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Doenças do Esôfago

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Doenças Não Neoplásicas do Esôfago Atresia, fístulas e duplicações geralmente são 
descobertas logo após o nascimento — regurgitação durante alimentação — e devem ser 
corrigidas imediatamente. Atresia: cordão não canalizado fino substitui um segmento do 
esôfago. Ocorre geralmente ao nível da bifurcação traqueal e pode estar associado a uma 
fístula — liga bolsas esofágicas inferiores ou superiores a um brônquio ou traqueia. Essa 
conexão do esôfago com a traqueia pode resultar em aspiração, sufocação, pneumonia ou 
desequilíbrio hidroelétrolítico Estenose: estreitamento geralmente causado por inflamação e 
formação de cicatrizes, que pode ser causada por refluxo gastroesofágico crônico, 
irradiação ou lesão cáustica. Pode causar disfagia Acalasia: relaxamento incompleto do 
Esfíncter Esofágico Inferior, aumento do tônus do EEI e aperistalse do esôfago Acalasia 
primária: falha de neurônios inibitórios do esôfago distal (idiopática) Acalasia secundária: 
doença de Chagas — destruição do plexo mioentérico, falha de relaxamento do EEI e 
dilatação do esôfago Marcella Caruso XXIVD Varizes Esofágicas: *sangue venoso a partir 
do TGI vai para o fígado através da veia porta e depois atinge VCI As doenças que 
impedem esse fluxo (estase) podem causar hipertensão portal, levando ao desenvolvimento 
de varizes esofágicas, podendo causar hemorragia Principais causas: cirrose e 
esquistossomose hepática Varizes podem ser detectadas por angiografia e aparecem como 
veias dilatadas tortuosas Características clínicas: geralmente assintomáticas mas sua 
ruptura pode causar hemorragia e hematêmese maciça Lacerações de Mallory-Weiss: 
Associadas a náuses ou vômitos severos — como em intoxicação alcoólica aguda Durante 
vômitos prolongados, relaxamento reflexo da musculatura gastroesofágica é falho, 
resultando em distensão da parede esofágica fazendo com que ela se rasgue. Os pacientes 
apresentam hematêmese. Lacerações geralmente são superficiais e não necessitam de 
intervenção cirúrgica Relaxamento e alargamento do esfíncter é tão intenso que ele 
lacera/rompe junção gastroesofágica Esofagite Química e Infecciosa: Lesão da mucosa do 
esôfago por substâncias irritantes como álcool, ácidos, líquidos quentes, tabagismo, 
comprimidos medicinais que podem alojar-se — geralmente provocam odinofagia e em 
casos mais graves hemorragia, estenose ou perfurações. Ocorre ulcerações e acúmulo de 
neutrófilos Esofagite infecciosa é mais comum em imunodeprimidos. Pode ocorrer por vírus 
herpes simples (úlceras em saca-bocado), citomegalovírus (ulcerações rasas) ou fungos 
como Candida albicans Esofagite de Refluxo Causada pela Doença do Refluxo 
Gastroesofágico Raramente causa dor intensa no peito, que pode ser confundida com 
doença cardíaca Complicações: ulceração do esôfago, hematêmese, melena, esôfago de 
Barret *Hérnia de Hiato: separação da crura diafragmática e protusão do estômago para o 
tórax através da abertura resultante — sintomas são semelhantes à DRGE Esofagite 
Eosinofílica Sintomas: impactação alimentar e disfagia em adultos; intolerância alimentar e 
sintomas semelhantes à DRGE em crianças Ocorre infiltração epitelial por grande número 
de eosinófilos Tratamento com inibidor de bomba de prótons não é eficiente. Ocorre 
ausência de refluxo ácido Comum em pessoas com dermatite atópica, rinite alérgica, asma 
ou eosinofilia periférica Esôfago de Barret Complicação da DRGE crônica — metaplasia 
intestinal dentro da mucosa escamosa esofágica Maior preocupação do Esôfago de Barret é 
que ele aumenta risco de adenocarcinoma — é uma condição pré-maligna Morfologia do 
Esôfago de Barret: línguas ou placas de mucosa vermelha aveludada; presença de Células 
Caliciformes no esôfago Diagnóstico requer endoscopia e biópsia Marcella Caruso XXIVD 
Doença de Refluxo Gastroesofágico: Esofagite ocorre quando o ácido gástrico e a pepsina 
refluídos causam necrose da mucosa esofágica — acarreta erosões e úlceras Mecanismos 
responsáveis pela incompetência da junção esofagogástrica: - relaxamentos transitórios do 
EEI (reflexo vasovagal no qual o relaxamento do EEI é estimulado pela distensão do 
estômago) - hipotensão do EEI - distorção anatômica da junção esofagogástrica, inclusive 
por hérnia de hiato Fatores que agravam o refluxo: obesidade abdominal, gravidez, estados 
de hipersecreção gástrica, retardo do esvaziamento gástrico, supressão da peristalse 
esofágica e glutonaria Sintomas: pirose e regurgitação principalmente; disfagia e dor 
torácica também podem ocorrer No caso de disfagia persistente, refluxo crônico pode 
resultar no desenvolvimento de estenose péptica ou adenocarcinoma Síndromes 
extraesofágicas: tosse crônica, laringite, asma e erosões dentárias; faringite, bronquite 
crônica, fibrose pulmonar, sinusite crônica, arritmias cardíacas, apneia do sono e 
pneumonia de aspiração repetida Diagnóstico diferencial: é importante diferenciar de outras 
causas de esofagite, doença ulcerosa péptica, cólica biliar, doena arterial coronariana 
Investigação pode ser feita por endoscopia, radiografia contrastada de TGI, biópsia da 
mucosa

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