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Apostila Epidemiologia Geral

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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA 
FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE 
DEPARTAMENTO DE SAÚDE COLETIVA 
 
 
 
 
 
 
APOSTILA DE EXERCÍCIOS DE 
EPIDEMIOLOGIA GERAL 
 
 
 
 
 
Sumário 
Entendendo a apostila ..................................................................................................................................... 3 
Exercício – Aula 1 ........................................................................................................................................... 4 
Gabarito 1 ....................................................................................................................................................... 5 
Exercício – Aula 2 ............................................................................................................................................ 6 
Gabarito 2 ..................................................................................................................................................... 10 
Exercício – Aula 3 .......................................................................................................................................... 12 
Gabarito 3 ..................................................................................................................................................... 12 
Exercício – Aula 4 .......................................................................................................................................... 12 
Gabarito 4 ..................................................................................................................................................... 12 
Exercício – Aula 5 .......................................................................................................................................... 13 
Gabarito 5 ..................................................................................................................................................... 14 
Exercício – Aula 5.1 ....................................................................................................................................... 15 
Gabarito 5.1 .................................................................................................................................................. 16 
Exercício – Aula 6 .......................................................................................................................................... 17 
Gabarito 6 ..................................................................................................................................................... 17 
Exercício – Aula 7 .......................................................................................................................................... 18 
Gabarito 7 ..................................................................................................................................................... 20 
Exercício – Aula 8 .......................................................................................................................................... 23 
Gabarito 8 ..................................................................................................................................................... 24 
 
 
 
 
 
 
P á g i n a | 3 
 
 
 
ENTENDENDO A APOSTILA 
 
Como localizar o tema das aulas considerando a ementa do 2º/2016: 
Aula 1: Quantos adoecem e morrem? 
Indicadores de morbidade 
Aula 2: Quantos adoecem e morrem? 
Indicadores de mortalidade 
Aula 3: Quem, quando e onde adoecem e morrem? O que é normal/ esperado? 
Epidemia, endemia e surto epidêmico 
Aula 4: De onde vem os dados de adoecimento e morte? 
Sistemas de informação em saúde 
Aula 5: Estudos: Descrevendo o problema 
Estudos descritivos 
Aula 6: Transição e tendências dos indicadores 
Aula 7: Estudos: Explicando o problema 
Estudos analíticos 
Aula 8: Estudos: Como saber se um diagnóstico é válido? 
 Validação 
 
 
 
 
 
 
P á g i n a | 4 
 
 
 
INDICADORES DE MORBIDADE 
1. Em 1/7/80, existiam 2.000 casos de tuberculose, em tratamento, em um dado município. Sabendo-se 
que a sua população, na época, era de quase 1,2 milhão de habitantes (exatamente 1.176.935 
habitantes), calcule o número de casos de tuberculose em relação à população. Trata-se de 
prevalência ou incidência? 
2. Em um serviço de atenção pré-natal de uma indústria, 280 gestantes foram acompanhadas desde o 
primeiro trimestre da gravidez até o parto. Na primeira consulta, todas estavam com exame de urina 
normal. Durante a gravidez, 14 apresentaram infecção urinária. Calcule o coeficiente. Trata-se de 
prevalência ou incidência? 
3. Todas as mulheres, de idade entre 15 anos e 49 anos, que procuraram o centro de saúde, em 
determinado dia da semana, responderam a um questionário sobre o uso de anticoncepcionais orais. 
De 150 contatadas, 90 informaram que estavam em uso regular do produto. Faça os cálculos. Que 
tipo de medida é esta? 
4. Entre 500 crianças vacinadas contra o sarampo, no sexto mês de vida, 25 desenvolveram a doença no 
ano seguinte, a contar da data de aplicação da vacina. Faça os cálculos. Que tipo de medida é está? 
5. Um estudo de amostra de 5 mil trabalhadores de uma fábrica detectou 160 casos de hipertensão 
arterial. Esses trabalhadores foram acompanhados por 10 anos, e mais 102 operários ficaram 
hipertensos. Quais medidas podem ser calculadas? Calcule-as. 
6. Entre 35 mil crianças nascidas em hospitais de uma determinada região, todas examinadas em 
berçário, foram encontradas 70 com anomalias congênitas graves. Calcule o coeficiente respectivo. 
Trata-se de prevalência ou incidência? 
7. Entre as 30 crianças de um berçário de uma maternidade, três apresentavam peso inferior a 2.500 
gramas. Calcule o coeficiente de recém-nascidos de peso baixo. Trata-se de prevalência ou 
incidência? 
8. Em 01/01/06, existiam 1.800 casos de tuberculose em tratamento, em um munícipio da região 
metropolitana do Rio de Janeiro. Ao longo deste ano foram notificados 300 casos novos de 
tuberculose, e 450 pacientes obtiveram alta por cura. Todos os pacientes foram tratados através do 
esquema I, com duração de seis meses. A população residente neste município, estimada para 2006, 
era de cerca de 960.000 habitantes. 
a) Calcule a prevalência de tuberculose no início e no final de 2006, e a taxa de incidência de 
tuberculose em 2006 neste munícipio. 
b) Como você explicaria a alteração observada na prevalência da tuberculose no início e no final de 
2006? 
9. Que efeito a incorporação de um novo tratamento que evita a morte, porém, não leva à cura, produz 
sobre a incidência e a prevalência de uma doença? Justifique. 
10. A figura abaixo mostra o início e o término de oito episódios de uma doença infecciosa de evolução 
aguda, em uma escola, no período de cinco semanas de observação. Admitindo-se que esses casos 
provêm da vigilância continuada de um grupo composto por 200 crianças, pergunta-se: 
a) Qual a taxa de incidência no período? 
b) Qual a taxa de prevalência no início da segunda semana? 
c) Qual a taxa de incidência na segunda semana? 
d) Qual a taxa de prevalência no início da terceira semana? 
P á g i n a | 5 
 
 
e) Qual a taxa de incidência na quinta semana? 
 
