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SEMI Adm de Micro e Pequenas Empresas 01

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Administração de Micro 
e Pequenas Empresas
Autora: Michelle da Rosa Lopes
Tema 01
As Relações com as Grandes Empresas 
e com o Estado, e os Fundamentos do 
Microempreendimento
seç
ões
Tema 01
As Relações com as Grandes Empresas 
e com o Estado, e os Fundamentos 
do Microempreendimento
Como citar este material:
LOPES, Michelle da Rosa. Administração de 
Micro e Pequenas Empresas: As Relações 
com as Grandes Empresas e com o Estado, e 
os Fundamentos do Microempreendimento. 
Caderno de Atividades. Valinhos: Anhanguera 
Educacional, 2014.
SeçõesSeções
Tema 01
As Relações com as Grandes Empresas 
e com o Estado, e os Fundamentos 
do Microempreendimento
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Conteúdo
Nessa aula você estudará: 
•	 Grandes empresas, fornecedores, clientes e organizações e seu extraordinário poder 
de barganha sobre os pequenos negócios.
•	 A dificuldade financeira nas micro e pequenas empresas, a falta de capital de giro, 
o risco operacional na busca de agentes financeiros para prover fluxo de caixa nas 
empresas.
•	 Dificuldades das empresas para sair da informalidade, e o nível de burocratização 
para regularizar uma empresa.
•	 A importância da gestão contábil e financeira nos microempreendimentos.
conteúdosEhabilidades
Introdução ao Estudo da Disciplina 
Caro(a) aluno(a).
Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro Gestão Contábil Financeira de 
Micro e Pequenas Empresas: sobrevivência e sustentabilidade, do autor, Airto J. Ferronato, 
editora Atlas, 2011.
Roteiro de Estudo:
Michelle da Rosa LopesAdministração de Micro e Pequenas Empresas 
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•	 A necessidade de bons vínculos sociais ajudam a escolher sócios, funcionários e 
contribui nas relações financeiras.
Habilidades 
Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões:
•	 Qual o principal motivo para o extermínio das micro e pequenas empresas antes de 
cinco anos de vida?
•	 Por que a regularização das empresas no Brasil é tão distinta dos outros países?
•	 Como entender o alto custo do dinheiro disponibilizado pelos agentes financeiros às 
micro e pequenas empresas?
•	 Como as empresas de pequeno porte podem ingressar com maior facilidade no 
mercado competitivo?
conteúdosEhabilidades
leituraobRiGATóRiA
As Relações com as Grandes Empresas e com o Estado, 
e os Fundamentos do Microempreendimento
As pequenas empresas brasileiras estão sobrevivendo mais. Em 2012, 26,9% das 
pequenas empresas brasileiras não conseguiram se firmar nos dois primeiros anos de vida. 
Pesquisa divulgada em 2011 indicou que a taxa de mortalidade era de 28,1% (SEBRAE, 
2011). 
Mesmo com um desempenho mais positivo as pequenas empresas estão passando por 
problemas, pois o pouco incentivo para a formalização, os impostos e as taxas ainda 
assustam os empresários das pequenas empresas. As grandes empresas nacionais e 
internacionais instaladas no território nacional conseguem benefícios que as pequenas 
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leituraobRiGATóRiA
empresas em sua totalidade nunca conseguem alcançar (FERRONATO, 2011). Visando 
alcançar à sobrevivência no mercado competitivo, as empresas de pequeno porte realizam 
parcerias com as grandes empresas da região, criando alianças estratégicas, mas muitas 
acabam fechando as portas, não aguentando a pressão do mercado nem a tributação. 
As grandes empresas possuem um grande poder de barganha, e as pequenas empresas 
não estão preparadas para este cenário, ficando à deriva com esta aliança. Poderosos 
fornecedores utilizam elevados prazos para a entrega dos produtos e prazos curtos para o 
pagamento, dificultando a vida da pequena empresa. Já os clientes das grandes empresas 
pressionam as pequenas empresas para prazos melhores ou mais longos. Dispostas a não 
perder os clientes, as pequenas empresas aceitam o prazo imposto por esses clientes, 
levando a dívidas muitas vezes impagáveis. O dinheiro demora a entrar no caixa da 
empresa, mas as contas estão todos os meses batendo na porta das pequenas empresas 
(FERRONATO, 2011).
