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Arturo Rodrigo Ferreira Pardo 1º /2014 Avaliação das Formações 1 � Este teste baseia-se no registro contínuo das pressões de fundo após o fechamento de um poço que tenha estado produzindo por um determinado período. Quando bem realizado, um teste de crescimento de pressão deve fornecer informações a respeito do sistema poço-formação, tais como permeabilidade efetiva do meio poroso ao fluido produzido, indicação de dano ou estímulo da formação e pressão média na região drenada do poço. � A análise de um teste de crescimento de pressão é bastante simplificada quando se produz o poço com vazão constante antes do fechamento, embora sejam possíveis a interpretação de testes com vazão de produção variável. 2 Método de Horner � É o método mais utilizado para a interpretação de testes de crescimento de pressão e exige que a vazão tenha sido razoavelmente constante antes do fechamento do poço. � Admitindo-se que o poço tenha produzido com uma vazão constante q durante um tempo de produção tp, a queda de pressão no poço em um instante ∆t após o fechamento pode ser determinada pela utilização do princípio da superposição de efeitos. Desse modo, a queda de pressão no instante de tempo (tp+ ∆t) após o início da produção seria a resultante da soma dos efeitos causados pela produção do poço com vazão +q desde o instante inicial e pela produção do poço com vazão negativa –q desde o instante do fechamento, ou seja: 230( )[ ] ( )[ ] ( )DwDDpwDDpwDs tPttPttP ∆−∆+=∆+ 3 Método de Horner � A expressão geral da superposição de efeitos para um teste de crescimento de pressão, equação 230, também pode ser obtida de uma forma mais elegante por meio do princípio de Duhamel. Segundo este princípio, a queda de pressão adimensional no poço é dada por: 231( ) ( ) ( ) τττ ∂ ∂ −∂ = ∫ D DwcDt DDwDs t tPqtP D 0 � Pressão no poço adimensional e Qd = q/qr, sendo qr uma vazão de referência. Escolhendo-se qr = q tem-se que durante o período de fluxo qD = 1. Durante o período de fechamento, qD = 0 e t = tp+ ∆tD. Assim a equação 231 simplifica-se para: 232( ) ( )∫ ∂∂ −∆+∂ =∆+ pD t D DDwcD DpDwDs t ttpP ttP 0 τ τ 4 Método de Horner � Esta equação é idêntica à equação 230. A equação da queda de pressão adimensional em um poço que produz com vazão constante de um reservatório infinito, sem efeitos de estocagem, é dada por: 234 ( ) ( ) ( ) ( )DwcDDpDwcDt ttwcDDDwDs tPttPPttP D DpD ∆−∆+=−=∆+ ∆= ∆+=ξξξ � Cujo resultado é: 233( ) ( )∫ ∂∂ ∂ −=∆+ pD t wcD DpDwDs P ttP 0 ξξ ξ 235( ) ( )sttP DDwD 280907,0ln2 1 ++= 5 Método de Horner � o que resulta em: 237( ) ∆ ∆+ =∆+ t tt ttP pDDwDs ln2 1 � Empregando-se 235 na 230, obtém-se: 236 ( ) ∆ ∆+ =− t ttppp qBC kh wsi ln2 1 2 µ 238 ( )[ ] ( )[ ]ststtP DDpwDs 280907,0ln21280907,0ln21 ++∆−++∆+= � A equação 238 pode ser escrita na forma: ∆ ∆+ −= t ttp mpp iws log 239 kh qBCm µ2151,1= 240 6 Método de Horner � Empregando-se 235 na 230, obtém-se: m qBCkh 2151,1=µ 241 1lim 0 = ∆ ∆+ →∆ t tt p t 242 ( ) iws ptp =∞→∆ 243 7 Método de Horner � Para reservatório depletado: daestabiliza p p q N t = 244 246 247 ( ) stPP qBC kh pD wffws + =− γµ 4 2 1 2 245 ( ) s t ttt PP qBC kh ppD wffws + ∆ ∆+ −=− ln 4 2 1 2 γµ � Eliminando pi das equações 245 e 238, resulta em: � Para ∆t = 1: − − + + − = 3514,0log 1 log151,1 2 11 wp pwff r C t t m PP s η 248 tc k φµη = 8 Método de Horner � Para reservatório depletado: msP 8686,0=∆ 249 251 250 s ww err − = ' � Quando tp >>1 