades em grupo, assim como os termos halteres, atleta, ginástica, pentatlo entre outros, são da origem grega. SÓCRATES Foi o primeiro dos três grandes filósofos gregos que estabeleceram as bases do pensamento ocidental (os outros dois foram Platão e Aristóteles). Sócrates nasceu em Atenas por volta do ano 470 a.C. e, de acordo com o romano Cícero, “fez com que a filosofia descesse dos céus para a terra”. Em outras palavras, ele conduziu a transição do pensamento dos antigos cosmologistas gregos, que viviam refletindo sobre a origem do universo, para preocupações maiores com a ética e a existência humana, adotando o famoso lema: “Conhece-te a ti mesmo”. O filósofo não deixou nada escrito para a posteridade e quase tudo que se sabe sobre suas ideias e sua personalidade vem das obras de Platão, seu principal discípulo, e do livro Memorabilia, do historiador clássico grego Xenofonte. O problema é que esses dois autores eram cerca de 40 anos mais novos que Sócrates e só testemunharam mesmo a última década da vida do filósofo. “A atividade dele consistia em debater temas de filosofia, principalmente noções e conceitos morais. PLATÃO - Deu grande importância ao desporto na educação dos jovens helenos. Defendeu que a música e a ginástica harmoniosa e simples – são as duas disciplinas educativas que devem combinar-se para alcançar a perfeição da alma. Neste caso, trata-se de uma ginástica com objetivo Platão foi um filósofo e matemático do período clássico da Grécia Antiga, autor de diversos diálogos filosóficos e fundador da Academia em Atenas, a primeira instituição de educação superior do mundo ocidental. HIPÓCRATES (460 a.C. em Cós; † 370 a.C. em Tessália) é considerado por muitos uma das figuras mais importantes da história da Medicina, frequentemente considerado "pai da medicina". É referido como uma das grandes figuras entre Sócrates, Aristóteles durante o florescimento intelectual ateniense . Hipócrates era um asclepíade, isto é, membro de uma família que durante várias gerações praticara os cuidados em saúde. Aristóteles foi um filósofo grego, aluno de Platão e professor de Alexandre, o Grande. Seus escritos abrangem diversos assuntos, como a física, a metafísica, as leis da poesia e do drama, a música, a lógica, a retórica, o governo, a ética, a biologia e a zoologia. Juntamente com Platão e Sócrates (professor de Platão), Aristóteles é visto como um dos fundadores da filosofia ocidental. ARISTÓTOLES (384-322 a.c) Considerava como disciplinas educativas a escrita, a leitura, a ginástica, a música e, por vezes, o desenho. Acreditava que a ginástica era útil porque: Fomentava o valor por sua vertente competitiva; Melhorava a saúde (ideia que o afastava do seu mestre Platão ); Aumentava a força, protótipo das qualidades física. ROMA: A preparação física só fazia parte da instrução dos soldados a partir dos 14 anos. Os romanos praticavam exercícios físicos pela realização de jogos e pequenas tarefas agrícolas e militares. A ginástica foi muito combatida pelos romanos que achavam imoral e repulsiva a nudez dos ginastas e atletas. Uma frase memorável deste período romano foi: “Mens Sana in Corpore Sano”. Assim como os gregos os romanos também realizavam grandes jogos denominados circenses. No mundo romano primava o jovem como espectador dos grandes espetáculos do circo (Iudi) e do anfiteatro (munera). No cenário do anfiteatro os gladiadores profissionais enfrentavam-se entre si ou então contra as feras. Nos circos tiveram as corridas de carros quadrigas, puxadas por quatro cavalos e conduzidas pelos aurigas). ÍNDIA: Surgiu no início do primeiro milênio, os exercícios físicos eram tidos como uma doutrina, uma espécie de código civil, político, social e religioso. Eram indispensáveis às necessidades militares além do caráter fisiológico. Buda, atribuía aos exercícios o caminho da energia física, pureza dos sentimentos, bondade e conhecimento das ciências para a suprema felicidade do Nirvana, (no budismo, estado de ausência total de sofrimento). O Yoga, tem suas origens na mesma época retratando os exercícios ginásticos no livro “Yajur Veda” que além de um aprofundamento da Medicina, ensinava manobras massoterápicas e técnicas de respirar. EGITO: Já eram valorizados nesta época qualidades físicas, tais como: força, equilíbrio, flexibilidade e resistência. JAPÃO: A civilização japonesa, assim como a chinesa, também desenvolvia estudos sobre a atividade física, focando o treinamento de seus samurais. A EDUCAÇÃO FÍSICA NO BRASIL Os negros e a capoeira Sabe-se que vieram para o Brasil para o trabalho escravo e as fugas para os Quilombos os obrigava a lutar sem armas contra os capitães-do-mato. O nome capoeira veio do mato onde entrincheiravam-se para treinar. "Um estranho jogo de corpo dos escravos desferindo coices e marradas, como se fossem verdadeiros animais indomáveis". BRASIL IMPÉRIO Em 1851 a lei de n.º 630 inclui a ginástica nos currículos escolares. Preconizava a obrigatoriedade da Educação Física nas escolas primárias de secundárias praticada 4 vezes por semana durante 30 minutos. Brasil República Essa foi uma época onde começou a profissionalização da Educação Física. As políticas públicas - Até os anos 60 o processo ficou limitado ao desenvolvimento das estruturas organizacionais e administrativas específicas tais como: Divisão de Educação Física e o Conselho Nacional de Desportos. A origem da tão famosa capoeira aconteceu a partir do momento que os negros descobriram que o próprio corpo poderia ser uma arma para se defenderem dos capitães-do-mato. A inspiração veio da observação da briga dos animais e da cultura africana. Os índios também contribuíram para esta história através da forma rústica e natural em que viviam: nadavam, corriam, lançavam, dançavam, jogavam… Nos anos 70 o Marcado pela ditadura militar, a Educação Física era usada, não para fins educativos, mas de propaganda do governo sendo todos os ramos e níveis de ensino voltada para os esportes de alto rendimento. Nos anos 80 o A Educação Física vive uma crise existencial à procura