 
 
1. Prevalência. 17 casos por 10 mil habitantes 
2. Incidência. 5%. 
3. Coeficiente de prevalência. 60%. 
4. Coeficiente de incidência. 5%. 
5. Coeficiente de prevalência inicial: 3%. 
Coeficiente de prevalência final: 5%. 
Coeficiente de incidência: 2%. 
6. Prevalência. 2‰. 
7. Prevalência. 10%. 
8. a) Prevalência no inicio: 19 casos por 10 mil habitantes. 
Prevalência no final:17 casos por 10 mil habitantes. 
Incidência: 31 casos por 100 mil pessoas-ano. 
b) Dica para a questão subjetiva: A prevalência diminui. 
9. Dica para a questão subjetiva: A incidência não seria afetada, porém, a prevalência da doença 
aumentaria. 
10. a) 4% b) 1% c) 1,5% d) 2% e) 0 
 
 
 
 
P á g i n a | 6 
 
 
 
INDICADORES DE MORTALIDADE 
1. Os dados abaixo se referem ao Estado X, nos anos de 1995 e 2005 
 
Especificação 
Ano 
1995 2015 
População total 8.402.017 9.003.804 
População masculina 3.948.550 4.238.322 
População de mulheres em idade fértil 2.352.564 2.520.605 
População de nascidos vivos 245.378 182.593 
População de menores de 1 ano 240.927 179.761 
Total de óbitos 50.412 58.814 
Óbitos em < 1 ano 7.114 4.009 
Óbitos masculinos 32.789 37.157 
Óbitos maternos 270 150 
Óbitos por diarreia em < 1 ano 2006 201 
Óbitos por câncer de útero 207 308 
Óbitos por causas mal definidas 4.037 4.411 
 Fonte: Secretaria de Saúde do Estado X 
 *Óbitos maternos: óbito em mulher em idade fértil devido a complicações da gestação, do parto e do 
puerpério 
 Nota: os óbitos registrados são de residentes no Estado X 
Utilizando os dados fornecidos na tabela acima, calcule os indicadores relacionados abaixo, para cada 
ano: 
a. Coeficiente de Mortalidade Geral 
b. Coeficiente de Mortalidade Infantil 
c. Coeficiente de Mortalidade Materna: 
d. Coeficiente de Mortalidade por Câncer de Útero 
P á g i n a | 7 
 
 
e. Coeficiente de Mortalidade por Diarreia em menores de 1 ano de idade 
f. Mortalidade Proporcional por: 
i. Diarreia em < 1 ano 
ii. Câncer de útero 
iii. Causas mal definidas 
Compare e analise os indicadores do ano de 1995 e 2015. Qual a tendência da mortalidade geral, 
infantil, materna? O que nos indica a mortalidade proporcional por causas mal definidas? Qual a 
importância do coeficiente de Mortalidade Infantil? 
Abaixo modelo da tabela para organizar os cálculos e análise de dados. 
 
Indicadores 
Ano 
Observação 1995 2015 
Coeficiente de Mortalidade 
Geral 
 
 
 
 
Coeficiente de Mortalidade 
Infantil 
 
 
 
 
Coeficiente (Razão) de 
Mortalidade Materna 
 
 
 
 
Coeficiente de Mortalidade por 
Câncer de Útero 
 
P á g i n a | 8 
 
 
 
Coeficiente de Mortalidade por 
Diarreia em menores de 1 ano 
de idade 
 
 
 
 
Mortalidade Proporcional por: 
Diarreia em < 1 ano 
 
 
 
Câncer de útero 
 
 
 
Causas mal definidas 
 
 
 
2. No Rio de Janeiro, o prefeito N.N.C.A. disse à imprensa que a cidade tinha ficado mais segura em 
comparação com a administração anterior; isso porque, de acordo com estatísticas do município, dos 
3.000 óbitos acontecidos no último ano da administração anterior, 33,33% foram atribuídos à violência. 
Em contraste, durante o último ano de sua gestão, dos 3.500 óbitos ocorridos, 27 % foram atribuídos a 
essa causa. 
Isso significa que o risco de vir a sofrer uma morte violenta diminuiu no intervalo de 4 anos? Como 
teria certeza? Se a população da cidade era de 5.000.000 no ano anterior à gestão NNCA, e de 
5.100.000 no último ano da mesma, qual era o risco de morte violenta nos dois anos e como se explica a 
aparente inconsistência com o dado anterior? 
3. Durante o ano 1999, houve, num país asiático de 20 milhões de pessoas, 1 milhão de casos de influenza 
(resfriado devido a uma nova cepa de Vírus da Influenza A). Simultaneamente, houve 200.000 casos de 
cólera devido à variedade El Tor. Nesse mesmo ano foram registrados um total de 100.000 óbitos, dos 
P á g i n a | 9 
 
