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Direito Empresarial: Sociedades e Responsabilidades


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CARREIRA JURÍDICA 
Direito Empresarial 
Juan Vasquez 
1 
DIREITO EMPRESARIAL 
PROF. JUAN LUIZ SOUZA VAZQUEZ 
facebook.com/professorjuanvazquez 
DIREITO SOCIETÁRIO: 
CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO DA SOCIEDADE 
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 
1ª AULA: Classificação das Sociedades. Sociedade 
Simples. Sociedade em Nome Coletivo. Sociedade 
em Comandita Simples 
DIREITO EMPRESARIAL 
SOCIEDADE SIMPLES 
ENUNCIADO 61 DA 1ª JORNADA 
 DE DIREITO CIVIL DO CJF– ART. 1.023: 
O termo “subsidiariamente” constante do inc. VIII 
do art. 997 do Código Civil deverá ser substituído 
 
 
 
 
 
 
 
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por “solidariamente” a fim de compatibilizar esse 
dispositivo com o art. 1.023 do mesmo Código. 
ENUNCIADO 479 DA V JORNADA 
 DE DIREITO CIVIL DO CJF 
Na sociedade simples pura (art. 983, parte final, do 
CC/2002), a responsabilidade dos sócios depende 
de previsão contratual. Em caso de omissão, será 
ilimitada e subsidiária, conforme o disposto nos 
arts. 1.023 e 1.024 do CC/2002. 
ENUNCIADO N.º:10 DA 1ª JORNADA DE DIREITO 
COMERCIAL DO CJF: 
“Nas sociedades simples, os sócios podem limitar 
sua responsabilidade entre si, à proporção de sua 
participação no capital social, ressalvadas as 
disposições específicas.” 
INFORMATIVO 468 DO STJ 
 RESPONSABILIDADE. SÓCIOS. SOCIEDADE 
SIMPLES. NEGÓCIO JURÍDICO. PROVA 
TESTEMUNHAL. 
 [...] Nesse contexto, a Turma negou-lhes 
provimento por entender que, nas sociedades cuja 
responsabilidade dos sócios é ilimitada – como na 
hipótese, em que se trata de sociedade simples –, 
uma vez exaurido o patrimônio da pessoa jurídica, 
não é necessário desconsiderar sua personalidade 
para que se atinjam os bens dos sócios, conforme 
o art. 1.023 do CC/2002, o que evidencia a 
legitimidade das recorrentes para figurar na 
demanda. [...] REsp 895.792-RJ, Rel. Min. Paulo de 
Tarso Sanseverino, julgado em 7/4/2011. 
TJSP - APELAÇÃO Nº 0015044-98.2009.8.26.0566 - 
14ª CÂMARA DE DIREITO PRIVADO DO TJ SP – DES. 
: PEDRO ABLAS – 19/09/2012 
 
AÇÃO MONITÓRIA. Cheque. Alegação de que o 
negócio jurídico pago com as cártulas extrapola o 
objeto social da empresa sacadora Ocorrência 
Aplicação da ultra vires doctrine, prevista no art. 
1.015, parágrafo único, III do CC. A sociedade 
limitada sacadora do título tem como objeto social 
o comércio de combustíveis, enquanto que a 
beneficiada dedica-se à prestação de serviços 
médicos e cirúrgicos. [...] 
[...]O próprio sócio emitente do título de crédito 
confirma que o cheque foi utilizado para 
 
 
 
 
 
 
 
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pagamento de cirurgia estética de sua ex-esposa. 
Não havendo como conceber que o negócio 
jurídico contraído com a clínica tenha sido em 
favor do posto de gasolina, é de rigor a aplicação 
da teoria ultra vires societatis prevista no art. 
1.015, § único, III do CC para afastar a 
responsabilidade da apelante no pagamento do 
débito representado pelos títulos, devendo a 
credora se voltar unicamente contra o sócio que as 
emitiu em patente irregularidade, único 
responsável pelo pagamento. [...] 
TJSP - APELAÇÃO Nº: 9154739-94.2008.8.26.0000 - 
19ª CÂMARA DE DIREITO PRIVADO DO TJSP 
DES. RICARDO NEGRÃO 
 [...] FIANÇA — Pessoa jurídica — 
Exoneração - Garantia de obrigação estranha ao 
objeto social da sociedade empresária - Prestação 
da garantia "de favor” expressamente vedada pelo 
contrato social - Conhecimento da recorrida acerca 
dessa cláusula — Má-fé da exequente — Assunção 
do risco do negócio - Atos ultra vires societates 
verificados - Ausência de responsabilidade da 
fiadora embargante — Responsabilidade dos 
sócios pela dívida afiançada (arts. 1.105, parágrafo 
único, incisos I a III, e 1.016, do CC). Provimento ao 
recurso. [...] 
RESP 704.546/DF 
[...] 4. No caso em julgamento, o acórdão recorrido 
emprestou, corretamente, relevância à boa-fé do 
banco credor, bem como à aparência de quem se 
apresentava como sócio contratualmente 
habilitado à prática do negócio jurídico. 5. Não se 
pode invocar a restrição do contrato social quando 
as garantias prestadas pelo sócio, muito embora 
extravasando os limites de gestão previstos 
contratualmente, retornaram, direta ou 
indiretamente, em proveito dos demais sócios da 
sociedade fiadora, não podendo estes, em 
absoluta afronta à boa-fé, reivindicar a ineficácia 
dos atos outrora praticados pelo gerente. [...] 
 