a equação 247 simplifica-se para: � A queda de pressão associada ao efeito de película: − − − = 3514,0log151,1 2 11 w wff r C m PP s η � O raio efetivo do poço é determinado pela expressão: 9 Método de Horner � Aproximação para corrigir pressão extrapolada no caso de um reservatório circular limitado com poço no centro: ( ) + = D eD D iDwD t rY t EtP 44 1 2 1 2 253 ( ) ( ) ∆ − ∆+ + ∆ ∆+ −= D eD Dp eDp iws t rY tt rY t tt mPP 44303,2 1log 22 252 ( ) ( ) ξξξξ −+−= eEY i 1 254 � onde a função Y é definida por: � Assim, para o período de fechamento a aproximação da queda de pressão no poço em um instante ∆t é: 10 Método de Horner � que, para tempos de crescimento razoavelmente pequenos, simplifica-se para: p e pD eD t r t r η44 22 = + ∆ ∆+ −= Dp eDp iws t rY t tt mPP 4303,2 1log 2 255 257 � A extrapolação para uma pressão log {(tp+ ∆t )/ ∆t }=0 determina uma pressão falsa p* e a equação 255 torna-se: � Uma vez conhecida a pressão inicial pi, determina-se o valor do argumento da função Y, que num sistema compativel de unidades é: −= Dp eD i t rYmPP 4303,2 2 * 256 � A pressão média na região drenada pelo poço é determinada a partir de um balanço de materiais: −= 2 4 303,2 e P i r tmPP η 258 11 Método de Horner � Equação 257 generalizada: ( ) pDAi tPPqBC kh piµ 22 =− 259 12 Método de Bourdet � A partir do advento da técnica da derivada da curva de pressão adimensional introduzida por Bourdet (1983), as atividades de avaliação de testes de formação passaram a utilizar esta técnica de forma intensiva. A maioria dos métodos utilizados até então passaram a compor também em suas análises a curva de derivada de pressão, representada em gráficos log-log, resultando em interpretações adicionais e melhores visualizações de regimes de fluxo a partir do formato destas curvas. A utilização rotineira da derivada de pressão, além de ser facilitada a utilização dos diversos regimes de fluxo, por meio de suas formas características, também tornou possível a identificação de particularidades do reservatório, tais como heterogeneidades e limites, devido aos efeitos causados na curva de derivada para os tempos finais do teste. Esses efeitos normalmente passariam despercebidos na análise convencional de pressão. 13 Método de Bourdet � Hoje praticamente todos os softwares de interpretação comercial trazem em conjunto para análise em um gráfico log-log tanto a curva de pressão adimensional como sua derivada, principalmente quando o interesse da interpretação está relacionado com determinação dos regimes de fluxo e/ou com parâmetros da geometria do reservatório. Os ganhos advindos do uso das derivadas foram crescendo a cada dia, à medida que novos trabalhos apresentados pela comunidade acadêmica na área de análise de testes foram publicados. Desde então, é praticamente impossível relacionar em um trabalho a infinidade de modelos teóricos já publicados nesta área. 14 Definição � A definição da derivada aparece de diversas formas, portanto, apresentaremos apenas as mais comumente encontradas na literatura. De um modo geral, a derivada da queda de pressão é expressa em função do logaritmo natural do tempo, conforme a equação 260. ( ) td dPt td t dP td dPPtfP ∆ ∆= ∆ ∆ = ∆ =∆⇒∆=∆ 1ln ln ' 260 15 Definição � Quando a função queda de pressão está relacionada com ln[(tp+∆t)/ ∆t], no caso do período da estática, nos interessa a definição da derivada em função da variável citada, conforme equação 261. td dP tp ttp t t ttpd dPP ∆− ∆+∆= ∆ ∆+ =∆ ln ' 261 � O algoritmo utilizado mais comumente na diferenciação da pressão pode ser entendido com a ajuda da Figura. Os dados considerados são um ponto anterior e um ponto posterior ao ponte onde interessa a derivação. É estimada uma inclinação à esquerda e à direita do ponto de interesse, e atribuído peso respectivo a estas inclinações. A equação 262 resulta numa derivação suavizada. 