de propósitos voltados à sociedade. No esporte de alto rendimento a mudança nas estruturas de poder e os incentivos fiscais deram origem aos patrocínios e empresas podendo contratar atletas. Nos anos 90 o esporte passa a ser visto como meio de promoção à saúde acessível a todos manifestada de três formas: esporte educação, esporte participação e esporte performance. A Educação Física finalmente regulamentada é de fato e de direito umaprofissão a qual compete mediar e conduzir todo o processo. IDADE MÉDIA - Durante a Idade Média a Educação Física se torna inexpressiva por conta do Cristianismo. Priorizava a saúde (ou salvação) da alma. Condenava o orgulho da vida terrena e menosprezava toda a atividade físico-desportiva. Com as cruzadas organizadas pela igreja nos séculos XI, XII e XIII a preparação militar era feita a partir: Do adestramento dos cavaleiros; Esgrima; O manejo do arco e flecha; Marchas e corridas a pé. RENASCIMENTO - O interesse que despertou a cultura clássica fez com que a Educação Física voltasse a ser apreciada. A atividade física orientou-se basicamente para a vertente higiênica, em detrimento da formação de atletas. Era praticado: Ginástica; Jogos; Esgrima; Natação; Equitação; Corrida; Lutas; Marchas Longas. Harmonizando como faziam os gregos o corpo com o espírito. IDADE CONTEMPORÂNEA - A influência na nossa ginástica localizada começa a se desenvolver na Idade Contemporânea. Retorno Quatro grandes escolas foram as responsáveis por isso: Alemã; Nórdica; Francesa; Inglesa. ESCOLA ALEMÃ - Influenciada por Rousseau e Pestalozzi, teve como destaque Guts Muths (1759-1839), considerado pai da ginástica pedagógica moderna. "Vive Quem é Forte", era seu lema e nada tinha a ver com a escola. Foi ele quem inventou a barra fixa, as barras paralelas e o cavalo, dando origem à Ginástica Olímpica. Adolph Spiess (1810-1858) introduziu definitivamente a Educação Física nas escolas alemãs, sendo inclusive um dos primeiros defensores da ginástica feminina. JEAN-JACQUES ROUSSEAU(Genebra, 28 de Junho de 1712 — Ermenonville, 2 de Julho de 1778), foi um importante filósofo, teórico político, escritor e compositor autodidata suíço. É considerado um dos principais filósofos do iluminismo e um precursor do romantismo. Para ele, as instituições educativas corrompem o homem e tiram-lhe a liberdade. Para a criação de um novo homem e de uma nova sociedade, seria preciso educar a criança de acordo com a Natureza, desenvolvendo progressivamente seus sentidos e a razão com vistas à liberdade e à capacidade de julgar. O ILUMINISMO, também conhecido como Século das Luzes e como Ilustração foi um movimento cultural da elite intelectual europeia do século XVIII que procurou mobilizar o poder da razão, a fim de reformar a sociedade e o conhecimento herdado da tradição medieval. Abarcou inúmeras tendências e, entre elas, buscava-se um conhecimento apurado da natureza, com o objetivo de torná-la útil ao homem moderno e progressista. Promoveu o intercâmbio intelectual e foi contra a intolerância da Igreja e do Estado. Foram vários os príncipes reinantes que muitas vezes apoiaram e fomentaram figuras do iluminismo e até mesmo tentaram aplicar as suas ideias ao governo. Originário do período compreendido entre os anos de 1650 e 1700. O iluminismo floresceu até cerca de 1790-1800, após o qual a ênfase na razão deu lugar ao ênfase do romantismo. O ROMANTISMO foi um movimento artístico, político e filosófico surgido nas últimas décadas do século XVIII na Europa que durou por grande parte do século XIX. Caracterizou-se como uma visão de mundo contrária ao racionalismo e ao iluminismo e buscou um nacionalismo que viria a consolidar os estados nacionais na Europa. Inicialmente apenas uma atitude, um estado de espírito, o romantismo toma mais tarde a forma de um movimento, e o espírito romântico passa a designar toda uma visão de mundo centrada no indivíduo. Os autores românticos voltaram-se cada vez mais para si mesmos, retratando o drama humano, amores trágicos, ideais utópicos e desejos de escapismo. Se o século XVIII foi marcado pela objetividade, pelo iluminismo e pela razão, o início do século XIX seria marcado pelo lirismo, pela subjetividade, pela emoção e pelo eu. O termo romântico refere-se ao movimento estético, ou seja, à tendência idealista ou poética de alguém que carece de sentido objetivo. O romantismo é a arte do sonho e fantasia. Valoriza as forças criativas do indivíduo e da imaginação popular. A escola nórdica escreve a sua história através de Nachtegall (1777- 1847). A contribuição de Franz Nachtegall na implementação da Educação Física nas escolas dinamarquesas, no século dezenove. O estudo foi conduzido tendo como base informações históricas encontradas na literatura a respeito de Nachtegall. Pode-se dizer que ele não foi um inventor de um sistema próprio, mas utilizou os tipos de exercícios praticados no Instituto Schnepfenthal, onde Guts Muths havia trabalhado. Além disto. Nachtegall foi um bom professor e organizador, um líder compreensivo, habilidoso em se contextualizar a situações reais e, através de seus esforços infatigáveis, concretizava os objetivos propostos. Atribui-se a Nachtegall a responsabilidade de ter colocado a Dinamarca num lugar de destaque entre as nações europeias, quanto à prática da Educação Física escolar, no século dezenove. Per Henrik Ling (1766-1839) levou para a Suécia as ideias de Guts Muths após contato com o instituto de Nachtegall. Ling dividiu sua ginástica em quatro partes: A pedagógica - voltada para a saúde evitando vícios posturais e doenças. A militar - incluindo o tiro e a esgrima. A médica - baseada na pedagógica evitando também as doenças. A estética - preocupada com a graça do corpo. ESCOLA FRANCESA - Francisco Amoros Y Ondeano (1770-1848). Dividiu a ginástica em Civil e Industrial, Militar, Médica e Cênica. O método natural foi defendido por Georges Herbert (1875-1957): correr, nadar, trepar, saltar, empurrar, puxar e etc. (joguins) A nossa Educação Física, a brasileira teve grande influência na