Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM E FARMACOLOGIA ELABORAÇÃO: Prof.ª Enfª mestranda Jesiele Spindler Prof.ª Enfª Esp. Patrícia Viviane Bento Prof.ª Enfª Esp. Priscila A. Monteiro COLABORAÇÃO ESPECIAL: Profª Enfª Esp. Camila Onghero REVISÃO COORDENAÇÃO TÉCNICA: Profª Enfª Esp. Rosane Zecchin Bortolucci Cuiabá - 2015 2 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... 4 1. SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA DE ENFERMAGEM ....................................... 5 2. EXAME FÍSICO ............................................................................................................ 6 3. LAVAGEM DAS MÃOS .............................................................................................. 8 4. TÉCNICA PARA CALÇAR LUVA ESTÉRIL ......................................................... 10 5. SINAIS VITAIS ............................................................................................................ 11 6.1 OS APARELHOS ........................................................................................................ 11 6.2 CARACTERÍSTICAS DO PULSO ............................................................................ 13 6.3 PROCEDIMENTOS PARA MEDIR A PRESSÃO ARTERIAL ............................. 16 6.3.1 Método Auscultatório: ............................................................................................. 16 6.3.2 Método Palpatório .................................................................................................... 17 6.4 CAUSAS RELACIONADAS AO EXAMINADOR ................................................... 18 6.5 TEMPERATURA ......................................................................................................... 18 6.6 CONTROLE DA TEMPERATURA CORPORAL ................................................... 19 6.7 PROCEDIMENTOS E LOCAIS PARA VERIFICAÇÃO DA TEMPERATURA .. 20 6.7.1 Valores Normais Da Temperatura ........................................................................ 21 6. ANOTAÇÕES DE ENFERMAGEM ......................................................................... 25 6.1 TIPOS DE ANOTAÇÕES DE ENFERMAGEM ...................................................... 26 6.2 ORIENTAÇÕES PARA REGISTROS E EXEMPLOS DE ANOTAÇÕES: ........ 27 7. POSICIONAMENTOS ................................................................................................ 29 8. HIGIENE E CONFORTO ........................................................................................... 31 8.1 BANHO NO LEITO ..................................................................................................... 32 8.2 HIGIENE DOS CABELOS E DO COURO CABELUDO ....................................... 34 9. MASSAGEM DE CONFORTO ................................................................................. 35 10. BANDAGENS ............................................................................................................. 36 11. APLICAÇÕES DE CALOR OU FRIO COMO AGENTE TERAPEUTICO ........ 38 11.1 APLICAÇÃO DE CALOR ........................................................................................... 38 11.2 APLICAÇÃO DE FRIO ............................................................................................... 39 12. PUNÇÃO VENOSA PERIFÉRICA .......................................................................... 40 12.1 CUIDADOS DE ENFERMAGEM COM O CATETER VENOSO PERIFÉRICO 43 13. CATETERISMO VESICAL ........................................................................................ 43 3 14. SONDA NASOGÁSTRICA ....................................................................................... 45 15. SONDAGEM NASOENTERAL (SNE) .................................................................... 47 16. A NUTRIÇÃO ENTERAL .......................................................................................... 48 16.1 CUIDADOS COM O CLIENTE QUE SE ALIMENTA POR SONDA NASOENTERAL .................................................................................................................... 49 17. LAVAGEM GÁSTRICA ............................................................................................. 49 18. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO TRATAMENTO DE FERIDAS .......... 51 18.1 EXSUDATO ................................................................................................................. 53 18.2 CICATRIZAÇÃO ......................................................................................................... 53 19. ÚLCERA POR PRESSÃO ........................................................................................ 56 19.1 CLASSIFICAÇÃO DA ÚLCERA DE PRESSÃO .................................................... 56 20. PRINCÍPIOS BÁSICOS PARA REALIZAÇÃO DE CURATIVOS ...................... 57 20.1 PRODUTOS MAIS UTILIZADOS EM CURATIVOS ............................................. 61 21. INTRODUÇÃO A FARMACOLOGIA PARA ENFERMAGEM ........................... 63 22. CONCEITOS FUNDAMENTAIS .............................................................................. 64 22.1 FORMAS SÓLIDAS .................................................................................................... 64 22.2 FORMAS LIQUIDAS .................................................................................................. 65 22.3 FORMAS PASTOSAS ............................................................................................... 65 22.4 FORMAS GASOSAS ................................................................................................. 66 23. ORIGEM DOS MEDICAMENTOS ........................................................................... 67 24. AÇÕES DOS MEDICAMENTOS ............................................................................. 67 25. NOMENCLATURA DAS DROGAS ......................................................................... 68 26. CLASSES DOS MEDICAMENTOS ........................................................................ 69 26.1 MEDICAMENTOS QUE ATUAM NO SISTEMA CIRCULATÓRIO .................... 69 26.2 MEDICAMENTOS QUE ATUAM NO SANGUE E NO SISTEMA HEMATOPOIÉTICO .............................................................................................................. 69 26.3 MEDICAMENTOS QUE ATUAM NO SISTEMA RESPIRATÓRIO .................... 70 26.4 MEDICAMENTOS QUE ATUAM NO SISTEMA DIGESTÓRIO .......................... 70 26.5 MEDICAMENTOS QUE ATUAM NO SISTEMA GENITURINÁRIO ................... 71 26.6 MEDICAMENTOS ANTIALÉRGICOS ..................................................................... 72 26.7 MEDICAMENTOS QUE ATUAM NO SISTEMA NERVOSO CENTRAL ........... 72 26.8 PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS ............ 75 26.9 DIRETRIZES PARA A ADMINISTRAÇÃO SEGURA DE MEDICAMENTOS ... 78 27. VIAS DE ADMINISTRAÇÃO .................................................................................... 78 4 28. CUIDADOS GERAIS NA ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS ............... 80 28.1 CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR VIA SUBLINGUAL ....................................................................................................... 81 28.2 CUIDADOS NA APLICAÇÃO DE MEDICAMENTOS TÓPICO .......................... 81 28.3 CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA INSTILAÇÃO DE MEDICAMENTOS NO OUVIDO .................................................................................................................................. 82 28.4 CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS VIA INTRADÉRMICA ............................................................................................................ 82 28.5 CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA ADMINISTRAÇÃO DEMEDICAMENTOS VIA SUBCUTÂNEA ............................................................................................................... 83 28.6 CAUSAS DAS COMPLICAÇÕES PÓS INJEÇÕES ............................................. 84 2.8.1 Atos ou atitudes que levam a ocorrência de erros na administração de medicamentos. ..................................................................................................................... 84 2.9 CAUSAS DAS COMPLICAÇÕES PÓS INJEÇÕES: ............................................ 84 2.9.1 Atos ou atitudes que levam a ocorrência de erros na administração de medicamentos. ..................................................................................................................... 85 28.7 SISTEMAS DE MEDIDAS E EQUIVALÊNCIA DE MEDIDAS ............................ 86 28.8 CONCEITOS BÁSICOS ENVOLVIDOS NO CÁLCULO DE MEDICAMENTOS 86 2.10 PREPARO E ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO ............................................. 87 2.11 CÁLCULO DE SOLUÇÃO DE PERMANGANATO DE POTÁSSIO (KMN04) .. 88 2.12 CÁLCULO DE MEDICAMENTOS ............................................................................ 89 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................. 