Não é novidade para ninguém que o mercado capitalista nacional é influenciado pelas 
grandes marcas – grandes empresas –, determinando os preços para os fornecedores e 
influenciando qual preço deve chegar aos clientes, deixando a pequena empresa com pouco 
mercado a ser explorado. Os clientes possuem um papel fundamental neste processo, 
buscando produtos com maior qualidade e menor preço. Micro e pequenas empresas ficam 
de mãos atadas com este cenário (SEBRAE, 2012). 
Outro problema encontrado pela pequena empresa é a disponibilidade de créditos. Os 
agentes financiadores dificultam o acesso para estes empresários, incluindo diversas 
exigências e documentos que as empresas pequenas ficam impossibilitadas de conseguir. 
Burocracia, papelório, avalistas, entre outras solicitações, dificultam a aquisição de créditos 
a juros baixos, dificultando também o capital de giro na empresa. Taxas exorbitantes 
aos empresários são impostas, sem a opção de outras formas de créditos no mercado, 
algumas sem carência para iniciar o pagamento – diferentemente do que ocorre com as 
grandes empresas, que conseguem empréstimos com carência de até 24 meses. Enquanto 
o governo oferece juros de 8,5% ao ano para a contratação de empréstimos às grandes 
empresas, aos empresários de pequeno porte são oferecidas taxas de 2% ao mês, muito 
diferente da oferecida às grandes empresas. Uma injustiça que impossibilita o crescimento 
e o desenvolvimento das pequenas empresas em relação a diversos fatores, como 
profissionalização da mão de obra, melhor qualidade de produtos, diversificação de matéria-
prima, atração de novos investidores, entre outros, auxiliando no extermínio inconsequente 
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de muitas empresas de pequeno porte, que encerram suas atividades sem condições de 
movimentarem a ideia empreendedora do negócio inicial (FERRONATO, 2011).
Conforme dados do SEBRAE (2012), em 2006, 56% dos empregos gerados no Brasil 
provinham dos empreendimentos de micro e pequeno porte, movimentando 20% do PIB 
brasileiro e 1% das exportações.
Existe uma necessidade de os governantes visarem mais este mercado. Pode-se dizer 
que uma sequência de regulamentações governamentais certamente interfere no processo 
empreendedor, dificultando os negócios minúsculos. Inquestionavelmente, as empresas de 
micro e pequeno porte contribuem fortemente para a economia brasileira, sendo que, dos 
24,9 milhões de trabalhadores com carteira assinada, 13,1 milhão estão em MPEs. Destes, 
64,9% estão no interior (SEBRAE, 2012).
Há benefícios fiscais e algumas isenções de taxas para impulsionar as micro e pequenas 
empresas – o imposto simples, por exemplo, é um atrativo para as empresas de pequeno 
porte –, mas muito precisa ser ajustado para resolver a vida empresarial. Uma das 
consequências diretas do grande número de encerramento das empresas está atrelada ao 
problema de capital de giro. Os empresários possuem dificuldade em gestão de finanças, 
misturando pessoa jurídica com pessoa física, falta preparação adequada aos empresários, 
o que causa grande transtorno financeiro nas pequenas empresas, envolvendo o capital 
de giro. Há de se considerar a necessidade de novos caminhos para estimular o capital de 
giro nas empresas, com novas parcerias de agentes financeiros provendo taxas menores 
e carências significativas para o microempresário iniciar sua vida econômica com margem 
organizacional (FERRONATO, 2011).