Ginástica Calistênica criada em 1829 na França. Calistenia, segundo Marinho (1980) citado por Marcelo Costa, vem do grego Kallos (belo), Sthenos (força) e mais o sufixo "ia". ESCOLA INGLESA - Baseava-se nos jogos e nos esportes, tendo como principal defensor Thomas Arnold (1795-1842) embora não fosse o criador. Pierre de Coubertin (1863-1937), restaurou os Jogos Olímpicos e defendeu a prática desportiva na escola, consolidou o desporto como um bloco fundamental dos conteúdos da Educação Física. A EDUCAÇÃO FÍSICA TEM POR OBJETIVO: Democratizar; Humanizar; Diversificar a prática pedagógica da área; Sair de uma visão apenas biológica, para um trabalho que incorpore as dimensões afetivas, cognitivas e socioculturais dos alunos. OS PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS - PCN - são referências de qualidade para os Ensinos Fundamental e Médio do país, elaboradas pelo Governo Federal. O objetivo é propiciar subsídios à elaboração e reelaboração do currículo, tendo em vista um projeto pedagógico em função da cidadania do aluno e uma escola em que se aprende mais e melhor. AS DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS – LDB - são normas obrigatórias que orientarão o planejamento curricular das escolas e sistemas de ensino, fixadas pelo Conselho Nacional de Educação por meio da Câmara de Educação Básica. O ponto de partida para a formulação das diretrizes para o ensino médio foi o primeiro artigo da Lei 9394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDB). Esse artigo afirma que: A educação escolar deverá estar vinculada ao trabalho e à prática social. CULTURA CORPORAL E MÍDIA - PRÁTICAS CORPORAIS TRANFORMADAS EM ESPETÁCULO; OBJETIVO: DIARIAMENTE EXIBIDO NOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO. PROMOVER E DIVULGAR PRODUTOS; SUPERVALORIZAÇÃO DO MODISMO. RELAÇÃO DA EVOLUÇÃO DA EDUCAÇÃO FÍSICA COM A EVOLUÇÃO DO FUTEBOL FUTEBOL/EDUCAÇÃO FÍSICA HISTÓRIA DO FUTEBOL ORIGEM MEADOS DE 3000 A.C China Antiga - CABEÇA DOS INIMIGOS Japão Antigo - KEMARI Grécia e Roma - EPISKIROS Idade Média - SOULE HARPASTUM Século XVII chega à Inglaterra (1862) - MASS SHROVETIDE FOOTBALL Itália - GIOCO DE CÁLCIO Atualmente- FUTEBOL KEMARI - JAPÃO ANTIGO SOULE HARPASTUM Idade Média MASS SHROVETIDE FOOTBALL Inglaterra GIOCO DE CÁLCIO Itália O futebol chega ao Brasil Clarles Miller trouxe na bagagem a primeira bola e um conjunto de regras; O futebol surgiu no Brasil em 1894 oficialmente. Um jogo primeiramente para a elite branca. A HISTÓRIA NÃO É BEM ASSIM filme BOLAS DE FUTEBOL E SUA EVOLUÇÃO 1894 Cordão; 2014 tecnologia, sintética muitas cores. A bola de futebol de couro mais antiga existente, provavelmente, tem 450 anos EDUCAÇÃO FÍSICA E CULTURA CORPORAL - Educação Física como uma área de conhecimento da cultura corporal pode ser vista como uma disciplina que : Introduz e integra o aluno na cultura corporal de movimento; Deve formar o cidadão que vai produzi-la, reproduzi-la e transformá-la; Instrumentaliza o aluno para usufruir dos jogos, dos esportes, das danças, das lutas e das ginásticas; Proporciona um benefício do exercício crítico da cidadania e da melhoria da qualidade de vida. PRINCÍPIOS QUE NORTEIAM A EDUCAÇÃO FÍSICA PRINCÍPIO DA INCLUSÃO Tem como meta a inclusão do aluno na cultura corporal de movimento. Busca-se reverter o quadro histórico da área. O objetivo era a seleção entre indivíduos aptos e inaptos para as práticas corporais. A valorização exacerbada do desempenho e da eficiência. O NEGRO QUEBRA BARREIRAS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR PRINCÍPIO DA DIVERSIDADE - Busca-se legitimar as diversas possibilidades de aprendizagem. Considerando as dimensões: Afetiva; Cognitiva; Motora; Sociocultural. Categorias de conteúdos Conceitual (fatos, conceitos e princípios); Procedimental (ligados ao fazer); Atitudinal (normas, valores e atitudes). ALGUMAS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR Esportes, jogos, lutas e ginásticas, atividades rítmicas e expressivas Conhecimentos sobre o corpo Conteúdos da Educação Física Os três blocos articulam-se entre si, têm vários conteúdos em comum, mas guardam especificidades. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ESPORTE, considera-se esporte as práticas em que são adotadas regras de caráter oficial e competitivo, organizadas em federações regionais, nacionais e internacionais que regulamentam a atuação amadora e a profissional. JOGOS Os jogos podem ter uma flexibilidade maior nas regulamentações, que são adaptadas em função das condições de espaço e material disponíveis, do número de participantes, entre outros. São exercidos com um caráter competitivo, cooperativo ou recreativo em situações festivas, comemorativas, de confraternização ou ainda no cotidiano, como simples passatempo e diversão. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES LUTAS - As lutas são disputas em que o(s) oponente(s) deve(m) ser subjugado(s), com técnicas e estratégias de desequilíbrio, contusão, imobilização ou exclusão de um determinado espaço na combinação de ações de ataque e defesa. Caracterizam-se por uma regulamentação específica a fim de punir atitudes de violência e de deslealdade. GINÁSTICA - As ginásticas são técnicas de trabalho corporal que, de modo geral, assumem um caráter individualizado com finalidades diversas. Por exemplo, pode ser feita como preparação para outras modalidades, como relaxamento, para manutenção ou recuperação da saúde ou ainda de forma recreativa, competitiva e de convívio social. ATIVIDADES RÍTMICAS E EXPRESSIVAS - Este bloco de conteúdos inclui as manifestações da cultura corporal que têm como característica comum a intenção explícita de expressão e comunicação por meio dos gestos na presença de ritmos, sons e da música na construção da expressão corporal. Trata-se especificamente das danças, mímicas e brincadeiras cantadas. Num país em que pulsam a capoeira, o samba, o bumba-meu-boi, o maracatu, o frevo, o afoxé, a catira, o baião, o xote, o xaxado, entre muitas outras manifestações, é surpreendente o fato de a