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Teste de formação é um conjunto de operações realizado a poço aberto ou revestido visando adquirir informações para caracterização de um reservatório e do seu potencial de produção. - Poço aberto: - a cabo (RTF, MDT, RDT, RCI, etc) - com coluna - Poço revestido - a cabo (MDT, etc) - com coluna: * teste de produção (o fluido do reservatório é produzido) * teste de injeção (um fluido é injetado no reservatório) Avaliação das Formações: - o teste de formação ou teste transiente de pressão consiste em se provocar uma variação na vazão do sistema poço/reservatório e se medir a variação correspondente na pressão do poço ao longo do tempo. Objetivos: - identificação de fluidos existentes no intervalo poroso - pressão inicial ou média do reservatório - permeabilidade vertical e horizontal do meio poroso - índice de produtividade de poço e dano a formação - verificação da existência de descontinuidade (falhas, barreiras de permeabilidade, etc...) - comportamento dinâmico do sistema poço/reservatório (modelo de fluxo, IP, etc...) - interferência entre poços. AULA 2 Seqüência de Trabalho: - tomar conhecimento das informações relacionadas ao teste - preparar os dados do teste para uso num sistema de interpretação - selecionar o período - índice de produtividade de poço e dano à formação - traçar o gráfico para diagnóstico de acompanhamento - traçar os gráficos específicos para os regimes de fluxo identificados e, por meio de suas respectivas inclinações, calcular os parâmetros de cada regime de fluxo - fazer uma simulação de todo o teste para validar deste modo interpretação do teste. Avaliação e Gerenciamento - mecanismo de produção - condutividade do reservatório - propriedades rocha-fluido - pressão inicial - tamanho do reservatório - limite do reservatório - propriedades dos fluidos Regimes de Fluxo Típico - PERMANENTE: fluxo com pressão constante em todos os pontos do reservatório, portanto a pressão não se altera com o tempo. Capa de gás ou aqüífero adjacente mantendo a pressão - PSEUDOPERMANENTE: sistema fechado. Com uma vazão constante de produção da formação, a queda de pressão é constante em todos os pontos do reservatório para cada intervalo de tempo. - TRANSIENTE: observado até o momento antes de estabelecer uma pressão constante ou antes que os efeitos sejam sentidos nos limites do reservatório. A pressão é função da geometria do poço, varia com o tempo, com as propriedades do reservatório, permeabilidade e heterogeneidades. Conceitos Básicos As técnicas utilizadas na interpretação de testes transientes de pressão em poços baseiam-se na comparação do comportamento dos dados reais de pressão (medidos) com o comportamento típico de modelos teóricos Fluxo de um fluido de pequena compressibilidade através de um meio poroso cilíndrico e isotrópico A equação da difusidade é obtida pela combinação de três princípios fundamentais, que são: a lei da conservação da massa, uma equação de movimento de fluido e uma equação de estado. Aplicando a lei de conservação de massa a um volume elementar de controle, temos para o fluxo radial em um intervalo de tempo t: EQUAÇÃO 1 A equação da continuidade = lei da conservação de massa Uma equação de movimento de fluido relaciona a velocidade de fluxo e o gradiente de potencial dentro do volume elementar de controle. Para modelar o fluxo de líquidos, utiliza-se, geralmente, a lei de Darcy: EQUAÇÃO 2 O sinal negativo no lado direito indica fluxo no sentindo de maior para menor pressão Uma equação de estado relaciona volume ou massa específica com a pressão e temperatura. Se consideramos que o fluxo é um processo isotérmico e o fluido é pouco compressível (compressibilidade constante), pode-se escrever a função em função da massa. EQUAÇÃO 3 - Para formular a equação da difusividade, devemos combinar as equações 1, 2 e 3. Além disso, deve-se considerar as seguintes premissas: - viscosidade do fluido constante - permeabilidade do meio poroso constante - efeitos gravitacionais desprezíveis - gradiente de pressão é pequeno. Com essas hipóteses simplificadoras obtêm-se a seguinte equação diferencial parcial conhecida como equação da difusividade de um fluxo radial de um fluido de pequena compressibilidade num meio poroso isotrópico. EQUAÇÃO 4 SOLUÇÕES DA EQUAÇÃO Para resolver a equação da difusividade é necessário se definem as condições inicias (no tempo) e de contorno (nas fronteiras interna e externa). As quatro principais soluções para área de interpretação de testes (abre o poço, fecha, abre, fecha e observa as informações de pressão em relação ao tempo) são: - 1)solução para reservatório infinito com poço considerado uma Lina (rW = 0) - 2) solução para reservatório infinito com poço cilíndrico - 3) solução para o reservatório circular limitado sem manutenção de pressão na fronteira externa - 4) solução para reservatório circular limitado com manutenção de pressão na fronteira externa. 