93 INTRODUÇÃO 5 Os princípios, conceitos e técnicas enfocados neste material são essenciais ao bom desenvolvimento das demais disciplinas de enfermagem, representando uma introdução à prática dos princípios básicos de Enfermagem e um de seus alicerces. Seu conteúdo é principalmente composto por conhecimentos técnico- científicos que exigem prática em laboratório e no campo de estágio, ressaltando a importância da habilidade do saber-fazer em Enfermagem - ação que sempre e simultaneamenterelaciona-se com as competências humanas necessárias para lidar com o ser humano, expressa através da comunicação, da ética e do respeito aos seus direitos e valores. Abordamos nestes materiais articulações entre os princípios da infecção hospitalar aos procedimentos básicos de enfermagem, considerando-se que grande parte dos atos realizados em pacientes envolve risco potencial de infecção, é imprescindível que o profissional de enfermagem, já na formação, vá gradativamente incorporando os princípios de prevenção de infecção às técnicas de enfermagem, como o uso correto dos materiais e os princípios assépticos de manipulação. As técnicas de enfermagem estãoordenadas de modo a facilitar as associações com a prevenção e o controle da infecção hospitalar, trazendo demonstração visual para melhor compreensão prática. Ressaltamos ainda, que os procedimentos descritos são orientações gerais que devem ser ajustadas de acordo com as necessidades dos pacientes e do âmbito no qual é exercido o cuidado de enfermagem de acordo com a realidade vivenciada. 1. SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA DE ENFERMAGEM 6 O conceito de semiologia foi criado a partir do grego "sèmeion" (sinal) e "logos" (estudo, ciência). A semiologia é a parte da enfermagem que se dedica ao estudo dos sinais e sintomas das doenças, além do exame físico, constituindo-se em um dos pilares fundamentais da formação do enfermeiro e tec. de enfermagem. A semiologia geral da enfermagem busca ensinar as técnicas (semiotécnicas) gerais que compõem o exame físico. 2. EXAME FÍSICO Compreendemos como exame físico o levantamento das condições globais do cliente, tanto físicas como psicológicas no sentido de buscar informações significativas para a enfermagem que possam subsidiar a assistência a ser prestada ao paciente em conjunto com a entrevista é parte fundamental da sistematização da assistência de enfermagem. Para realizar o exame físico, é necessário que o aluno possua conhecimentos prévios de anatomia, fisiologia e outras ciências afins, bem como conhecimentos da terminologia adequada para as anotações de enfermagem e dos passos para execução. O exame físico completo é realizado para a investigação de rotina e para promover os comportamentos de bem-estar e medidas preventivas de cuidado de saúde; compõe-se de partes que incluem a anamnese ou entrevista clínica, o exame físico geral e o exame físico especializado. ENTREVISTA: diálogo entre o profissional de enfermagem e o cliente ou familiares que possibilita o conhecimento das condições de vida relacionadas às necessidades biopsicossocial. Um histórico completo de saúde compreende uma revisão mais detalhada da condição do cliente. EXAME FÍSICO: consiste na aplicação de algumas técnicas em diferentes sistemas orgânicos com a finalidade de coletar dados sociais, físicos e biológicos acerca do cliente. Elementos Importantes a serem considerados: Explicar a finalidade do exame físico, solicitando a colaboração da pessoa; 7 A iluminação deve ser adequada; Manter a privacidade e o conforto da pessoa; Monitorar e acompanhar a expressão facial da pessoa em relação a manifestações de desconforto; Planejamento das ações; Evitar comentários e expressões acerca dos problemas encontrados. Os passos fundamentais, também conhecidos como métodos clássicos, a serem empregados no exame físico são: INSPEÇÃO, PALPAÇÃO, PERCUSSÃO E AUSCULTA. INSPEÇÃO: consiste no ato de observar e inspecionar detalhadamente a superfície corpórea. É um método em que se utiliza o sentido da visão na avaliação do: aspecto; cor; forma; tamanho e movimento das diversas áreas corporais. ESTADO GERAL: descrever a aparência do cliente classificando-o em bom estado, regular ou mal estado geral; Nível de consciência: observar a lucidez do cliente; verificar seu diálogo, avaliando se este é conexo ou desconexo; ESTADO NUTRICIONAL: observar se o cliente está aceitando bem a alimentação por via oral, se recebe dieta através de sondas ou se faz uso de suporte nutricional; é importante notar também se ele aparenta estar hidratado, desidratado, caquético, obeso, etc.; LINGUAGEM: notar se o cliente comunica verbalmente e/ou por meio de gestos; se ele está afônico, disártico, afásico; se apresenta taquilalia ou fala pastosa; MOVIMENTAÇÃO E POSTURA: observar se p cliente deambula sozinho ou com auxílio de acompanhante, se não deambula, se faz uso de cadeira de rodas, muletas; notar a posição ele prefere permanecer e se a posição que assume está relacionada à dor ou desconforto; COLORAÇÃO DA PELE, MUCOSAS E HIDRATAÇÃO: atentar para possível palidez, descamação, coloração ou descoloração de pele, prurido, icterícia, perfusão 8 periférica; verificar se a pele está pegajosa ou se apresenta lesões cutâneas e feridas; HIGIENE CORPÓREA: atentar para sujidade, odores e para o estado das roupas. PALPAÇÃO: consiste na utilização do sentido do tato das mãos do profissional de enfermagem com o objetivo de determinar as características da região explorada e permite a obtenção de novos indícios como alterações da textura, tamanho, forma, sensibilidade, elasticidade, temperatura, presença de massas e outros. A palpação é realizadade maneira superficial ouprofunda, sendo uma complementação da inspeção. PERCUSSÃO: consiste na realização de golpes em determinadas áreas do organismo que permitem avaliar a tonalidade, a intensidade, a vibração e o timbre dos sons gerados, para detectar a presença de ar, líquidos ou fibroses. Percussão direta: golpeando diretamente com as pontas dos dedos a região. AUSCULTA: é ouvir os sons produzidos pelo organismo que possuem amplitudes capazes de gerar vibração entre a sua origem e a superfície corpórea. Esses sons podem ser captados diretamente pelo ouvido do examinador ou com auxílio do estetoscópio. 3. LAVAGEM DAS MÃOS O controle efetivo dainfecção exige que a equipe de saúde permaneça atenta quanto aos modos de transmissão e às formas para controlá-la. A técnica mais importante, mais fundamental na prevenção e controle da transmissão de infecções é a lavagem das mãos. A lavagem das mãos é um atrito vigoroso, breve, de todas as superfícies das mãos com o auxílio de sabão, seguido pelo enxágue sob um jato de água. O propósito é remover os organismos transitórios e as sujeiras das mãos, reduzindo a contagem de micróbios por certo tempo. As mãos contaminadas são a causa básica da infecção cruzada. A decisão a respeito de quando a lavagem das mãos deve ser feita depende do seguinte: da 9 intensidade do contato com os clientes ou objetos contaminados; do grau ou quantidade de contaminação que pode acontecer com o contato; da suscetibilidade do cliente ou profissional de cuidado de saúde à infecção; e do procedimento e das atividades a serem realizadas. A lavagem das mãos é recomendada nas seguintes situações: Quando visivelmente sujas; Antes e depois do contato com o cliente; Após o contato com uma fonte de micro-organismos (sangue ou fluidos corporais, membrana mucosa, pele integra ou objetos inanimados que podem ser contaminados); Antes da realização de procedimentos invasivos, tais como a colocação de cateteres intravasculares ou cateteres urinários; Após a remoção de luvas. Potter & Perry ainda cita que o período de, no mínimo, 10 a 15 segundos de lavagem remove da pele os micro-organismos mais transitórios. ATENÇÃO: Antes de iniciar essa técnica, é necessário retirar joias (anéis, pulseiras, relógio), pois sob tais objetos podem acumular-se microrganismos. Utilizar pia de fácil alcance com água em temperatura adequada, sabão ou sabão antimicrobiano, toalhas de papel ou secador a ar; Afastar as mangas compridas do uniforme acima dos punhos; Manter as unhas curtas e limpas; Inspecionar a superfície das mãos e dos dedos quanto a cortes ou fissuras na pele e nas cutículas. Relatar tais lesões quando cuida de clientes altamente suscetíveis;No caso de torneiras com contato manual para fechamento, sempre utilize papel-toalha. O uso coletivo de toalhas de tecido é contraindicado, pois estas permanecem úmidas, favorecendo a proliferação bacteriana. Deve-se evitar água muito quente ou muito fria na higienização das mãos, a fim de prevenir o ressecamento da pele. Molhar as mãos e parte inferior dos braços completamente. Manter as mãos e os antebraços abaixo do nível dos cotovelos durante a lavagem. Ficar de frente para a pia, mantendo as mãos e o uniforme distante da superfície da pia. Se as mãos tocam a pia durante a lavagem das mãos, repita; 10 4. TÉCNICA PARA CALÇAR LUVA ESTÉRIL Uma das barreiras utilizadas para o controle da disseminação de micro- organismos no ambiente hospitalar são as luvas, esterilizadas ou não, indicadas para proteger de contaminação tanto o cliente como o profissional. Existem dois tipos de luvas: Luvas de procedimento: são utilizadas para proteger o profissional durante a manipulação de material e superfícies contaminados, ou durante a execução de procedimentos com risco de exposição a sangue, fluidos corpóreos e secreções. Nenhum cuidado para calçá-las, porem devem ser removidas como a luva estéril para evitar que o profissional se contamine. Luvas Esterilizadas: denominadas luvas cirúrgicas, são indicadas para realização de procedimentos invasivos ou manipulação de material estéril (cirurgias, curativos, cateterismo vesical, etc.). O procedimento de calçar um par de luvas estéril requer técnica correta, para evitar a contaminação da luva, fato este que pode ocorrer com facilidade, por isso requer muita atenção. Atenção, esta técnica sofre pequenas variações quando associadas ao uso de aventais estéreis, mas não foge da regra. As luvas estéreis devem ser utilizadas sempre que ocorrer a necessidade de manipulação de áreas estéreis. Existem vários procedimentos que exigem a utilização de luvas estéreis, entre eles os procedimentos cirúrgicos, aspiração endotraqueal, curativos extensos que se tornam difíceis realizar somente com o material de curativo. Resumindo, em qualquer ocasião que for necessário o auxílio manual em locais estéreis ou em lesões, usa-se as luvas esterilizadas. Podem ser encontradas nos tamanhos P, M ou G, ou até mesmo em tamanhos numerados como 6.0, 6.5, 7.0 até 9.0. E pode variar de acordo com o fabricante. Após realizar a lavagem correta das mãos (observar as indicações de qual lavagem utilizar), abra o pacote de luva sobre uma superfície limpa, e a altura confortável para sua manipulação. Como proceder: Lavar as mãos; 11 Abrir o pacote, voltando o punho das mesmas em sua direção. Observe que existem abas nas dobras internas da embalagem das luvas. 