Educação Física, durante muito tempo, ter desconsiderado essas produções da cultura popular como objeto de ensino e aprendizagem. O corpo é compreendido não como um amontoado de partes e aparelhos, mas sim como um organismo integrado, como um corpo vivo, que interage com o meio físico e cultural, que sente dor, prazer, alegria, medo etc. Para se conhecer o corpo, abordam-se os conhecimentos: 1) Anatômicos; 2) Fisiológicos; 3) Biomecânicos; 4) Bioquímicos; Conhecimento sobre o corpo REGULAMENTAÇÃO DA EDUCAÇÃO FÍSICA NO BRASIL O processo da regulamentação e criação de um Conselho para a Profissão de Educação Física, teve início nos anos quarenta. A iniciativa partiu das Associações dos Professores de Educação Física – APEF´s – localizadas no Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo. Juntas fundaram a Federação Brasileira das Associações de Professores de Educação Física – FBAPEF, em 1946. A História da regulamentação da profissão de Educação Física no Brasil, pode ser dividida em três fases: a primeira relacionada aos profissionais que manifestavam e/ou escreviam a respeito desta necessidade, sem contudo desenvolver ação nesse sentido; a segunda na década de 80 quando tramitou o projeto de lei relativo à regulamentação sendo vetado pelo Presidente da República. E a terceira vinculada ao processo de regulamentação aprovado pelo Congresso e promulgado pelo Presidente da República em 01/09/98, publicado no Diário Oficial de 02/09/98. A intenção de se criar uma Ordem ou um Conselho ocorreu nos idos da década de 50. Os saudosos professores Inezil Penna Marinho, Jacinto Targa e Manoel Monteiro apresentaram esta ideia e defendiam sua importância, fazendo paralelo sempre com as demais profissões regulamentadas, a Ordem dos Advogados ou o Conselho dos Médicos, sem, no entanto tomarem qualquer ação efetiva no sentido de consolidar a proposta. No início dos anos oitenta resgata-se a Federação Brasileira das Associações dos Professores de Educação Física – FBAPEF. Mediante uma atuação dinâmica e democrática motiva o surgimento de Associações de Professores de Educação Física – APEFs, em praticamente todos os Estados da União. Podemos deduzir que a segunda fase teve início na reunião entre os diretores, professores e estudantes de Escolas de Educação Física, realizada no dia 22 de novembro de 1983, na FUNCEP, em Brasília-DF, cujo propósito foi discutir sobre a problemática da atuação profissional em Educação Física”, visando a criação de um órgão orientador, disciplinador e fiscalizador do exercício profissional”. Em 1984 foi apresentado o Projeto de Lei 4559/84, pelo Deputado Federal Darcy Pozza à Câmara dos Deputados. Dispunha sobre o Conselho Federal e os Regionais dos Profissionais de Educação Física, Desporto e Recreação. Foi, oficialmente, o primeiro projeto de regulamentação da profissão. Em praticamente todas as instâncias deliberativas, até então, das APEFs e nos Congressos da FBAPEF, as decisões eram sempre no sentido da luta pela regulamentação. De acordo com o trâmite do projeto de apresentação de propostas para apresentação de substitutivos. O PL 4559/84 foi aprovado pelo Congresso Nacional, em dezembro de 1989, sendo vetado pelo Presidente da República, José Sarney. Isso ocorreu no início do ano de 1990, baseando-se em parecer exarado pelo Ministério do Trabalho. No início de 1994, grupos de estudantes de Educação Física preocupados com o crescente aumento de pessoas sem formação atuando no mercado emergente (academias, clubes, condomínios, etc.), procuraram a APEF-RJ. A APEF então, reafirmou a posição de que para impedir tal abuso, fazia-se necessário um instrumento jurídico que determinasse serem os egressos das escolas de educação física, os profissionais responsáveis pela dinamização das atividades físicas. Portanto, era requerido para regulamentar a profissão: um novomovimento e mobilização da categoria; a adesão de algum político para apresentar o projeto de lei e todo o desgaste que representaria tal questão, ao longo do trâmite do projeto na Câmara e no Senado. No Rio de Janeiro, o problema se agrava. De maneira bastante informal, percebeu-se que era latente entre os estudantes, a questão do egresso dos cursos de Educação Física. Crescia o interesse em tomar providências para reverter a situação. Em princípio, buscou-se a FBAPEF para desenvolver o processo via instituição representativa da categoria profissional. As diversas deliberações da entidade e das APEFs dependiam de aprovação. Porém, percebia-se um certo marasmo nas ações em prol da regulamentação. Por esse motivo, os Professores: Jorge Steinhilber, Sergio Kudsi Sartori, Walfrido Jose Amaral e Ernani Contursi, decidem lançar o Movimento em Prol da Regulamentação. O Movimento não tinha a participação de um órgão formalmente constituído. Havia uma rede de comunicação, informação, mobilização e adesão. Era aberta a participação de órgãos, instituições, meios de comunicação, profissionais e estudantes. Seu caráter era pluripartidário e democrático. Teia de colaboradores do “Movimento nacional pela regulamentação do Profissional de Educação Física”. Para deflagrar o processo formalmente, o Deputado Federal Eduardo Mascarenhas apresenta o projeto de lei ´relativo à regulamentação da profissão. Projeto de número 330/95, na Câmara dos Deputados. Durante o período de discussão do texto do projeto de lei, surgiu a dúvida se contemplaria amplamente a categoria profissional. O argumento era de que o texto apresentado seria embrionário. Precisava ser analisado por três Comissões na Câmara, onde poderia receber substitutivos e ser totalmente modificado. Vale ressaltar o fato de que o texto apresentado, suscitaria maiores discussões no âmbito da categoria profissional. Assim, oportunizaria a construção. Ao final do trâmite na Câmara, com o projeto devidamente analisado, debatido, refletido, estudado, consultado e pesquisado, optou-se pela apresentação por parte do Deputado Federal. O projeto deveria ser apresentado imediatamente. Durante o ano de 1995 o projeto foi analisado pela