Fundamentos do Microempreendimento
Dinheiro
Ao iniciar um negócio, deve-se pensar em quanto investir, na quantia certa de dinheiro 
inicial a injetar na empresa. A quantia mínima necessária para o negócio deve ser avaliada 
antes de qualquer passo a ser tomado. É esse alinhamento que vai determinar o tamanho 
da empresa, sua capacidade financeira, devendo ser flexível e enxuta. A maioria dos novos 
empreendimentos, mesmoaqueles com alto potencial, não exige muito capital inicial. Primeiro 
o proprietário do negócio inicia com seus recursos existentes (tangíveis ou intangíveis) e, na 
sequência, procura parceiros ou financiadores para contribuir com a abertura da empresa.
leituraobRiGATóRiA
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leituraobRiGATóRiA
 A Contabilidade Microempresarial
As micro e pequenas empresas não são diferentes das demais, necessitam de controle 
contábil para sua gestão ter sucesso. A falta de aptidão em gestão contábil e financeira é 
um fator básico de insucesso entre pequenas empresas.
O balanço patrimonial é a fotografia financeira da empresa, é uma demonstração estática 
e sintética que tem por finalidade apresentar os bens, direitos, obrigações e o capital 
pertencente aos proprietários da empresa. É possível a integralização de capital social, 
parte em moeda e parte com a entrega de outros móveis, desde que possa ser avaliada 
em termos econômicos. O balanço patrimonial possui dois lados (Figura 1.1) de igual valor 
e três partes distintas: o lado esquerdo está representado pelo Ativo e o lado direito, pelo 
Passivo e pelo Patrimônio Líquido. Haverá sempre uma origem, uma aplicação de recursos 
de igual valor, e o valor do débito será sempre igual ao valor do crédito. Ativo = Passivo + 
Patrimônio Líquido.
Balanço Patrimonial – 01.12.2008
ATIVO PASSIVO + Patrimônio Líquido
Conta em Movimento 
no Banco do Brasil
RS 15.000 Capital Social RS 15.000
Totais RS 15.000 Totais RS 15.000
Fonte: Ferronato (2011, p. 76).
Figura 1.1 Balanço Patrimonial
O Ativo demonstra quanto a microempresa possui de recursos, sendo o conjunto de todos 
os bens e diretos da empresa. Um Ativo é qualquer coisa que tenha valor econômico. O 
Passivo tem um significado negativo e expressa as dívidas ou capitais de terceiros da 
pequena empresa. São financiamentos obtidos pela microempresa. O lado direito do balanço 
patrimonial diz respeito ao Patrimônio Líquido, que representa o capital próprio e evidência 
os recursos dos proprietários aplicados no microempreendimento. Sendo A-P=PL. O capital 
social é simplesmente o dinheiro dos proprietários investido no negócio.
Um dos problemas encontrados nas micro e pequenas empresas é a utilização demasiada 
de recursos para diversos fins, pessoais e organizacionais. O empresário confunde o 
dinheiro da empresa com seu dinheiro, quando deve existir distinção de contas para facilitar 
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a contabilidade da empresa. Dinheiro da empresa não é do dono, e isso deve ficar bem 
claro. O proprietário possui o pró-labore, que deve ser um valor considerável, mas que não 
pode ultrapassar nem exagerar os limites. Esta confusão de contas é uma das causas do 
desaparecimento de muitas micro e pequenas empresas.
Tecnologia nas Pequenas Empresas
A tecnologia – como um conjunto de conhecimentos mínimos para operar o negócio e gerir 
uma atividade privada – corresponde ao conhecimento acumulado dos proprietários/ou 
colaboradores e deve ser disseminada ao longo da vida empresarial. As empresas devem 
conter o saber técnico e gerencial antes de abrirem as portas. A microempresa moderna 
precisa estar atenta às novas tecnologias e aos novos conceitos de modelo de gestão. Isso 
facilita novas oportunidades que possibilitam que as pessoas façam coisas de forma mais 
produtiva. Quanto mais conhecimento o microempresário tiver, maior a probabilidade de 
identificar melhorias no produto e nos processos produtivo e gerencial.
Relações
O investimento das pequenas empresas não está diretamente atrelado apenas a recursos, 
e sim a conhecimentos externos, a buscar completar as relações com fornecedores, 
investidores, concorrentes e clientes, o que fortalece o negócio e torna conhecido o nome 
da pequena empresa. Em mercados concorridos e disputados, é fundamental conhecer 
as pessoas certas para ajudar, além de ter e manter relacionamento saudável com a 
comunidade local, contribuindo para uma boa relação com os financiadores.