 
 
 
 
 
 
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PENHORA E LIQUIDAÇÃO DA QUOTA DO SÓCIO 
 
Art. 1.026. O credor particular de sócio pode, na 
insuficiência de outros bens do devedor, fazer 
recair a execução sobre o que a este couber nos 
lucros da sociedade, ou na parte que lhe tocar em 
liquidação. 
 
Parágrafo único. Se a sociedade não estiver 
dissolvida, pode o credor requerer a liquidação da 
quota do devedor, cujo valor, apurado na forma do 
art. 1.031, será depositado em dinheiro, no juízo da 
execução, até noventa dias após aquela liquidação. 
ENUNCIADO 386 DA IV JORNADA DE DIREITO CIVIL 
DO CJF 
 
Na apuração dos haveres do sócio, por 
conseqüência da liquidação de suas quotas na 
sociedade para pagamento ao seu credor (art. 
1.026, parágrafo único), não devem ser 
consideradas eventuais disposições contratuais 
restritivas à determinação de seu valor. 
ENUNCIADO 387 DA IV JORNADA DE DIREITO CIVIL 
DO CJF 
 
A opção entre fazer a execução recair sobre o que 
ao sócio couber no lucro da sociedade, ou na parte 
que lhe tocar em dissolução, orienta-se pelos 
princípios da menor onerosidade e da função 
social da empresa. 
ENUNCIADO 388 DA IV JORNADA DE DIREITO CIVIL 
DO CJF 
 
O disposto no art. 1.026 do Código Civil não exclui 
a possibilidade de o credor fazer recair a execução 
sobre os direitos patrimoniais da quota de 
participação que o devedor possui no capital da 
sociedade. 
ENUNCIADO 389 DA IV JORNADA DE DIREITO CIVIL 
DO CJF 
 
Quando se tratar de sócio de serviço, não poderá 
haver penhora das verbas descritas no art. 1026, 
se de caráter alimentar. 
SITUAÇÃO CÔNJUGE NA SEPARAÇÃO 
 
Art. 1.027. Os herdeiros do cônjuge de sócio, ou o 
cônjuge do que se separou judicialmente, não 
podem exigir desde logo a parte que lhes couber na 
quota social, mas concorrer à divisão periódica dos 
lucros, até que se liquide a sociedade. 
MORTE DE SÓCIO 
 
Art. 1.028. No caso de morte de sócio, liquidar-se-á 
sua quota, salvo: 
I - se o contrato dispuser diferentemente; 
II - se os sócios remanescentes optarem pela 
dissolução da sociedade; 
III - se, por acordo com os herdeiros, regular-se a 
substituição do sócio falecido. 
EXERCÍCIOS 
 
 
 
 
 
 
 
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(VUNESP - 2011 - TJ-SP – Juiz: Nas sociedades 
simples, é correto afirmar que 
a) todos os sócios respondem solidária e 
ilimitadamente pelas obrigações sociais, excluído 
do benefício de ordem – referente à execução em 
primeiro lugar dos bens sociais – aquele que 
contratou pela sociedade. 
 
b) o sócio sempre participa dos lucros e das perdas 
na proporção das respectivas quotas. 
(VUNESP - 2009 - TJ-SP – Juiz: Na sociedade simples, 
a) as obrigações dos sócios terminam quando a 
sociedade tornar-se inativa. 
b) as modificações do contrato social que tenham 
por objeto a denominação, o objeto,a sede e o 
prazo da sociedade podem ser decididas por 
maioria absoluta de votos. 
SOCIEDADE EM NOME COLETIVO 
E 
SOCIEDADE EM 
COMANDITA SIMPLES 
RESPONSABLIDADE DOS SÓCIOS 
 
 Art. 1.039. Somente pessoas físicas podem 
tomar parte na sociedade em nome coletivo, 
respondendo todos os sócios, solidária e 
ilimitadamente, pelas obrigações sociais. 
ADMINISTRAÇÃO DA SOCIEDADE 
 
 Art. 1.042. A administração da sociedade 
compete exclusivamente a sócios, sendo o uso da 
firma, nos limites do contrato, privativo dos que 
tenham os necessários poderes. 
 
LIQUIDAÇÃO DA COTA DO SÓCIO? 
 Art. 1.043. O credor particular de sócio 
NÃO PODE, antes de dissolver-se a sociedade, 
pretender a liquidação da quota do devedor. 
 Parágrafo único. Poderá fazê-lo quando: 
 I - a sociedade houver sido prorrogada 
tacitamente; 
 II - tendo ocorrido prorrogação contratual, 
for acolhida judicialmente oposição do credor, 
levantada no prazo de noventa dias, contado da 
publicação do ato dilatório. 
SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLES 
 
 
 
 
 
 
 
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