1 e 2 TRANSIENTE 3 PSEUDO PERMANENTE 4 PERMANENTE (alguma coisa mantém a pressão: capa de gás, aqüífero...) É importante relembrar as hipóteses que foram consideradas para obter a equação: - meio poroso homogêneo e isotrópico, com espessura uniforme e de propriedades constantes - fluido de compressibilidade pequena e constante - fluido de viscosidade constante - pequenos gradientes de pressão no reservatório - fluxo radial horizontal - efeitos gravitacionais desprezados - poço penetrando totalmente a formação AULA 3 SOLUÇÃO DA LINHA FONTE A solução da linha fonte serve para observar a distribuição de pressão no poço. Pd (tD, rD) = -1/2 * Ei(-rD^2/4tD) Isso fornece o valor da pressão (Pd) em qualquer ponto do reservatório (rD) em qualquer tempo depois do inicio de produção com vazão constante em um único poço de raio infinitesimal. A figura apresenta a comparação da solução da linha com solução exata para diversos valores de rD. Observa-se que a solução da linha fonte é valida nos seguintes casos. - para qualquer valor de rD, se tD/r^2 > 25 - para qualquer valor de tD/r^2 se rD > 20 tD = tempo de teste rD = raio adimensional = r/rW rW = linha fonte (raio dispresível rW = 0) O erro da aproximação logarítmica da funçao Integral Exponencial é menor que 1% para x < 0,025, onde x = raio muito pequeno. Pd (tD,rD) = -1/2 [ln(tD/rD^2) + 0,80907)] A pressão Pd é proporcional ao logaritmo do tempo tD. SOLUÇÃO PARA POÇO CILÍNDRICO Agora iremos usar as mesmas condições de contorno, só que para um poço cilíndrico. A solução no campo real será: Pd (tD, rD) = L-1{Pd(s, rD)} Onde Pd é Pd traçado em cima. A transformada inversa não é imediata e o resultado no campo real pode ser obtido por meio de um algoritmo de inversão numérica transformada de Laplace. Observa-se que para valores de tD/rD > 50, a solução modelo da fonte cilíndrica é similar a solução da linha fonte para qualquer valor de rD. Para rD = 1 : Pwd (tD,rD) = -1/2 [ln(tD + 0,80907)] Essa última equação é a mais importante porque estuda a pressão praticamente na parede do poço, pois rD = 1 (muito pequeno). AULA 4 FRONTEIRA EXTERNA SELADA O fluxo radial de um fluido de pequena compressibilidade em um meio poroso isotrópico de porosidade e espessura constantes, de extensão limitada e com fronteira externa selada, produzindode um único poço, com vazão constante, é descrito pelo seguinte sistema. Um reservatório selado com um poço produzindo sem influencia externa = pressão cai com o tempo = fluxo PSEUDOPERMANENTE. Resolvendo o sistema por transformadas de Laplace, temos: Pd (s, rD) = EQUAÇÃO 84 Para pressão no poço rD=1 EQUAÇÃO 85 EQUAÇÃO 86 Obs: quanto maior o raio mais tempo demora a chegar no limite do reservatório. Para tempos curtos (valores pequenos de tD) a equação k1(rED[raiz(s)] tende para zero muito rapidamente, podendo a equação 85 se aproximar por: EQUAÇÃO 87 Note-se que essa é a solução para reservatório infinito. Portanto é importante ressaltar que um reservatório limitado se comporta como infinito até que a influencia da fronteira externa seja sentida. (mesmo o fluido e a rocha sendo materiais compressíveis demora um tempo para que a perturbação possa afetar todo o reservatório e chegar na fronteira.) Para tempos longos a equação 85 pode ser aproximada por EQUAÇÃO 88 Observa-se que a pressão é proporcional ao tempo. Num gráfico de Pd x tD terá uma linha reta (função de grau 1) com inclinação 2/(rED^2). O gráfico será plotado com valores retirados de testes feitos no poço. (abre o poço, fecha, abre, fecha e observa as informações de pressão em relação ao tempo) No regime de fluxo pseudopermanente, a pressão é proporcional ao tempo, para reservatórios limitados é conveniente uma nova definição de tempo adimensional, já descrita anteriormente. EQUAÇÃO 89 Para reservatórios limitados é conveniente uma nova definição de tempo adimensional (tD). Diferentes reservatórios eu posso ter tD’s iguais, mas eles não significam a mesma coisa. E a permeabilidade do reservatório interfere no tempo real, quanto mais permeável o reservatório, menor o tempo para a perturbação atingir