A cadeia de relações espontâneas precisa ser construída, muito bem elaborada e, com 
grande esforço e intensidade, manter-se continuamente retroalimentada, na medida certa e 
bem-direcionada. Conquistar o apoio de todos os parceiros poderá ser uma boa estratégia 
para qualquer empresa, independentemente de seu tamanho, para as micro e pequenas 
empresas.
Os Riscos do Pequeno Negócio
Escolher corretamente a localização do negócio, quanto se deve investir, quais pessoas 
contratar, o nível de conhecimento suficiente e a busca de novas informações contribui para 
o sucesso da pequena empresa, mas é preciso avaliar o risco que impacta todo negócio, 
sendo muito volátil no mercado competitivo atualmente. É preciso saber qual nível de risco o 
microempresário está disposto a correr para entrar neste mercado. Os riscos são variados: 
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financeiros, da carreira, das famílias, psicológicos, entre outros. Todas as dimensões 
são importantes, porém o risco financeiro deve ser discutido com maior preocupação 
quando esse risco é sanado e os demais podem ser excluídos ou amenizados. Não existe 
formulação matemática infalível para medir o grau de risco, mas se o microempreendedor 
estiver disposto a buscar ajuda é mais fácil evitar o fracasso. 
O planejamento é importantíssimo nesta fase da empresa, e seguir algumas regras torna o 
risco menor. As pequenas empresas precisam estabelecer dois critérios básicos: uma parte 
dos lucros anuais deve ser mantida na microempresa para enfrentar perdas imprevistas; 
a contratação de seguro para o compartilhamento dos riscos constitui-se em uma forma 
eficaz de redução da parcela dos ricos.
linksiMPoRTAnTEs
Quer saber mais sobre o assunto? 
Então:
Sites
Leio o artigo: MARTINS JR., Antônio. Três desafios das micro e pequenas empresas para 
se destacar no mercado. Disponível em:<http://www.enfoquenet.com.br/administracao-2/
tres-desafios-das-micro-e-pequenas-empresas-para-se-destacar-no-mercado/>. Acesso 
em: 02 jan. 2014.
Veja o fórum: INOHARA, André. Gestor financeiro nas pequenas empresas tem desafios 
de assessorar o empreendedor sobre o valor do negócio. Disponível em: <http://www.
amcham.com.br/competitividade-brasil/noticias/gestor-financeiro-nas-pequenas-e-medias-
empresas-precisa-assessorar-o-empreendedor-sobre-o-valor-do-negocio>. Acesso em: 02 
jan. 2014.
leituraobRiGATóRiA
12
Leia a pesquisa: Mortalidade das pequenas empresas diminui, diz SEBRAE. Disponível 
em: <http://exame.abril.com.br/pme/noticias/mortalidade-das-pequenas-empresas-diminui-
diz-sebrae?page=2>. Acesso em: jan. 2014.
A taxa de sobrevivência das empresas é maior na indústria; o Sudeste está acima da média 
nacional.
Vídeos
Assista ao vídeo: Micro e pequenas empresas respondem por 30% das compras 
governamentais. Disponível em: <www.youtube.com/watch?v=bVPKH1LrXnM>. Acesso 
em: 20/07/2016.
A reportagem mostra a participação das micros e pequenas empresas nas licitações 
governamentais.
Veja o vídeo: Criação da secretaria da micro e pequena empresa. Disponível em: <http://
www.youtube.com/watch?v=tetEcESj1v0>. Acesso em: jan. 2014. 
A reportagem aponta as necessidades das micro e pequenas empresas e os benefícios de 
sua criação.
agoraéasuAvez
Instruções: 
Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções 
das questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão 
você no preparo para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente 
os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido e para o modo de 
resolução de cada questão. Lembre-se: você pode consultar o Livro-Texto 
e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema.
linksiMPoRTAnTEs
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Questão 1:
São duras as punições ao microempresário, 
desde o extrativista do norte do país até 
aquele que planta cebola no extremo sul 
da pátria. Licenciamentos ambientais,de 
saúde, de segurança do trabalhador são 
imprescindíveis. Contudo, desajustados 
da realidade estão as formalidades e 
os padrões de refinamento requeridos 
para a elaboração de projetos que, 
pela complexidade, sempre exigem a 
contratação de profissionais especializados 
e caros.