5. SINAIS VITAIS Sinais vitais são aqueles que evidenciam o funcionamento e as alterações da função corporal, são indicadores das funções vitais e podem orientar o diagnóstico inicial e o acompanhamento da evolução do quadro clínico do cliente. Dentre os inúmeros sinais que são utilizados na prática diária para o auxílio do exame clinico, destacam-se pela sua importância e que serão por nós abordados: Pulso Respiração Pressão arterial Temperatura Sua verificação é essencial na avaliação do cliente, devendo ser realizada simultaneamente à história e ao exame físico. São mais significativos quando obtidos em série, possibilitando o acompanhamento de suas variações, e seus valores devem ser analisados conforme a situação clínica. Na obtenção dos sinais vitais devemos considerar as seguintes condições: Condições ambientais, taiscomo temperatura e umidade no local, que podem causar variações nos valores; Condições pessoais, como exercício físico recente, tensão emocional e alimentação, que também podem causar variações nos valores; Condições do equipamento, que devem ser apropriados e calibrados regularmente. ATENÇÃO:o técnico de enfermagem deve estar atento, pois o uso de equipamentos inapropriados ou descalibrados podem resultar em valores falsos. 6.1 OS APARELHOS ESFIGMOMANOMETRO: é o instrumento utilizado para a medida de pressão arterial. O tamanho do aparelho depende da circunferência do braço a ser 12 examinado, sendo que a bolsa inflável do manguito deve ter uma largura que corresponda a 40% da circunferência do braço, sendo que seu comprimento deve ser de 80%; manguitos muito curtos ou estreitos podem fornecer leituras falsamente elevadas. O esfigmomanômetro pode ser de coluna de mercúrio para a medida da pressão ou aneroide. ESTETOSCOPIO: Existem vários modelos, porem os principais componentes são: Olivas auriculares: são pequenas peças crônicas que proporcionam uma perfeita adaptação ao meato auditivo, de modo a criar um sistema fechado entre o ouvido e o aparelho. Armação metálica: Põe em comunicação as peças auriculares com o sistema flexível de borracha; é provida de mola que permite um perfeito ajuste do aparelho. Tubos de borracha: possuem diâmetro de 0,3 a 0,5 cm de comprimento de 25 a 30 cm. Receptores: existem dois tipos fundamentais: o de campânula de 2,5 cm que é mais sensível aos sons de menor frequência e o diafragma que dispõe de uma membrana semirrígida com diâmetro de 3 a 3,5 cm, utilizado para ausculta em geral. PULSO: Pulso é a onda provocada pela pressão do sangue contra a parede arterial cada vez que o ventrículo esquerdo se contrai. Em locais onde a artéria de grosso calibre se encontram próximas à superfície cutânea, pode ser sentido à palpação. Cada onda de pulso sentida é um reflexo do débito cardíaco, pois afrequência de pulso equivale à frequênciacardíaca. Débito cardíaco é o volume de sangue bombeado por cada um dos lados do coração em um minuto. A determinação do pulso é parte integrante de uma avaliação cardiovascular. Além da frequência cardíaca (número de batimentos cardíacos por minuto), os pulsos também devem ser avaliados em relação ao ritmo (regularidade dos intervalos - regular ou irregular) e ao volume (intensidade com que o sangue bate nas paredes arteriais - forte e cheio ou fraco e fino). O pulso fraco e fino, também chamado filiforme, geralmente está associado à diminuição do volume sanguíneo (hipovolemia). 13 As artérias em que com frequência são verificados os pulsos são: artéria radial, carótidas, braquial, femorais, pediosas, temporal, poplítea e tibial posterior. Nessas artérias pode ser avaliado: o estado da parede arterial, a frequência, o ritmo, a amplitude, a tensão e a comparação com a artéria contralateral. Podem ser considerados normais os seguintes índices de frequência cardíaca: Adultos – 60 a 110 bpm; Crianças – 80 a 120 bpm; Bebês – 100 a 160 bpm. Como proceder: Lavar as mãos; Orientar o paciente quanto ao procedimento; Colocar o paciente em posição confortável, sentado ou deitado, porem sempre com o braço apoiado; Para palpar o pulso radial, mantenha o braço do paciente/cliente descansando confortavelmente, preferencialmente cruzando a parte inferior do tórax. Para o pulso carotídeo, palpe a cartilagem tireoide no pescoço (pomo de Adão) e deslize os dedos lateralmente até sentir o pulso. Use dois ou três dedos para encontrar e sentir o pulso. Use somente a ponta dos dedos e nunca o polegar (usando o polegar o examinador poderá sentir seu próprio pulso digital). Evite muita pressão paranão interromper o fluxo. Contar durante 1 minuto inteiro; Lavar as mãos; Anote a frequência, o ritmo e o volume do pulso, bem como à hora da medição. Exemplo: Pulso: 72 bpm, regular, cheio, 10h50min. 6.2 CARACTERÍSTICAS DO PULSO Frequência: a contagem deve ser sempre feita por um período de 1 minuto, sendo que a frequência varia com a idade e diversas condições físicas. Ela 14 aumenta em situações fisiológicas como exercício, emoção, gravidez, ou em situações patológicas como estado febris, hipertiroidismo, hipovolemia entre muitos outros. Ritmo: é dado pela sequência das pulsações, sendo que quando ocorrem a intervalos iguais, chamamos de ritmo regular, sendo que se os intervalos são ora mais longos ora mais curtos, o ritmo é irregular. A arritmia traduz alteração do ritmo cardíaco. Irregularidades do pulso: Taquicardia: o aumento da frequência cardíaca (acima de 100 bpm nos adultos). Bradicardia: a diminuição da frequência cardíaca (abaixo de 60 bpm nos adultos). RESPIRAÇÃO: É o processo através do qual ocorre troca gasosa entre a atmosfera e as células do organismo. É composta pela ventilação e pela hematose. Na ventilação ocorre à entrada de ar rico em oxigênio para os pulmões (inspiração) e a eliminação de ar rico em dióxido de carbono para o meio ambiente (expiração). A avaliação da respiração inclui: Frequência respiratória (movimentos respiratórios por minuto – mrpm); Caráter (superficial e profunda) e ritmo (regular e irregular). Deve ser avaliada sem que a vítima perceba, preferencialmente enquanto se palpa o pulso radial, para evitar que a vítima tente conscientemente controlar a respiração. A frequência respiratória pode variar com a idade: Adultos – 12 a 20 movimentos respiratórios por minuto (mrpm); Crianças – 20 a 30 mrpm; Bebês – 30 a 60 mrpm. Outros fatores podem alterar a respiração como exercícios físicos, hábito de fumar, uso de medicamentos e fatores emocionais. Podem ser encontradas as seguintes alterações nos padrões respiratórios: Apneia – Cessação intermitente (10 a 60 segundos) ou persistente (parada respiratória) das respirações; 15 Bradipnéia – Respiração lenta e regular; Taquipnéia – Respiração rápida e regular; Dispneia – Respiração difícil que exige esforço aumentado e uso de músculos acessórios. Como proceder: Lavar as mãos; Segure o pulso da mesma enquanto estiver observando a respiração, como se estivesse palpando o pulso radial. Aproxime sua face do rosto do cliente, olhando para o seu tórax. Com o tato da pele do seu rosto e com a sua audição você vai perceber o movimento da corrente de ar mobilizada pela respiração e com a visão você irá observar os movimentos de subida e descida do tórax e/ou do abdome. Conte com os movimentos respiratórios durante um minuto (use relógio com marcação de segundos). Ao mesmo tempo observe o caráter e o ritmo da respiração. Lavar as mãos no término; Anote a frequência respiratória, o caráter, o ritmo e a hora. Exemplo: Respiração normal, 16 mrpm, 10h50min. Em crianças muito pequenas o movimento torácico é menos evidente que nos adultos e, usualmente, ocorre próximo ao abdome. A mão colocada levemente sobre a parte inferior do tórax e superior do abdome pode facilitar a contagem da atividade respiratória. Por causa do pequeno volume e da reduzida força do fluxo de ar, em crianças também é quase impossível ouvir a respiração normal ou sentir a movimentação do ar através da boca e do nariz. PRESSÃO ARTERIAL: A pressão arterial (PA) é a pressão exercida pelo sangue no interior das artérias. O sangue sempre está sob pressão no interior das artérias. Durante a contração do ventrículo esquerdo (sístole) a pressão está no seu valor máximo, sendo chamada pressão sistólica ou máxima. Durante o relaxamento do ventrículo esquerdo (diástole) a pressão está no seu valor mínimo ou basal, sendo chamada pressão diastólica ou mínima. 