o limite. tD é diretamente proporcional a permeabilidade K e ao tempo de teste T. tD = (0,0003484*K*T) / (porosidade*viscosidade*Ct*rW^2) tDA = (0,0003484*K*T) / (porosidade*viscosidade*Ct*área) Para uma geometria qualquer, a equação de Pdw em função de tDA pode ser descrita como: EQUAÇÃO 94 Onde cA é a forma ou geometria do reservatório. Usando-se a definição de toda, a equação que descreve o fluxo radial infinito pode ser reescrita para reservatório limitado como: EQUAÇÃO 95 Obs: a geometria ainda não importa, mas há limite. FRONTEIRA COM MANUTENÇÃO DE PRESSÃO O fluxo radial de um fluido de pequena compressibilidade em um meio poroso isotrópico, de porosidade e espessura constante de extensão radial infinita produzindo de um único poço, com vazão constante (fronteira com manutenção de pressão, é definido pelo seguinte sistema: EQUAÇÃO 96, 97, 98 e 99 Reservatório com fluxo PERMANENTE. A pressão será mantida constante quando se chega no limite do reservatório por causa de uma grande capa de gás ou aqüífero. EQUAÇÃO 100 e 101 Aqui, como no caso anterior a inversão no campo real também não é imediata. Utilizando-se de Stehfest (inversão numérica) pode-se construir um gráfico com os valores de Pwd x tD para vários valores de rED. Para tempos curtos (valores pequenos de tD) a equação Ko(rED*raiz(s)) tende para zero muito rapidamente, podendo a equação 100 ser aproximada por: EQUAÇÃO 102 Note-se que a equação 102 é a solução para reservatório infinito. Portanto é importante ressaltar mais uma vez que um reservatório limitado se comporta como infinito até que a influência da fronteira externa seja sentida. Para tempos longos (valores grandes de tD) a equação 101 pode ser aproximada por: Pwd (tD) = ln(rED) O gráfico de Pwd x tD terá um valor constante (linha com inclinação zero) No regime de fluxo permanente, a pressão é constante, ou seja, independe do tempo. Ou seja, a deriva = 0. ESTOCAGEM A estocagem é um fenômeno que ocorre nos tempos iniciais dos períodos de fluxo ou estática dos testes de poços e, enquanto dura, o comportamento de pressão é dominado por efeitos de poço, não representando a resposta do reservatório. Dois tipos principais de estocagem podem ser citados: - dominado pela compressibilidade dos fluidos - dominado pela variação do volume de fluido no poço. O primeiro tipo ocorre em situações em que o poço (câmara de estocagem) se encontra cheio de fluido e, ao se iniciar o teste, esse volume de fluidos é descomprimido, no período de fluxo, ou comprimido, no período de estática. Ao se abrir o poço a vazão inicial será totalmente dominado pela descompressão dos fluidos e com o passar do tempo, a parcela da vazão relativa a descompressão diminui, tendendo a zero, e a contribuição do reservatório aumenta, tendendo a dominar. O período em que parte da vazão total é fornecida pela descompressão dos fluidos existentes no poço é chamado de período de estocagem. Sempre haverá descompressão do fluido na zona de canhoneio, mas isso terá pequena importância em frente a contribuição do reservatório. Esse período de estocagem mascara o estudo de reservatório, pois é um dado de poço, logo iremos descartá-lo. Para o período de estática, inicialmente o poço vinha produzindo com vazão constante e no instante em que é fechado a vazão de produção se anula. Contudo, devido a compressibilidade dos fluidos presentes, o reservatório continua alimentando o poço (o fluido vai se comprimindo devido a alimentação do reservatório), com vazão decrescente e tendendo a zero. O período em que, apesar do poço estar fechado, o reservatório continua alimentando o poço é chamado de período de estocagem. O segundo tipo de estocagem dominado pela variação de volume de fluido no poço, em geral, ocorre em situações de testes em poço não surgentes, onde o nível de fluido cresce até o amortecimento do poço. O coeficiente de estocagem, Cs, é definido como: Cs = ∆V/ ∆P Para o caso de estocagem dominada pela compressibilidade dos fluidos, a equação pode ser descrita como: Cs = Vw*C Onde Vw é o volume total da câmara de estocagem (poço + coluna abaixo da válvula) e C é a compressibilidade média do fluido existente no poço. Para a estocagem dominada pela variação de volume e de fluido no poço, obtem-se: Cs = (0,00565*D^2) / (massa específica do fluido*cos(inclinação)) Manipulando, temos: Cd = Cs / (2*pi*porosidade*Ct*altura*rW^2) Altura = altura da câmara Temos também: Pwd (tD) = tD / Cd Utilizando-se as definições, podemos descrever: ∆Pw = 0,041667*t*Q*B / Cs Cs = 0,041667*Q*B / mc mc = 0,041667*Q*B / Cs onde: mc = inclinação da reta ∆Pw x tempo B = fator volume de formação EFEITO DE DANO - freqüentemente a permeabilidade do reservatório nas vizinhanças do poço é alterada durante as etapas de perfuração, de completação ou de produção do poço. A invasão da formação por fluidos de serviço (fluidos de perfuração e de completação), o inchamente e a dispersão de argilas, a movimentação de finos, entre outros, são fatores que podem causar redução na permeabilidade original do reservatório, configurando-se o dano de formação. - as situações em que a permeabilidade original do reservatório é aumentada nas proximidades do poço, como nas acidificações ou nos fraturamentos, configuram-se como estímulo à formação. - quando a permeabilidade alterada é menor que a original, a queda de pressão será mais intensa na região de permeabilidade alterada e, quando a permeabilidade da região for maior do que a original, a queda de pressão na região alterada será menos intensa. Condição do poço Skins (S) Razão de dano (DR) Estimulado S < 0 DR < 1 Sem dano S = 0 DR = 1 danificado S > 0 DR > 1 Aula 5 Soluções com efeitos de estocagem e película O modelo baseia-senas mesmas equações descritas anteriormente, com exceção da condição de contorno interna, que deve ser agora modificada. A vazão total do poço, medida em condições de fundo, pode ser descrita como sendo a soma de duas parcelas: EQUAÇÃO 116 A parcela de contribuição devido à estocagem pode ser calculada utilizando-se a equação 105. EQUAÇÃO 117 E 118 A parcela da vazão proveniente do reservatório é determinada pela lei de Darcy: EQUAÇÃO 119 Realizando algumas substituições algébricas, obtemos: EQUAÇÃO 120 Utilizando-se as definições das variáveis adimensionais, esta equação assume a forma: EQUAÇÃO 121 Ou: EQUAÇÃO 122 Ou ainda, em unidades compatíveis: EQUAÇÃO 123 Utilizando-se a definição de coeficiente de estocagem adimensional, a equação 120 toma a forma: EQUAÇÃO 124 A inclusão do efeito de película é feita observando-se o modelo matemático representado na figura abaixo: FIGURA 1 Indicação da queda de pressão no poço devido ao efeito de película EQUAÇÃO 125 E 126 Aplicando-se a Lei de Darcy: EQUAÇÃO 127 Na forma adimensional: EQUAÇÃO 128 Portanto, o problema completo pode ser posto da seguinte forma: EQUAÇÃO 129 ATÉ 133 A solução do sistema composto, aplicando a técnica das transformadas de Laplace, foi desenvolvida por Agarwal ET alli (1970) e é dada por: EQUAÇÃO 134 Para o cálculo da pressão no poço, a equação é dada pela expressão: EQUAÇÃO 135 A solução pelo algoritmo de Stehfest (1970) não funciona bem para valores de s negativos. Agarwal ET alli (1970) apresentaram graficamente a solução da equação para diversos valores de CD. É possível também a obtenção analítica das aproximações de curto e longo prazo. Considera-se uma aproximação normalmente válida para tempos de duração de um teste de pressão, dada por: EQUAÇÃO 136 Para o cálculo da pressão no poço, a equação é dada pela expressão: EQUAÇÃO 137 Uma outra aproximação em geral válida para os tempos de teste de interesse é dada pela expressão: EQUAÇÃO 138 Esta última equivale à aproximação logarítmica. Empregando esta aproximação, obtém-se: EQUAÇÃO 139 Para o cálculo da pressão no poço, a equação é dada pela expressão: EQUAÇÃO 140 Aproximação para tempo curto (variável de Laplace u torna-se muito grande). A equação 140 pode ser então simplificada para: EQUAÇÃO 141 Cuja inversão para o campo real resulta: EQUAÇÃO 142 Uma outra aproximação em geral válida para os tempos de teste de interesse é dada pela expressão: EQUAÇÃO 138 Aproximação para longo tempo (variável de Laplace u torna-se muito pequena). A equação 140 pode ser então simplificada para: EQUAÇÃO 143 Cuja inversão para o campo real resulta: EQUAÇÃO 144 Que ainda pode ser descrita como: EQUAÇÃO 145 A aproximação de longo tempo é idêntica à aproximação logarítmica da solução do modelo da fonte linear acrescida do efeito de película. A equação 145 indica que para longo tempo a queda de pressão adimensional no poço é função do logaritmo do tempo adimensional. No longo tempo, as curvas tendem para as curvas correspondentes aos casos de coeficiente de estocagem adimensional nulo (CD=0), ou seja, aproximam-se da solução para o caso de um poço sem efeitos de estocagem. Na interpretação de testes, em geral, é importante determinar o instante em que os efeitos de estocagem não mais afetarão significativamente a resposta de pressão. Para poços em fluxo, o final do efeito de