Como os micro e pequenos empresários 
podem resolver este problema?
Questão 2:
De qual modo as micro e pequenas 
empresas sofrem com a interferência do 
poder de barganha dos fornecedores?
a) Essa interferência auxilia na 
competitividade das micro e pequenas 
empresas.
b) Essa interferência cria condições 
favoráveis para desenvolver as empresas 
de pequeno porte.
c) Em um primeiro momento, essa 
interferência causa a liquidez e, logo 
adiante, a solvência da pequena empresa.
d) Os poderosos fornecedores 
impulsionam os mercados internos. 
e) Essa interferência causa a solvência 
da pequena empresa.
Questão 3:
Pesquisas realizadas pelo SEBRAE, em 
2004, demonstraram que o principal motivo 
da mortalidade da pequena empresa 
concentra-se na falta de: 
a) Capital de giro.
b) Infraestrutura.
c) Conhecimento.
d) Tecnologia.
e) Mão de obra.
Questão 4:
A maioria dos novos empreendimentos, 
mesmo aqueles com alto potencial, não 
exige muito capital inicial, sabendo-se que, 
na base inicial das teorias e das práticas 
das finanças, as várias formas de aporte 
do dinheiro precisam ser vistas, no mínimo, 
sob dois níveis. Assinale quais são esses 
dois níveis:
a) Técnico e financeiros.
b) Conhecimento tácito e explícito sobre 
o novo negócio.
agoraéasuAvez
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c) Alocação de dinheiro do proprietário e 
contribuição dos capitais de terceiros.
d) Alocação de dinheiro dos proprietários 
e contribuição do governo. 
e) Contribuição de capital de terceiros e 
do governo.
Questão 5:
O que significa capital social?
a) Investimento dos proprietários na 
microempresa.
b) Investimento do governo na 
microempresa.
c) Investimento de terceiros na 
microempresa.
d) Fluxo de caixa da empresa. 
e) Recursos disponíveis para ações sociais.
Questão 6:
Uma empresa de pequeno porte solicita 
seus serviços de consultoria para verificar as 
falhas e desenvolver ações no departamento 
financeiro. Após um diagnóstico, e algumas 
análises, descobre que as contas pessoais 
dos três sócios estão juntas às da empresa. 
Neste momento, você deve tomar algumas 
decisões para não impactar negativamente 
seu trabalho e conseguir demonstrar a 
importância de uma boa gestão financeira.
Desenvolva objetivamente quais ações 
você deverá seguir nesta situação.
Questão 7:
O balanço patrimonial é a fotografia da 
posição financeira e patrimonial da empresa. 
Em outros termos, o balanço patrimonial 
é uma demonstração estática e sintética 
que tem por finalidade apresentar bens, 
direitos, obrigações e o capital pertencente 
aos proprietários da microempresa.
Conforme o conceito apresentado sobre 
a importância do balanço patrimonial, 
construa um balanço patrimonial com as 
seguintes informações: Capital Social 
R$ 20.000,00; Caixa Banco do Brasil R$ 
10.000,00; Caixa empresa R$ 3.000,00; 
Equipamento e Eletrônicos R$ 1.000,00; 
Móveis R$ 3.000,00; Treinamento e 
Capacitação R$ 3.000,00.
Questão 8:
Na administração das micro e pequenas 
empresas deve-se levar em consideração 
algumas ações voltadas à gestão financeira 
da empresa. Primeiramente, uma parte dos 
lucros deve ficar na microempresa para 
enfrentar perdas imprevistas; em segundo 
lugar, está a contratação de seguro para o 
compartilhamento dos riscos.