 
quais 50.000 faleceram por influenza e 10.000 por cólera. Calcule: coeficientes de incidência, 
coeficiente de mortalidade, mortalidade proporcional e coeficiente de letalidade; interprete e compare 
os resultados dos cálculos para cada indicador dando à ênfase as diferenças entre as três medidas de 
mortalidade. 
DICA: para poder comparar, não se esqueça de multiplicar cada indicador pela mesma constante. 
4. O número de óbitos para o ano 2005, no Distrito Federal, por grandes grupos de causas para ambos 
sexos, segundo a Secretaria de Saúde do Distrito Federal, está relacionado na tabela apresentada na 
próxima página). A população total, segundo o recenseamento do IBGE no ano de 2000, foi de 
2.333.109 habitantes. Utilizando os dados fornecidos na tabela calcule a mortalidade proporcional e os 
coeficientes de mortalidade por causas. Interprete os resultados (Quais as principais causas de óbito? 
Qual a importância das causas mal definidas?) 
Número de óbitos por grupos de causas – Distrito Federal, 2005. 
Grupo de Causa (Cap. CID10) 
Nº de 
óbitos 
MP (%) 
CME (óbitos 
/100mil hab.) 
Algumas doenças infecciosas e parasitárias (DIP) 479 
Causas externas de morbidade e mortalidade (CE) 1.486 
Doenças do aparelho circulatório (DAC) 2.655 
Sint sinais e achad anorm ex clín e laborat (Mal definidas) 206 
Doenças endócrinas nutricionais e metabólicas (DENM) 492 
Doenças do aparelho respiratório (DAR) 711 
Neoplasias (tumores) (NEO) 1.559 
Outras causas* 1.572 
Total 9.160 --- --- 
*Outras Causas: Doenças do aparelho digestivo (DAD; Algumas afecções originadas no período 
perinatal; Doenças do sistema nervoso; Malf congênitas, deformid e anomalias cromossômicas; 
Doenças do aparelho geniturinário; Transtornos mentais e comportamentais; Doenças sistema 
osteomuscular e tecido conjuntivo; Doenças sangue órgãos hemat e transtorno imunitário; 
P á g i n a | 10 
 
 
Doenças da pele e do tecido subcutâneo; Doenças do ouvido e da apófise mastoide. 
Revisar regras para arredondamento de casas decimais! Excluir da interpretação “outras causas” 
 
 
1. a) 1995: 6‰ 2015: 6,53‰ 
b) 1995: 29‰ 2015:22 ‰ 
c) 1995: 110 por 100.000 2015: 82 por 100.000 
d) 1995: 8,8 por 100.000 2015: 12,2 por 100.000 
e) 1995: 8,3 ‰ 2015: 1,1 ‰ 
f) i- 1995: 28,2 % 2015: 5% 
ii- 1995: 2% 2015: 1,7% 
iii- 1995: 8,0% 2015: 7,5% 
Dica para a questão subjetiva: Compare os valores de 1995 para 2015. O coeficiente de mortalidade 
infantil é um dos mais sensíveis à situação de saúde e condição social. Outro ponto importante é 
lembrar da relação entre os óbitos por causas mal definidas e a qualidade das informações sobre 
mortalidade. 
2. CME do primeiro período= 20 óbitos violentos para cada 100. 000 habitantes. 
CME do segundo período= 18,5 óbitos para cada 100.000 habitantes. 
Dica para a questão subjetiva: Você pode concordar com o prefeito, já que o CME diminui ou pode 
discordar, pois a diminuição da CME pode ser um reflexo da diminuição de óbitos por qualquer 
outra causa que não as violentas. 
3. 
Indicador Influenza Cólera 
Razão (para 
comparar excesso 
de risco) 
CI 5.000 casos/100mil hab. 1.000 casos/100mil hab. 
5.000/1.000 = 5 
Risco de desenvolver 
Infl. 5 vezes o risco 
de desenvolver 
cólera 
CM (causa 250 óbitos por 50 óbitos por 250/50 = 5 
P á g i n a | 11 
 
 
específica) influenza/100mil hab. cólera/100mil hab. Risco de morrer por 
Infl. 5 vezes o risco 
de morrer por cólera 
MP 50% 10% 
CL 5% 5% Gravidade igual 
 
4. 
Grupo de Causa (Cap. CID10) Nº de óbitos MP (%) 
CME (óbitos 
/100mil hab.) 
Algumas doenças infecciosas e parasitárias (DIP) 479 5,23 20,53 
Causas externas de morbidade e mortalidade (CE) 3ª 1.486 16,22 63,69 
Doenças do aparelho circulatório (DAC) 1ª 2.655 28,98 113,80 
9
o
. Sint sinais e achad anorm ex clín e laborat (Mal definidas) 206 2,25 8,83 
Doenças endócrinas nutricionaise metabólicas (DENM) 492 5,37 21,09 
Doenças do aparelho respiratório (DAR) 711 7,76 30,47 
Neoplasias (tumores) (NEO) 2ª 1.559 17,02 66,82 
Outras causas* 1.572 17,16 67,38 
Total 9.160 --- --- 
 Dica para a questão subjetiva: Quanto maior a proporção de óbitos por causas mal definidas, menor é 
a exatidão das análises baseadas em estatística de mortalidade 
 
 
 
 
P á g i n a | 12 
 
 
 
CLASSIFICANDO SITUAÇÕES – EPIDEMIA, ENDEMIA E 
SURTO EPIDÊMICO 
1. Durante um evento científico realizado na primeira semana de setembro de 2014, na cidade de Natal 
e na cidade do Rio Grande do Norte, surgiram 24 casos de gastroenterite aguda entre os 214 
participantes. Segundo a vigilância epidemiológica não são esperados mais de um ou dois casos de 
diarreia nestes tipos de evento. Responda: 
(a) Qual a medida epidemiológica aplicável neste caso? Calcule-a. 
(b) Como pode ser classificada esta situação - endemia, epidemia ou surto epidêmico? Justifique sua 
resposta. 
 
 
1. a) Coeficiente de incidência 11% 
b) Essa situação é um surto epidêmico. Os surtos ocorrem em locais muito específicos e limitados 
(evento) nos quais os casos tiveram a exposição ao mesmo fator de risco, possuem o mesmo quadro 
clínico e tiveram ocorrência simultânea da doença. 
 
 
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE 
1. Com respeito aos sistemas de informação, o que significa a sigla SINASC e SINAN e dê um exemplo, para 
cada um deles, um indicador possível de ser calculado com estas fontes de dados. 
 