estocagem pode também ser estimado pela correlação: EQUAÇÃO 146 E 147 Pode-se observar pelas equações que o período de estocagem é diretamente proporcional ao volume da câmara de estocagem e à compressibilidade do fluido existente no interior do poço, e inversamente proporcional à transmissibilidade da formação. Outra forma de apresentar a equação 145 é: EQUAÇÃO 148 Indicando que para longo tempo a solução da queda de pressão adimensional no poço correlaciona-se com a variável (tD/CD) por meio do grupo de parâmetros CDe 2s . Posteriormente, Bourdet et alli (1983) desenvolveram uma nova forma de apresentar um gráfico log-log a solução dada pela equação 145. As curvas geradas são denominadas curvas- tipo de Bourdet. EQUAÇÃO 149 Denominando: EQUAÇÃO 150 Tem-se que: EQUAÇÃO 151 Durante o período de estocagem pura, o comportamento da queda de pressão adimensional em um poço que produz com vazão constante na superfície é dado pela equação 142. Dessa equação obtém-se: EQUAÇÃO 152 Assim: EQUAÇÃO 153 A solução de longo tempo para um poço que produz com vazão constante na superfície é dada pela equação 145, da qual pode-se escrever que: EQUAÇÃO 154 Assim: EQUAÇÃO 155 As curvas de Bourdet, ao incluírem tanto a queda de pressão adimensional quanto a sua derivada, facilitam a caracterização dos vários regimes de fluxo ocorridos durante um teste, e portanto, da geometria do reservatório, bem como a estimativa dos parâmetros do sistema poço-reservatório. Raio de drenagem aparente O conceito de raio de drenagem aparente é bastante amplo e existem na literatura inúmeras definições para representá-lo. A idéia que parece melhor exemplificar o fenômeno físico do comportamento da pressão em um reservatório é a do raio de drenagem aparente, de Aronofsky & Jerkins (1954). Uma vez produzida uma excitação dentro de um reservatório, esta deverá se propagar com a velocidade do som naquele meio. Entretanto, as hipóteses simplificadoras da equação da difusividade não consideram as perdas de energia por atrito ou as forças inerciais, resultando em uma solução exponencial típica. Esta solução exponencial representa o problema real com boa aproximação e será utilizada para mostrar o fenômeno do comportamento da pressão nos reservatórios. Para o caso de um poço produzindo com uma vazão constante de um reservatório infinito, a queda de pressão em um poço qualquer e em um instante de tempo t, após o início da produção, é dada por: EQUAÇÃO 156 A equação indica que o perfil da pressão dentro do reservatório, no instante t1, é equivalente ao próprio gráfico da função integral exponencial. A figura apresenta o perfl de pressão em um reservatório infinito, onde a distância é colocada em escala logarítmica. FIGURA 3.19 Perfil de pressão em um reservatório infinito Conforme a teoria apresentada para o caso do poço finito, quanto maior a relação TD/rD 2 , mais corretamente a função integral exponencial ou sea aproximação logarítmica representando a solução exata do problema. Como para grandes valores de TD/rD 2 a aproximação logarítmica equivalente à função integral exponencial, pode-se verificar que, para um dado tempo, a queda de pressão no reservatório é diretamente proporcional ao logaritmo do raio para valores de rD não muito grandes. Note-se que, para um dado tempo, existe um valor de r acima do qual não pode ser representada como uma função linear do logaritmo do raio. A extrapolação do trecho onde a pressão varia linearmente com o logaritmo do raio, até a pressão inicial do reservatório, determina o valor do raio de drenagem aparente (rDd) no instante considerado, conforme mostra a figura. Neste instante, a lei de Darcy para o fluxo radial permanente pode ser aplicada, gerando a expressão: EQUAÇÃO 157 No entanto, a pressão no poço no instante considerado é obtida: EQUAÇÃO 158 A eliminação da diferença de pressões das equações acima resulta em: EQUAÇÃO 159 Ou então: EQUAÇÃO 160 Onde: EQUAÇÃO 161 Usando variáveis reais a equação 160 pode ser escrita como: EQUAÇÃO 162 De acordo com o desenvolvimento apresentado, o raio de drenagem cresce linearmente com a raiz quadrada do tempo. Casoeste raio de drenagem seja considerado com a velocidade propagação do efeito de produção com vazão constante q, verifica-se que a área de influência deste efeito aumenta diretamente com o passar do tempo. A figura ilustra este fato. FIGURA 2 Variação do raio de drenagem aparente com o tempo O exame da equação 162 indica que a expansão da área do reservatório influenciada pelo distúrbio causado pela produção