Pesquise um caso de sucesso de 
microempresas que realizaram reservas 
agoraéasuAvez
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financeiras para enfrentar perdas 
imprevistas, assim como um caso de 
insucesso de microempresas que não 
realizaram reservas. Escreva suas 
considerações sobre esses casos.
Questão 9:
Pequenas empresas do setor de móveis de 
madeiras se uniram para comprar, vender, 
fabricar, treinar e desenvolver inovações 
em determinada região do país. Esta 
iniciativa aconteceu pelo fato de várias 
empresas de grande porte estarem se 
instalando no mercado. Com base em seu 
conhecimento sobre parcerias e relações 
com fornecedores, concorrentes e clientes, 
responda: quais as vantagens desta união 
das pequenas empresas de móveis?
Questão 10:
Em 2006, as pequenas e microempresas 
representavam 98% dos empreendimentos 
formais brasileiros. Na mesma época, 
havia cinco milhões de micro e pequenas 
empresas, cujo setor gerava 56% dos 
empregos, 26% da massa salarial e 20% 
do Produto Interno Bruto.
Depois de assistir às teleaulas e ler o Livro-
Texto, realize uma análise da forma como o 
governo vem tratando as micro e pequenas 
empresas.
 
agoraéasuAvez
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Neste tema, você aprendeu sobre a importância da Administração de Micro e Pequenas 
Empresas. Foram abordadas as relações com as grandes empresas e com o Estado, 
visualizando o poder de barganha dos grandes empresários, fornecedores e clientes, os 
impactos que o governo traz com as reduções de taxas para as grandes empresas, os 
reflexos fiscais aos micro e pequenos empresários. Foram visualizados os fundamentos 
do microempreendimento, abordando a necessidade de boas relações com agentes 
financeiros, com parcerias de outras empresas para desenvolver novas tecnologias, os 
riscos dos empresários ao iniciarem um empreendimento, as preocupações em reservar 
fundos para futuras necessidades empresariais.
Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar 
sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!
finalizando
BORBA, Gabriel Spera. Os desafios das Micro e Pequenas Empresas no Brasil do século 
XXI. São Paulo: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2006. (Monografia)
FERRONATO, Airton J. Gestão Contábil Financeira de Micro e Pequenas Empresas: 
sobrevivência e sustentabilidade. São Paulo: Editora Atlas, 2011. 
MARTINS JR., Antônio. Três desafios das micro e pequenas empresas param se destacar 
no mercado. 2012. Disponível em: <http://www.biblioteca.sebrae.com.br/bds/bds.nsf/7EFD
67C271E08EEB83257247007DBFBC/$File/mono.prn.pdf>. Acesso em: jan. 2014.
referências
17
SEBRAE. Mortalidade das pequenas empresas diminui, diz SEBRAE. Disponível em: 
<http://exame.abril.com.br/pme/noticias/mortalidade-das-pequenas-empresas-diminui-diz-
sebrae?page=2>. Acesso em: jan. 2014.
glossário
Exorbitante: excede os limites, passa da conta.
Intangível: aquilo que não tem existência física.
Pró-labore: é a remuneração realizada pelos sócios, diretores ou proprietários.
Retardação: lenta evolução, ato de retardar, parar.
Tangível: permite fazer referência a tudo o que se pode tocar.
gabarito
Questão 1
Resposta: São diversas as formas de responder esta questão. Depende muito do perfil de 
conhecimento de cada acadêmico. Mas essa resposta pode conter: parcerias (compras e 
distribuições), contratar consultores especializados em grupos de pequenos empresários, 
saber onde ratear os custos para fortalecer o mercado, desenvolver um arranjo produtivo 
local para fechar a economia e não deixar novos grandes empresários entrarem no mercado, 
realizar parcerias para capacitar, treinar e desenvolver mão de obra, assim os clientes 
ficarão mais contentes.
referências
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Questão 2
Resposta: Alternativa C. O poder de barganha dos fornecedores relacionados a preços 
elevados e prazos curtos inegociáveis impacta negativamente as formas de crescimento e 
desenvolvimento econômico das micro e pequenas empresas.
