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aula 12 prestigio clima desempenh

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Pesquisas em escolas públicas do 
Rio de JaneiroRio de Janeiro
Os dois textos abordam dois conceitos em comum:
� Prestígio Escolar
� Clima Escolar
Os dois trabalham na perspectiva da Eficácia Escolar (SchoolOs dois trabalham na perspectiva da Eficácia Escolar (School
Effectiveness):
� Idéia de que a escola importa (school matters)
� A escola faz diferença
� Existe um “efeito-escola”
Texto de 2008:
Prestígio Escolar – Reputação, fama (ao longo do 
tempo)
Desempenho – Momentâneo (pode melhorar 
rapidamente)
O prestígio pode explicar o desempenho.
Prestígio
Liderança Escolar (gestor – individual)
Clima Escolar (todos – coletivo)
Composição social dos alunos
RelacionamentosRelacionamentos
Recursos (disponibilidade e usos)
Trabalho pedagógico
Classificou o prestígio das escolas através da análise da 
demanda:
� Muita procura: “boa fama”
� Pouca procura: “má fama”
6 escolas (6º a 9º ano): 3 de alto prestígio +
3 de baixo prestígio -
divididas em pares: 
2 na zona sul: S+ e S-
2 na Tijuca: T+ e T-
2 na zona norte: N+ e N-
� Todas as escolas são semelhantes no que diz respeito a 
recursos;
� Nenhuma era localizada dentro de comunidades;
� Todos os pares recebem perfis semelhantes de alunos 
mas se diferenciam no prestígio;
� Distância máxima entre os pares: 5km.
Porque Tijuca não está dentro de zona norte?
Há uma hierarquia entre zona sul, Tijuca e zona norte.
• Diferenças da Zona Sul a Zona Norte:
Hierarquia socioeconômica e geográfica.
Geográfica: Segregação residencial
Geografia de oportunidades: Serviços (transporte, educação, Geografia de oportunidades: Serviços (transporte, educação, 
saúde, etc), cultura, lazer, informação, emprego, etc.
São maiores na zona sul e menores na zona norte.
Tijuca: zona intermediária.
Na maioria das cidades é comum o modelo centro-
periferia;
A configuração socioespacial do Rio de Janeiro é 
diferente: “Modelo de Segregação Carioca”
Não há segregação local intensa. Em áreas muito ricas Não há segregação local intensa. Em áreas muito ricas 
existem “bolsões” de pobreza.
Clima Educativo Familiar: Anos de Estudo dos pais de família
Voltando ao texto de 2008...
4 meses nas escolas:
Questionários 
Entrevistas Observações
Analisou 7 dimensões:
�Perfil Socioeconômico
�Perfil Familiar
�Trajetória Escolar
�Hábitos e Práticas sociais�Hábitos e Práticas sociais
�Relação Familia-Escola
�Avaliação
�Aspirações e Expectativas
Resultados:
As escolas de alto prestígio (AP) não tinham a melhor
infraestrutura mas o espaço era mais limpo e conservado;
AP – gestores mais antigos (mín 16 anos no cargo); menos
rotatividade de professores; clima bom; trabalho coletivo;
orgulho; menos repetentes
BP – gestores mais novos (máx 4 anos no cargo); mais
rotatividade; clima ruim; trabalho individual; mais repetentes
S+ : clima não tão bom: + seletiva; +reprovação; +abandono.
Escolas de alto prestígio são mais seletivas ou promovem maior
igualdade?
Clima por escola
Perfil das famílias/alunos
AP : +Famílias biparentais; +religiosas; acreditam 
no esforço e no trabalho (mérito) para um 
futuro melhor.
BP : -famílias biparentais; - religiosos; acreditam 
na “sorte” (fatores fortuitos) para um futuro 
melhor.
S- luta para mudar sua reputação (profissionais 
frustrados)
T+ e N+ eram de baixo prestígio e mudaram 
após a entrada do gestor atual (liderança).
Qual das 6 escolas é a mais eficaz?
Texto de 2010
Estuda as percepções e comportamentos do
professor em escolas de alto e baixo prestígio.
Contexto: baixa qualidade e equidade entre as
escolas;escolas;
Crença na importância da escola, em especial,
do professor.
Clima e prestígio 
escolar
Prática docente
Desempenho 
dos alunos
Influências
Considera: Prestígio associado ao desempenho -
IDEB da escola.
A cultura interna da escola (prestígio+clima) pode
influenciar o trabalho do professor.
Rio de Janeiro: Professor pode escolher entre muitas
escolas para trabalhar: alta rotatividade.
Pesquisa: das 367 escolas de 6º ao 9º anos avaliadas na
Prova Brasil de 2007, escolheu as 100 escolas com
melhor desempenho (E1) e as 100 com pior desempenho
(E2).
Através da Secretaria Municipal de Educação teve
conhecimento de 60 professores que lecionam em ao
menos uma escola de cada grupo;
Entrevistou 20 professores.
17 mulheres e 3 homens
Em média 18 anos de experiencia
Apenas 6 nunca lecionaram em escolas 
privadas
Resultados:Resultados:
Eles não sabiam/lembravam o ideb das escolas, mas
sabiam dizer quem tinha maior e menor desempenho.
Suas percepções batem com os resultados oficiais.
Motivos para as diferenças de desempenho 
segundo os professores:
Fatores externos:
� Localização da escola
� Nível socioeconômico dos alunos
� Desigualdade social
� Famílias não participam da vida escolar
Fatores internos:
� Gestão Escolar
Reconhecem que algumas escolas (E1) selecionam os 
alunos:
� Na matrícula
� Orientando as famílias a transferirem os filhos (expulsão 
doce)
Características de escolas E1 (alto desempenho):
� Clima bom;
� Gestão efetiva;
�Mais disciplina;
� Regras claras;
�Mais exigência
Características de escolas E2:
� Clima ruim;
� Problemas de relacionamento (gestor-professor-aluno-
família);
�Menos disciplina;
� Ausência de regras;� Ausência de regras;
�Menos exigência.
Professores admitem ter expectativas diferentes
nas duas escolas;
Simplificam os conteúdos em escolas E2;
Ensinam de maneiras diferentes para públicos
diferentes.
Há uma naturalização das diferenças e sentimento
de impotência diante das desigualdades sociais.
Qual a consequência disso?
Não se autorresponsabilizam;
Reforçam e mantém as desigualdades
educacionais.

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