16 Definição � É recomendável iniciar o algoritmo com pontos consecutivos. Se o resultado for uma curva com muitos ruídos, convém utilizar um coeficiente de suavização, incrementando uma maior distância entre o ponto de interesse e os pontos à direita e à esquerda. O coeficiente definido acima pela letra L expressa na mesma escala da variável x que visa suavizar a derivada deve atender á condição ∆t1,2>L. 17 Regimes de Fluxo Clássicos – Reservatório Homogêneo � Iniciaremos nossa análise de comportamento da derivada de pressão nos regimes clássicos e depois analisaremos outros comportamentos de fluxo em reservatórios fraturados, com falha selante, fluxos esféricos, reservatório com heterogeneidades e outros. 18 Fluxo radial Infinito � Considere a equação do comportamento de reservatório infinito ou tempos curtos para outros tipos de reservatório, selado ou alimentado, desde que o fluxo ainda se encontre no regime transiente. Quando o regime de fluxo radial infinito é alcançado, após o efeito de estocagem, a derivada se torna uma constante, conforme pode ser visto no gráfico da Figura e demostrado pelas equações 263, 264 e 265. Utilizando-se a aproximação logaritmica para a solução do modelo da fonte linear, temos que: 263( )stP DwD 280907,0ln2 1 ++= � Em termos de variáveis reais esta equação pode ser reescrita como: 264 ++ +∆=∆=− s rc kC t kh qBCppp wt wfwfi 280907,0lnln2 1 2 1 2 φµ µ 19 Fluxo radial Infinito � E, portanto: 265 � O último termo da Equação 265, para um reservatório homogêneo representa uma constante. kh qBC tkh qBCt td dP p wfwf µµ 22 ' 2 11 2 1 ln = ∆ ∆= ∆ =∆ 20 Fluxo radial Infinito � Aqui cabe uma observação para que não incorra em erros quanto à derivada da pressão utilizada em outras expressões. Quando se deriva uma função, utilizando a definição matemática, estamos derivando a função em relação a variável independente. Durante o desenvolvimento anterior utilizamos esta definição matemática para Pwd ‘ , conforme a equação 267: 267 � o que difere um pouco da definição dada na equação 265. Se derivarmos a queda de pressão adimensional em relação à variável independente ln (tD/CD), teríamos: ( ) ( )DD wD wD s DDDwD Ctd dPpeCCtfp / ,/ '2 =⇒= 268( ) ')/()/(/)/ln( wDDDDD wD DD DD wD pCt Ctd dPCt Ctd dP ⇒= 21 Fluxo radial Infinito � Independente da forma como se deriva, o resultado será semelhante, conforme pode ser verificado na Equação 269 269( ) ' ' )(1 )/()/(/)/ln( D wD D D D wD DD DD wD DD DD wD wD dt p t td C dPCt Ctd dPCt Ctd dPp ==== 22 Regime Permanente � Um reservatório homogêneo que possua um aqüífero adjacente ou uma capa de gás que seja capaz de manter a pressão em seus limites, tem sua queda de pressão regida pela Equação 270: 270DeDD rrp lnln −= � Em termos de variáveis reais, a equação de comportamento da queda de pressão no poço pode ser escrita como: 271 w e wf r r kh qBCp ln2 µ=∆ � cuja derivada é: 2720' =∆ wfp � A derivada quando o regime de fluxo está estabilizado no regime permanente tende para o valor nulo, enquanto a pressão tende para um valor constante. 