do poço é função da difusividade hidráulica do meio poroso, a qual pode ser considerada como uma velocidade de crescimento da área de influência. Deve- se ressaltar que o conceito apresentado também é denominado raio de drenagem efetivo. Teste de fluxo – Interpretação Um teste de fluxo consiste na medição das pressões de fluxo durante o período de produção de um poço. O objetivo do teste de fluxo é a estimativa de parâmetros do sistema poço- reservatório, tais como coeficiente de estocagem do poço, fator de película e permeabilidade da formação. Em regiões onde existe estrutura para armazenamento do óleo, o teste de fluxo apresenta vantagens sobre outros tipos de teste, pelo fato de sua interpretação ser mais simples e também por não implicar em perda de produção. Método convencional A equação da queda de pressão adimensional para um poço que produz com vazão constante de um reservatório infinito é, utilizando-se aproximação logarítmica para a solução do modelo da fonte linear: EQUAÇÃO 163 Onde se admite que inicialmente todo o reservatório encontrava-se à pressão Pi e não são considerados efeitos de estocagem no poço. Em termos de variáveis reais essa equação pode ser reescrita como: EQUAÇÃO 164 Onde Pwf é a pressão no fundo do poço. Definindo-se: EQUAÇÃO 165 A equação 164 passa a ser expressa por: EQUAÇÃO 166 Uma análise da equação 166 indica que um gráfico Pwf versus log(t) deverá produzir uma linha reta com coeficiente angular –m, conforme ilustra a figura: FIGURA 3 Interpretação de teste de fluxo pelo método convencional Observa-se nesta figura que para tempos relativamente curtos os dados de campo podem estar influenciados por efeitos de estocagem no poço. Uma vez determinada a inclinação da reta do gráfico semilog da figura citada, pode-se calcular a transmissibilidade da formação a partir da equação a seguir: EQUAÇÃO 167 A equação 166 pode ser manipulada para se explicitar o fator de película: EQUAÇÃO 168 Para calcular o valor de s pela equação 168, toma-se um par (t, Pwf) correspondente a um ponto qualquer sobre a linha reta semilog da figura. Pode-se, para efeito de simplificação, escolher um ponto sobre a reta correspondente ao tempo t = 1, resultando em: EQUAÇÃO 169 Onde P1 é portanto um ponto sobre a reta semilog, correspondente a t = 1. A queda de pressão devida ao efeito de película é obtida da definição do fator de película: EQUAÇÃO 170 O que produz finalmente: EQUAÇÃO 171 E 172 A Razão de Dano é definida como: EQUAÇÃO 173 Deve ser observado que, para um reservatório infinito que produz com vazão constante, Pwf decresce com o tempo. Portanto, a razão de dano diminui com o tempo e é recomendado que seja utilizada sempre a última pressão de fluxo para a estimativa de seu valor. A razão de produtividade ou eficiência de fluxo é definida como: EQUAÇÃO 174, 175 E 176 Para um reservatório que produz com pressão constante no limite externo, a pressão estática utilizada no cálculo do índice de produtividade é igual à pressão no limite externo, isto é: PM = Pi AULA 6 O regime de fluxo pseudo permanente é alcançado pela produção de um poço em um reservatório finito por um tempo suficientemente longo, possibilitando a determinação dos parâmetros do reservatório, bem como volume poroso da região drenada. Um teste de fluxo executado com esta finalidade de se determinar o volume poroso da região drenada por um poço é denominada teste limite de reservatório. Esse tipo de teste foi introduzido por Jones (1958). MÉTODO CONVENCIONAL A equação de fluxo do regime pseudopermanente para um poço que produz com vazão constante é dada, na forma adimensional, por: EQUACAO 178 Onde a constante Ca é denominada fator de geometria, sendo portanto uma função da geometria do sistema poço-reservatório. De acordo com a teoria apresentada em capítulos anteriores, a equação da queda de pressão adimensional no poço para um reservatório circular limitado que produz no regime de fluxo pseudopermanente é: EQUACAO 179 Que também pode ser escrita como: EQUACAO 180 Ou ainda: EQUACAO 181 Comparando-se as equações 178 e 181, verifica-se que: EQUACAO 182 Ou seja, EQUACAO 183 Para o caso de reservatório circular limitado. Uma analise da equação 178 indica que, uma vez atingido o regime de produção pseudopermanente, a pressão no poço varia linearmente com o tempo. Assim, um gráfico da pressão de fluxo versus tempo de produção deve resultar em uma linha reta com inclinação – m’ e coeficiente linear pint, com mostra a figura. FIGURA 4 -Teste limite de reservatório – Método