Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CCEN – DEPARTAMENTO DE MATEMA´TICA – A´REA2 CA´LCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL 4 SEGUNDA CHAMADA. PRIMEIRO SEMESTRE DE 2013 20 de Setembro de 2013 Nome: Respostas sem ca´lculos ou justificativas na˜o sera˜o aceitas. 1a Unidade: Encontre o conjunto soluc¸a˜o das seguintes EDO, (a) y′(x) = 2y x + x y − 2, (x 6= 0, y 6= 0). (1,5 pts) (b) (1 + x+ y) dx+ (1− x− y) dy = 0. Use um fator integrante da forma, µ(x− y). (2,0 pts) Resposta: (a) Equac¸a˜o na˜o linear e homoge´nea, e´ indicado fazer: y = x z ⇒ y′ = x z′ + z, para obter uma equac¸a˜o de varia´veis separa´veis em z(x), x z′+z = 2 z+ 1 z −2 ⇒ z dz z2 − 2z + 1 = dx x ⇒ ∫ dz z − 1+ ∫ dz (z − 1)2 = ∫ dx x . Foi feita a divisa˜o por z2 − 2z + 1 = (z − 1)2 6= 0, e usamos frac¸o˜es simples para chegar a ln(z − 1)− 1 z − 1 = lnx+ ln c ⇒ ln y − x x − x y − x = ln(c x). Quando z = 1(y = x), a divisa˜o na˜o pode ser feita e verifica-se que y(x) = x, tambe´m e´ soluc¸a˜o. (b) Veja que µ(x− y) = µ(z), logo[ µ (1 + x+ y) ] y = [ µ (1− x− y)] x ⇒ µz (1 + x+ y) + µ = µz(−1) (1− x− y)− µ Simplificando temos µz = µ ⇒ µ = ez = ex−y. Logo ϕx = e x−y (1 + x+ y) ⇒ φ? = e−y(1 + y) ∫ ex dx+ e−y ∫ x ex dx = ex−y(x+ y) + c(y) ϕy = e x−y (1− x− y) ⇒ φ? = ex(1− x) ∫ e−y dy − ex ∫ y e−y dy = ex−y(x+ y) + c(x) Assim o conjunto soluc¸a˜o vem dado como ex−y(x+ y) = c. 2a Unidade: Veja que y1(x) = x e´ uma soluc¸a˜o da EDO: x2y′′(x) + xy′(x)− y(x) = 0. (a) Encontre outra soluc¸a˜o da EDO linermente independiente com y1(x). (1,0 pts) (b) Encontre soluc¸a˜o ao problema de valores inicias { x2y′′(x) + xy′(x)− y(x) = 0 y(1) = 0, y′(1) = 2. (1,0 pts) (c) Encontre uma soluc¸a˜o particular da EDO: x2y′′(x) + xy′(x)− y(x) = 6x2. (1,0 pts) (d) Formule a soluc¸a˜o geral da EDO na˜o homoge´nea: x2y′′(x) + xy′(x)− y(x) = 6x2. (0,5 pts) Resposta: (a) Temos uma EDO linear de Euler, como sabemos as soluc¸o˜es sa˜o da forma y(x) = xn; substituindo na EDO obtemos uma equac¸a˜o de segundo grau para n, onde n = 1 e n = −1. x2 n (n− 1)xn−2 + xnxn−1 − xn = 0 ⇒ n2 − 1 = 0 ⇒ y1(x) = x, y2(x) = x −1. (b) De (a) vemos que a soluc¸a˜o geral pode ser escrita como y(x) = c1 x+ c2 x −1. y(1) = c1 1 + c2 1 −1 = 0, y ′(1) = c1 − c21−2 = 2. ⇒ c1 = 1, c2 = −1. Assim a soluc¸a˜o e´ y(x) = x− 1/x. (c) Usaremos o me´todo de variac¸a˜o dos para´metros, y(x) = c1(x)x + c2(x)x −1; onde as func¸o˜es c1(x), c2(x) sa˜o determinadas pelo sistema, c′1 x+ c′2 x−1 = 0 c′1 1− c′2 x−2 = 6 ⇒ c ′ 2 = −c′1 x2 c′1 = 3 ⇒ c2(x) = −x 3 + a2 c1(x) = 3x+ a1. Finalmente uma soluc¸a˜o particular e´ y(x) = 2x2. (d) A soluc¸a˜o geral da equac¸a˜o na˜o homoge´nea e´ dada por, y(x) = a1 x+ a2 x −1 + 2x2. 