 
1. SINASC é a sigla do Sistema de Informação de Nascidos Vivos. Com ele é possível calcular o coeficiente de 
mortalidade infantil, o coeficiente de mortalidade materna, coeficiente de natalidade, coeficiente de 
fecundidade, entre outros. 
P á g i n a | 13 
 
 
SINAN é a sigla do Sistema de Informação de Agravos de Notificação. Com ele é possível calcular o 
coeficiente de incidência, coeficiente de prevalência, coeficiente de letalidade dos agravos, entre outros. 
 
 
ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS DESCRITIVOS 1 
Para os enunciados (1) a (5) responda as seguintes perguntas: (a) tipo de estudo; (b) qual é o indicador 
epidemiológico de frequência; (c) faça os cálculos correspondentes; (d) interprete os resultados. 
1. Um estudo multicêntrico foi realizado para conhecer a frequência de ocorrência de Hepatite C, infecção 
adquirida principalmente mediante injeções com material não esterilizado. Com um protocolo único 
foram constituídas equipes em cada capital estadual para efetuar uma entrevista curta e coletar uma 
amostra de sangue para avaliar a presença de anticorpos contra o vírus que indica contato prévio 
(infecção). Os indivíduos selecionados por amostragem foram abordados em seus domicílios e avaliados 
uma única vez. De 22.000 pessoas contatadas, 550 tiveram resultados de sorologia positiva. 
2. Um grupo de pesquisadores queria investigar a frequência de ocorrência de cáries dental em crianças de 
idades em torno de 12 anos. Para efetuar a pesquisa, eles examinaram os 240 alunos nessa faixa etária 
estudando em um grande centro educacional. Constataram que 96 alunos já tinham dentes cariados, 
perdidos ou obturados. Os 144 alunos restantes foram acompanhados durante um ano sendo que, no 
final desse período, apenas 140 foram efetivamente seguidos. Destes, 7 alunos tinham desenvolvido 
processos novos de caries em um ou mais dentes. 
3. Mediante análise de dados de vigilância epidemiológica, Garrett e colaboradores (2005), analisaram o 
perfil dos 254 casos de Hantavirose notificados no país de 1999 a 2002. Ao apurar os dados sobre 
ocupação, 145 tinham profissões/ocupações relacionadas à agricultura e pecuária, 31 eram estudantes ou 
donas de casa, 56 exerciam outras ocupações e em 22 casos tal dado não foi documentado. 
4. Uma dermatologista do HUB registrou sistematicamente todos os eventos relacionados à terapia de 
pacientes portadores de hanseníase que foram atendidos no ambulatório do hospital durante 10 anos. 
Durante o acompanhamento da evolução do tratamento de cada um dos 122 pacientes, houve em 14 
deles, reações lepróticas que geraram lesões nervosas periféricas. Esta é uma complicação conhecida da 
doença e da sua terapia. 
5. Numa empresa madeireira do ocidente do Pará, foram acompanhados durante cinco anos, 250 operários 
expostos a diversos tipos de risco no ambiente de trabalho. Eram efetuados exames anuais de 
P á g i n a | 14 
 
 
audiometria e eram anotadas sistematicamente as licenças por diversas causas. No final de 5 anos, foi 
diagnosticado quadro de trauma acústico em 25 dos operários. Também foi verificado que 12 
trabalhadores tinham tido licenças médicas por acidentes de trabalho. 
6. Em um serviço de Reumatologia, foi verificado que dos 155 pacientes atendidos com artrite reumatoide 
durante um ano, 105 eram do sexo feminino. 
 
 
1. a) Estudo descritivo de âmbito populacional do tipo inquérito 
b) Coeficiente de prevalência 
c) 2,5% 
d) O estudo mostra que a cada 100 pessoas, aproximadamente, 3 são soropositivas para hepatite C. 
 
2. a) Coorte descritiva 
b) Coeficiente de incidência 
c) 5% 
d) Dica para resolução: lembre-se de que incidência demonstra risco. 
3. a) Série de casos 
b) Proporção de atributos 
c) Agricultura: 57% Estudantes: 12,2% Outras ocupações: 22% Sem documentação: 8,7% 
d) Dica para resolução: interprete cada uma das proporções. 
4. a) Estudo descritivo de âmbito clínico do tipo Coorte (clínica) 
b) Coeficiente de incidência 
c) 11,5% 
d) O acompanhamento mostra que a cada 100 pacientes em terapia para hanseníase, 11,5% tem o 
risco de vir a ter lesões nervosas periféricas. 
5. a) Coorte descritiva 
b) Coeficiente de incidência 
c) CI trauma: 10% CI de acidentes de trabalho: 5% 
d) Dica para resolução: observe o exemplo de resolução da questão 4. 
6. a) Relato de casos 
b) Proporção de atributos 
c) 68% 
d) Dica para resolução: interprete a proporção levando em conta o sexo feminino 
Esse deve ser o 
padrão das suas 
respostas. 
P á g i n a | 15 
 
 
 
ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS DESCRITIVOS 2 
Para os enunciados de (1) a (4), responda às seguintes perguntas: (a) tipo de estudo; (b) qual é o indicador 
epidemiológico de frequência; (c) faça os cálculos correspondentes; e (d) interprete os resultados. 
1. Em um estudo, foi analisado o perfil das crianças que utilizavam oxigenoterapia domiciliar devido à 
hipoxemia crônica. Avaliou-se 40 crianças que realizavam acompanhamento no Serviço de 
Pneumologia do Hospital da Criança Santo Antônio, em Porto Alegre. Em 30 pacientes, o 
fornecimento de oxigênio foi por aparelho concentrador e, em 10, através de cilindros com válvula. 
Dos 40 pacientes, 29 eram do sexo masculino. 
2. Um estudo foi realizado para verificar a frequência da doença celíaca em crianças no Recife. A 
doença celíaca é uma enfermidade frequente que afeta crianças e adultos, cujo diagnóstico e 
tratamento precoces previnem complicações e mortes. A população do estudo foi formada por 
crianças maiores de 2 anos e adolescentes, abordadas em domicilio. A abordagem foi realizada em 
um único dia, em que foram coletados dados e uma amostra de sangue para a avaliação da presença 
de anticorpos da classe IgA. Das 831 crianças participantes do estudo, 433 eram do sexo feminino e 
398 do sexo masculino. A avaliação foi positiva em 16 crianças. 
3. A algia pélvica constitui ainda nos dias de hoje um grande enigma para os clínicos. Pacientes com 
esse sintoma são submetidos a diferentes regimes de tratamento clínico e cirúrgico, sem sucesso. Um 
estudo realizou uma intervenção conhecida como vídeo-minilaparoscopiapara verificar a aceitação 
do método em pacientes com esse sintoma. Foram acompanhadas 32 pacientes com algia pélvica, 
com idade média de 30 anos. Para analisar a tolerância do método, foram aplicados dois 
questionários referentes ao desconforto observado durante o procedimento. Apenas uma relatou dor 
durante o procedimento. 
4. Um pesquisador acompanhou durante 10 anos um grupo de trabalhadores pertencentes a duas 
indústrias de cimento-amianto. Foram realizados dois exames pulmonares, um no começo e outro no 
final do período. De 1300 operários em que o exame inicial foi normal, 120 desenvolveram asbestose. 
5. Um grupo de pesquisa conduziu um estudo para verificar qual a frequência de hipertensão arterial 
referida em município do interior de SP. Uma amostra probabilística aleatória e múltiplos estágios 
foi obtida. Desta forma, 2050 pessoas foram visitadas em seus domicílios e responderam um 
questionário. 341 pessoas acima de 18 anos declararam serem hipertensas. Os sujeitos não foram 
acompanhados. 
 
 
P á g i n a | 16 
 
 
 
1. a) Estudo descritivo de âmbito clínico do tipo série de casos 
b) Proporção de atributos 
c) Proporção aparelho concentrador de ox.= 30/40=0,75x100=75% 
 Proporção 
cilindros
= 10/40=0,25x100=25% 
 Proporção 
masculina
=29/40=0,725x100= 72,5% 
 População feminina: 40-29= 11 
 Proporção 
feminina
=11/40=0,275x100=27,5% 
d) De acordo com o estudo, mais da metade dos pacientes em acompanhamento utilizam o aparelho 
concentrador de oxigênio e, também, mais da metade dos pacientes atendidos pelo serviço são do 
sexo masculino. 
2. a) Soroprevalência 
b) Coeficiente de prevalência 
c) CP = 1,9% 
 Adicionais: Proporção
feminina
= 52% Proporção
masculina
= 47,9% 
d) Dica para resolução: prevalência não demonstra risco e para interpretação basta utilizar o resultado 
do coeficiente de prevalência. 
3. a) Estudo descritivo de âmbito clínico do tipo coorte clínica 
b) Coeficiente de incidência 
c) CI=1/32=0,031x100=3,1% 
d) Em pacientes com algia pélvica, o risco de sentir dor durante a vídeo-minilaparoscopia é de, 
aproximadamente, 3%. 
4. a) Coorte Descritiva 
b) Coeficiente de incidência 
c) CI= 9,23% 
d) Dica para resolução: observe o exemplo de resolução da questão 3. 
Esse deve ser o 
padrão das suas 
respostas. 
P á g i n a | 17 
 
 
5. a) Inquérito 
b) Coeficiente de prevalência 
c) CP= 16,6% 
 
 
TRANSIÇÃO E TENDÊNCIAS DOS INDICADORES 
 
1. Na figura acima se apresentam as pirâmides etárias relativas ao Brasil para os anos de 1950 a 2010. 
Com base em esta figura responda: (a) Descreva as mudanças ocorridas na estrutura etária da 
população residente no País nas ultimas décadas; (b) Mencione dois fatores envolvidos no processo 
de transição demográfica; e, (c) Quais as mudanças nos padrões de adoecimento (morbidade) e de 
mortalidade da população esperadas com o processo de transição demográfica? Justifique a sua 
resposta. 
 
 
1. a) Dica para resolução: 1950 - a população brasileira tinha muitos jovens e uma altíssima taxa de 
fecundidade. 1991 - percebe-se nitidamente pela imagem uma diminuição importante na fecundidade e 
aumento do topo da pirâmide, devido à melhora na expectativa de vida. 
b) Diminuição da quantidade de nascidos vivos (queda da fecundidade) e aumento da expectativa de 
vida (aumento da longevidade). 
P á g i n a | 18 
 
 
c) Dica para resolução: A cronicidade das doenças está relacionada com idades mais avançadas. 
Atualmente, percebe-se um aumento das doenças crônicas, assim como o aumento dos óbitos 
relacionados a essas doenças. Ainda estão presentes as doenças infecciosas/parasitárias, mas teve uma 
queda considerável com o passar dos anos. Percebe-se também um aumento dos óbitos por neoplasias, 
doenças circulatórias e causas externas, muito relacionadas ao processo de “modernização” do país. 
 