16 A pressão arterial é medida em milímetros de mercúrio (mmHg). O primeiro número, de maior valor, corresponde à pressão sistólica, enquanto o segundo, de menor valor, corresponde à pressão diastólica. Valores médios de pressão arterial considerados ideais de acordo com idade: A posição em que o cliente se encontra (em pé, sentado ou deitado), atividade física recente e manguito inapropriado também podem alterar os níveis da pressão. Pessoas particularmente sob o risco de alteração dos níveis tencionais são aqueles com doença cardíaca, doença renal, diabetes, hipovolemia ou com lesão craniana ou coluna espinhal. O local mais comum de verificação da pressão arterial é no braço, usando como ponto de ausculta a artéria braquial. Os equipamentos usados são o esfigmomanômetro e o estetoscópio. Uma pressão sanguínea normal não deve ser considerada como uma clara indicação de estabilidade. Os clientes saudáveis e jovens são particularmente propensos a compensar o déficit de volume. 6.3 PROCEDIMENTOS PARA MEDIR A PRESSÃO ARTERIAL Em casos de longa duração do atendimento pré-hospitalar (resgates em locais de difícil acesso e remoção), medir a PA a cada 5 minutos, anotando cada horário de tomada e respectivos valores. A pressão sanguínea é difícil de ser obtida em crianças. O manguito deve ter largura de dois terços em relação ao comprimento da porção da extremidade onde será medida a PA (manguitos maiores dão leituras falsamente baixas e manguitos menores dão leituras falsamente elevadas). Os dois métodos aseguir descritos (palpatório e auscultatório) são utilizados em enfermagem. 6.3.1 Método Auscultatório: Lavar as mãos; Reunir os materiais; O paciente deve estar em repouso por pelo menos 5 minutos; Posicione o cliente com o braço apoiado a nível do coração. Use, sempre que 17 possível, o braço não traumatizado. Localize o manômetro de modo a visualizar claramente os valores da medida. Selecione o tamanho dabraçadeira para adultos ou crianças. A largura do manguito deve corresponder a 40% da circunferência braquial e seu comprimento a 80%. Localize a artéria braquial ao longo da face interna superior do braço palpando-a. Envolva a braçadeira, suave e confortavelmente, em torno do braçocentralizando o manguito sobre a artéria braquial. Mantenha a margem inferior da braçadeira 2,5cm acima da dobra do cotovelo. Encontre o centro do manguito dobrando-o ao meio. Determine o nível máximo de insuflação palpando o pulso radial até seu desaparecimento, registrando o valor (pressão sistólica palpada) e aumentando mais 30 mmHg. Desinfle rapidamente o manguito e espere de 15 a 30 segundos antes de insuflá-lo novamente. Posicione o estetoscópio sobre a artéria braquial palpada abaixo do manguito na fossa ante cubital. Deve ser aplicado com leve pressão assegurando o contato com a pele em todos os pontos. Feche a válvula da pera e insufle o manguito rapidamente até 30 mmHg acima da pressão sistólica palpada registrada. Desinfle o manguito de modo que a pressão caia de 2 a 3 mmHg por segundo. Identifique a pressão sistólica (máxima) observando no manômetro o ponto correspondente ao primeiro batimento regular audível. Identifique a pressão diastólica (mínima) observando no manômetro o ponto correspondente ao último batimento regular audível. Desinfle totalmente o aparelho com atenção voltada ao completo desaparecimento dos batimentos. Retire o aparelho do braço e guarda-lo cuidadosamente a fim de evitar danos. Anote a PA e a hora. Exemplo PA. 126X84, 10h55min. 6.3.2 Método Palpatório 18 Este método de medir a PA aplica-se somente é pressão sistólica e não é muito preciso. Em um veículo em movimento, toda via, ele poderá ser o único método viável, permitindo observar a tendência geral da pressão sistólica que, a rigor, é a que realmente importa no atendimento pré-hospitalar do traumatizado. Coloque as pontas dos dedos no pulso radial. Sinta o pulso. Infle o manguito até ultrapassar um valor em que cesse o pulso. Vagarosamente esvazie o manguito, olhando o mostrador ou a coluna de mercúrio. Quando perceber o retomo do pulso, leia a pressão sistólica aproximada. Lavar as mãos ao termino; Anote a PA, hora e método usado. Exemplo: PA 120 (palpação), 10h55min. Causas de Resultados Incorretos na Medida da Pressão Arterial: Relacionadas ao Equipamento Aparelhos descalibrados ou inadequadamente calibrados ou testados. Defeitos do esfigmomanômetro: orifício de ar obstruído, manguito incompletamente vazio, tubulação defeituosa, sistema de inflação ou válvula de escape, mercúrio insuficiente no reservatório ou indicador zero errado. Tamanho da braçadeira em desacordo com o do braço. Circunferência do membro em relação à variação da largura da braçadeira maior ou menor que 2,5 produz leituras de pressão indireta falsamente altas ou baixas respectivamente. 6.4 CAUSAS RELACIONADAS AO EXAMINADOR Braço do cliente sem apoio dão pressões falsamente altas. O examinador posiciona o instrumento ao nível acima ou abaixo do coração ou comprime o estetoscópio demasiadamente firme sobre o vaso. Mãos do examinador e equipamento frios provocam aumento da pressão sanguínea. Interação entre examinado e examinador pode afetar a leitura da pressão arterial. 6.5 TEMPERATURA 19 Existem vários fatores que influenciam no controle da temperatura corporal, sendo influenciada por meios físicos e químicos e o controle feito através de estimulação do sistema nervoso. A temperatura reflete o balanceamento entre o calor produzido e o calor perdido pelo corpo. A temperatura do corpo é registrada em graus célsius (centígrados). O termômetro clínico de vidro, mais usado, tem duas partes: o bulbo e o pedúnculo. O bulbo contém mercúrio; um metal liquido, o qual se expande sob a ação docalor e sobre pelo interior do pedúnculo, indicando a temperatura em graus e décimos de graus. Normalmente os termômetros clínicos são calibrados em graus e décimos de graus, na faixa de temperatura de 35ºC a 42ºC. Não é necessária uma faixa de temperatura mais ampla, pois raramente o ser humano sobrevive com temperatura corporal fora desta faixa. O índice normal de temperatura é de 37ºC, admitindo-se variações de até 0,6ºC para mais ou para menos. As crianças têm temperaturas mais altas que os adultos, porque eu metabolismo é mais rápido. Tem-se observado que a temperatura do corpo é mais baixa nas primeiras horas da manhã, e mais alta no final da tarde ou no início da noite. A temperatura corporal pode se elevar em situações de infecção, trauma, medo, ansiedade, etc. Exposição ao frio e choque são causas frequentes de temperatura abaixo do normal. 6.6 CONTROLE DA TEMPERATURA CORPORAL O calor produzido no interior do organismo chega à superfície corporal através dos vasos sanguíneos e se difundem através do plexo subcutâneo, que representa até 30% do total do débito cardíaco. O grau de aporte de sangue pela pele é controlado pela constrição ou relaxamento das artérias, sendo que ao chegar à superfície, o calor é transferido do sangue para o meio externo, através de irradiação, condução e evaporação. Para que ocorra a irradiação, basta que a temperatura esteja acima do meio ambiente. A condução ocorre quando há contato com outra superfície, sendo que existe troca de calor até que as temperaturas se igualem. Já o mecanismo pelo qual 20 o corpo troca temperatura com o ar circulante chama-se convecção. Quando há elevação da temperatura, inicia-se uma eliminação do calor, através do estimulo das glândulas sudoríparas e pela vasodilatação; com a sudorese há uma perda importante de calor, sendo que quando ocorre o inverso, ou seja, o resfriamento do organismo são iniciados mecanismos para a manutenção da temperatura, através das constrições dos vasos cutâneos e diminuição da perda por condução, convecção e transpiração. 6.7 PROCEDIMENTOS E LOCAIS PARA VERIFICAÇÃO DA TEMPERATURA O termômetro deve estar seco (se necessário enxugue com algodão ou gaze) e marcando temperatura inferior a 35ºC (se necessário, sacudi-lo cuidadosamente até que a coluna de mercúrio desça). A temperatura corporal pode ser medida nos seguintes locais: Boca – Temperatura Oral: Colocar o termômetro de vidro sob a língua da vítima, na bolsa sublingual posterior. Fazer com que a vítima mantenha o termômetro no local por 3 a 8 minutos com lábios fechados. O método oferecetemperatura central e é indicado para aqueles que respiram pela boca com suspeita de infecção grave. Canal anal – Temperatura Retal: Para o adulto, inserir 03 centímetros do termômetro lubrificado no ânus. Não forçar o termômetro. Mantê-lo no local por 2 a 4 minutos. É contraindicado após cirurgia do reto ou ferimento no reto e em pacientes com hemorroidas. Axila – Temperatura axilar: Mais utilizado, tendo em vista a facilidade. Colocar o termômetro no centro da axila, mantendo o braço da vítima de encontro ao corpo, e mantê-lo ali por 3 a 8 minutos. O método é conveniente, mas é contra- indicado para crianças pequenas; em pacientes com estado mental alterado, trauma facial ou distúrbio convulsivo; após fumar ou beber líquidos quentes ou frios; durante administração de oxigênio por cânula ou máscara; e na presença de sofrimento respiratório. Material Bandeja 21 Termômetro Algodão Como proceder: Lavar as mãos; Reunir o material e levar à unidade do paciente; Orientar o paciente quanto ao procedimento; Deixar o paciente deitado ou recostado confortavelmente; Limpar o termômetro com algodão embebido em álcool; Enxugar a axila se for o caso, com as próprias vestimentasdo paciente; Descer a coluna de mercúrio até o ponto mais baixo, segurando o termômetro firmemente e sacudindo-o com cuidado; Colocar o termômetro na axila se for o caso, mantendo-o com o braço bem encostado ao tórax; Retirar o termômetro após 5 a 7 minutos; Ler a temperatura na escala; Limpar com algodão embebido em álcool; Lavar as mãos; Anotar no prontuário do paciente. 