Comissão de Educação, Cultura e Desporto. As instituições de ensino, órgãos públicos relacionados com a área e notórios profissionais de Educação Física foram consultados. Todos favoráveis à regulamentação, sendo que algumas pessoas contestam o processo e o texto do projeto. Em novembro de 1995, substitutivo ao projeto de lei, é aprovado na Comissão de Educação, Cultura e Desporto. No início do ano de 1996, na Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público, o Deputado Federal Paulo Paim, é designado relator do projeto. O Deputado informou que a Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público, em princípio, era contrária às regulamentações de profissões tendo traçado algumas recomendações que deveriam ser comprovadas para a apreciação do nosso projeto: Recomendações para a elaboração de projetos de lei destinados a regulamentar exercícios de profissões: 1. Em razão da liberdade para o exercício de ofícios ou profissões estabelecidas pela Constituição Federal em seu art. 5º, inciso XIII, a elaboração de projetos de lei destinados a regulamentar o exercício profissional deverá atender, cumulativamente, os seguintes requisitos: 1.1- Imprescindibilidade de que a atividade profissional a ser regulamentada - se exercida por pessoa desprovida da formação e das qualificações adequadas - possa oferecer risco à saúde, ao bem-estar, à segurança ou aos interesses patrimoniais da população; 1.2- A real necessidade de conhecimentos técnico-científicos para o desenvolvimento da atividade profissional, os quais tornem indispensáveis à regulamentação; 1.3- Exigência de ser a atividade exercida exclusivamente por profissionais de nível superior, formados em curso reconhecido pelo Ministério da Educação e do Desporto; 2- Indispensável se torna, ainda, com vistas a resguardar o interesse público, que o projeto de regulamentação não proponha a criação de reserva de mercado para um segmento de determinada profissão em detrimento de outras com formação idêntica ou equivalente”. A partir de primeiro de julho de 1998 o projeto de lei passa a ser analisado e apreciado pelo Senado. No dia seguinte, 13 de agosto de 1998, o projeto foi incluído na ordem do dia do Senado. Após alguns momentos de tensão, em razão de possíveis emendas ao Projeto de Lei, o Professor Jorge Steinhilber, reunido com a Deputada Laura Carneiro e Senadores, firma acordo para possibilitar a aprovação do Projeto de Lei nesta sessão. Após algumas manifestações de parlamentares, e um longo e brilhante discurso do Senador Francelino Pereira, o projeto foi aprovado por unanimidade e encaminhado à sanção presidencial. Em 1º de Setembro de 1998, o Presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, sanciona a lei 9696/98, publicada no Diário Oficial da União em 02/09/98. No dia 08 de novembro do mesmo ano na cidade do Rio de Janeiro, a Federação Brasileira das Associações de Profissionais de Educação Física (FBAPEF) elegeu os primeiros membros do Conselho Federal de Educação Física (CONFEF), estes eleitos pelas Associações de Professores de Educação Fisica - APEFs e Instituições de Ensino Superior em Educação Física. Na ocasião, o Prof. Jorge Steinhilber, então presidente do Movimento Nacional pela Regulamentação do Profissional de Educação Física, apresentou a chapa dos Conselheiros, sendo aprovada por todos os presentes. Foram eleitos os seguintes 18 primeiros Conselheiros Federais de Educação Física: Alberto dos Santos Puga Barbosa, Almir A. Gruhn, Antônio Ricardo C. de Oliveira, Carlos Alberto O. Garcia, Edson Luiz Santos Cardoso, Flávio Delmanto, Gilberto José Bertevello, João Batista A. Gomes Tojal, Jorge Steinhilber, Juarez Muller, Laércio Elias Pereira, Manoel José Gomes Tubino, Marcelo F. Miranda Marino Tessari, Paulo Robertto Bassoli, Renato M. de Moraes, Sérgio K. Sartori, Walmir Vinhas. QUADRO ATUAL DE CONSELHEIROS MISSÃO Defender a sociedade, zelando pela qualidade dos serviços profissionais oferecidos, através da habilitação, regulação e fiscalização do exercício profissional de Educação Física, primando pela aplicação da conduta ética e excelência técnica vinculadas a promoção da Saúde Física, Mental e Social. VISÃO Ser um Conselho Profissional com legitimidade social e que seus registrados sejam reconhecidos como profissionais da Saúde em todas as áreas e campos de atuação. VALORES FUNDAMENTAIS No cumprimento de sua missão institucional e no pleno exercício de suas obrigações, o CREF/RJ-ES deve ter suas ações permeadas por 10 (dez) valores fundamentais: VALORIZAÇÃO PROFISSIONAL - à todas as ações do CREF/RJ-ES têm foco na geração de valor em relação à profissão e aos seus profissionais; TRADIÇÃO - à todas as ações e condutas do CREF/RJ-ES devem primar pela preservação da memória e das tradições relacionadas á profissão e seus profissionais; DEMOCRACIA -à todas as ações e condutas do CREF/RJ-ES devem ter como base a participação coletiva e da aceitação e convívio das diferenças ideológicas e políticas; ÉTICA NAS CONDUTAS -à todas as condutas do CREF/RJ-ES, internas ou externas, primam pelos preceitos éticos expressos no Código de Ética da Educação Física e nas diretrizes de funcionamento dos Conselhos profissionais; TRANSPARÊNCIA - à todas as ações do CREF/RJ-ES devem gozar de transparência em todas as suas dimensões de tal forma que não pairem dúvidas de qualquer natureza sobre a veracidade das informações prestadas aos órgãos fiscalizadores, aos profissionais e à sociedade como um todo; BUSCA DA EXCELÊNCIA - à todas as ações do CREF/RJ-ES têm como pressupostoa excelência na qualidade em serviços prestados pela entidade e por seus funcionários; RESPONSABILIDADE SOCIAL - à o exercício da função social do profissional de Educação Física, independente da área de intervenção, e considerando que o beneficiário de suas ações é a sociedade, deve ser intrínseca a todas as ações e condutas do CREF/RJ-ES; INOVAÇÃO - à o modelo de gestão adotado pelo CREF/RJ-ES, independente das pessoas e respectivos cargos que ocupem, deve estar sintonizado com as tendências