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28/07/2016 1 Introdução Sistemas de Manufatura Prof. Gustavo Künzel Introdução • Seções: 1. Sistemas de Produção 2. Automação em Sistemas de Produção 3. Trabalho Manual nas Operações 4. Princípios e Estratégias de Automação 5. Organização dos conteúdos a serem estudados Intro duç ão Pro f. G usta vo K ünz el 2 1. SISTEMAS DE PRODUÇÃO Intr odu ção Pro f. G usta vo K ünz el 3 Manufatura Manufatura manus (mão) + factus (fazer) fazer à mão Pequenas fábricas Fábricas Técnicas manuais Máquinas Trabalhadores faziam tudo Especialização Introd uçã o Pro f. G usta vo K ünz el 4 Realidades da manufatura moderna • Globalização – Países subdesenvolvidos (China, India, Mexico) se tornam peças principais• Mão de obra barata • Terceirização internacional – Peças e produtos feitoslocalmente são feitos agora em outros continentes ou paísesvizinhos• Diminuição de postos de trabalho • Terceirização local – Uso de fornecedores locais• Fornecedores epecializados• Menos encargos trabalhistas• Limitação da capacidade de produção Intr odu ção Pro f. G usta vo K ünz el 5 Realidades da manufatura moderna • Fabricação terceirizada – Companhias especializadas na produção de produtos inteiros, e não apenas peças • Preocupação com o projeto e a comercialização • Tendências rumo ao setor de serviços • Expectativa de qualidade – Tanto consumidores como clientes corporativos exigem alta qualidade • Necessidade de eficiência operacional – Eficiência em suas operações de modo a diminuir custos de operação e manter a competitividade Intr odu ção Pro f. G usta vo K ünz el 6 28/07/2016 2 Abordagens e Tecnologias de Manufatura Moderna • Automação – Equipamentos automatizados ao invés de mãode obra (reduzir custos de trabalho, diminuir tempos de ciclo, aumentar qualidade e consistência dos produtos) • Tecnologias de Manuseio de Material – a manufatura envolveuma sequência de atividades; • Prover movimentação e a rastreabilidade dos materiais na planta • Sistemas de manufatura – integração e coordenação de múltiplas estações de trabalho através de tecnologias de manuseio de material Intr odu ção Pro f. G usta vo K ünz el 7 Abordagens e Tecnologias de Manufatura Moderna • Manufatura flexível – para lidar com baixo volume e grande variedade de produtos • Programas de qualidade – para alcançar a alta qualidade esperada • Manufatura Integrada por Computador (CIM) - integrar design, produção e logística • Produção enxuta – Aumentar a produtividade com menos recursos Intr odu ção Pro f. G usta vo K ünz el 8 Sistema de produção “Conjunto de pessoas, equipamentos e procedimentosorganizados de modo a cumprir as operações de manufatura de uma empresa” • Categorias:• Instalações – Fábrica, equipamentos e a organização (layout da planta) • Sistemas de suporte à manufatura – o conjunto de procedimentos usados em uma empresapara gerenciar a produção, resolver problemas técnicos e de logística naencomenda, movimentação e padrões de qualidade Intr odu ção Pro f. G usta vo K ünz el 9 Sistema de produção • Fig. 1.1 Colarinho azul Colarinho branco Intr odu ção Pro f. G usta vo K ünz el 10 As Instalações • Incluem a fábrica, as máquinas e ferramentas de produção, equipamentos de tratamento de materiais, equipamentos de inspeção e sistemas de computadores que controlam as operações • Layout da planta – distribuição dos equipamentos na fábrica • Sistemas de manufatura – agrupamento lógico dos equipamentos e trabalhadores na fábrica • Linha de produção• Estação de trabalho e trabalhador Intr odu ção Pro f. G usta vo K ünz el 11 Sistemas de Manufatura • Três categorias de participação humana nos processos: 1. Sistemas de trabalho manual – um trabalhador executandouma ou mais tarefas sem a ajuda de ferramentasmotorizadas, mas às vezes utilizando ferramentas de mão 2. Sistemas trabalhador-máquina – Um trabalhador operando uma máquina Intr odu ção Pro f. G usta vo K ünz el 12 28/07/2016 3 Sistemas de Manufatura 3. Sistemas automatizados – Processo executado por umamáquina sem participação direta de um humano • Máquina semi-automatizada• Executa uma porção do trabalho através de um programa de controle• Um trabalhador faz as funções de carga e descarga, ou outro tipo de tarefa a cada ciclo• Máquina totalmente automatizada• Opera por longos períodos (diversos ciclos) sem necessidade de atenção humana• Manutenção periódica, problemas Intr odu ção Pro f. G usta vo K ünz el 13 1. Sistemas de Trabalho Manual Intr odu ção Pro f. G usta vo K ünz el 14 2. Sistemas Trabalhador-máquina Intr odu ção Pro f. G usta vo K ünz el 15 3. Sistemas Automatizados Intr odu ção Pro f. G usta vo K ünz el 16 Máquina semiautomatizadaParte do ciclo é autônomo Máquina totalmente automatizadaLongos períodos sem intervenção Sistema de trabalho manual(Fig. 1.2.a) Intr odu ção Pro f. G usta vo K ünz el 17 Sistema trabalhador-máquina(Fig. 1.2.b) Intr odu ção Pro f. G usta vo K ünz el 18 28/07/2016 4 Sistema automatizado(Fig. 1.2.c) Intr odu ção Pro f. G usta vo K ünz el 19 Sistemas de apoio à produção “Pessoas e procedimentos pelos quais uma companhia gerencia suas operações de produção” • Projetar o processo e equipamentos• Planejamento e controle das ordens de produção• Atendimento aos requisitos de qualidade Introd uçã o Pro f. G usta vo K ünz el 20 Sistemas de apoio à produção • Fig. 1.3 Intr odu ção Pro f. G usta vo K ünz el 21 Sistemas de apoio à produção • Ciclo de atividades de processamento de informações, com quatro funções: 1. Funções de negócio – meio principal de comunicação com o cliente • Vendas, marketing, previsão de vendas, previsão de vendas, registro do pedido, contabilidade de custos, cobrança • Um pedido ocorrerá nas seguintes formas:• Um pedido para fabricação de um item conforme as especificações do cliente• Um pedido para comprar um produto do fabricante• Um pedido interno de acordo com previsão de demanda Intr odu ção Pro f. G usta vo K ünz el 22 Sistemas de apoio à produção 2. Design de produto – pesquisa e desenvolvimento, design, protótipos Intr odu ção Pro f. G usta vo K ünz el23 Sistemas de apoio à produção 3. Planejamento da manufatura – informações e documentação do design são usadas na função de planejamento da manufatura • Planejamento do processo: consiste em determinar a sequencia de processamento individual e das operações de montagem• Plano mestre de produção (MPS) lista de produtos a serem feitos, as datas de entrega e quantidades• Planejamento da necessidade de materiais (MRP): planejar as montagens individuais e submontagens que haverão em cada produto• Planejamento da capacidade se preocupará com os recursos (maquinário e mão de obra) necessários Intr odu ção Pro f. G usta vo K ünz el 24 28/07/2016 5 Sistemas de apoio à produção 4. Controle da manufatura – gerenciar e controlar as operações físicas da fábrica para implementar os planos de produção • Controle do chão de fábrica lida com o controle do progresso do produto ao longo do seu processamento, montagem, movimentação, inspeção• Controle de estoque tenta equilibrar o risco de haver pouco estoque (falta de materiais) e o custo de um estoque muito alto, (o que solicitar e quando solicitar)• Controle de qualidade Garantir que os produtos e componentes atendem aos requisitos do design Intr odu ção Pro f. G usta vo K ünz el 25 2. AUTOMAÇÃO NOS SISTEMAS DE PRODUÇÃO Intr odu ção Pro f. G usta vo K ünz el 26 Automação nos sistemas de produção • Duas categorias de automação nos sistemas de produção: 1. Automação dos sistemas de manufatura da fábrica 2. Controle computadorizado dos sistemas de apoio à manufatura • Ocorre sobreposição em determinados momentos, pois ossistemas são conectados• Manufatura Integrada por Computador • Computer-Integrated Manufacturing (CIM) Intr odu ção Pro f. G usta vo K ünz el 27 CIM Fig. 1.4 Oportunidades para automação e uso de computadores em um sistema de produção Intr odu ção Pro f. G usta vo K ünz el 28 Sistemas de produção automatizados • Operações automatizadas • processamento• montagem• inspeção• manipulação de materiais • Reduzida participação humana nos processos In trod uçã o Pro f. G usta vo K ünz el 29 Sistemas de produção automatizados • Exemplos: • Máquinas-ferramenta automatizadas• Linhas de transferência com diversas operações de usinagemautomatizadas Intr odu ção Pro f. G usta vo K ünz el 30 28/07/2016 6 Sistemas de produção automatizados • Exemplos:• Linhas de montagem automatizadas• Robôs industriais Intr odu ção Pro f. G usta vo K ünz el 31 Sistemas de produção automatizados • Exemplos: • Sistemas de manipulação e armazenamento de materiaisautomatizados Intr odu ção Pro f. G usta