6.7.1 Valores Normais Da Temperatura Como dito anteriormente, os locais habituais da medida da temperatura corpórea são: axila, boca e anus, sendo que existem diferenças fisiológicas entre os locais: Axilar: 35,5º a 37,0º Bucal: 36,0 a 37,4º C Retal: 36,0 a 37,5º A elevação da temperatura acima dos níveis normais recebe o nome de hipertermia e abaixo de hipotermia. 22 Fisiologia da Febre Nada mais é do que a elevação da temperatura acima da normalidade, causada por alterações do centro termo regulador ou pro substancias que interferem com o mesmo. A febre pode ocorrer por infecções, lesões teciduais, processos inflamatórios e neoplasias entre as mais importantes. Semiologia da febre: as seguintes características da febre devem ser avaliadas: início, intensidade, duração, modo de evolução e termino. Início: pode ser súbito, onde percebe-se a elevaçãobrusca datemperatura, sendo que neste caso com frequência acompanha-se sinais e sintomas da síndrome febril (astenia, inapetência, cefaleia, taquicardia, taquisfigmia, oliguria, dor pelo corpo, calafrios, sudorese, náuseas, vômitos, delírio, confusão mental e até convulsões), ou pode ocorrer de maneira gradual, em que às vezes nem é percebida pelo paciente. Intensidade: a classificação obedece à temperatura axilar, devendo sempre lembrar que a intensidade também depende da capacidade de reação do organismo, sendo que pacientes extremamente debilitados e idosos podem não responder diante de um processo infeccioso. A intensidade é assim caracterizada: Febre leve ou febrícula: até 37,5ºC Febre moderada: de 37,5 até 38,5ºC Febre alta ou elevada: acima de 38,5ºC Duração: é dita prolongada quando a duração é maior do que 10 dias, sendo que existem doenças próprias que são responsáveis por esta duração, como a tuberculose, septicemia, endocardite, linfomas entre outras. Modo de evolução: poderá ser avaliado com a análise diária da temperatura, sendo que a mesma pode ser registrada em gráficos ou quadro térmicos próprios. Febre continua: aquela que sempre permanece acima do normal, com variações de até 1 grau, exemplo frequente é a febre da pneumonia. Febre remitente: há hipertermia diária, sendo que as variações são acima de 1 grau; são exemplos à febre dos abscessos, septicemias; Febre intermitente: a hipertermia é interrompida por períodos de temperatura normal, que pode ser de alguma medida do mesmo dia, ou um ou mais dias com temperatura normal; é característica da malária. 23 Febre recorrente ou ondulante: caracteriza-se por períodos de temperatura normal que dura dias, seguido de elevações variáveis da temperatura; são encontradas, por exemplo, em portadores de neoplasias malignas. Término: é dito em crise, quando a febre desaparece subitamente, com frequência nesses casos acompanhado de sudorese profusa e prostração. Em lise quando a hipertermia desaparece lentamente. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO O QUE OBSERVAR E ANOTAR DATA/HORA Cuiabá, ___/___/___. 10h30min. PLANTÃO Matutino – Vespertino – Diurno – Noturno DIA DE INTERNAÇÃO ____°DI MOTIVO DE INTERNAÇÃO Ex: 3° POM de Laparatomia Exploratória Ex: TCE + TRM NÍVEL DE CONSCIÊNCIA Acordado, sonolento, comatoso, sedado, agitado, confuso, lúcido, orientado em tempo e espaço, desorientado. SONO E REPOUSO Preservado, induzido por medicação, prejudicado devido insônia. Relata cansaço/ansiedade/sonolência mesmo após ter dormido durante a noite, troca do horário de sono (dorme no período diurno e fica acordado durante a noite). COMUNICAÇÃO Conversando, pouco comunicativo através de linguagem (verbal/não-verbal), não interage com o meio. RESPOSTA MOTORA Ativo e/ou reativo (ao manuseio/à solicitação verbal/ao estímulo doloroso), não reage a estímulo (verbal/mecânico/doloroso). MOBILIDADE FÍSICA Deambula (com ajuda de acompanhantes, com auxílio de muletas, bengalas, andador), acamado devido (restrição no leito, amputação, paralisia de, parestesia de, hemiplegia de, paraplegia de, algia em, fraqueza muscular, presença de prótese em). Realizado mudança de decúbito de ___/___h. ALIMENTAÇÃO Boa ingesta hídrica e alimentar (quando oral), boa tolerância (quando por SNG, SNE, gastrostomia, jejunostomia, NPT), em jejum para realização de (exame ou cirurgia de), apresenta ___ 24 episódios de eméticos com características de ___________ (quantidade, cor, odor, consistência), abdome (plano, flácido, distendido, escavado, dolorido à palpação). SNG ou SNE em sinfonagem (especificar débito e quantidade). QUEIXAS DO CLIENTE Algia, náuseas, vômitos, pirose, dificuldade para movimentar-se entre outras. PELE e MUCOSAS Normocorado, hipocorado, hiperemiado, hidratado, desidratado, edema/icterícia/cianose em. HIGIENIZAÇÃO Intima ou corporal através de banho de aspersão/imersão/banho de leito. CURATIVO Realizado curativo (oclusivo, semi-oclusivo, aberto ou compressivo) com (SF 0,9%, AGE, kolagenase, papaína, ou outro produto) em úlcera por pressão/ferida operatória/escoriação. Apresenta exsudato sanguinolento/seroso/serosanguinolento/purulento/piosanguinol ento/ seropurulento em pequena/média/grande quantidade. Presença de tecido de granulação, tecido necrosado, fibrina e margens regulares ou irregulares. Apresenta lesões/cicatriz/descamação/escoriações/hematomas/feridas em..... Dreno (especificar o tipo do dreno [de tórax, penrose, Kher, a vácuo, duplo lúmen], o local e a característica do débito). ELIMINAÇÃO Vesical: ausente ou presente, espontânea em vaso sanitário, por SVD, nefrostomia, cistostomia, quantidade, característica (cor, odor, presença de sedimentos/sangue/pus), incontinência urinária, nictúria, anúrico, oligúrico, poliúrico, hematúrico, piúrico, disúria. Intestinal: presente ou ausente no período, constipado há ___ dias, quantidade, características (cor, odor, consistência [consistente, pastosa, amolecida, fecaloma, endurecida, diarréia] presença de muco/sangue/pus), flatos, esforço/algia para evacuar, colostomia OBSERVAÇÕES: Procedimentos realizados: orientações, exames, cirurgia, 25 PROCEDIMENTO S REALIZADOS punção venosa entre outros. Acesso Venoso - Periférico (com abocath n°___/scalp n°___), central (intracath/port a cath) ou dissecção venosa em (MSE/D, jugular D/E, subclávia D/E) para soroterapia e administração medicamentosa, ou salinizado/aqualinizado. SINAIS VITAIS E PARÂMETROS VITAIS FR=_____rpm, (eupneico/bradipneico/taquipneico/dispneico/ taquidispneico, ortopneico), respirando ar ambiente ou com auxílio de (cateter nasal de O2 a ___l/min, macronebulização a ___l/min, máscara de venturi à ____l/min), exsudativo (quantidade, cor, odor, consistência), tosse (seca ou produtiva), dreno de tórax (local e características do débito), traqueostomizado/em uso de VM por TOT ou TQT. P=_____bpm, normocárdico/taquicárdico/bradicárdico. PA=___x____mmHg, normotenso/hipertenso/hipotenso TAX=_____°C (afebril/normotérmico/subfebril/hipertérmico/ febril/hiperpirexia) Glicemia Capilar=______mg/dl (normoglicêmico, hiperglicêmico, hipoglicêmico) 6. ANOTAÇÕES DE ENFERMAGEM O crescente aumento e a velocidade das trocas de informações, a evolução tecnológica, as constantes demandas das instituições de saúde para maximizar recursos, diminuircustos e aumentar a qualidade da assistência tem exigido da enfermagem o aprimoramento de suas atividades. Para isso torna-se cada vez mais necessária a sistematização da assistência de enfermagem (SAE). A SAE é uma metodologia cientifica de que o profissional dispõe para aplicar seus conhecimentos técnicos-científicos e humanos na assistência aos clientes. Pode oferecer respaldo cientifico, segurança e direcionamento para as atividades realizadas, contribuindo com maior credibilidade e visibilidade da enfermagem e, em consequência, para maior autonomia e satisfação profissional. O Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), por meio da resolução 358/2009, tem preconizado que a assistência de enfermagem deve ser 26 sistematizada implantando-se o processo de enfermagem.É importante ressaltar que, para que a SAE seja incorporada à prática, é necessária uma educação permanentede todos os profissionais envolvidos no processo. As anotações de enfermagem são todos os registros das informações do paciente, das observações feitas sobre o seu estado de saúde, das prescrições de enfermagem e sua implantação, da evolução de enfermagem e de outros cuidados, entre eles a execução das prescrições médicas, tornando-se, pois, indispensável na aplicação do processo de enfermagem, pois está presente em todas as fases do processo. As anotações de enfermagem são o meio utilizado pela enfermagem para informar sobre a assistência prestada e, como consequência, uma fonte disponível para avaliação da eficiência e eficácia dessa assistência. Assim, demandam clareza em relação a sua forma e conteúdo, a fim de garantir a compreensão e a legibilidade da informação. 