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O QUE É? 4ª aula:4ª aula: Espectrometria de massasEspectrometria de massasEspectrometria de massasEspectrometria de massas ESPECTROMETRIA DE MASSAS ESPECTROMETRIA DE MASSAS –– BREVE HISTÓRICOBREVE HISTÓRICO � 19071907 → J. J. J. J. ThomsonThomson ((1906 – Prêmio Nobel de Física) � Físico britânico que descobriu o elétron � Início do entendimento da estrutura atômica � Tubos de raios catódicos – existência dos elétrons � Modelo atômico de Thomson Pág.1 ESPECTROMETRIA DE MASSAS ESPECTROMETRIA DE MASSAS –– BREVE HISTÓRICOBREVE HISTÓRICO � 19091909 → F. W. Aston começa a trabalhar em F. W. Aston começa a trabalhar em Cambridge convidado por Thomson. Aston se dedica Cambridge convidado por Thomson. Aston se dedica a identificação dos isótopos do Neônio.a identificação dos isótopos do Neônio. � Inventa um espectrógrafo de massa � Identificação de 212 dos 287 isótopos naturais � Formula a “regra do número inteiro” � 1922 – Prêmio Nobel de Química Pág.2 Analisador de massa Detector Fonte O Espectrômetro de massas: uma visão geralO Espectrômetro de massas: uma visão geralO Espectrômetro de massas: uma visão geralO Espectrômetro de massas: uma visão geral entrada da amostra Fonte H2C=OH+ Pág.3 Fragmentação: elucidação dos fragmentos Fragmentação: elucidação dos fragmentos Fragmentação: elucidação dos fragmentos Fragmentação: elucidação dos fragmentos (detalhes estruturais da substância)(detalhes estruturais da substância)(detalhes estruturais da substância)(detalhes estruturais da substância) Pág.4 Espectrometria de Espectrometria de Espectrometria de Espectrometria de massasmassasmassasmassas �� É Estudo de “sistemas” pela formação de íons em fase gasosa, com ou sem fragmentação, que são caracterizados por suas relações massa /carga e abundâncias relativas. Espectro de massas é um gráfico do número de íons detectados como uma função da sua razão massa/carga Uso de padrões isotópicos para inferir a presença de determinado elemento A b u n d â n c i a r e l a t i v a d e í o n s Pág.5 Espectrometria de massas �Algumas aplicações da EM: a) determinação de massa molecular com elevada exatidão, inclusive de biomoléculas e materiais poliméricos; b) identificação e quantificação de substâncias, mesmo em misturas complexas; c) informação estrutural: conectividade dos átomos numa molécula;molécula; d) análise de padrões isotópicos. 133.053 133,064 133,089 Pág.6 Espectrometria de Espectrometria de massasmassas �Algumas aplicações da EM: Elemento Isótopo Abundância relativa +1 isótopo Abundância relativa +2 isótopo Abundância relativa Carbono 12C 100 13C 1,1 ----- ----- Hidrogênio 1H 100 2H 0,016 ----- ----- Nitrogênio 14N 100 15N 0,038 ----- ----- Bromo 79Br 100 ----- 81Br 98,00 Oxigênio 16O 100 17O 0,04 18O 0,2 no de C = intensidade de A+1 / por 1,1 (abundância do Carbono 13 na natureza). no de C = 25 / 1,1 = 23,7 ~ 24 átomos de carbono na molécula 25% Pág.7 Espectrometria de Espectrometria de massasmassas �Algumas aplicações da EM: Identificação de isômeros Acetona Propanal 25% 2-Propen-1-ol Oxido de propileno Pág.8 Espectrometria de Espectrometria de massasmassas �Algumas aplicações da EM: Identificação de isômeros 43 58 15 Pág.9 Espectrometria de massas uma visão geral � Valores de pressão da ordem de 10-6 a 10-8 Torr é indicada para uma molécula percorrer 1m sem colisão.sem colisão. Passo livre médio percorrido por uma molécula entre colisões. Pág.10 Introdução da amostra Introdução da amostra Pág.11 � Objetivo: Propiciar a introdução de um fluxo de amostras na câmara (fonte) de ionização. � Técnicas de introdução de amostra: � Sondas de inserção direta - “Probe”. Introdução da amostra � Sondas de inserção direta - “Probe”. � Introdução direta do vapor. � Cromatografia gasosa de alta resolução (CGAR). � Cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE). Pág.12 Introdução da amostra O analito na fase gasosa é introduzido diretamente na região da fonte do EM através de uma válvula agulha. Este sistema pode ser aplicado para gases, líquidos ou sólidos com alta pressão de vapor. Aplica-se a compostos termicamente estáveis. Pág.13 Introdução da amostra: Sondas de inserção direta • Aparato para introduzir uma amostra pura, líquida ou sólida, é introduzida diretamente no espectrômetro de massa. • A amostra é usualmente depositada em um material quimicamente inerte, como o quartzo. �Limitações: • Decomposição térmica de algumas amostras. • Contaminação rápida do instrumento. Pág.14 Introdução da amostra: Cromatografia Gasosa Pág.15 Métodos de Ionização Métodos de