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“Ações da Vigilância Sanitária de Alimentos para proteção%2C prevenção e promoção da Saúde Pública” 16 10 2013

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“Ações da Vigilância Sanitária de Alimentos para proteção, prevenção e promoção da Saúde Pública”
 de lucianabartolo | trabalhosfeitos.com
 
“Ações da Vigilância Sanitária de Alimentos 
 para proteção, prevenção e promoção da Saúde Pública”
São Paulo
2013
SUMÁRIO
Introdução ..........................................................................................................04
Revisão de Literatura .........................................................................................06
Metodologia ........................................................................................................12
Referências Bibliográficas ..................................................................................15
INTRODUÇÃO
Tema 
“Ações da Vigilância Sanitária de Alimentos para proteção, prevenção e promoção da Saúde Pública”
Problema
As ações empregadas pela Vigilância Sanitária de Alimentos propiciam a proteção, prevenção e promoção da saúde da população? 
Justificativa
O presente trabalho visa demonstrar a importância da prevenção e promoção à saúde por meio de ações praticadas por sua Vigilância Sanitária que buscam minimizar os riscos à saúde orientando, educando e conscientizando a população local, especialmente manipuladores de alimentos.
Objetivos:
Objetivo geral:
Avaliar a eficácia das ações adotadas pela equipe da Vigilância Sanitária de Alimentos para proteção, prevenção e promoção da Saúde Pública.Objetivos específicos:
Avaliar os benefícios das ações de prevenção, promoção e proteção da saúde à população.
Identificar as ações de prevenção, promoção e consequente proteção à saúde implantadas pela Vigilância Sanitária de Alimentos por meio de sua metodologia de trabalho. 
Demonstrar a eficácia da implantação do “Curso de Boas Práticas de Manipulação” aos estabelecimentos comercializadores de alimentos, como medida obrigatória para obtenção da Licença de Funcionamento e consequente prevenção e promoção da saúde da população 
REVISÃO DE LITERATURA
Vigilância Sanitária e Segurança Alimentar
Em 1998, a Assembleia Nacional Constituinte, convocada para elaborar o novo texto constitucional brasileiro, aprovou um capítulo específico sobre saúde, que se tornou um serviço de relevância pública ao tempo em que foi elevada à categoria de direito social, assim expresso no seu artigo 196:
“Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.” 
De acordo com Manual de Gestão em Saúde (2006), o direito à saúde, como direito social que é realmente, possui a característica de exigir do Estado brasileiro ações concretas e efetivas para a promoção, a proteção e a recuperação da saúde.Deve assim o Estado intervir na dinâmica social para a proteção do direito à saúde.
Sendo assim, e com a finalidade de definir parâmetros para o modelo assistencial e estabelecer os papéis das esferas de governo foi promulgada em 1990 a Lei nº 8080 (Lei Orgânica da Saúde) que dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde e a organização e funcionamento de seus serviços correspondentes.
Assim, entende-se por vigilância sanitária como um conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde. (BRASIL, 1990, p.03). 
Abrange o controle de bens de consumo que direta ou indiretamente se relacionem com a saúde, compreendidas todas as etapas e processos, da produção ao consumo; e o controle da prestação de serviços que direta ou indiretamente se relacionam com a saúde (BRASIL, 2009, p.17).
A ação eficaz da Vigilância Sanitária depende de projetos que assegurem seu desenvolvimento, pois, sendo uma organização e fazendo parte do SUS, o Sistema Único de Saúde Brasileiro, com autoridade legal para intervir sobre ambientes e sobre o setor produtivo é, de fato, a principal responsável por transformar em prática social o artigo 6°, parágrafo 1°, da Lei 8080/90, acima descrito. 
A Vigilância Sanitária é também umconjunto de conhecimentos (uma parte da Saúde Coletiva) sobre a produção de saúde e de doenças. É também um conjunto de regras (procedimentos técnicos) consideradas potentes para assegurar saúde às pessoas; uma organização com poder legal, e um campo de conhecimento especializado, ao mesmo tempo (CAMPOS, 2007, p.02.)
Germano (2008) afirma que os alimentos e bebidas estão entre os bens e produtos relacionados à saúde e de competência da Vigilância Sanitária. O seu objetivo, com relação aos alimentos, é fiscalizar e licenciar estabelecimentos que produzam, comercializem, distribuam e/ou armazenem alimentos. As equipes de fiscalização tem a finalidade primordial de avaliar as condições higiênico sanitárias dos estabelecimentos e produtos alimentícios por eles comercializados.