23 Regime Permanente 24 Regime Pseudo-permanente � Se considerarmos um sistema homogêneo e fechado, depois de estabelecido o regime pseudopermanente, em que a queda de pressão no poço declina proporcionalmente com o tempo e traçarmos uma curva numa escala log-log da derivada da queda de pressão com o tempo, o comportamento da curva após o fim do regime radial infinito tenderia para uma linha reta de inclinação unitária, num teste de fluxo. � Para o regime pseudopermanente, a equação que rege a queda de pressão no poço é: ( ) s Cr A Ac ktCpp qBC kh Awt wfi + + + =− 2458,2ln 2 1ln 2 12 2 1 2 φµ pi µ 273 25 Regime Pseudo-permanente � Ou, no sistema de unidades Petrobras: � Se aplicarmos a derivação na equação 274, o resultado será: ( ) ++− +∆ =∆ sC r A kh qB t hAc p A wt wf 87,03514,0loglog9,21 0003484,057,119 2 µ φ 274 t hAc p t wf ∆ =∆ φ 0003484,057,119' 275 � Numa escala log-log, uma reta com inclinação unitária será estabelecida para a curva de comportamento da queda de pressão como para a curva da derivada, conforme mostra a Equação 276 representada na Figura. tAt hAc p t wf ∆+= ∆ =∆ log0003484,057,119loglog ' φ 276 26 Regime Pseudo-permanente 27 Estocagem do Poço e Dano � A queda de pressão em variáveis reais para o período de estocagem pura é, conforme definido em capítulos anteriores: � Logo, C tqBpwf ∆ =∆ 277 C tqBpwf ∆ =∆ ' 278 � Pode-se perceber que tanto a queda de pressão como a derivada da queda de pressão terão os mesmos valores. Se tomarmos o logaritmo de uma dessas expressões, o gráfico de estocagem pura representada na Figura será uma reta com inclinação unitária conforme pose ser conforme pode ser demonstrado pela equação 279. t C qBpwf ∆+=∆ logloglog ' 279 28 Estocagem do Poço e Dano 29 Estocagem do Poço e Dano � Na Figura um gráfico da pressão adimensional e de sua derivada (log-log) mostra claramente duas regiões representando os seguintes fluxos, considerando um reservatório homogêneo com efeito de estocagem para vários valores de dano: � a) no tempo curto, todas as curvas são retas com inclinação unitária � b) durante o fluxo radial infinito, as derivadas se estabelecem num valor de ½, conforme pode se verificar pela equação 266. 30 Fratura com condutividade Infinita � Um dos métodos de estimulação mais utilizados para aumento da produção dos poços é o fraturamento hidráulico vertical da formação produtora. O contato da superfície poço-reservatório é aumentado significativamente com o fraturamento, resultando num fator de skin negativo. O modelo de fratura para esta análise considera que a fratura atinge toda a espessura do reservatório e é simétrica em relação ao centro do poço, conforme pode ser observado na Figura, onde o valor xf representa a metade do comprimento da fratura. No modelo de condutividade infinita, considera-se que a condutividade da fratura seja tão alta que não resulte em queda de pressão no interior da fratura. Os regimes que se estabelecem na fratura com o tempo são: no tempo curto as linhas de fluxo são perpendiculares ao plano da fratura (fluxo linear), no tempo maior se estabelece um fluxo elíptico e no tempo longo o reservatório se comporta como um regime radial quase puro. 31 Fratura com condutividade Infinita 32 Fratura com condutividade Infinita ( )fffCD kxlbkF = 280 � As seguintes definições de variáveis adimensionaissão normalmente utilizadas nas soluções dos regimes de fluxo em poços fraturados, seja com condutividade finita ou