Questão 3
Resposta: Alternativa A. De acordo com pesquisa apresentada pelo SEBRAE, em 2004, 
o principal motivo da mortalidade das pequenas empresas se concentra na falta de capital 
de giro.
Questão 4
Resposta: Alternativa C.Conforme o Livro-Texto, as várias formas de aporte de dinheiro 
devem ser vistas no mínimo sob dois níveis: o da alocação de dinheiro do proprietário da 
microempresa; e o da contribuição dos capitais de terceiros.
Questão 5
Resposta: Alternativa A. O capital social corresponde ao valor dos recursos investidos 
pelos proprietários da microempresa.
Questão 6
Resposta: Ações de orientações e talvez de busca de um especialista em finanças seriam 
uma boa tomada de decisão, mas se você, como consultor, conseguir disseminar na cabeça 
dos sócios que dinheiro da empresa não se mistura nem pode ser retirado a qualquer 
momento pelos sócios, já terá desenvolvido grande ação. Conforme Ferronato (2011, p. 
77), ”[...] dinheiro dos sócios não entra na contabilidade da empresa e, como contrapartida, 
os sócios não metem a mão no dinheiro da empresa”. Retirar dinheiro a qualquer momento, 
pagar contas particulares, trocar de carros, não podem ser contabilizados pela empresa. 
Cada sócio deve possuir seu pró-labore e este deve ser suficiente para pagar suas dividas.
19
gabarito
Questão 7
Resposta: 
Balanço Patrimonial 
ATIVO PASSIVO + Patrimônio Líquido
Conta em Movimento 
no Banco do Brasil
RS 10.000
Capital Social RS 20.000
Caixa Empresa R$ 3.000
Equipamento e 
Eletrônicos
R$ 1.000
Móveis R$ 3.000
Treinamento e 
capacitação
R$ 3.000
Totais RS 20.000 Totais RS 20.000
Questão 8
Resposta: Os acadêmicos devem apresentar casos de empresas que demonstrem sucesso 
por terem utilizado reservas financeiras, assim como o caso de uma empresa que não 
utilizou e, com algumas adversidades da economia, não superou a crise e teve de fechar 
as portas.
Devem ser apresentados alguns exemplos de empresas que abordem a importância de 
se utilizar reservas financeiras para possíveis imprevisibilidades. Estando em um mercado 
extremamente competitivo e volátil, possuindo um mercado externo aberto a várias 
inovações e mudanças, os empresários de pequeno e microporte devem estar sempre 
atentos às alterações econômicas, devem ter um fundo de seguro para que a empresa não 
passe por adversidades.
Questão 9
Resposta: Boas parcerias são iniciativas para entrar no mercado competitivo com arma forte. 
As pequenas empresas geralmente se unem para conseguir comprar maior quantidade com 
menor preço suas matérias-primas, sendo um grande impacto financeiro para a agregação 
de valor do produto; o empresário da pequena empresa tem de comprar bem para vender 
bem, sendo, assim, competitivo; depois, um desenvolvimento em criatividade e inovações 
fidelizam clientes para continuar buscando sua empresa.
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A cadeia de relações espontâneas precisa ser construída, muito bem elaborada e, com 
grande esforço e intensidade, manter-se continuamente retroalimentada, na medida certa e 
bem-dimensionada. Conquistar o apoio de todos os parceiros poderá ser sempre uma boa 
estratégia. 
Questão 10
Resposta: O aluno deve possui embasamento teórico para responder esta questão, mas 
algumas respostas podem ser consideráveis:
- Os altos encargos cobrados sobre empréstimos, indiscutivelmente, são impostos pelos 
governos, e as micro e pequenas empresas ficam distantes de conseguir buscar um fluxo 
de caixa para manter seu negócio.
- O fortalecimento das grandes empresas, as internacionais, com redução ou isenção de 
impostos impacta negativamente as pequenas empresas. Aquelas conseguem reduzir o 
custo do produto, levando-o com melhores preços a seus clientes. O empresário de pequeno 
porte não possui estes benefícios, então acaba saindo do mercado.
- Alto custo logístico dificulta a vida empresarial dos empresários de pequeno porte.
gabarito

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