convencional de analise Se coloca em termos de variáveis reais, a equação 178 se transforma em: EQUACAO 184 Ou seja: EQUACAO 185 Definindo-se: EQUACAO 186 EQUACAO 187 A equação 185 reduz-e a: EQUACÇÃO 188 Que é a equação de um linha reta. Portanto, o método de análise do teste limite consiste em se ajustar um linha reta sobre os dados de campo e determinar o seu coeficiente angular –m*. Assim o volume poroso é calculado a partir da equação 187. EQUACAO 189 Para se estimar o fator de geometria CA é necessária a utilização dos valores de m e de p1 determinados na analise transiente convencional. A manipulação algébrica das equações 185 e 186 produz: EQUACAO 190 O tempo necessário para que o reservatório atinja o regime pseudopermanente de produção é estimado através do inicio da linha reta cartesiana dos dados de campo (tpp na figura). Assim: EQUACAO 191 EQUACAO 192 Com os valores de CA e t(DA)PP pode-se estimar a forma de área de drenagem do poço por meio de comparação com a tabela de valores. AULA 7 MÉTODO DE PARK JONES Jones (1967) desenvolveu também um método de interpretação de teste limite que possibilita análise simultânea dos períodos de fluxo transiente e pseudopermanente. O período transiente é regido pela equação: s rc ktC Ln kh qBC PP wt iwf 280907,0 ²2 12 (193) Diferenciando-se essa equação em relação ao tempo, resulta em: tkh qBC dt dPwf 2 12 (194) Definindo-se a função Y de Park Jones como sendo: q dt dP Y wf (195) Tem-se que: tkh BC Y inito 1 2 2 inf (196) Onde Yinfinito é o valor de Y para o regime transiente, isto é, para o período em que o reservatório comporta-se como se fosse infinitamente extenso. Tomando-se o logaritmo decimal da equação 196: t kh BC Y inito log 2 loglog 2inf (197) Então, um gráfico de log Yinfinito contra log(t) deve resultar em uma linha reta com coeficiente angular igual a -1, conforme ilustra a figura. FIGURA 5 Os valore de Y podem ser calculados numericamente a partir de dados de pressão versus tempo, utilizando-se o conceito de diferenças finitas. Durante o período semi- permanente, o comportamento de um reservatório de geometria qualquer é dado pela equação 185. Derivando-se essa equação em relação ao tempo: Ahc qBCC dt dP t wf 212 (198) A função Y neste caso passa a ser: Ahc qBCC q dt dP Y t wf finito 212 (199) Onde Yfinito refere-se ao regimede fluxo estabilizado (pseudo-permanente). A figura apresenta o comportamento completo da função Y, tanto para curto quanto para longo tempo. FIGURA 6 O valor da permeabilidade é estimado tomando-se um ponto sobre a reta de 45º de Figura e utilizando-se a equação: º45º45 2 1 2 Yth BC k (200) O raio de investigação (ri) de Van Pollen (1964) é definido admitindo-se uma distribuição de pressão pseudo-permanente em um sistema circular de raio igual ao raio de investigação, tal que: finitoinito YYinf (201) Ou seja: ² 2 1 2 212 rc BCC tkh BC t (202) De onde se obtém: t i c ktC r 12 (203) O valor máximo de ri o qual será denominado raio de drenagem (ri) e alcançado quando o reservatório de fato atinge o pseudo-permanente, o que corresponde ao tempo de estabilização (test), indicado na figura 6. t est i c ktC r 12 (204) Deve-se observar que o raio de drenagem aparente de Aronofsk & Jenkins é mais conservador que o raio de investigação de Van Pollen. O volume poroso é estimado utilizando- se o valor estabilizado da função Y. finitot p Yc BCC V 212 (204a) wi finitot S Yc BCC N 12 21 (205) wi mínimot mínimo S Yc BCC N 12 21 (206) TESTE COM VAZÃO VARIÁVEL Um teste com vazão variável pode consistir desde uma série de vazões diferentes mas constantes durante determinados períodos, até uma totalmente descontrolada. Os métodos a serem apresentados baseiam-se em esquema de vazões com variações discretas. Caso a vazão tenha sofrido variações contínuas, o esquema real deve ser substituído por uma aproximação composta por trechos com vazão constante (discretização da curva). FIGURA 7 MÉTODO DE ODEH & JONES Definindo-se: s rc kC s wt 8686,03514,0 ² log 1 (207) Pode-se escrever que: st kh qB CPP iwf log151,1 2 (208) Aplicando-se o princípio da superposição de efeitos, a queda de pressão em um instante qualquer tj-1 ≤ t ≤ tj, 1 ≤ j ≤ N, é dada por: sqmttqqttqqttqqtqmPP jjjjwfi 'log...logloglog' 12231121 (209) Onde t0 = 0 e q0 = 0 e: kh B Cm 2151,1' (210) Dividindo a equação 208 por qj obtém-se: j i i j ii j iwf smtt q qq m q PP 1 1 1 'log' (211) A interpretação do teste é efetuada construindo-se o gráfico: smb '' (212) hm B Ck ' 151,1 2 (213) 3514,0 ² log ' ' 151,1 1 wt rc kC m b