vo K ünz el 32 Sistemas de produção automatizados • Exemplos: • Inspeção automática Intr odu ção Pro f. G usta vo K ünz el 33 Variedade de produto x Quantidade produzida • Fig. 1.5 Intr odu ção Pro f. G usta vo K ünz el 34 Automação Rígida • Características • Alta produção• Alto investimento – equipamentos customizados• Altas taxas de produção• Pouca varidade • Uso de • Linhas de transferência - esteiras• Linhas automáticas de montagem • Ex: Coca-cola Intr odu ção Pro f. G usta vo K ünz el 35 Automação Rígida Intr odu ção Pro f. G usta vo K ünz el 36 28/07/2016 7 Automação Rígida Intr odu ção Pro f. G usta vo K ünz el 37 Automação Flexível • Características: • Alto investimento em equipamentos de engenharia específica• Produção contínua de produtos variados• Taxas médias de produção• Flexibilidade para lidar com variações • Ex: Montadoras de automóveis In trod uçã o Pro f. G usta vo K ünz el 38 Automação Flexível Intr odu ção Pro f. G usta vo K ünz el 39 Automação Programável • A sequência de operações é controlada por um programa, uma sequência de instruções que é lida e interpretada pelo sistema • Novos programas para novos produtos • Equipamentos típicos presentes • Máquinas de comando numérico• Robôs industriais• CLPS Intr odu ção Pro f. G usta vo K ünz el 40 Automação Programável Intr odu ção Pro f. G usta vo K ünz el 41 Automação Programável Intr odu ção Pro f. G usta vo K ünz el 42 28/07/2016 8 Automação Programável • Características: • Alto investimento em equipamentos de propósito geral• Baixa produção• Flexibilidade para lidar com variações e mudanças nos produtos• Mais adequada para produção em batelada• Programação e ferramentas alteradas entre as bateladas Introd uçã o Pro f. G usta vo K ünz el 43 Sistemas computadorizados de apoio à produção • Objetivos destes sistemas: • Reduzir o esforço manual no design, planejamento e controle da produção e funções de negócio • Integrar computer-aided design (CAD) e computer-aided manufacturing (CAM) em CAD/CAM • CIM inclui CAD/CAM e as funções de negócio da empresa• O termo CIM indica uso intenso de sistemas computadorizados nas diversas atividades necessárias em uma fábrica Intr odu ção Pro f. G usta vo K ünz el 44 Razões para automação • Aumentar produtividade• Reduzir custos• Reduzir impactos com mão de obra• Reduzir trabalhos rotineiros• Aumentar a segurança dos trabalhadores• Aumentar qualidade• Reduzir tempos de manufatura• Realizar operações que não são possíveis manualmente• Evitar altos custos da falta de automação Intr odu ção Pro f. G usta vo K ünz el 45 3. TRABALHO MANUAL NAS OPERAÇÕES Intr odu ção Pro f. G usta vo K ünz el 46 Trabalho manual nas operações fabris Intr odu ção Pro f. G usta vo K ünz el 47 Trabalho manual nas operações fabris Justifica-se quando Baixo custo da mão de obra A tarefa é tecnologicamente muito difícil de ser automatizada Dificuldades Problemas de acesso físico ao local de trabalho Necessidade de ajustes na tarefa Necessidade de destreza manual Coordenação visual da mão Operações de acabamento e inspeção Demandam o julgamento na avaliação da qualidade Manuseio de materiais frágeis e flexíveis Intr odu ção Pro f. G usta vo K ünz el 48 28/07/20169 Trabalho manual nas operações fabris • Justifica-se quando • Ciclo de vida do produto é curto• Produto deve ser lançado em curto período• Produto para atender a uma janela de oportunidade de mercado• Ficará pouco tempo no mercado• Ex: Páscoa, natal, evento • Produto customizado • Itens exclusivos • Demanda que passa por altos e baixos • Pode-se produzir uma quantidade maior ou menor, sem exigir o investimento em equipamento Intr odu ção Pro f. G usta vo K ünz el 49 Trabalho manual nas operações fabris Justifica-se quando Reduzir riscos de falhas no produto O uso do trabalho manual no início do ciclo de vida do produto reduz o risco de a empresa perder investimento significativo em automação, caso o produto não consiga alcançar uma vida longa no mercado Falta de capital Não há capital para investimento em automação Intr odu ção Pro f. G usta vo K ünz el 50 Trabalho nos sistemas de apoio à manufatura • Designers de produtos criativos• Engenheiros de produção • Projetar ferramentas e equipamentos• Planejar a produção e a logística• Manutenção de equipamentos• Programação e operação de computadores• Trabalhos