 
ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS ANALÍTICOS 
Para as questões abaixo, responda: 
(a) Qual é o tipo de estudo? (b) Quais são as medidas de frequência e associação? (c) Elabore uma tabela 
2x2 e faça os cálculos pertinentes; (d) Interprete o resultado; 
1. Uma pesquisadora queria saber se o hábito de fumar estava relacionado com a ocorrência de uma 
doença mais ou menos frequente: infecção respiratória de repetição. Para saber se há associação, a 
pesquisadora acompanhou durante 3 anos uma população de 1000 pessoas selecionadas por 
amostragem probabilística da população adulta do seu município. Durante o período de 
acompanhamento, 300 delas foram fumantes e houve 100 casos novos da doença: 50 aconteceram 
em fumantes e 50 em não fumantes. 
2. Pesquisadores queriam saber a influência de uma dieta rica em açúcar e o índice de CPO (dentes 
cariados, perdidos ou obturados). Para atingir esse objetivo, selecionaram trabalhadores de uma 
fábrica de chocolates e balas e os entrevistaram, avaliando o consumo destas guloseimas. Os 
trabalhadores foram submetidos a um único exame odontológico para avaliar CPO. O estudo revelou 
que, de um total de 500 trabalhadores entrevistados e examinados, 320 consumiam habitualmente 
esses produtos enquanto os 180 restantes, tão só esporadicamente. Dentre os consumidores habituais, 
160 tinham pelo menos um dente CPO; dentre os esporádicos, apenas 45 tinham pelo menos um 
dente CPO. 
3. Um grupo de pesquisa em angiologia queria saber qual é a eficácia do uso de pomadas anti-
inflamatórias para evitar complicações nos casos de flebite (inflamação de veias periféricas). Para o 
estudo foram selecionados 100 pacientes com diagnóstico de flebite, tendo sido excluídos 
previamente aqueles com hipertensão arterial, aqueles com varizes avançadas com comprometimento 
cutâneo (úlceras e outros comprometimentos da pele). Os pacientes foram divididos em dois grupos 
iguais por sorteio sendo o grupo 1 submetido a terapia padrão + pomada anti- inflamatória; o grupo 2 
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realizou apenas o tratamento padrão. No final de um acompanhamento de 10 dias, todos foram 
avaliados sendo que apresentaram complicações, 6 pacientes do grupo 1, e 12 do grupo 2. 
4. Um pesquisador queria saber os fatores de risco para adenocarcinoma de pâncreas (AC-P), uma 
doença cuja ocorrência é rara. Um dos fatores estudados foi o consumo de bebidas alcoólicas. Em 
um hospital de referência, foram selecionados 27 pacientes com diagnóstico comprovado de AC-P e, 
para cada um deles, foram selecionados 2 indivíduos sadios, do mesmo sexo, da mesma idade + 2 
anos e que morassem na mesma localidade. Um dos antecedentes avaliados foi o de etilismo, sendo 
que dentre os portadores de AC-P, 11 pacientes referiam consumo frequente (mais de 3 vezes na 
semana) de bebida alcoólica, em quantidades maiores a 5 doses de destilado / latas de cerveja por 
evento, e durante mais de 15 anos. Tal nível de consumo de álcool era referido por 8 dos indivíduos 
sem a doença. 
5. Um grupo de pesquisa conduziu um estudo para investigar a frequência de hepatite C na população e 
fatores de risco associados. Numa amostra aleatória multiestágio e de conglomerados, foram 
selecionados todos os moradores de 250 domicílios selecionados em cidades da região Centro-Oeste. 
Ao todo, 1.150 moradores foram selecionados; cada um deles foi entrevistado e, simultaneamente, 
foi coletada uma amostra de sangue para sorologia (procedimento padrão de detecção de antecedente 
de hepatite C). Um dos fatores inquiridos foi o antecedente de uso de drogas injetáveis (UDI) sendo 
que apenas 60 indivíduos referiam tal antecedente. Os resultados da sorologia revelaram que 12 
pessoas eram soropositivassendo que 6 delas pertenciam aos UDI. 
6. Um hospital implementou um programa cujo objetivo era reduzir a frequência de lesões acidentais 
por instrumentos perfuro-cortantes (AICP) mediante treinamentos e estímulo à adesão às precauções 
universais de biossegurança. Para analisar o efeito da campanha, eles acompanharam os 300 
funcionários por um ano fazendo entrevistas seriadas a cada trimestre e revendo as notificações de 
acidentes (CAT). De forma simultânea, em um hospital onde não foi realizado nenhuma campanha 
semelhante e onde os 340 funcionários dependiam apenas das instruções de rotina, também foram 
realizadas entrevistas trimestrais e analisadas as CATs. Ao final de um ano, no primeiro hospital 
houve 6 acidentes entre 240 trabalhadores da saúde que haviam participado do programa e que 
haviam sido acompanhados. No segundo, houve 27 acidentes entre 300 funcionários acompanhados. 
7. No Japão, a incidência de Aids é muito baixa. À diferença da República Popular da China, a prática 
da acupuntura pode ser realizada por qualquer pessoa leiga tornando os padrões de qualidade 
terapêutica, de assepsia e antissepsia, muito variáveis. Pesquisadores de um grande hospital de 
referência queriam saber se tais práticas constituem um fator de risco para a Aids no Japão. Com esse 
objetivo, eles selecionaram 20 casos confirmados de Aids diagnosticados nos últimos 8 meses e 
referidos a esse centro. À medida que os pacientes iam sendo incluídos no estudo, foram 
P á g i n a | 20 
 
 
selecionadas duas pessoas sadias para cada doente, da mesma faixa etária e sexo, moradores da 
mesma rua dos doentes. Dos 20 doentes com Aids, 11 referiam antecedente de tratamentos com 
acupuntura praticada por leigos nos últimos 10 anos. Dentre as pessoas sadias, tal antecedente era 
relatado por 15. 
 