s (214) FIGURA 8 MÉTODO DE RUSSEL – VAZÃO DUPLA Aplicando-se o princípio da superposição de efeitos e admitindo-se que o reservatório comporte-se como infinito, que o poço não apresente efeitos de estocagem e que a aproximação logarítmica seja válida, obtém-se a expressão: stqqmsttqmPP wfi log'log' 1211 (215) sqmt q q t tt qmPP iwf 2 1 21 1 'loglog' (216) Definindo-se o coeficiente angula como: 11 'qmm (217) A permeabilidade pode ser calculada como: hm Bq Ck 1 1 2151,1 (218) E o fator de película pela expressão: 3514,0 ² log151,1 1 1 01 21 1 wt twf rc kC m PP qq q s (219) Onde P1 é a pressão de fluxo Pwf tomada sobre a linha reta para Δt = 1 e (Pwf)Δt=0 é a pressão de fluxo no instante da mudança de vazão FIGURA 9 Neste tipo de teste, é possível se estimar a pressão inicial do reservatório, em função do coeficiente linear (m’) da reta da Figura, que é a representação gráfica da equação 216 sqmPP wfi 20 ' (220) Ou: sq q m PP wfi 2 1 1 0 (221) q2 é chamada vazão reduzida e q3 vazão restaurada. Aplicando-se o princípio da superposição de efeitos durante o intervalo de t1 a t2 obtém-se: sqmtqqttqmPP iwf 2112111 'loglog' (222) Onde m’ é definido pela equação 210. A equação 209 é a mesma do teste de fluxo com duas vazões. Aplicando-se novamente o princípio da superposição de efeitos, agora para t > t2: sqmtqqtttqqttqmPPwf 3223212122211 'logloglog' (223) As equações 222 e 223 podem ser analisadas em um mesmo gráfico, com duas escalas horizontais diferentes, conforme a figura. FIGURA 10 As duas retas traçadas devem ser paralelas, e possuem a inclinação –m’. A permeabilidade é estimada por: hm BC k ' 151,1 2 (224) Os valores de Pi podem ser determinados simultaneamente por meio do sistema de equações: sqmPP extwfi 21 ' (225) sqmPP extwfi 32 ' (226) Então: 23 3 211 qq q PPPP extwfextwfextwfi (227) 23 21 ' qqm PP s ext wfextwf (228) 3514,0 ² log151,1 1 wt rc kC ss (229) TESTE DE CRESCIMENTO DE PRESSÃO Este teste baseia-se no registro contínuo das pressões de fundo após o fechamento de um poço que tenha estado produzindo por um determinado período. Quando bem realizado, um teste de crescimento de pressão deve fornecer informações a respeito do sistema poço- formação, tais como permeabilidade efetiva do meio poroso ao fluido produzido, indicação de dano ou estímulo da formação e pressão média na região drenada do poço. A análise de um teste de crescimento de pressão é bastante simplificada quando se produz o poço com vazão constante antes do fechamento, embora sejam possíveis a interpretação de testes com vazão de produção variável. MÉTODO DE HORNER É o método mais utilizado para interpretação de testes de crescimento de pressão e exige que a vazão tenha sido razoavelmente constante antes do fechamento do poço. Admitindo-se que o poço tenha produzido com uma vazão constante q durante um tempo de produção tp, a queda de pressão no poço em um instante Δt após o fechamento pode ser determinada pela utilização do princípio da superposição de efeitos. Desse modo, a queda de pressão no instante de tempo (tp + Δt) após o início da produção seria resultante da soma dos efeitos causados pela produção do poço com vazão +q desde o instante inicial e pela produção do poço com vazão negativa –q desde o instante do fechamento, ou seja: DwDDpwDDpwDs tPttPttP (230) A expressão geral da superposição de efeitos para um teste de crescimento de pressão, equação 230, também pode ser obtida por meio de uma forma mais elegante, por meio do princípio de Duhamel. Segundo este princípio, a queda de pressão adimensional no poço é dada por: Dt D DwCD DDwDs t tP qtP 0 (231) Pressão no poço adimensional e Qd = q/qr, sendo qr uma vazão de referência. Escolhendo-se qr = q tem-se que durante o período de fluxo qD = 1. Durante o período de fechamento, qD = 0 e t = tp + ΔtD. Assim a equação 231 simplifica-se para: pDt D DpDwCD DpDwDs t ttP ttP 0 (232) pDt wCD DpDwDs P ttP 0 (233) Cujo resultado é: DwCDDpDwCD t tt wCDDDwDs tPttPPttP D Dp (234) Esta equação é idêntica à equação 230. A equação da queda de pressão adimensional em um poço que produz com vazão constante de um reservatório infinito, sem efeitos de estocagem, é dada por: stLntP DDwD 280907,0 2 1 (235) Empregando-se 235 na 230, obtém-se: stLnsttLnP DDpwDs 280907,02 1 280907,0 2 1 (236) O que resulta em: t tt LnttP p DDwDs 2 1 (237) t tt LnPP qBC kh p wsi 2 1 2 (238) A equação 238 pode ser escrita na forma: t tt mPP piws log (239) kh qBC m 2151,1 (240) Figuras a serem adicionadas:
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