6.1 TIPOS DE ANOTAÇÕES DE ENFERMAGEM São vários tipos de anotações de enfermagem que podem ser registrados no prontuário do cliente. Dentre eles são destacados: Gráfico: facilita a visualização de oscilações dos parâmetros vitais do paciente, como temperatura (T), pulso (P), respiração (R) e pressão arterial (PA) ou dos sinais objetivos, tais como: peso, altura, perímetros, pressão venosa central, entre outras; Descrição: numérica - são anotados valores deparâmetrosmensuráveis. Podem ser locais específicos para o registro desses valores para facilitar a visualização; Narração escrita - registro da forma narrativa daquilo que foi realizado, observado e ou informado pelo paciente ou familiar. É o tipo de anotação mais frequentemente utilizado em prontuário de paciente. A anotação de enfermagem, quando cientificamente estruturada, apresenta elementos valiosos para o diagnóstico das necessidades do paciente, da família e da comunidade, facilitando o planejamento de assistência ao paciente e apresentando elementos para o ensino e pesquisa no campo profissional. 27 No dia-a-dia verificamos que as anotações de enfermagem, de modo geral, não são completas em relação ao cuidado integral que o paciente necessita e recebe, e não satisfazem os requisitos necessários para sua padronização. Acreditamos que essas falhas ocorram devido à falta de conscientização de seu valor pelo pessoal de enfermagem. Quanto mais consciência o funcionário tiver sobre a finalidade dos registros de enfermagem, mais ele o fará com riqueza de conteúdo, colaborando assim, efetivamente, para a elaboração de cuidados de enfermagem, individualizados, ao paciente. Finalidade das anotações: Construir instrumento de comunicação entre a equipe multidisciplinar; Servir como fonte de aprendizado para a equipe de enfermagem; Documentar todas as assistências ao indivíduo, recursos para fins jurídicos; Favorecer e viabilizar a continuidade da assistência. 6.2 ORIENTAÇÕES PARA REGISTROS E EXEMPLOS DE ANOTAÇÕES: Admissão: o cabeçalho deve ser preenchido corretamente e de acordo com o impresso próprio: Nome completo, cor, idade, sexo, profissão, escolaridade, religião, setor, quarto/leito, data e horário de admissão. Condições de chegada (deambulando, maca, em cadeira de rodas), presença de acompanhantes e/ou responsável, condições de higiene, motivo de internação (clinico ou cirúrgico), queixas relacionadas ao motivo de internação, antecedentes pessoais (doenças da infância), outras internações, se fazem uso de antecedentes familiares (presença de doença na família como diabetes, hipertensão, cardiopatia, problemas renais, câncer); exame físico (cefalo-caudal); sinais vitais, procedimentos realizados durante a admissão (ex.: instalado soroterapia no antebraço com jelco). Pré-Operatório: banho e higiene oral no dia da cirurgia, dieta jejum (desde que horas). Ingeriu alimentos ou medicamentos, horário; inspecionar e relatar; tontura ou tricotomia – local, condições da pele (com escoriações, íntegra). Relatar recusa. Retirada de próteses e cosméticos, retirada de roupas intimas, presença de equipamentos, sondas, venóclise, aparelho gessado, ostomias, tubos e outros (especificar o local), medicações pré-anestésicas; condições emocionais; qualquer 28 informação que possa ter influência sobre a anestesia ou cirurgia deverá ser colocada em lugar de destaque ou notificada ao anestesista ou cirurgião. Relatar alergias; esvaziamento de bexiga, micção espontânea, cateterismo vesical permanente ou alivio, volume drenado (se sonda). Pós-Operatório: sinais vitais; nível de consciência; característica e local do curativo cirúrgico; presença de equipamentos e acessórios (drenos, sondas, tubos, tampão, ostomias, venóclise, hemoterapia, aparelho gessado e outros) especificar local; presença de náuseas e vômitos; sensibilidade dolorosa – relatar local, tipo da dor, medicações feitas; posição no leito (observar tipo de anestesia e cirurgia); condições emocionais; tremores – aquecimento do paciente com cobertores. Alta: horário de prescrição da alta; condições do paciente ao deixar o setor (nível de consciência, deambulando; de cadeira de rodas; acompanhado por quem (pai, mãe, irmão, etc.). Sinais vitais; presença de extensões (drenos, sondas); presença de curativos (tipo, local, secreções); orientações fornecidas ao paciente quanto aos procedimentos que deverão ser executados em casa. Exemplo: controle sobre medicação; dieta; higiene; atividades físicas e exercícios; controle médico e/ou retorno; curativo. Transferência de Setor: setor para qual foi transferido; horário; condições do paciente como: ausência de dor, deambulando, de maca, de cadeira de rodas, consciente, inconsciente; solicitado por qual médico; sinais vitais; presença ou não de extensões (drenos, tubos, soroterapia, sondas). Óbito: assistência prestada ao paciente; condições do paciente; horário do óbito; quem constatou o óbito, preparativos com o corpo. Final de Plantão: orientações para registros gerais e específicos; mudanças de decúbito, higienização, curativo; dreno; equilíbrio circulatório; pele; abdômen; dieta; evacuação; constipação; deambulação; repouso; sono; nível de consciência; condições emocionais; febre e hipotermia; náusea e vomito; O cliente deve ser o centro de atenção da equipe de saúde, e desta, é a 29 equipe de enfermagem a que permanece mais tempo junto a ele, dispensando-lhe 24 horas de assistência, o que permite a execução e avaliação do plano inicial de tratamento. 7. POSICIONAMENTOS Tem como objetivos Manter o alinhamento corporal; Permitir uma ótima função circulatória e respiratória; Permitir um fácil acesso para administração de fluidos e fármacos; Não comprometer as estruturas neuromusculares evasculares e integridade cutânea; Permitir o máximo de conforto ao doente, promovendo o seu bem-estar e segurança; Tipos de Posicionamentos Posição Ereta: a pessoa fica em pé, mantendo a coluna alinhada e os pés ligeiramenteafastados. Posição Supina: pessoa fica deitada com a face para cima, braços estendidos ao longo do corpo e pernas estendidas ou ligeiramente fletidas. Posição Sentada: pessoa fica sentada com o tórax elevado. Posição Prona: a pessoa fica deitada com o abdômen para baixo, com a cabeça virada para um dos lados, braços abduzidos para cima com os cotovelos fletidos e pernas entendidas. 30 Posição de Sims: pessoa em decúbito lateral esquerdo, com os braços posicionados de maneira confortável. Posição de Litotomia: o corpo está deitado com a face voltada para cima, com flexão de 90º de quadril e joelho, expondo o períneo. Posição Genu-peitural: pessoa fica ajoelhada, mantendo os joelhos afastados. Posição de Tredelemburg: o corpo está deitado com a face voltada para cima, com a cabeça sobre a maca inclinada para baixo cerca de 40º. 31 Posição de Fowler: o paciente fica semi sentado, com o tronco elevado em 45º. Posição Ginecológica: A paciente fica deitada de costas, com as pernas flexionadas sobre as coxas e os joelhos afastados um do outro. Decúbito lateral: resume a deitar a vítima de lado sobre o ombro. 8. HIGIENE E CONFORTO O banho é uma atividade muito importante para o bem-estar. Tenha todos os 32 objetos necessários à mão para não ter de deixar o paciente sozinho, evitando assim acidentes. A higiene deve começar pelo rosto e cabelo, seguindo pelo pescoço, tórax, braços e pernas; vira-se em decúbito lateral e lavam-se o dorso, em seguida finalizando lavam-se os genitais. Durante o banho todo o corpo deverá ser massageado, com um produto hidratante para que desta forma se possa ativar a circulação sanguínea, prevenindo assim, as úlceras de pressão. O banho é também uma oportunidade para verificar o estado: da pele, unhas e cabelos verificando se existem lesões escondidas ou escaras que estão a aparecer. Materiais necessários: 1 bacia; 1 jarra; Pacote de gaze; 8.1 BANHO NO LEITO Gaze pompom ou compressa; Sabonete; 1 par de luvas de procedimento; 1 toalha de banho e 1 de rosto; Roupas de cama; Roupas do cliente; Biombo; Escova de dente; Creme dental; 1 cuba-rim; 1 copo descartável; 1 comadre; Como proceder: Lavar as mãos; 33 Reunir o material necessário; Informar ao cliente sobre o procedimento; Colocar o biombo; Elevar a cabeceira do leito até uma altura confortável; Encher a bacia com água; Calçar as luvas de procedimento; Posicionar o cliente em decúbito dorsal (se possível); Remover a roupa e outros artigos utilizados pelo cliente. Cubra o cliente com lençol para garantir sua privacidade; Realizar a higiene dos dentes com a escova e creme dental, oferecendo água para a lavagem da boca e a cuba-rim para desprezar a água; Secar os lábios do cliente com a toalha de rosto; Realizar a higiene facial, começando pelos olhos, iniciando pela parte interna (próximo ao nariz) e seguindo para fora, sem utilizar sabão; Lavar o restante da face, orelhas, pescoço, com o auxílio da compressa com pequena quantidade de sabão; enxaguando cuidadosamente para evitar que resíduos de sabão permaneçam na pele; Lavar, enxaguar e secar o peito e axilas; Lavar os braços usando movimentos longos, movendo do pulso ao ombro, para estimular a circulação. Se possível, coloque a mão do cliente na bacia de modo que fique coberta pela água, para remover sujidades; Lavar, enxaguar e secar o abdômen e a virilha; Flexionar a perna o mais distante de você e lavá-la, movendo no sentido do tornozelo para o quadril para estimular a circulação venosa; enxaguar e secar a perna (perna direita e esquerda); Lavar, enxaguar e secar os pés; Cobrir o cliente para evitar que sinta frio; Trocar a água do banho; Virar o cliente sobre sua lateral (se possível), colocar uma toalha sobre ele e cobri-lo para evitar que sinta frio; Lavar e secar suas costas e nádegas; Trocar a compressa e lavar a região genital de forma completa no sentido da frente para trás para evitar contaminação do períneo, enxaguar e secar a área 34 cuidadosamente; Trocar a água do banho; Vestir o cliente com roupas limpas, recolocando os artigos removidos antes do banho; Arrumar novamente o leito do cliente, trocando os lençóis; Escovar e/ou pentear seus cabelos; Posicionar o cliente de forma confortável; Desprezar as roupas e lençóis sujos no local adequado, remover as luvas e desprezá-las; Lavar as mãos e registrar no prontuário o procedimento. 