infinita: � Condutividade da Fratura � Tempo adimensional baseado na metade do comprimento da Fratura 2 1 ft fD xc ktC t φµ= 281 33 Fratura com condutividade Infinita 22 ft fD xhc CC piφ= 282 � As seguintes definições de variáveis adimensionais são normalmente utilizadas nas soluções dos regimes de fluxo em poços fraturados, seja com condutividade finita ou infinita: � Estocagem e posições adimensionais f D x x x = 283 f D y yy = 284 f D b bb = 285 34 Fratura com condutividade Infinita � A equação 286 é a solução para a queda de pressão no poço num sistema poço-fratura de condutividade infinita durante o fluxo linear. Solução sem estocagem e sem fator de película, cuja demonstração pode ser encontrada no trabalho de Gringarten (1974) fDwD tP pi= 286 t kchx qBC P tf flo wD ∆−=∆ φ µ* 287 � que em termos de variáveis reais se torna: � Cflo* representa a constante (fratura linear óleo) que vale 1/2raiz(pi) num sistema compatível e 0,63 no sistema petrobrás. O fluxo linear pode ser analisado num gráfico de DPwf versus a raiz quadrada do tempo, onde resulta numa linha reta com inclinação mlf interceptando desde a origem. 35 Fratura com condutividade Infinita lft f hm qB kc x φ µ63,0= 288 � De onde se pode deduzir no sistema de unidades Petrobras que: 36 Fratura com Condutividade Finita � Analisando agora uma fratura em que a condutividade não seja infinita, em que a queda de pressão na fratura não pode ser negligenciada na análise do comportamento da queda de pressão no sistema poço-reservatório, teríamos neste caso um segundo fluxo se estabelecendo na extensão da fratura. Antes que o final da fratura seja alcançado, a configuração produzirá um fluxo chamado bilinear, conforme esquema mostrado na Figura. 37 Fratura com Condutividade Finita ( ) ∫ ∞ −− =Γ 0 1 dtetx tx 290 � A queda de pressão neste caso será proporcional à raiz quarta do intervalo de tempo, conforme equação 289( ) 4/1 224/5 Γ = CD fD wD F t P pi ( ) 906,04/5 =Γ 291 � Portanto a equação 289 em termos de variáveis reais se torna: 292 4 4 * t kcbkh qBC P tff fbo wf ∆=∆ φµ µ � Onde Cfbo* representa a constante (fratura bilinear óleo), que vale pi/(0,906.raiz2) num sistema compatível e 6,37 no sistema Petrobrás. O fluxo linear pode ser analisado num gráfico de DPwf versus raiz quarta do tempo. 38 Fratura com Condutividade Finita � De onde se pode deduzir no sistema Petrobrás que: 293 2 16,40 = blft ff hm qB kc bk µφµ 39 Fratura com Condutividade Finita ( )nt n A td dp t td dpPwf 1 ln ' ∆= ∆ ∆= ∆ =∆ 295 � Analisando o fluxo linear e bilinear por meio de uma equação geral, a equação mostrada a seguir pode representar o comportamento da queda de pressão com o tempo para os dois tipos de fluxo observados nos modelos de poços fraturados (seja com condutividade infinita ou finita) ( )ntAPwf 1∆=∆ 294 � Se 1/n = ½ temos a representaçao do fluxo linear e se 1/n = ¼ temos a representação do fluxo bilinear. Fazendo a derivada da equação 294 em relação a ln (Dt), resulta: 40 Fratura com Condutividade Finita � Numa escala log-log: ( ) At n tAP nwf loglog 1loglog 1 +∆=∆=∆ 296 � Portanto, ambos os casos resultarão numa linha reta com inclinação igual a 1/n, conforme mostra a Figura, sem efeito de estocagem. ( ) n A t n t n AP nwf loglog 1loglog 1 ' +∆=∆=∆ 297 41 Fratura com Condutividade Finita 42 Limitado por Falhas � Neste exemplo, um reservatório é limitado em uma direção por uma falha vertical plana em uma de suas fronteiras a uma distância L do poço (costumamos utilizar a letra a para designar a distância do poço a falha). Durante a produção, o raio de investigação se expande até que a falha seja atingida. O comportamento de pressão segue o equivalente a um reservatório infinito sofrendo uma distorção a partir do momento em que a falha é percebida, conforme pode ser visto no esquema da Figura a seguir. 