Segurança alimentar é um desafio atual e um de seus aspectos diz respeito à qualidade dos alimentos consumidos, de modo que não acarretem riscos à saúde do consumidor. (BELIK, 2003, p.12).
A fiscalização da qualidade dos alimentos deve ser feita, não só no produto final, mas em todas as etapas da produção, desde o abate ou colheita, passando pelo transporte, armazenamento e processamento, até a distribuição final ao consumidor. 
Assim, nessa função pública, mediadora das relações entre população e produtores/comerciantes de alimentos, temos a Vigilância Sanitária de Alimentos, que permite, às duas partes, a realização detransações comerciais com um mínimo de segurança alimentar quanto à qualidade de produto que se vende e à qualidade do que se compra.
Proteção, Promoção e Prevenção à Saúde
De acordo com Ferreira (1986), o termo 'prevenir' tem o significado de "preparar; chegar antes de; dispor de maneira que evite (dano, mal); impedir que se realize". 
As ações preventivas definem-se como intervenções orientadas a evitar o surgimento de doenças específicas, reduzindo sua incidência e prevalência nas populações (CZERESNIA, 1999, p. 711).
Ainda de acordo com Ferreira (1986) 'promover' tem o significado de “dar impulso a; fomentar; originar; gerar”. 
 Promoção da saúde define-se, tradicionalmente, de maneira bem mais ampla que prevenção, pois se refere a medidas que "não se dirigem a uma determinada doença ou desordem, mas servem para aumentar a saúde e o bem-estar gerais" (LEAVELL, 1976).
Para que a promoção, prevenção e consequente proteção à saúde sejam efetivas, há que se considerar que a Vigilância Sanitária, constituída na forma de agência reguladora, conta com importantes instrumentos. Um deles é o denominado princípio da precaução, que permite a Vigilância Sanitária agir quando houver a suspeita ou a probabilidade da ocorrência de danos à saúde da pessoa pelo consumo de determinado alimento. O interessante do princípio da precaução é que não há necessidade de certeza da ocorrência do dano. A merasuspeita, ainda que não comprovada, é suficiente para justificar o agir preventivo da Vigilância Sanitária. As medidas tomadas com base no princípio da precaução são, por natureza, provisórias e devem vir acompanhadas de inspeções investigatórias que comprovem ou não o temor de dano pelo alimento ou produto a ser comercializado.
Outro aspecto fundamental da vigilância em sanitária é o cuidado integral à saúde das pessoas por meio da promoção da saúde. Essa política objetiva promover a qualidade de vida, estimulando a população
a reduzir a vulnerabilidade e riscos à saúde relacionados aos seus determinantes e condicionantes – modos de viver, condições de trabalho, habitação, ambiente, educação, lazer, cultura e acesso a bens e serviços essenciais (BRASIL, 2009, p.17).
Germano (2008) afirma que a promoção da Saúde na área de alimentos deve ser entendida como conjunto de ações dos setores público e privado, de indivíduos e grupos, que tenham por finalidade garantir a segurança dos alimentos. 
Portanto, constitui papel do Estado emitir leis, fiscalizar e educar. Cabe às organizações privadas instituir programas e implantar sistemas que atendam à legislação e propiciem a melhoria da qualidade, com ênfase nas atividades de capacitação de recursos humanos.
A legislação sanitária e os órgãos de fiscalização, no caso desse estudo, a Vigilância Sanitária de Alimentos do Município de Barueri – SP, são oalicerce básico da segurança dos alimentos, e cujo controle, é feito sistematicamente na sua produção e comercialização. A legislação sanitária assim como as boas práticas de produção fabricação e manipulação tem o intuito de garantir que o alimento esteja próprio para o consumo, evitando a contaminação tanto na produção quanto na exposição à venda para o consumidor assegurando a prevenção e promoção da saúde da população. 
Cabe ressaltar que no Município de Barueri –SP, a Coordenadoria de Vigilância em Saúde utiliza como fundamentação em suas inspeções sanitárias de alimentos a legislação Estadual (Código Sanitário do Estado de São Paulo- Lei 10.083 de 23 de Setembro de 1998, Portaria CVS 05 de 09 de Abril de 2013) e tem como princípio fundamental a educação em saúde, por meio de vistorias orientativas, com punição em casos de risco à saúde de grau elevado. 