8.2 HIGIENE DOS CABELOS E DO COURO CABELUDO Materiais necessários: Impermeável; Saco de lixo grande; Jarra com água; Shampoo; Luvas de procedimento; Tolhas de banho; Pente ou escova. Como proceder: Lavar as mãos; Informar ao cliente o procedimento; Cobrir o cliente com uma toalha de banho; Colocar um balde sobre um protetor plástico de lençóis sobre o piso em um local próximo à cabeceira da cama. Esse balde servirá para receber a água vinda do recipiente usado na lavagem dos cabelos; Encher as jarras com água e colocá-las ao lado da cama; Abaixar a cabeceira do leito até que esteja na horizontal e remover o travesseiro do cliente; Dobrar a segunda toalha de banho e prendê-la sob os ombros do cliente para 35 melhorar a drenagem da água; Cobrir a toalha de banho e a cabeceira da cama com um impermeável para lençóis; Colocar uma toalha de banho e um protetor (impermeável) para lençóis juntos e os posicione em volta do pescoço e ombros do cliente; Colocar o recipiente de lavagem sob a cabeça do cliente, com a cabeça posicionada na abertura em forma de "U" e arrumar a toalha de banho de forma que o cliente se sinta confortável; Ajustar o recipiente de lavagem de modo que a água se afaste da cabeça do cliente, colocando a tubulação de drenagem no cesto plástico; Calçar as luvas de procedimento; Ao aplicar o xampu, coloque bolas de algodão nos ouvidos do cliente, para evitar o acúmulo de água nos canais auditivos; Molhar os cabelos do cliente com água suficiente; Esfregar o xampu nos cabelos do cliente, usando as pontas dos dedos; Enxaguar completamente os cabelos, até que esteja livre de xampu; Aplicar o condicionador, se o cliente desejar; Secar os cabelos, esfregando cuidadosamente com uma toalha. Em seguida, pentear, escovar e arrumar os cabelos do cliente; Arrumar o leito e reposicionar o cliente de forma confortável. 9. MASSAGEM DE CONFORTO Massagem é um conjunto de manipulações praticadas geralmente com as mãos, sem ajuda de instrumentos, sobre uma parte ou a totalidade do corpo, com o objetivo de provocar modificações diretas ou reflexas. Consiste numa massagem higiênica porquanto se realiza com fim preventivo, e manual porque se utilizam, exclusivamente, as mãos. A sua finalidade é preventiva, curativa, de reabilitação, de relaxamento e de conforto. Como proceder: Explicar ao cliente o procedimento e posicioná-lo confortavelmente; Organizar o material; Lavar as mãos; 36 Expor a área a ser massageada e untá-la com óleo; Executar o cuidado delicadamente, fazendo alguns ou todos os movimentos de massagem; Lavar as mãos; Registrar no prontuário. ATENÇÃO! Nunca se deve tentar fazer massagem sobre a roupa do cliente; As mãos do executante devem estar limpas, quentes e com unhas curtas, e não devem estar ásperas e nem com calosidades; O ideal é que a massagem seja realizada sobre uma superfície firme e de altura adequada. 10. BANDAGENS Bandagem é aaplicação de faixa de tecidos, gazes, crepom, elástica, que se adapta de modo confortável a uma região do corpo. Tem como finalidades: exercer pressão sobre uma parte do corpo; imobilizar uma região; fixar curativos, proteger feridas, manter estética no curativo; possibilidade de maior mobilidade (nutrição da cartilagem, evitar atrofia muscular, trabalho linfático e venoso); reabsorção de hematomas e edemas e outros. Tipos de enfaixamento: CIRCULAR A volta da faixa superpõe completamente a volta anterior. Finalidade: Prende uma faixa na primeira e na última volta, cobre uma parte do corpo de tamanho reduzido (por exemplo, dedo da mão ou do pé). 37 ESPIRAL A faixa vai subindo pela parte do corpo e cada volta vai se sobrepondo à volta anterior cobrindo a metade ou dois terços da faixa. Finalidade: Cobre partes cilíndricas do corpo, tais como, cintura ou extremidades superiores. ESPIRAL INVERSA A volta exige uma torção (inversa) da faixa na metade do caminho de cada rotação. Finalidade: Cobre partes do corpo em forma de cone, tais como, o antebraço, coxa ou panturrilha; é útil com bandagens inelásticas, tais como, gaze ou flanela. EM OITO Rotações da faixa em superposições oblíquas e alternadas, subindo e descendo sobre a parte enfaixada; cada volta cruza a anterior para formar a figura de um oito. Finalidade: Cobre as articulações; o ajuste apertado de faixa fornece uma excelente imobilização. RECORRENTE A faixa é primeiramente segura com duas voltas circulares ao redor da extremidade proximal da parte do corpo em questão; faz-se uma meia-volta perpendicular para cima a partir da ponta da faixa; o corpo da afixa é trazido sobre a extremidade distal da parte do 38 corpo a ser coberta e cada volta é dobrada sobre si mesma. Finalidade: Cobre partes irregulares do corpo, tais como, a cabeça ou um membro amputado. 11. APLICAÇÕES DE CALOR OU FRIO COMO AGENTE TERAPEUTICO A escolha de aplicações de calor ou frio depende das reações locais desejadas para a cura. 11.1 APLICAÇÃO DE CALOR a) Benefícios do calor: Produz vasodilatação periférica – aumenta a velocidade do fluxo sanguíneo; Eleva a temperatura corporal; Aumenta o processo inflamatório, causando vasodilatação; Favorece o aporte de oxigênio e nutrientes nos tecidos. b) O calor é usado para: Aumentar o fluxo sanguíneo; Ajudar na absorção de edemas; Reduzir dores causadas por espasmos musculares – relaxante muscular; Aquecer membros resfriados; Aumentar a temperatura corpórea; Reduz a congestão em órgãos viscerais profundos. c) Materiais necessários: Toalha; Biombo (se necessário); Luvas de procedimento (caso necessário); Bolsa de água quente, ou outro dispositivo aquecedor. 39 d) Como proceder: Explicar o procedimento ao cliente; Lavar as mãos; Proporcionar privacidade ao cliente, utilizando biombo; Expor apenas a área que deve receber o tratamento, para que o cliente não sinta frio. Antes de aplicar no cliente testar a temperatura da bolsa de água quente ou outro dispositivo aquecedor; Aplicar o dispositivo na área de tratamento, registrando o horário da aplicação; Examinar as condições da pele do cliente frequentemente; Remover o dispositivo após 20 a 30 minutos; ou antes, caso o cliente solicite; Secar a pele do cliente com uma toalha; Recompor o cliente e posicioná-lo confortavelmente no leito; Registrar o procedimento no prontuário. OBS.: A aplicação de calor prolongada pode causar: uma diminuição da circulação, enfraquecimento das células cutâneas, lesões e queimaduras. 11.2 APLICAÇÃO DE FRIO Aplicação de frio é usado para: Reduzir a temperatura corpórea. Reduzir o edema. Diminuir os sangramentos/hemorragias Diminuir a congestão e processo inflamatório. Diminuir a dor. O frio pode ser aplicado de forma seca utilizando bolsa de gelo ou outro dispositivo ou de forma úmida utilizando compressas frias, não devendo ser aplicado diretamente sobre a pele do cliente, pois pode causar danos nos tecidos. 40 BOLSA DE GELO a) Materiais necessários: Toalha; Luvas de procedimento (se necessário); Bolsa de gelo; Água; Pedras de gelo. b) Como proceder: Encher a bolsa até a metade com gelo triturado; Pressionar a bolsa para sair o ar, em seguida feche a tampa; Envolver a bolsa em uma toalha (ou outro protetor); Explicar o procedimento ao cliente; Expor apenas a área onde a bolsa será aplicada, evitando que o cliente sinta frio; Aplicar a bolsa no local de tratamento; Observar o local e esteja alerta às queixas do cliente; Encher a bolsa novamente sempre que necessário, para manter a temperatura correta; Remover a bolsa após o período prescrito para o tratamento; Secar a pele do cliente e vesti-lo se for o caso, em seguida posicione-o confortavelmente; Registrar no prontuário o procedimento. 12. PUNÇÃO VENOSA PERIFÉRICA Durante o procedimento verificar com frequência o local de tratamento quanto ao surgimento de alterações teciduais: áreas brancas, manchadas, cinzas, cianóticas ou com bolhas. Esteja atento também às queixas do cliente como dormência, calafrios. Caso surja algum desses sintomas, interrompa o procedimento imediatamente e comunique o médico. O excesso de frio pode causar lesão ou morte celular. 