de projeto de engenharia• Gerenciamento da planta• Melhoria de processos Intr odu ção Pro f. G usta vo K ünz el 51 4. PRINCÍPIOS E ESTRATÉGIAS PARA A AUTOMAÇÃO Intr odu ção Pro f. G usta vo K ünz el 52 Princípios e Estratégias para a Automação • A automação nem sempre será a solução para as diferentes situações de produção• Deve-se tomar cuidado ao se observar e aplicar tecnologias de automação • Princípio “USA”• Dez estratégias para melhoria e automação de processos• Estratégia de migração para a automação Intr odu ção Pro f. G usta vo K ünz el 53 Princípio U.S.A • Understand – Entender o processo existente • Análise de entradas e saídas• Análise da cadeia de insumos• Diagramas operacionais e de fluxo e modelagem matemática • Simplificar o processo • Reduzir passos e movimentos desnecessários • Automatizar o processo • Dez estratégias para automação e sistemas de produção• Estratégia de migração Intr odu ção Pro f. G usta vo K ünz el 54 28/07/2016 10 Dez estratégias para a melhoria dos processos • Se a automação parece atrativa para melhorar a produção, seguem algumas estratégias que podem auxiliar 1. Especialização das operações: O uso de equipamentos desenhados para uma operação específica com a máxima eficiência 2. Operações combinadas: Reduzir o número de estações de trabalho e máquinas distintas pelas quais a peça deve passar. Economia de configuração, manipulação de materiais, tempos de espera e tempos de processo 3. Operações simultâneas: Reduzir tempo total de processamento Intr odu ção Pro f. G usta vo K ünz el 55 Dez estratégias para a melhoria dos processos 4. Integração de operações: Unir diversas estações em um único mecanismo, utilizando sistemas de transporte automatizados para movimentar peças 5. Aumentar a flexibilidade: Alcançar o máximo uso de equipamentos em situações de média produção, usando o mesmo equipamento para diferentes produtos 6. Melhoria da manipulação e transporte de materiais, diminuindo tempos de produção, paradas, e outros Intr odu ção Pro f. G usta vo K ünz el 56 Dez estratégias para a melhoria dos processos 7. Inspeção online: Permite correções no processo enquanto o produto está sendo feito, diminuindo defeitos e despedícios 8. Otimização e controle do processo: Melhorar o controle no nível do processo/máquina 9. Controle das operações da planta 10. Manufatura integrada por computador: Integração das operações de fábrica com as operações de projeto e de negócio Intr odu ção Pro f. G usta vo K ünz el 57 Estratégia de Migração de Automação para novos produtos • Um plano formalizado envolvendo os sistemas de manufatura que permite o crescimento da produção à medida que a demanda cresce • Fase 1 – Produção manual• Fase 2 – Produção automatizada• Fase 3 – Produção automatizada e integrada In trod uçã o Pro f. G usta vo K ünz el 58 Estratégia de Migração de Automação para novos produtos • Fase 1 – Produção manual • Estações de trabalho individuais e independentes• Vantagens: Set-up rápido e baixo custo de ferramentas Intr odu ção Pro f. G usta vo K ünz el 59 Estratégia de Migração de Automação para novos produtos Intr odu ção Pro f. G usta vo K ünz el 60 28/07/2016 11 Estratégia de Migração de Automação para novos produtos • Fase 2 – Produção automatizada • Células automáticas operando de maneira independente• Justificada pelo aumento da demanda Intr odu ção Pro f. G usta vo K ünz el 61 Estratégia de Migração de Automação para novos produtos Intr odu ção Pro f. G usta vo K ünz el 62 Estratégia de Migração de Automação para novos produtos • Fase 3 – Produção automatizada e integrada • Sistemas multiestação com operações seriadas e transferência automatizada entre as estações Intr odu ção Pro f. G usta vo K ünz el 63 Estratégia de Migração de Automação para novos produtos Intr odu ção Pro f. G usta vo K ünz el 64 Estratégia de Migração para AutomaçãoFig. 1.6 Intr odu ção Pro f. G usta vo K ünz el 5. ORGANIZAÇÃO DOS TÓPICOS Intr odu ção Pro f. G usta vo K ünz el 66 28/07/2016 12 Organização dos conteúdos • Visão Geral• Tecnologias de Automação e Controle• Tecnologias de transferência e manipulação de materiais• Sistemas de manufatura • Controle de qualidade• Sistemas de suporte à manufatura Intr odu ção Pro f. G usta vo K ünz el 67 Organização dos conteúdos • Fig.1.7 Intr odu ção Pro f. G usta vo K ünz el 68