contemporâneas da gestão de Conselhos profissionais de modo a conferir agilidade, qualidade em serviços e atendimento, satisfação dos clientes e controle eficaz de todos os processos inerentes ao seu funcionamento; LEGITIMIDADE - à como entidade representativa da sociedade, em relação ao exercício profissional em Educação Física, o CREF/RJ-ES deve ter todas as suas ações e condutas pautadas na representatividade da qual foi investida. SOLIDARIEDADE - à fomentar a ajuda mútua entre os profissionais de Educação Física e entre eles e a sociedade deve ser uma característica de todas as ações e condutas do CREF/RJ-ES. O Discóbolo de Mirón foi escolhido como símbolo da Educação Física por representar a força e o dinamismo característicos dessa profissão. Aprovada em reunião plenária do Conselho Federal de Educação Física, tal escolha está documentada no texto abaixo: Art. 1º - Ficam aprovados o símbolo, a cor e o anel de grau da Profissão de Educação Física, como segue: §1º - SÍMBOLO: Discóbolo - por estar baseado nos movimentos do corpo humano em ação. O Discóbolo de Mirón é a mais célebre das estátuas atléticas. Segundo pesquisa: "...o corpo revela um cuidadoso estudo de todos os movimentos musculares, tendões e ossos que fazem parte da ação; as pernas, os braços e o tronco inclinam-se para imprimir maior impulso ao golpe; o rosto não parece contorcido pelo esforço, mas calmo e confiante na vitória"(...). Peculiaridades desta célebre escultura Significado do Termo: Atleta que arremessava o disco nos jogos esportivos da Grécia antiga (HOUAISS, 2001). Estátua grega de bronze esculpida por Miron no século V a. C. de um atleta pronto para lançar o disco. É uma das mais célebres obras clássicas e sobrevive apenas em algumas réplicas Romanas. Foi exaustivamente copiado no Neoclassicismo (HOUAISS, 2001). Encontra-se atualmente no Museo Nazionale Romano em Roma, Itália. Conceito: É a representação ideal de um atleta. Capta a natureza do movimento como se tratasse de uma fotografia instantânea. A detalhada descrição da musculatura revela grande conhecimento da anatomia masculina. O rosto é inexpressivo e ideal, sem revelar o esforço do lançamento. Pedra de cor verde. A cor verde é atribuída aos cursos da área da Saúde e significa esperança, força, longevidade e imortalidade. Demonstra adaptação ao ambiente e a capacidade do contato. Também conhecida como a cor do conhecimento. Anel de Grau: deverá ser de ouro, ter uma pedra central de cor verde e o símbolo (Discóbolo) nas laterais. Idealizada para simbolizar a união e a comunhão de ideais e interesses dos Profissionais de Educação Física. É constituída de 5 cores (verde, azul, amarelo, laranja e branco), em forma retangular no tamanho 1.30 (largura) x 0.90 (altura). O verde: cor das profissões de saúde e representa eficiência O azul: cor da educação representa segurança e confiança O branco: simboliza ética e transparência O laranja: simboliza energia, vibração e vitalidade O amarelo: simboliza luz, ação e poder FORMATO: Retangular, com campo verde ocupando os campos superior, inferior e laterais das faixas diagonais de cor azul que partem no sentido diagonal das extremidades em direção ao centro. O círculo laranja deverá ocupar o centro da bandeira com a representação do símbolo e o nome do Conselho. CÓDIGO DE ÉTICA DOS PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO FÍSICA É o instrumento regulador do exercício da Profissão que, entre outras coisas, define como beneficiário das ações os indivíduos, grupos, associações e instituições que compõem a sociedade, e como agente dinamizador das intervenções, o Profissional de Educação Física quando vinculado ao Sistema CONFEF/CREFs. CAPÍTULO I Disposições Gerais Art. 1º - A atividade do Profissional de Educação Física, respeitado o disposto na Lei nº 9.696, de 1º de Setembro de 1998, e no Estatuto do Conselho Federal de Educação Física - CONFEF, rege-se por este Código de Ética. Parágrafo único - Este Código de Ética constitui-se em documento de referência para os Profissionais de Educação Física, no que se refere aos princípios e diretrizes para o exercício da profissão e aos direitos e deveres dos beneficiários das ações e dos destinatários das intervenções. Art. 2º - Para os efeitos deste Código, considera-se: I - beneficiário das ações, o indivíduo ou instituição que utilize os serviços do Profissional de Educação Física; II - destinatário das intervenções, o Profissional de Educação Física registrado no Sistema CONFEF/CREFs. Art. 3º - O Sistema CONFEF/CREFs reconhece como Profissional de Educação Física, o profissional identificado, conforme as características da atividade que desempenha, pelas seguintes denominações: Professor de Educação Física, Técnico Desportivo, Treinador Esportivo, Preparador Físico, Personal Trainner, Técnico de Esportes; Treinador de Esportes; Preparador Físico-corporal; Professor de Educação Corporal; Orientador de Exercícios Corporais; Monitor de Atividades Corporais; Motricista e Cinesiólogo. CAPÍTULO II Dos Princípios e Diretrizes Art. 4º - O exercício profissional em Educação Física pautar-se-á pelos seguintes princípios: I - o respeito à vida, à dignidade, à integridade e aos direitos do indivíduo; II - a responsabilidade social; III - a ausência de discriminação ou preconceito de qualquer natureza; IV - o respeito à ética nas diversas atividades profissionais; V - a valorização da identidade profissional no campo da atividade física; VI - a sustentabilidade do meio ambiente; VII - a prestação, sempre, do melhor serviço, a um número cada vez maior de pessoas, com competência, responsabilidade e honestidade; VIII - a atuação dentro das especificidades do seu campo e área do conhecimento, no sentido da educação e desenvolvimento das potencialidades humanas, daqueles aos quais presta serviços. Art. 5º - São diretrizes para a atuação dos órgãos integrantes do Sistema CONFEF/CREFs e para o desempenho da atividade Profissional em Educação Física: I - comprometimento com a preservação da saúde do indivíduo e da coletividade, e com