 
1. a) Estudo observacional analítico coorte concorrente 
b) Medida de frequência: Coeficiente de incidência 
 Medida de associação: Risco relativo 
c) 
 Infecção respiratória de repetição 
Total 
Sim (+) Não (-) 
Fumantes 50 250 300 
Não fumantes 50 650 700 
 N=1000 
CI nos fumantes = 50/300x100 =16,66% 
CI nos não fumantes = 50/700x100 = 7,1% 
RR = 16,66/7,1= 2,35 Associação positiva: > 1 
d) De acordo com a pesquisa, os fumantes têm um risco, aproximadamente, 2 vezes maior de vir a 
ter infecção respiratória de repetição do que os não fumantes. 
2. a) Estudo observacional analítico transversal 
b) Medida de frequência: Coeficiente de prevalência 
 Medida de associação: Razão de prevalência 
c) CP no consumo habitual = 50% 
 CP no consumo esporádico = 25% 
RP = 2 
Esse deve ser o 
padrão das suas 
respostas. 
P á g i n a | 21 
 
 
d) Dica para resolução: prevalência não demonstra risco e não se esqueça de colocar na 
interpretação a comparação entre os grupos. 
 
3. a) Estudo analítico experimental – Ensaio clínico randomizado- Fase III 
b) Medida de frequência: Coeficiente de incidência 
Medida de associação: Risco relativo 
c) 
 Complicações 
Total 
Sim (+) Não (-) 
Terapia padrão + 
pomada (Grupo1) 
6 44 50 
Terapia Padrão 
(Grupo 2) 
12 38 50 
 N=100 
CI no grupo 1 = 6/50x100= 12% 
CI no grupo 2 = 12/50x100= 24% 
RR = 12/24 = 0,5 Associação negativa: < 1 
Eficácia = 1-0,5x100= 50% 
d) A eficácia da pomada anti-inflamatória é de 50%, ou seja, ela reduz em 50% o risco de 
complicações no caso da flebite. Outra resposta possível: Pessoas submetidas à terapia padrão + 
pomada têm metade da incidência de complicações do que as submetidas apenas à terapia padrão. 
4. a) Caso controle 
b) Medida de frequência: Odds (Chance) 
Medida de associação: Odds Ratio (Razão de chances) 
c) OR = 3,95 
d) Dica para resolução: Os casos (pacientes com adenocarcinoma de pâncreas) têm, 
aproximadamente, ... 
5. a) Transversal 
 b) Medida de frequência: Coeficiente de prevalência 
 Medida de associação: Razão de prevalência 
P á g i n a | 22 
 
 
c) CP em UDI (+)= 0,1 CP em UDI (-)= 0,005 
 RP= 20 
6. a) Quasi-experimental 
b) Medida de frequência: Coeficiente de incidência 
Medida de associação: Risco relativo 
c) CI no hospital com campanha = 2,5% 
CI no hospital sem campanha= 9% 
RR= 0,277 
Eficácia= 72,3% 
d) Dica para resolução: a interpretação é parecida com a do ensaio clínico. 
7. a) Estudo observacional analítico caso controle 
b) Medida de frequência: Odds (Razão) 
Medida de associação: Odds Ratio (Razão de chances) 
 c) 
 Aids (+) Aids (-) 
Antecedentes de 
tratamento com 
acupuntura praticada por 
leigos 
11 15 
Sem antecedentes 9 25 
Total 20 40 
N= 60 
 OR= 11x25/9x15= 275/135= 2,03 Associação positiva: >1 
 d) Os casos (pacientes com Aids) têm, aproximadamente, 2 vezes a chance de exposição ao tratamento 
com acupuntura praticada por leigos do que aqueles que não têm aids. 
 
 
 
P á g i n a | 23 
 
 
 
VALIDAÇÃO DE TESTES DIAGNÓSTICOS 
1. O método principal e mais amplamente utilizado para rastreamento do câncer do colo do útero é o 
teste de Papanicolaou (exame citopatológico do colo do útero). Segundo a OMS, com uma 
cobertura da população-alvo de, no mínimo, 80% e a garantia de diagnóstico e tratamento 
adequados dos casos alterados, é possível reduzir, em média, de 60 a 90% a incidência do câncer 
cervical invasivo. Para verificar a utilidade desse exame na prática clínica, um grupo de 
pesquisadores realizou um estudo com mulheres que compareceram ao ambulatório saúde da 
mulher em Jundaí/SP. Das 300 mulheres examinadas, 70 eram portadoras conhecidas de CA do colo 
do útero segundo o diagnóstico de certeza proporcionado pela biópsia com colposcópio. O teste de 
Papanicolaou foi positivo em 100 mulheres, das quais 55 tiveram seu diagnóstico confirmado. 
Diante dessas informações: 
a) Calcule os parâmetros de validação (Sensibilidade, Especificidade, Valores preditivos). 
b) O teste Papanicolaou é um bom teste de triagem? Como um resultado positivo e negativo 
influencia na conduta clínica? 
c) Qual a importância dos falsos negativos e positivos em um teste de triagem? 
Enunciados 2 – 4: Calcule os parâmetros de validação (Sensibilidade, Especificidade e Valores 
Preditivos). Com base nos resultados obtidos, discuta as possibilidades de uso do PSA, da glicemia em 
jejum e da mamografia como primeiros testes de triagem na detecção precoce de CA de Próstata, 
Diabetes Melitus II e Ca de mama. Qual a utilidade dos testes na prática clínica? 
2. Para rastreamento de casos de câncer de próstata de importância clínica, foi proposta a pesquisa em 
sangue de teores de Antígeno Específico de Próstata (PSA). Para efeitos de validação, 1500 homens 
maiores de 50 anos foram submetidos a exame de sangue para pesquisa de PSA, dos quais 150 eram 
portadores conhecidos da doença segundo o diagnóstico de certeza proporcionado pela biópsia. O 
teste PSA foi positivo em 180 pessoas, das quais 60 estavam entre as que tiveram seu diagnóstico 
confirmado na biópsia. 
3. O Diabetes Mellitus do tipo II (DM-II) é um distúrbio metabólico que pode afetar a 10-15% da 
população adulta depois dos 45 anos. Um grupo de pesquisadores queria saber se a mensuração dos 
teores de glicose em jejum no sangue poderia ser utilizado para teste de rastreamento de DM-II. Um 
exame confirmatório ulterior (tolerância á glicose + níveis de insulina) revelaram quem era ou não 
diabético.Foram realizados testes (glicose em jejum) em 10.000 pessoas maiores de 25 anos de uma 
P á g i n a | 24 
 