43 Limitado por Falhas 44 Limitado por Falhas � No início da produção, a fronteira não é alcançada de imediato e o raio de investigação é menor que L (parte A da Figura acima). Quando a fronteira é atingida, há uma distorção no comportamento de pressão no reservatório, embora esta distorção não seja ainda sentida no poço (parte B). Num tempo maior e em função do efeito imagem o poço é alcançado e, portanto, ocorrendo um decréscimo na pressão do poço (parte C), se estabelecendo um regime semi-radial. A Figura mostra melhor os efeitos da pressão no poço com tempo de produção. 45 Limitado por Falhas 46 Limitado por Falhas � É fácil verificar que no momento em que o poço é atingido pelo efeito imagem, o comportamento da queda de pressão versus o logaritmo do tempo segue ainda uma linha reta, mas agora com inclinação duas vezes o valor da inclinação de fluxo radial infinito. A Figura mostra a alteração da inclinação da reta quando o poço é atingido pelo efeito imagem (regime pseudo-radial). Lembrando que a inclinação da reta num gráfico semilog é, em unidades compatíveis, qBµ/2pikh, durante o regime radial infinito. No regime semi-radial o ângulo da onda de pressão é mudado para pi, tornando a inclinação em unidades compatíveis igual a qBµ/pikh. 47 Limitado por Falhas 48 Limitado por Falhas � Tratando a configuração de um poço próximo a uma falha selante utilizando o príncipio do poço imagem, aplicando o princípio da superposição de efeitos teremos: ( ) ( ) ( )wDDADDDADDwD rartPrtPtP /2,1, =+== 298 � onde a é a distância do poço à falha. A primeira parte do lado direito da equação 298 é a queda no poço devido ao poço e a segunda é a queda no poço devido ao poço imagem. � Ou seja, ( ) −− + = D w i D DwD t raESttP 4 /4 2 124ln 2 1 22 γ 299 49 Limitado por Falhas � Cuja solução no tempo curto é: ( ) +++ +−= sC c k tmPP t iwf 87,0log3514,0loglog 1φµ 301� que em variáveis adimensionais fica: ( ) + = s t tP DDwD 2 4ln 2 1 γ 300 � Onde a inclinação m seria dada pela equação 302: kh qBC m µ2151,1 = 302 50 Limitado por Falhas � Já a solução no longo tempo é: ++ − +−= 3514,04343,02logloglog2 2 S r a rc k tmPP wwt iwf φµ 304� que em variáveis adimensionais fica: ( ) ( ) + + = 2/2 4ln 2 124ln 2 1 w DD DwD ra tSttP γγ 303 � Para o cálculo da distância do poço a falha, basta igualar as Equações 302 e 299 ( ) + + = + 2/2 4ln 2 124ln 2 124ln 2 1 w DDD ra t s tSt γγγ 305 51 Limitado por Falhas � Isolando o valor de a resulta que: � Um gráfico log-log incluindo o comportamento da queda de pressão no poço e sua derivada, resulta na seguinte configuração: tc tk a φµ ∆ = 7493,0 306 52 Limitado por Falhas � Para um tese de crescimento de pressão, aplicando o princípio de Duhamel para superposição temos: ( ) ( ) −+ ∆ ∆+ −= pD w i p iws t raEm t tt mPP 4 /2 303,2 log 2 307 � Na solução para curto tempo: ( )[ ] ( )[ ] [ ]DwDDpwDDpwDs tPttPttP ∆−∆+=∆+ 308 � Onde a queda de pressão adimensional no poço durante o crescimento foi denominada PwDs, que pode ser rescrita como: ( )[ ] ( ) ( ) −− ∆ − ∆+ =∆+ pD i DDp DpwDs t saEt tt ttP 4 /2 2 14ln 2 14ln 2 1 γγ 309 