o desenvolvimento físico, intelectual, cultural e social do beneficiário de sua ação; II - atualização técnica e científica, e aperfeiçoamento moral dos profissionais registrados no Sistema CONFEF/CREFs; III - transparência em suas ações e decisões, garantida por meio do pleno acesso dos beneficiários e destinatários às informações relacionadas ao exercício de sua competência legal e regimental; IV - autonomia no exercício da Profissão, respeitados os preceitos legais e éticos e os princípios da bioética; V - priorização do compromisso ético para com a sociedade, cujo interesse será colocado acima de qualquer outro, sobretudo do de natureza corporativista; VI - integração com o trabalho de profissionais de outras áreas, baseada no respeito, na liberdade e independência profissional de cada um e na defesa do interesse e do bem-estar dos seus beneficiários. CAPÍTULO III Das Responsabilidades e Deveres Art. 6º - São responsabilidades e deveres do Profissional de Educação Física: I - promover uma Educação Física no sentido de que a mesma se constitua em meio efetivo para a conquista de um estilo de vida ativo dos seus beneficiários,através de uma educação efetiva, para promoção da saúde e ocupação saudável do tempo de lazer; II - zelar pelo prestígio da Profissão, pela dignidade do Profissional e pelo aperfeiçoamento de suas instituições; III - assegurar a seus beneficiários um serviço profissional seguro, competente e atualizado, prestado com o máximo de seu conhecimento, habilidade e experiência; IV - elaborar o programa de atividades do beneficiário em função de suas condições gerais de saúde; V - oferecer a seu beneficiário, de preferência por escrito, uma orientação segura sobre a execução das atividades e dos exercícios recomendados; VI - manter o beneficiário informado sobre eventuais circunstâncias adversas que possam influenciar o desenvolvimento do trabalho que lhe será prestado; VII - renunciar às suas funções, tão logo se verifique falta de confiança por parte do beneficiário, zelando para que os interesses do mesmo não sejam prejudicados e evitando declarações públicas sobre os motivos da renúncia; VIII - manter-se informado sobre pesquisas e descobertas técnicas, científicas e culturais com o objetivo de prestar melhores serviços e contribuir para o desenvolvimento da profissão; IX - avaliar criteriosamente sua competência técnica e legal, e somente aceitar encargos quando se julgar capaz de apresentar desempenho seguro para si e para seus beneficiários; X - zelar pela sua competência exclusiva na prestação dos serviços a seu encargo; XI - promover e facilitar o aperfeiçoamento técnico, científico e cultural das pessoas sob sua orientação profissional; XII - manter-se atualizado quanto aos conhecimentos técnicos, científicos e culturais, no sentido de prestar o melhor serviço e contribuir para o desenvolvimento da profissão; XIII - guardar sigilo sobre fato ou informação de que tiver conhecimento em decorrência do exercício da profissão; XIV - responsabilizar-se por falta cometida no exercício de suas atividades profissionais, independentemente de ter sido praticada individualmente ou em equipe; XV - cumprir e fazer cumprir os preceitos éticos e legais da Profissão; XVI - emitir parecer técnico sobre questões pertinentes a seu campo profissional, respeitando os princípios deste Código, os preceitos legais e o interesse público; XVII - comunicar formalmente ao Sistema CONFEF/CREFs fatos que envolvam recusa ou demissão de cargo, função ou emprego motivadas pelo respeito à lei e à ética no exercício da profissão; XVIII - apresentar-se adequadamente trajado para o exercício profissional, conforme o local de atuação e a atividade a ser desempenhada; XVIX - respeitar e fazer respeitar o ambiente de trabalho; XX - promover o uso adequado dos materiais e equipamentos específicos para a prática da Educação Física; XXI - manter-se em dia com as obrigações estabelecidas no Estatuto do CONFEF. Art. 7º - Desempenho das suas funções, é vedado ao Profissional de Educação Física: I - contratar, direta ou indiretamente, serviços que possam acarretar danos morais para si próprio ou para seu beneficiário, ou desprestígio para a categoria profissional; II - auferir proventos que não decorram exclusivamente da prática correta e honesta de sua atividade profissional; III - assinar documento ou relatório elaborado por terceiros, sem sua orientação, supervisão ou fiscalização; IV - exercer a Profissão quando impedido, ou facilitar, por qualquer meio, o seu exercício por pessoa não habilitada ou impedida; V - concorrer, no exercício da Profissão, para a realização de ato contrário à lei ou destinado a fraudá-la; VI - prejudicar, culposa ou dolosamente, interesse a ele confiado; VII - interromper a prestação de serviços sem justa causa e sem notificação prévia ao beneficiário; VIII - transferir, para pessoa não habilitada ou impedida, a responsabilidade por ele assumida pela prestação de serviços profissionais; IX - aproveitar-se das situações decorrentes do relacionamento com seus beneficiários para obter, indevidamente, vantagem de natureza física, emocional, financeira ou qualquer outra. Art. 8º - No relacionamento com os colegas de profissão, a conduta do Profissional de Educação Física será pautada pelos princípios de consideração, apreço e solidariedade, em consonância com os postulados de harmonia da categoria profissional, sendo-lhe vedado: I - fazer referências prejudiciais ou de qualquer modo desabonadoras a colegas de profissão; II - aceitar encargo profissional em substituição a colega que dele tenha desistido para preservar a dignidade ou os interesses da profissão, desde que permaneçam as mesmas condições originais; III - apropriar-se de trabalho, iniciativa ou solução encontrados por colega, apresentando-os como próprios; IV - provocar desentendimento com colega que venha a substituir no exercício profissional; V - pactuar, em nome do espírito de solidariedade, com erro ou atos infringentes das normas éticas ou legais que regem a Profissão. Art. 