 
comunidade, sendo o resultado positivo em 2.250. O número total de pessoas em que foi confirmado 
o estado de portador de DM-II foi de 500 na comunidade. Dentre estes 500, apenas 350 tiveram 
resultados positivos de glicose em jejum. 
4. Na década de 1980, foi realizado um estudo de rastreamento de câncer de mama (CA), envolvendo 
15 centros assistenciais do Canadá. 44.718 mulheres foram submetidas à mamografia, sendo que 
foram obtidos 3.067 resultados positivos. Dentre estas mulheres foi confirmada a presença de CA em 
226 mulheres. Infelizmente, em 76 mulheres cujas mamografias haviam sido negativas, foi 
verificada a presença de CA nos doze meses ulteriores. 
5. Compare as duas estratégias de rastreamento e diga qual seria melhor para um país como o 
Brasil, a partir dos cálculos de sensibilidade, especificidade e valor preditivo positivo (VPP). 
Uma das prioridades dos serviços é a detecção precoce do câncer de mama para tratamento oportuno. 
Um dos testes propostos para rastreamento da população com a doença é o autoexame da glândula 
mamária. Um outro é a execução de mamografias. O custo da campanha na mídia para conscientização 
da população feminina e treinamento dos serviços para autoexame é de R$ 200.000 / ano. O custo da 
execução de mamografias é de R$ 20.000.000 / ano. 
Em um país, 40.000 mulheres foram submetidas a mamografia; dos 2.800 casos suspeitos à 
mamografia, 280 foram comprovados por biópsia. Infelizmente foi comprovado posteriormente 
que 120 pessoas cujo diagnóstico foi negativo na mamografia, foram diagnosticadas ulteriormente com 
câncer. 
Em um outro país, 50.000 mulheres fizeram autoexame de mama, e em 30.156 casos houve suspeita 
de câncer, dos quais apenas 396 foram comprovados por biópsia e outros meios. Foi comprovado 
posteriormente que 4 pessoas que não haviam sido classificadas como suspeitas, foram diagnosticadas 
ulteriormente com câncer. 
 
 
 
 
 
 
 
P á g i n a | 25 
 
 
 
1. a) 
Teste de Papanicolaou Biópsia com colposcópio Total 
CA (+) CA (-) 
Positivo 55 45 100 
Negativo 15 185 200 
Total 70 230 N= 300 
 
Sensibilidade: 55/70 x 100= 78,5% 
Especificidade: 185/ 230 x 100= 80,4% 
VPP: 55/100 x 100= 55% 
VPN: 185/200 x 100= 92,5% 
b) Um bom teste de triagem é aquele que consegue capturar a maior quantidade de indivíduos 
doentes possíveis. Para isso é necessário um teste com boa sensibilidade. O teste Papanicolaou apesenta 
uma sensibilidade relativamente boa (78,5%) predizendo uma quantidade baixa de FN, então, é adequado 
para a realização de triagem de CA de colo de útero. O teste ainda apresenta uma boa especificidade 
(80,4%) o que é bom quando se leva em consideração a doença (CA de colo do útero) e os danos que um 
resultado FP pode causar. Lembrando que, quanto maior a especificidade menor será a quantidade de FP. 
Diante de um resultado positivo e negativo, deve-se avaliar os resultados dos valores preditivos para 
decidir a conduta clínica do caso. O teste Papanicolaou apresenta um VPP mediano (55%), então, diante de 
um resultado positivo não seria possível dar o diagnóstico de CA e sim uma suspeita; para fechar o 
diagnóstico seriam necessários exames complementares. O teste ainda apresenta um ótimo VPN (92,5%), 
então, diante de um resultado negativo do teste é possível dizer com uma boa certeza que a mulher não 
tem a doença. 
c) Em relação à triagem, um aspecto importante dos falsos positivos é que todas as pessoas que foram 
rastreadas terão que retornar para a realização de exames mais sofisticados e caros. Isso gera gastos 
desnecessários e sobrecarga no sistema quando se considera um FP. Além do mais, gera-se ansiedade e 
preocupação por ter sido classificada como “positiva”. 
A importância dos falsos negativos depende da severidade e natureza da doença rastreada, da 
efetividade das medidas de intervenção, e se essa intervenção é efetiva quando for realizada no início da 
Esse deve ser o 
padrão das suas 
respostas. 
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doença. Se uma pessoa tem uma doença, mas é erroneamente informada que o teste é negativo, e se a 
doença é séria e existe uma intervenção efetiva disponível, essa se torna uma situação crítica. Em algumas 
situações, como o câncer, um resultado negativo poderia resultar em uma sentença virtual de morte. 
2. Sensibilidade= 40% 
Especificidade= 91% 
Valor preditivo positivo= 33% 
Valor preditivo negativo= 93% 
3. Sensibilidade= 70% 
Especificidade= 80% 
Valor preditivo positivo= 15,5% 
Valor preditivo negativo= 98% 
4. Sensibilidade= 74,8% 
Especificidade= 93,6% 
Valor preditivo positivo= 7,36% 
Valor preditivo negativo= 99,8% 
5. País 1 
Sensibilidade= 70% 
Especificidade= 93,6% 
Valor preditivo positivo= 10% 
Valor preditivo negativo= 99,6% 
País 2 
Sensibilidade= 99% 
Especificidade= 40% 
Valor preditivo positivo= 1,3% 
Valor preditivo negativo= 99,9%

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