Boas Práticas de Manipulação
As Boas Práticas de Manipulação são procedimentos que devem ser adotados pelos serviços de alimentação (restaurantes, lanchonetes, mercados, etc.) a fim de garantir a qualidade higiênico-sanitária e a conformidade dos alimentos com a legislação sanitária (BRASIL, 2013, p.02). 
Implantar as Boas Práticas principalmente para os manipuladores de alimentos é primordial para garantir a qualidade alimentar. O treinamento e a aplicação são um dos meios mais eficazes e econômicos para superar as inadequações existentes namanipulação de alimentos, evitando desse modo a contaminação cruzada, o armazenamento e o preparo inadequados, e as contaminações por parte dos próprios manipuladores.
Os estabelecimentos que desenvolvem quaisquer etapas no processo produtivo de alimentos, desde a sua compra até a sua distribuição, possuem alta capacidade de ocorrência de fatos geradores de riscos inerentes à saúde. Tais alimentos, uma vez contaminados por microrganismos durante a manipulação e/ou processamento, quando estes são efetuados sob condições higiênico-sanitárias precárias, e desde que encontre condições favoráveis para a proliferação com consequente alteração deste, podem oferecer sérios riscos à saúde dos consumidores, uma vez que as doenças transmitidas por alimentos se propagam com rapidez e alta patogenicidade (MELLO, 2010, p.63).
De acordo com a legislação sanitária vigente, Portaria CVS 05 de 09 de Abril de 2013, os responsáveis pelas atividades de manipulação de alimentos devem ser comprovadamente submetidos a curso de capacitação, que deve abordar, no mínimo, assuntos como: contaminantes alimentares, doenças transmitidas por alimentos, manipulação higiênica dos alimentos e boas práticas de manipulação no intuito de melhorem sua percepção quanto seu importante papel na saúde coletiva: a prevenção de doenças.
No intuito de minimizar o risco à saúde e enfatizar a sua política orientativa e educadora em saúde, omunicípio de Barueri promove o curso aos manipuladores de alimentos ministrando-o nos estabelecimentos cadastrados em sua Coordenadoria de Vigilância em Saúde.
METODOLOGIA
Trata-se de uma pesquisa com abordagem qualitativa, ou seja, de caráter exploratório que estimula o livre pensamento sobre a as consequências benéficas das ações da Vigilância Sanitária para a saúde da população. 
De acordo com a análise em textos e publicações demonstradas na revisão de literatura e o embasamento na legislação Sanitária (Portaria CVS 05 de 09 de Abril de 2013 e Lei 10.083 de 23 de Setembro de 1998) pode-se avaliar positivamente a eficácia da metodologia de trabalho da Vigilância Sanitária de Barueri- SP, uma vez que o Curso de Boas Práticas de Manipulação de Alimentos promovido mensalmente, de maneira expositiva pela equipe técnica da Divisão de Fiscalização de Alimentos ao setor regulado (estabelecimentos que comercializam, transportam ou armazenam alimentos) e como medida obrigatória para obtenção da Licença de Funcionamento é fundamental para a promoção, prevenção e consequente proteção da saúde da população do Município, pois, como se sabe, a capacitação sobre a higiene dos alimentos é de fundamental importância. 
De acordo com o Codex Alimentarius, (2003) todo o pessoal deve estar consciente de seu papel e de sua responsabilidade na proteção dos alimentos contra a sua contaminação ou deterioração. Osmanipuladores de alimentos devem ter conhecimentos e habilidades necessários para manipular os alimentos de forma higiênica. 
No caso do Curso de Boas Práticas de Manipulação de Alimentos, pode-se avaliar os resultados positivos obtidos pois, ao término do curso os participantes respondem um questionário de avaliação e após 30 dias respondem perguntas sobre os temas abordados, demonstrando que, além da obtenção da Licença de Funcionamento, os manipuladores participantes adquirem conhecimento fundamental e relevante aos princípios básicos da vigilância sanitária: eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde. 
Além da experiência com o Curso de Boas Práticas de Manipulação, anteriormente citado, demonstra-se que a metodologia de trabalho diária da Divisão de Fiscalização Técnica de Alimentos da Vigilância Sanitária de Barueri- SP também é fundamental para prevenção e promoção da saúde da população, uma vez que, procura avaliar em inspeções técnicas ao setor regulado solicitante, a potencialidade dos riscos à saúde da população. 