9º - No relacionamento com os órgãos e entidades representativos da classe, o Profissional de Educação Física observará as seguintes normas de conduta: I - emprestar seu apoio moral, intelectual e material; II - exercer com interesse e dedicação o cargo de dirigente de entidades de classe que lhe seja oferecido, podendo escusar-se de fazê-lo mediante justificação fundamentada; III - jamais se utilizar de posição ocupada na direção de entidade de classe em benefício próprio, diretamente ou através de outra pessoa; IV - denunciar aos órgãos competentes as irregularidades no exercício da profissão ou na administração das entidades de classe de que tomar conhecimento; V - auxiliar a fiscalização do exercício Profissional; VI - zelar pelo cumprimento deste Código; VII - não formular, junto a beneficiários e estranhos, mau juízo das entidades de classe ou de profissionais não presentes, nem atribuir seus erros ou as dificuldades que encontrar no exercício da Profissão à incompetência e desacertos daqueles; VIII - acatar as deliberações emanadas do Sistema CONFEF/CREFs; IX - manter-se em dia com o pagamento da anuidade devida ao Conselho Regional de Educação Física - CREF. CAPÍTULO IV Dos Direitos e Benefícios Art. 10º - São direitos do Profissional de Educação Física: I - exercer a Profissão sem ser discriminado por questões de religião, raça, sexo, idade, opinião política, cor, orientação sexual ou de qualquer outra natureza; II - recorrer ao Conselho Regional de Educação Física, quando impedido de cumprir a lei ou este Código, no exercício da Profissão; III - requerer desagravo público ao Conselho Regional de Educação Física sempre que se sentir atingido em sua dignidade profissional; IV - recusar a adoção de medida ou o exercício de atividade profissional contrários aos ditames de sua consciência ética, ainda que permitidos por lei; V - participar de movimentos de defesa da dignidade profissional, principalmente na busca de aprimoramento técnico, científico e ético; VI - apontar falhas nos regulamentos e normas de eventos e de instituições que oferecem serviços no campo da Educação Física quando os julgar tecnicamente incompatíveis com a dignidade da Profissão e com este Código ou prejudiciais aos beneficiários; VII - receber salários ou honorários pelo seu trabalho profissional. Parágrafo único - As denúncias a que se refere o inciso VI deste artigo serão formuladas ao CREF, por escrito. Art. 11º - As condições para a prestação de serviços do Profissional de Educação Física serão definidas previamente à execução, de preferência por meio de contrato escrito, e sua remuneração será estabelecida em função dos seguintes aspectos: I - a relevância, o vulto, a complexidade e a dificuldade do serviço a ser prestado; II - o tempo que será consumido na prestação doserviço; III - a possibilidade de o Profissional ficar impedido ou proibido de prestar outros serviços no mesmo período; IV - o fato de se tratar de serviço eventual, temporário ou permanente; V - a necessidade de locomoção na própria cidade ou para outras cidades do Estado ou do País; VI - a competência e o renome do Profissional; VII - os equipamentos e instalações necessários à prestação do serviço; VIII - a oferta de trabalho no mercado onde estiver inserido; IX - os valores médios praticados pelo mercado em trabalhos semelhantes. § 1º - O Profissional de Educação Física poderá transferir a prestação dos serviços a seu encargo a outro Profissional de Educação Física, com a anuência do beneficiário. § 2º - É vedado ao Profissional de Educação Física oferecer ou disputar serviços profissionais mediante aviltamento de honorários ou concorrência desleal. CAPÍTULO V Das Infrações e Penalidades Art. 12º - O descumprimento do disposto neste Código constitui infração disciplinar, ficando o infrator sujeito a uma das seguintes penalidades, a ser aplicada conforme a gravidade da infração: I - advertência escrita, com ou sem aplicação de multa; II - censura pública; III - suspensão do exercício da Profissão; IV - cancelamento do registro profissional e divulgação do fato. Art. 13º - Incorre em infração disciplinar o Profissional que tiver conhecimento de transgressão deste Código e omitir-se de denunciá-la ao respectivo Conselho Regional de Educação Física. Art. 14º - Compete ao Tribunal Regional de Ética - TRE - julgar as infrações a este Código, cabendo recurso de sua decisão ao Tribunal Superior de Ética - TSE. Parágrafo único - Atuarão como Tribunais Regionais de Ética e Tribunal Superior de Ética, respectivamente, os Conselhos Regionais de Educação Física e o Conselho Federal de Educação Física. CAPÍTULO VI Disposições Finais Art. 15º - O disposto neste Código atinge e obriga igualmente pessoas físicas e jurídicas, no que couber. Art. 16º - O registro no Sistema CONFEF/CREFs implica, por parte de profissionais e instituições e/ou pessoas jurídicas prestadoras de serviços em Educação Física, total aceitação e submissão às normas e princípios contidos neste Código. Art. 17º - Com vistas ao contínuo aperfeiçoamento deste Código, serão desenvolvidos procedimentos metódicos e sistematizados que possibilitem a reavaliação constante dos comandos nele contidos. Art. 18º - Os casos omissos serão analisados e deliberados pelo Conselho Federal de Educação Física. ELEIÇÕES CONFEF 2016 Afinal o que é Educação Física? A Educação Física atualmente tem como objeto de estudo o homem em movimento. Pode ser entendida como uma área que interage com o ser humano em sua totalidade: Biológicos; Psicológicos; Sociológicos; Culturais. Quadro Atual da Educação Física Entende-se a Educação Física como uma área de conhecimento da cultura corporal de movimento. Educação Física escolar como uma disciplina que introduz e integra o aluno na cultura corporal de movimento, formando o cidadão que vai produzi-la, reproduzi-la e transforma- la, instrumentalizando-a para: usufruir dos jogos, dos esportes, das danças, das lutas e das ginásticas em benefício do: exercício crítico da cidadania e da melhoria da qualidade de vida.