53 Limitado por Falhas � Na solução de longo tempo, os efeitos do poço imagem podem ser sentidos: ( ) ∆ ∆+ −= t tt mPP piws log2 310 � que após simplificações, se torna: ( ) ∆ ∆+ = t tt P pwDs ln 311 � Ou � A Figura mostra o comportamento da curva semilog da pressão do poço considerando um poço próximo à falha ( )[ ] ( ) ( )( ) ( ) ∆ − ∆+ + ∆ − ∆+ =∆+ 22 /2 4ln 2 1 /2 4 ln 2 14ln 2 14ln 2 1 w D w DpDDp DpwDs ra t ra ttttt ttP γγγγ 312 54 Limitado por Falhas 55 Limitado por Falhas � A permeabilidade pode ser estimada de maneira usual por meio da inclinação m, enquanto que a distância à falha é estimada a partir do ponto de insterseção das duas retas. Igualando as equações das duas retas obtém-se: 313 ( ) Dx p pD w i Dx p t tt t raE t tt ∆ ∆+ = −− ∆ ∆+ ln 4 /2 2 1ln 2 1 2 � Ou 314( ) Dx p pD w i t tt t raE ∆ ∆+ = −− ln 2 1 4 /2 2 1 2 56 Limitado por Falhas � O lado esquerdo da equação 314 é exatamente a solução da integral Exponencial para tD=tpD e rD=2a/rw ou seja: 315( ) ( ) −−=== pD w ipDDwDD t raEttrarp 4 /2 2 1 ,/2 2 � Portanto, entrando-se em um gráfico da solução da Integral Exponencial com o valor de Pd = ½ (ln (tp+∆t)/ ∆t), obtém-se o argumento da função Integral Exponencial: 316( ) = 22 /2 w pD w pD ra t r t 57 Limitado por Falhas � Da definição de Td, tem-se: 317 = 2 1 2 rc ktC r t tD pD φµ � ou 318 ( )21 /4 DpDt p rtc ktC a φµ= 319 ( ) = 2 1 2 2ac ktC r t tD pD φµ � Desta igualdade isola-se o valor de a: 58 Limitado por Falhas � O cálculo do fator de película pode ser feito por meio de uma expressão obtida pela combinação das equações de fluxo e de fechamento. Para o período de fluxo utiliza-se a equação 298 na sua forma mais geral, isto é, admite-se que seja válida a aproximação logaritmica para o calculo da queda de pressão devida ao poço real e para o poço imagem considera-se a Integral Exponencial. Então: 320 � ou ( ) −− + = D w i D DwD t raESttP 4 /4 2 124ln 2 1 22 γ ( ) −+ ++ +−= ktC acEms rc kC tmPtP ti wt iwf 1 2 2 1 4303,2 8686,03514,0loglog φµφµ 321 59 Limitado por Falhas � Para o período de crescimento de pressão, utiliza-se a equação da reta de inclinação 2m: 322 � A equação 323 para ∆t = 1 fornece: ∆ ∆+ −= t tt mPP piws log2 ( ) + ++ +−= p t i wt piwf ktC acEms rc kC tmPtP 1 2 2 1 4303,2 8686,03514,0loglog φµφµ 323� Avaliando-se a Equação 321 no instante do fechamento: 324( )1log2 +−= piws tmPP � Combinando-se as Equações 323 e 324? 325 ( ) +− + + − − = p t i p p wt wfi ktC acE t t rc kC m pp s 1 22 2 1 4303,2 13514,0 1 loglog151,1 φµφµ � pwf é a última pressão de fluxo ou primeira de crescimento 60 Limitado por Falhas � Do mesmo modo, é fácil verificar quando temos um poço próximo a duas falhas ortogonais, conforme Figura. � Fazendo o mesmo desenvolvimento mostrado por uma falha chegamos a configuração do comportamento da derivada de um poço próximo a duas falhas ortogonais ou para poços próximos a duas que formem qualquer ângulo entre si. Vide Figuras a seguir. 61 Limitado por Falhas 62 Limitado por Falhas 63 Fluxo Canal � O modelo de fluxo considera um reservatório com um poço entre dois limites impermeáveis paralelos, sendo o poço centrado no meio do canal. Nas imediações do poço haverá um distúrbio das linhas de fluxo que convergirão para o poço, acarretando um pseudoskin. O regime de fluxo inicial é radial e depois o fluxo linear é estabelecido com a adição do pseudoskin, conforme pode ser verificada na ilustração da Figura. 