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UFPE - Ca´lculo 2 - 1o E.E. - 05/04/2017 GABARITO 1) Considere a func¸a˜o f (x, y) = xy2 3x2 + y4 . (a) (0,5 pto.) Determine D = Dom(f ), o domı´nio de f . Soluc¸a˜o: a u´nica situac¸a˜o em que poder´ıamos ter problemas com tal frac¸a˜o e´ quando 3x2 + y4 = 0 . Como para todo (x, y) temos 3x2 + y4 = 0 se, e somente se, (x, y) = (0, 0) , enta˜o o domı´nio de f e´ D = {(x, y) ∈ R ; (x, y) 6= (0, 0)} . 2 (b)(1,0 pto.) Suponha que queiramos estender f para todo o R2, ou seja, encontrar uma func¸a˜o g : R2 → R que seja igual a f dentro de D (que voceˆ encontrou na letra (a) acima) mas que fosse definida em todo o R2. Seria poss´ıvel encontrar uma tal g que fosse cont´ınua? Justifique! Soluc¸a˜o: O u´nico ponto em R2 fora de D e´ (0, 0) . Uma tal func¸a˜o g : R2 → R seria da forma g(x, y) xy2 3x2 + y4 , (x, y) 6= (0, 0) ; k , (x, y) = (0, 0) . Observe que g e´ cont´ınua em todo (x, y) 6= (0, 0), pois coincide com a func¸a˜o racional f . Da´ı, para g ser cont´ınua, basta analisar se ha´ como estabelecer a continuidade de g no ponto (x, y) = (0, 0) . Pore´m, vamos mostrar que lim (x,y)→(0,0) g(x, y) na˜o existe, o que impossibilita existir uma tal g cont´ınua. De fato, exibiremos 2 caminhos sobre os quais g se comporta de formas distintas ao nos aproximarmos de (0, 0). Considere o caminho C = {(x, y) ∈ R2 ; y = 0 e x > 0} . Ao longo de C, temos g(x, y) = g(x, 0) = f (x, 0) = x · 02 3x2 + 04 = 0 3x2 = 0 . Portanto, temos g(x, y) C−→ 0 quando (x, y) → (0, 0) . Agora considere o caminho H := {(x, y) ∈ R2 ; x = y2 e y > 0} . Ao longo de H, temos g(x, y) = g(y2, y) = f (y2, y) = y2 · y2 3(y2)2 + y4 = y4 4y4 = 1 4 . Logo, temos g(x, y) H−→ 14 quando (x, y)→ (0, 0) . Portanto, fica claro que o limite em questa˜o na˜o existe. 2 (c) (0,5 pto.) Seria poss´ıvel encontrar uma tal g que fosse dife- rencia´vel? Justifique! Soluc¸a˜o: Na˜o, pois caso contra´rio g seria cont´ınua. 2 (d) (0,5 pto.) Seria poss´ıvel encontrar uma tal g que admitisse func¸o˜es derivadas parciais ∂f∂x e ∂f ∂y cont´ınuas? Justifique! Soluc¸a˜o: Na˜o, pois caso contra´rio g seria diferencia´vel. 2 2) Considere z = f (x, y) = x2 + xy + y2 . (a)(1,5 pto.) Determine a equac¸a˜o do plano tangente ao gra´fico de f em (1, 1); e tambe´m a diferencial dz. 2 Soluc¸a˜o: Temos ∂f∂x = 2x + y e ∂f ∂y = x + 2y . Em (1, 1), temos f (1, 1) = 3 , ∂f∂x(1, 1) = 3 e ∂f ∂y (1, 1) = 3 . Enta˜o, a equac¸a˜o do plano tangente procurada e´ z = 3 + 3(x− 1) + 3(y − 1) . A diferencial pedida e´ dada por dz = (2x + y)dx + (x + 2y)dy . 2 (b)(1,0 pto.) Numa vizinhanc¸a de (1, 1), calcule ∆z e dz conside- rando as variac¸o˜es ∆x = 0, 1 e ∆y = 0, 2. Soluc¸a˜o: Como f (1, 1; 1, 2) = 3, 97 e f (1; 1) = 3 , enta˜o ∆z = f (1, 1; 1, 2)− f (1; 1) = 0, 97 . Ademais, dz = (2 · 1 + 1) · 0, 1 + (1 + 2 · 1) · 0, 2 = 0, 9 . 