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Relação testosterona e cortisol

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RESUMO:
A INFLUÊNCIA DO TREINAMENTO DE FORÇA E DO TREINAMENTO AERÓBIO SOBRE AS CONCENTRAÇÕES HORMONAIS DE TESTOSTERONA E CORTISOL.
Cadeira: Fisiologia do exercício.
Prof.ª: Cristiano Mattos.
Alunos: Anna Cláudia, Gustavo Oliveira, Lucas Lourenço, Nathalia Drecksler, Thiago Caletti.
Biossíntese e regulação: A testosterona é o principal hormônio sexual masculino. O hipotálamo promove a liberação da gonadotropina, que estimula o LH, que induz as células de Leydig a produção e liberação. As glândulas supra-renais secretam uma pequena quantidade. Nas mulheres esse hormônio é produzido pelas glândulas supra-renais e ovários, porem em menor quantidade. Funções: Anabólica, atua nas zonas de crescimento ósseo e muscular, além de influenciar no desenvolvimento dos órgãos do corpo humano. Androgênica, responsável pelas características sexuais masculinas. O cortisol é o hormônio mais importante dos glicocorticoides, secretado a partir de estímulos estressantes que transmitem impulsos nervosos ao hipotálamo, liberando corticotropina que chega a hipófise anterior onde suas células secretam o hormônio adrenocorticotrópico que flui até o córtex supra-renal onde produzirá o cortisol. Relações perante a idade: Ao início da puberdade sofre um aumento significativo, de 0,3 (nmol/L) a de 3,16 (nmol/L) aproximadamente, e na puberdade propriamente dita, entre 13 e 14 anos, alcança valores médios de 12 (nmol/L). Aos 14 anos apresentam valores de cortisol e testosterona iguais a de um homem adulto. Com o envelhecimento, as concentrações tendem a diminuir, redução relacionada ao hipogonadismo, por outro lado, os níveis de cortisol tendem a aumentar com o envelhecimento das mulheres, mas não necessariamente nos homens, aumentando o catabolismo muscular. A influência da alimentação sobre as concentrações hormonais: A alimentação pode modificar agudamente os níveis hormonais, a suplementação de carboidratos e proteínas favorece a redução dos níveis de cortisol e testosterona após o fim do treinamento, por outro lado a insulina aumentou consideravelmente. A testosterona e insulina parecem agir inversamente, quando um está no pico o outro está com baixa concentração. Nessas condições, a presença da insulina tem mais importância para o anabolismo muscular. A suplementação de ácido ascórbico favorece o controle de baixas concentrações de cortisol durante o repouso. Proporcionando uma diminuição do catabolismo proteico. Relações perante o exercício físico e o ritmo circadiano: O melhor horário para o treinamento de força é pelo final da tarde e início de noite, onde os níveis de cortisol aumentam em menor grau e a testosterona em maior grau, proporcionando um bom estado para o anabolismo muscular. Já para a potência anaeróbia e picos de força máxima estão relacionados com o horário do teste da capacidade física, ou seja, o treinamento deve ser planejado de acordo com a competição. Relações agudas ao exercício aeróbio: De acordo com o grau de treinamento, da intensidade e principalmente duração, as respostas hormonais são variadas. Um estimulo de longa duração a 77% do limiar anaeróbio, mas de baixa intensidade não promove mudanças agudas, por outro lado, corredores acostumados a correr 70 km semanais mostram reduções nos níveis de testosterona após um teste aeróbio progressivo até limiar anaeróbio, comparados a indivíduos não treinados. Já os níveis de cortisol, tendem a sofrer aumento em indivíduos não treinados e sua dissipação ocorre mais lentamente. Os níveis de cortisol só aumentam significativamente após 59 min de atividade aeróbia em bicicleta ergométrica com altas intensidades. A testosterona, em indivíduos não treinados, sofre aumentos significativos com 15 a 20 min de exercício aeróbio moderado, em indivíduos treinados em corrida os níveis tendem a sofrer aumento imediatamente após 30 min de corrida. Os aumentos de cortisol e testosterona são mais evidentes em indivíduos não treinados ou previamente treinados, pois o sistema endócrino parece ser mais sensível a percepção de esforço, principalmente quando o esforço é intenso. Respostas crônicas ao exercício aeróbio: Os níveis basais de testosterona não tendem a alterar com o treinamento aeróbio. O cortisol tende a oscilar de acordo com a progressão do treinamento, evidenciando a importância do treinamento periodizado. Respostas agudas ao treinamento de força: Os níveis de testosterona são potencializados com métodos de cargas máximas e grandes períodos de descanso. E o cortisol é potencializado com cargas submáximas e curtos descansos. Um grande número de repetições resulta em uma grande quantidade de cortisol, mas não de testosterona. Um treinamento balanceado parece potencializar os níveis de testosterona e diminuir o cortisol após o exercício. Respostas crônicas ao treinamento de força: Limitando o treinamento de força máxima em 3 sessões semanais, no máximo por 9 semanas consecutivas poucas sessões diárias, a produção natural de testosterona sofre significativos aumentos, aumentando os níveis de força como resultado. Treinamento de força periodizado parece resultar em uma melhor modulação dos níveis de testosterona e cortisol, consequentemente potencializando a força muscular. Considerações finais: O treinamento de força com sessões curtas e intensas tende ao aumento dos níveis de testosterona, já o treinamento aeróbio com sessões de longa duração e alta intensidade tende a aumentar os níveis de cortisol. Programas de treinamento de força periodizados tendem a aumentar os níveis basais de testosterona e diminuir os níveis basais de cortisol.

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