64 Fluxo Canal � Desenvolvendo a formulação para a situação descrita acima é possível determinar a equação que descreve o fluxo linear em um canal como sendo: 326 � Uma equação que correlaciona o pseudoskin e aD é: D D wD a t P pi = 185,0518,1 Das = 327 � Se considerarmos o pseudoskin a Equação 326 se torna: 328 L D D wD s a t P += pi � Caso exista um dano mecânico no poço denominado por s, então o skin total será dado por: sss LT += 329 65 Fluxo Canal � Para identificação dos regimes de fluxo radial e linear que podem ocorrer num fluxo canal, aplicamos as mesmas técnicas já estudadas para outros casos, que permitem uma análise comparativa entre os dados reais e as curvas teóricas através de curvas-tipo. Deve-se observar neste caso que pequenos valores de largura do canal e grandes de estocagem podem fazer com que este regime não se desenvolva plenamente ou fique mascarado pela estocagem. Outra observação é que o gráfico log de pd versus log td não fornece inclinação ½ , como no caso do fluxo linear entre fraturas, a não ser para tempos longos, por causa da presença do pseudoskin. Já no caso da curva de derivada, como é mostrado, o termo pseudoskin desaparece, por ser constante e a proporcionalidade com o fator ½ aparece da mesma forma que no caso do fluxo linear em fraturas. 66 Fluxo Canal � Na equação do fluxo canal se configura a seguinte equação, considerando o pseudoskin: 330 � Numa escala log-log ( ) BtAP mwf +∆=∆ /1 ( ) 2/1' 2ln t A td dp t td dpPwf ∆=∆ ∆= ∆ =∆ 331 � No fluxo canal 1/n = ½. Fazendo a derivada da equação em relação ao logaritmo, temos: � que pode ser representada conforme Figura 2 loglog 2 1log ' AtPwf +∆=∆ 332 67 Fluxo Canal 68 Fluxo Canal � Pseudopermanente � Canal � Canal+Pseudopermanente 69 Penetração Parcial � Em um poço penetrado parcialmente, depois do fluxo radial muito próximo à face perfurada, uma linha de fluxo tanto horizontal como vertical se estabelece até que as fronteiras, topo e base do reservatório, sejam atingidos. Um fluxo esférico pode ser então observado antes que o fluxo se torne totalmente radial em toda a extensão da espessura do reservatório. 70 Penetração Parcial� A queda de pressão no sistema de unidade Petrobrás é: � Se traçarmos um gráfico da queda de pressão no poço versus o inverso da raiz quadrada do tempo, uma linha reta de inclinação mSPH representaria o comportamento durante o regime esférico, conforme mostra a Figura. � Onde ks é a permeabilidade esférica definida como: 3343 23 zHzyxs kkkkkk == tk cqB rk qBP s t ss wf ∆ −=∆ 2/3 6,287515,9 φµµµ 333 71 Penetração Parcial 72 Penetração Parcial � A permeabilidade ks pode ser estimada pela equação a seguir: � Na equação do fluxo esférico, nos deparamos com uma forma de equação do tipo: � Se conhecermos a permeabilidade horizontal, a permeabilidade vertical poderá ser definida pela Equação 336. 3363 = H S H V k k k k = SPH t s m c qBk φµµ6,287 335 337( ) BtAP mwf +∆=∆ /1 73 Penetração Parcial � Neste caso, 1/n = - ½. Fazendo a derivada da equação 337 em relação ao logaritmo, temos � Se traçarmos uma gráfico log-log teremos uma linha reta com inclinação - 1/2 para a derivada da pressão durante o regime esférico, conforme pode ser verificado na Figura. � Se conhecermos a permeabilidade horizontal, a permeabilidade vertical poderá ser definida pela Equação 336. 339 338( ) 2/1' 2ln −∆= ∆ ∆= ∆ =∆ tA td dp t td dpPwf AtPwf loglog2 1log ' +∆−=∆ 74 Penetração Parcial 75
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