Cada estabelecimento que solicita a Licença de Funcionamento perante a Vigilância Sanitária receberá a equipe técnica da Divisão de Alimentos para inspeção e orientação tantas vezes quantas forem necessárias para obtenção da Licença, o que o habilitará a comercializar, armazenar, preparar ou transportar alimentos com qualidade higiênico- sanitárias apropriadas, semriscos à saúde da população. 
Nestas inspeções técnicas são avaliados os itens da Portaria CVS 05/2013 (1. Higiene e Saúde dos Funcionários, Responsabilidade Técnica e Capacitação de Pessoal, 2. Qualidade Sanitária da Manipulação de Alimentos, 3. Higienização das Instalações e do Ambiente, 4. Suporte Operacional – Abastecimento de água, esgotamento sanitário, abastecimento de gás, Controle Integrado de Pragas, 5. Qualidade Sanitária das Edificações e Instalações e 6. Documentação e Registro das Informações) que, se adequados, permitem ao estabelecimento o processamento e comercialização de alimentos que garantam a segurança alimentar do consumidor, ou seja, protegendo a saúde.
Em casos de verificação de irregularidades nos estabelecimentos, além das orientações realizadas durante as inspeções sanitárias, os responsáveis recebem relatórios onde são orientados a corrigi-las em tempo determinado pela equipe técnica. Caso a equipe técnica de fiscalização identifique irregularidades que possam gerar potenciais riscos à saúde da população, são iniciados os chamados “procedimentos (ou processos) administrativos” que são “uma sucessão itinerária e encadeada de atos administrativos e tendem todos a um resultado final e conclusivo”.
São lavrados autos de infração, que podem gerar penalidades de acordo com o grau de risco e com o embasamento na
legislação vigente.
Assim, pode-se avaliar como eficaz as açõesadotadas pela equipe da Vigilância Sanitária de Alimentos no Município de Barueri-SP para proteção, prevenção e promoção da Saúde Pública.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BELIK, Walter. Perspectivas para segurança alimentar e nutricional no Brasil. Saúde e sociedade. São Paulo, V.12, n1, Junho 2003. Disponível em: .
BRASIL. Centro de Vigilância Sanitária. Portaria CVS - 5 de 09/04/2013 - Aprova o regulamento técnico, que estabelece os Parâmetros e critérios para o controle higiênico-sanitário em estabelecimentos de alimentos. Nº 73 – D.O,E de 19/04/13 
_______. Código Sanitário; Lei nº 10.083, de 23 de setembro de 1998. Aprova o regulamento a que se refere o artigo 22 do Decreto-Lei nº 211, de 30 de março de 1970, que dispõe sobre normas de promoção, preservação e recuperação da saúde no campo de competência da Secretaria de Estado da Saúde. D.O.E. 24/09/1998 
_______. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 05 de Outubro de 1988. Organização do texto: Juarez de Oliveira. 4 ed. São Paulo: Saraiva, 1990.
________. Lei nº 8080, 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. D.O.U, 20 set.1990. Poder Executivo. Seção I.
___­­­­_____. Ministério da Saúde. Manual de Gestão da Vigilância em Saúde.Série A. Normas e Manuais Técnicos. Brasília- DF: MS, 2009.
___­­­­_____. Ministério da Saúde. Manual de Direito Sanitário com enfoque na Vigilância em Saúde. Série E. Legislação de Saúde. Brasília- DF: MS, 2006.
CAMPOS, G.W.S. Vigilância Sanitária: Responsabilidade Pública na Proteção e Promoção da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Brasília- DF, 2007 Disponível em: :
CODEX ALIMENTARIUS. Higiene dos Alimentos: Textos Básicos. Organização Pan Americana da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Brasília – DF: Organização Pan Americana da Saúde, 2006.
CZERESNIA, D. The concept of health and the diference between promotion and prevention. Cadernos de Saúde Pública. Rio de Janeiro, v.15, n.4 , Out./Dez.1999. Disposnível em: < http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X1999000400004.>
FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. 
GERMANO, P.M.L.; GERMANO, M.I.S. Higiene e Vigilância Sanitária de Alimentos. São Paulo: Varela, 2008.
LEAVELL, S. & CLARCK, E. G. Medicina Preventiva. São Paulo: McGraw-Hill, 1976. 
MELLO, A. G. et al. Conhecimento dos manipuladores de alimentos sobre boas práticas nos restaurantes públicos populares do Estado do Rio de Janeiro. Brazilian Journal of Food Technology. Campinas, v. 13, n. 1, Jan./Mar, 2010. Disponível em: 
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