3a Unidade: Encontre a soluc¸a˜o do seguinte problema para a equac¸a˜o de Laplace no plano, (3,0 pts) φxx + φyy = 0, 0 < x < pi 2 , 0 < y < pi 2 ; φx(0, y) = 0, φ(x, 0) = 0, φ(pi2 , y) = 0, φ(x, pi 2 ) = pi 2 − x. Resposta: Encontremos soluc¸o˜es da forma, φ(x, t) = X(x) · Y (y), XxxY +XYyy = 0 ⇒ Xxx(x) X(x) = −Yyy(y) Y (y) = −λ ⇒ { Xxx(x) + λX(x) = 0, Yyy(y)− λY (y) = 0. Aqui λ = cte, o que no´s leva a duas EDO, uma para X(x) e outra para Y (y). X(x) herda as condic¸o˜es nula na fronteira, de aqui temos o Problema de Sturm Liouville φx(0, y) = Xx(0) · Y (y) = 0 ⇒ Xx(0) = 0, φ(pi2 , y) = X( pi 2 ) · Y (y) = 0 ⇒ X(pi2 ) = 0. ⇒ [ Xxx(x) + λX(x) = 0, Xx(0) = 0, X( pi 2 ) = 0. ] Como λ e´ desconhecida, temos treˆs poss´ıveis tipos de soluc¸o˜es para X(x), dependendo do sinal de λ. Para valores de λ ≤ 0 prova-se que a soluc¸a˜o e´ nula, sem interesse para no´s; Se λ > 0, X(x) = c1 cos( √ λ x) + c2 sin( √ λ x) Xx(0) = −c1 √ λ sin( √ λ 0) + c2 √ λ cos( √ λ 0) = 0, ⇒ c2 = 0, X(pi2 ) = c1 cos( √ λ pi2 ) = 0, ⇒ λn = (2n− 1)2, (n = 1, 2, . . . ) Xn(x) = c1 cos [ (2n− 1)x]. Conhecidos os λn; Yyy − (2n− 1)2Y = 0 ⇒ Yn(y) = an e(2n−1) y + bn e−(2n−1) y. A soluc¸a˜o geral apresenta a forma: φ(x, y) = ∞∑ n=1 cos [ (2n− 1)x] [an e(2n−1) y + bn e−(2n−1) y] que pelas condic¸o˜es de fronteira em y, temos φx(x, 0) = ∞∑ n=1 cos [ (2n− 1)x](2n− 1) [an − bn] = 0 ⇒ an = bn; φ(x, pi2 ) = ∞∑ n=1 cos [ (2n− 1)x] [an e(2n−1) pi2 + an e−(2n−1) pi2 ] = pi2 − x. Veja que a segunda relac¸a˜o e´ a se´rie de Fourier do cosseno para a func¸a˜o pi2 − x; assim an [ e(2n−1) pi 2 + e−(2n−1) pi 2 ] = 4 pi ∫ pi/2 0 (pi2 − x) cos [ (2n− 1)x] dx Das integrais dadas ao final da prova vemos que = 4 pi pi 2 sin [ (2n− 1)x] 2n− 1 ∣∣∣∣∣ pi/2 0 − 4 pi (2n− 1)x sin[(2n− 1)x]+ cos[(2n− 1)x] (2n− 1)2 ∣∣∣∣∣ pi/2 0 = 2 sin [ (2n− 1) pi2 ] 2n− 1 − 4 pi (2n− 1) pi2 sin [ (2n− 1) pi2 ]− cos[(2n− 1) 0] (2n− 1)2 = 4 pi 1 (2n− 1)2 , φ(x, t) = 4 pi ∞∑ n=1 cos [ (2n− 1)x] [e(2n−1) y + e−(2n−1) y] (2n− 1)2 [ e(2n−1) pi 2 + e−(2n−1) pi 2 ] . Lembrete:∫ x ea x dx = x ea x a − e a x a2 , ∫ x cos(ax) dx = a x sin(ax) + cos(ax) a2 ,∫ x sin(ax) dx = sin(ax)− a x cos(ax) a2 , BOA PROVA!!!
Compartilhar