2 (c)(0,5 pto.) O que significa a diferenc¸a entre os valores que voceˆ encontrou no item anterior em termos pra´ticos? Justifique! Soluc¸a˜o: Tal valor de ∆z representa a variac¸a˜o da func¸a˜o quando sa´ımos do ponto (1; 1) para o ponto (1, 1; 1, 2) . Ja´ tal dz repre- senta a variac¸a˜o da linearizac¸a˜o L (1;1) f quando sa´ımos de (1, 1) para (1, 1; 1, 2) . Em termos geome´tricos, ∆z marca a diferenc¸a de altu- ras ao andarmos sobre o gra´fico da func¸a˜o, e dz marca a diferenc¸a de alturas ao andarmos sobre o plano tangente, consirando a mu- danc¸a de (1; 1) para (1, 1; 1, 2) . Nas variac¸o˜es consideradas acima, a diferenc¸a entre os valores encontrados e´ 0, 97 − 0, 9 = 0, 07, ou 3 seja, trocar a func¸a˜o f por sua linearizac¸a˜o L (1;1) f provoca uma pe- quena diferenc¸a de 0, 07 no ca´lculo da imagem do ponto (1, 1; 1, 2). 2 3) Considere o elipsoide x2 4 + y2 9 + z2 16 = 1 . (a)(1,0 pto.) Numa vizinhanc¸a de (x, y, z) = (1, 32 , 2 √ 2) , supo- nha que conseguimos descrever o elipsoide como o gra´fico de uma func¸a˜o diferencia´vel, isto e´, escrever z = f (x, y) . Determine ∂z∂x e ∂z ∂y para (x, y, z) = (1, 3 2, 2 √ 2) . Soluc¸a˜o: Derivando implicitamente, temos 2x 4 + 2z 16 · ∂z ∂x = 0 . Em (x, y, z) = (1, 32, 2 √ 2), temos 1 2 + √ 2 4 · ∂z ∂x ∣∣∣∣ (1, 32 , 2 √ 2) = 0 ∴ ∂z ∂x ∣∣∣∣ (1, 32 , 2 √ 2) = − 2√ 2 . Analogamente, 2y 9 + 2z 16 · ∂z ∂y = 0 ∴ 1 3 + √ 2 4 · ∂z ∂y ∣∣∣∣ (1, 32 , 2 √ 2) = 0 ∴ ∂z ∂y ∣∣∣∣ (1, 32 , 2 √ 2) = − 4 3 √ 2 . 2 (b)(1,0 pto.) Nas mesmas condic¸o˜es do item anterior, considere x = 1 + r cos θ e y = 32 + r sen θ . Determine ∂z ∂r e ∂z ∂θ para (r, θ) = 4 (0, pi6) . Soluc¸a˜o: Pela regra da cadeia, temos ∂z ∂r = ∂z ∂x · ∂x ∂r + ∂z ∂y · ∂y ∂r e ∂z ∂θ = ∂z ∂x · ∂x ∂θ + ∂z ∂y · ∂y ∂θ Ale´m disso, ∂x∂r = cos θ , ∂x ∂θ = −r sen θ , ∂y∂r = sen θ e ∂y∂θ = r cos θ . Observe que para (r, θ) = (0, pi6), temos (x, y) = (1, 3 2) . Nas condic¸o˜es do item anterior, (x, y) = (1, 32)⇒ z = 2 √ 2 . Logo, em tais condic¸o˜es ∂z ∂r ∣∣∣∣ (0,pi6 ) = ∂z ∂x ∣∣∣∣ (1, 32 , 2 √ 2) · ∂x ∂r ∣∣∣∣ (0,pi6 ) + ∂z ∂y ∣∣∣∣ (1, 32 , 2 √ 2) · ∂y ∂r ∣∣∣∣ (0,pi6 ) = − 2√ 2 · √ 3 2 + ( − 4 3 √ 2 ) · 1 2 = − √ 3√ 2 − 2 3 √ 2 = −3 √ 3 + 2 3 √ 2 . Analogamente, ∂z ∂θ ∣∣∣∣ (0,pi6 ) = ∂z ∂x ∣∣∣∣ (1, 32 , 2 √ 2) · ∂x ∂θ ∣∣∣∣ (0,pi6 ) + ∂z ∂y ∣∣∣∣ (1, 32 , 2 √ 2) · ∂y ∂θ ∣∣∣∣ (0,pi6 ) = − 2√ 2 · 0 + ( − 4 3 √ 2 ) · 0 = 0 . 2 4) A tabela abaixo representa os valores, em alguns pontos, da 5 func¸a˜o f : R2 −→ R que admite derivadas parciais segundas cont´ınuas: x�y 10 20 30 40 5 4 2 5 1 10 8 7 6 5 15 10 11 8 4 20 6 5 6 7 (a)(1,5 pto.) Estime os valores de ∂f ∂x (5, 10) e ∂f ∂x (5, 20) . Soluc¸a˜o: ∂f ∂x (5, 10) ≈ f (10, 10)− f (5, 10) 10− 5 = 8− 4 5 ∴ ∂f ∂x (5, 10) ≈ 0, 8 e ∂f ∂x (5, 20) ≈ f (10, 20)− f (5, 20) 10− 5 = 7− 2 5 ∴ ∂f ∂x (5, 20) ≈ 1 .2 (b)(1,0 pto.) Estime o valor de ∂2f ∂y∂x (5, 10) . [Dica: olhe pra uma tabela de estimativas de ∂f ∂x .] Observac¸a˜o: tais estimativas devem ser coerentes com o que vimos em sala, e na˜o meras adivinhac¸o˜es. 6 Soluc¸a˜o: ∂2f ∂y∂x (5, 10) ≈ ∂f ∂x(5, 20)− ∂f∂x(5, 10) 20− 10 ≈ 1− 0, 8 10 ∴ ∂ 2f ∂y∂x (5, 10) ≈ 0, 02 .2 7
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