41 Concomitante ao avanço tecnológico da terapia intravenosa, a enfermagem deve mostrar sua competência técnica e científica para o desenvolvimento da prática da punção de veias periféricas e administração de medicamentos, considerando-se que é responsabilidade da enfermagem a decisão sobre a escolha de locais, tipos de dispositivos, calibres, documentação da instalação, manutenção de curativos e prevenção de complicações. A punção venosa periférica é realizada através de um cateter vascular. O cateter vascular é um tubo (cateter) inserido em um ducto ou vaso sanguíneo. São indicados em clientes que necessitem da administração de medicamentos, soluções e hemoderivados. Descrição da Técnica a) Materiais: Bandeja de inox; Luvas de procedimento; Cateter vascular periférico scalp ou adequado). Abocath nº o calibre; Bola de algodão; Almotolia de álcool a 70%; Garrote; Esparadrapo ou micropore; Polifix 02 vias ou torneirinha; SF 0,9% ou água destilada 10 ml; Seringa de 10 ou 20 ml; Lavar as mãos; Reunir o material e levar próximo ao cliente; Orientar o cliente e/ou o acompanhante sobre o procedimento que será realizado; Posicionar o cliente de forma confortável. Escolher um acesso venoso de melhor calibre, preferencialmente no antebraço; Calçar luva de procedimento; Garrotear o membro a ser puncionado, acima do local da punção; 42 Realizar antissepsia do local de punção com algodão embebido em álcool a 70% em movimentos únicos do distal para o proximal. Abrir o invólucro do dispositivo e certificar-se da integridade do mesmo, segurando-o pela parte distal. Segurar a pele firmemente com a mão não dominante, enquanto segura o cateter com a outra mão. Inseri-lo na pele com o bisel voltado para cima, em ângulo de 45ºe em seguida 15 °, cerca de 1 cm abaixo do local de introdução no vaso, no trajeto da veia. Quando observar retorno venoso (refluxo), avançar o cateter para dentro da veia, mantendo o eixo do cateter e em seguida, ir retirando a agulha guia gradualmente. Soltar o garrote. Conectar o polifix já salinizado com SF 0,9%. Fixar o cateter com a fita adesiva, evitando movimentos no local puncionado paranão traumatizar ou perder a inserção. Abrir uma das vias do dispositivo para uma rápida “lavagem” na extensão com SF 0,9% para evitar obstrução do acesso por formação de coágulo. Colocar a data e o período sobre a fixação para controle de 72 horas. Reunir o material e descartar no lixo, a agulha guia do cateter no coletor de perfuro cortante. Retirar luvas e desprezá-las. Lavar as mãos. Anotar o procedimento em impresso próprio, no prontuário do cliente. ATENÇÃO!!! Nunca administre ao cliente medicação preparada por outra pessoa; Fique atento aos sinais de sensibilidade ou intolerância à medicação, caso isso ocorra, interrompa imediatamente a administração e comunique o enfermeiro do plantão. Oriente o cliente para relatar qualquer desconforto no local da punção. Quando o cliente necessitar receber apenas uma dose domedicamento, a punção venosa periférica poderá ser realizada com scalp. 43 12.1 CUIDADOS DE ENFERMAGEM COM O CATETER VENOSO PERIFÉRICO A observação da punção é extremamente importante, pois, se o local de inserção mostrar-se com sinais e sintomas de complicações, a terapia deve ser suspensa, mesmo que o cateter in situ esteja instalado por um período inferior a 24 horas, e a atitude deve ser tomada pela equipe de enfermagem, que possui autonomia para tomar as decisões pertinentes a cada caso. Para a manutenção da terapia intravenosa, os princípios recomendados são: a observação diária do local da inserção, para redução dos riscos de flebite e infecções, e a rotatividade desses locais, com intervalos de 72 h. Atenção: Observar sinais flogísticos (dor, calor, rubor). Atentar a localização adequada do cateter; Observar infiltração, sangramento; Trocar curativo oclusivo sempre que necessário; Realizar a troca do acesso a cada 72 h ou de acordo com protocolo da CCIH; Administrar as medicações respeitando as diluições. 13. CATETERISMO VESICAL É a introdução de uma sonda estéril através da uretra até a bexiga, com a finalidade de drenar a urina. Deve-se utilizar técnica asséptica no procedimento a fim de evitar uma infecção urinária no cliente. Tem por objetivo esvaziar a bexiga dos clientes com retenção urinária, controlar o volume urinário, preparar para as cirurgias principalmente abdominais, promover drenagem urinária dos clientes com incontinência urinária e auxiliar no diagnóstico das lesões traumáticas do trato urinário. Indicações: Quando o paciente está impossibilitado de urinar Colher urina asséptica para exames Preparo pré-parto, pré-operatório e exames pélvicos (quando indicados) Incontinência urinária Cuidados importantes 44 Nos casos de retenção urinária de qualquer origem, quando o objetivo for essencialmente a sondagem de alívio, deve-se antes executar medidas visando estimular a micção espontânea. Irrigar os genitais com água aquecida Colocar a bolsa de água quente na região supra púbica Sentar a paciente de sexo feminino sobre a comadre, se não houver contraindicação. Colocar o paciente do sexo masculino em pé, se não houver contraindicação. Utilizar sempre o sistema de drenagem fechado estéril. Em pacientes com sonda Folley, observar os seguintes cuidados: Higiene íntima duas vezes ao dia; Esvaziar a bolsa de drenagem, pelo menos a cada 6 horas; Orientar o paciente para não elevar a bolsa de drenagem a cima do nível da bexiga; Preservar o fluxo urinário evitando dobras. Materiais necessários: Pacote de cateterismo vesical esterilizado (cuba rim, cuba redonda, pinça Pean ou similar). Gaze estéril. Sonda Folley (Feminina: nº12 a 14 e Masculina: nº 16 a 18). Luvas estéreis. Almotolia de PVPI. Ampola de água destilada – 10 ml. Anestésico estéril. Tudo de ensaio para colher amostra s/ n. Campo fenestrado. Bolsa coletora de sistema fechado. Seringa de 20 ml. Seringa de 10 ml. Agulha 40 x 12. Fita adesiva. 45 Biombo s/n. Saco plástico para lixo. A Resolução nº 450/2013, publicada em dezembro pelo COFEN - Conselho Federal de Enfermagem, estabelece as competências da equipe de Enfermagem em relação ao procedimento de Sondagem Vesical (introdução de cateter estéril, através da uretra até a bexiga, para drenar a urina). Segundo o Parecer Normativo, aprovado pela Resolução, a inserção de cateter vesical é função privativa do Enfermeiro, em função dos seus conhecimentos científicos e do caráter invasivo do procedimento, que envolve riscos ao paciente, como infecções do trato urinário e trauma uretral ou vesical. 14. SONDA NASOGÁSTRICA É o processo de introdução de sonda através do orifício nasal até a cavidade gástrica. Esse procedimento é utilizado para remoção do conteúdo gástrico, coleta de material para exame, alívio das distensões abdominais e introdução de alimentos e drogas no estômago. A SNG pode permanecer aberta ou fechada, conforme a sua indicação: se for para drenagem do conteúdo gástrico, mantê-lo aberta; se for para alimentação ou medicação, mantê-la fechada, abrindo quando necessário. Materiais necessários: Sonda gástrica LEVINE (mulher 14 a 16, homem 16 a 18); Seringa de 20 ml; Gaze e toalha de rosto; Lidocaína gel; Esparadrapo; Estetoscópio; Biombo, luvas de procedimento Cuba-rim e bolsa coletora. Como proceder: Verificar a indicação da sondagem; 46 Lavar as mãos e preparar o material; Levar o material para junto do cliente; Orientar sobre o procedimento; Colocar na posição de Fowler, se possível com a cabeceira inclinada para frente ou decúbito dorsal horizontal com cabeça lateralizada; Proteger o tórax com a toalha; Calçar as luvas; Medir a sonda da ponta do nariz ao lóbulo da orelha e lóbulo da orelha à base do apêndice xifoide. Marcando com esparadrapo; Lubrificar a ponta da sonda com xilocaína; Introduzir a sonda em uma das narinas pedindo ao cliente que degluta junto com a saliva, facilitando a descida da sonda até a medida marcada; Observar sinais de cianose, dispneia e tosse; Para verificar se a sonda está instalada corretamente no local injete 20 ml de ar na sonda e ausculte com estetoscópio na base do apêndice xifoide. Se ouvir ruído, a sonda estará no local correto. Para confirmação aspire com a mesma seringa suco gástrico, e devolva-o ao estômago; Fixar a sonda com esparadrapo no nariz; Tirar as luvas; Providenciar a limpeza e a ordem do material; Lavar as mãos; Anotar o procedimento no prontuário. Características dos líquidos intragástricos: Esverdeado: Bile; Borra de café: bile + sangue; Sanguinolenta vivo; Sanguinolento escuro; Amarelado. OBSERVAÇÃO! Se o cliente apresentar sinais de cianose, dispneia e tosse, a sonda pode 47 estar sendo introduzida na via respiratória, podendo causar asfixia no cliente. Neste caso retire imediatamente e reinicie o procedimento novamente. 15. SONDAGEM NASOENTERAL (SNE) É um tubo fino, flexível e longo que pode ficar localizado no estômago ou intestino. É utilizada especificamente para a administração de alimentação, de água e de medicamentos. Devido às suas características, esta sonda não causa desconforto ao cliente e sua colocação somente pode ser feita por um profissional especializado, ou seja, enfermeiros ou médicos, sendo que na ausência desses profissionais o técnico em enfermagem pode realizar o procedimento. Materiais necessários: Sonda nasoenteral (com fio guia) no tamanho adequado para o cliente; Xilocaína; Seringa de 20 ml; Gazes; Cuba-rim; Luvas de procedimento; Estetoscópio; Toalha de rosto ou de papel; Esparadrapo;
Compartilhar