Ionização Pág.16 Fonte de íons Fonte de íons Métodos de ionização Métodos agressivos de ionização Métodos suaves de ionização Pág.17 Tipo Tipo BásicoBásico NomeNome Agente IonizanteAgente Ionizante Fase gasosa - Impacto de elétrons (EI) - Ionização química (CI) - Ionização por campo elétrico (FI) - Luz síncrotron Elétrons energéticos Íons de um gás reagente Eletrodo em potencial elétrico alto Fótons Dessorção - Dessorção por campo elétrico (FD) Eletrodo em potencial elétrico alto Campo elétrico intenso - Ionização por Electrospray (ESI) - Ionização / dessorção por laser, assistido por uma matriz (MALDI) - Dessorção de plasma (PDMS) - Bombardeamento por átomos rápidos (FAB) - Emissão de íons secundários (SIMS) - Ionização térmica (thermospray) - Impacto de íons pesados (HIMS) Campo elétrico intenso Feixe de laser (UV) Fragmentos de fissão do 252 cf Feixe de átomos energéticos Feixe de íons energéticos Temperatura alta Feixe de íons acelerados Pág.18 � Princípio Geral Moléculas neutras, na fase gasosa, a uma pressão de ~10-5 Torr, são bombardeadas por um feixe de elétrons, com energia típica de 70eV (∼6,7 x 103kJ.mol-1) ⇓ ocasionando principalmente a retirada ou captura de um elétron formando íons M+. ou M- 1. Fonte de ionização por elétrons (EI) elétron formando íons M ou M (Íons positivos são em geral predominantes, ~100 vezes mais que os íons negativos). F1 F1 F2 F3 F4 F2 F3 F4 Cátion radical Pág.19 Esquema de fonte de íons por ionização por elétrons (EI) + - - - Feixe de íons - - - + Pág.20 Ionização por EI �Ionização enérgica. �Processo unimolecular. �Os íons formados são rapidamente repelidos da fonte de ionização pelo eletrodo de repulsão (‘repeller’). fonte de ionização pelo eletrodo de repulsão (‘repeller’). Pág.21 Ionização por EI: Influência da energia do feixe de elétrons no grau de fragmentação da molécula A b u n d a n c i a 0 1 0 0 % C o r r e n t e i ô n i c a ( a r b i t r a r i a ) (a) Íon molecular e pico base pico base A b u n d a n c i a 0 1 0 0 % m/z Energia do elétron (eV) C o r r e n t e i ô n i c a ( a r b i t r a r i a ) (b) (c) Íon molecular Íon molecular pico base pico base 70 eV Pág.22 Ionização por elétrons (EI) a) Produz tanto o íon molecular (massa molecular), o qual por ter excesso de energia cinética se fragmenta total ou parcialmente em fragmentos [M+] (estrutura); b) Padrões de fragmentações são reprodutíveis e podem ser comparados com espectros de banco de dados;ser comparados com espectros de banco de dados;c)Alta sensibilidade; d) Aplica-se a moléculas de média a baixa polaridade, baixo peso molecular (~500u), voláteis e termoestáveis; e) diminuir a energia do feixe de elétrons, acarreta um aumento na abundância do íon molecular. Pág.23 Ionização por elétrons: característica do espectro obtido em função da estabilidade da molécula � Ionização enérgica (I.E.) e íon molecular estável: Observa-se no espectro de massas A preservação do íon molecular ⇓ Sofre pouca fragmentação � Ionização enérgica (I.E.) e íon molecular instável Desaparecimento do íon molecular ⇓ Sofre muita fragmentação ⇓ Tempo de vida curto C10H22O MM=158 Pág.24 �� VantagensVantagens:: � Método robusto e simples. � Fragmentação fornece informações estruturais. � Os espectros são facilmente reprodutíveis. � Existência de biblioteca de espectros de massas. Ionização por elétrons (EI) � LimitaçõesLimitações:: �Requer volatilização da amostra ou derivatização. �Amostra deve ser termicamente estável. � O íon molecular pode ser de difícil detecção. � A fragmentação pode ser extensa. Pág.25 2. Ionização química: Definição e como ocorre �� É uma técnica indireta de ionização, que consiste em introduzir na câmara de ionização por EI um excesso de gás (por ex. CH4), o qual uma vez ionizado pelo feixe de elétrons, gera íons reativos (gás ionizante). O íons gerados ao colidirem com a molécula do analito transfere, para a mesma, próton ou outra espécie carregada. CH4 + e- CH4+. + 2 e- ................ ⇒ Reação inicial CH4+. + CH4 CH5+ + CH3. ............... ⇒ Reação de protonação CH4+. CH3+ + H. CH + + CH C H + + H ................ ⇒ Reação de alquilação � Como é uma técnica que requer colisão, as pressões são mais altas (∼ 495mTorr). CH4 CH3 + H CH3+ + CH4 C2H5+ + H2 ................ ⇒ Reação de alquilação M + CH5 + (M + H+) + CH4 M + C2H5 + (M + C2H5 +) Pág.26 2. Ionização química: Definição e como ocorre Pág.27 2. Ionização química: Definição e como ocorre � Exemplos de gases ionizantes (isobutano e amônia) (CH3)3CH + e- (CH3)3CH.+ + 2 e- (CH3)3CH.+ (CH3)3C+ + H. M + (CH3)3C+ (M + H)+ + (CH3)2C=CH2 M + (CH ) C+ [(M + C(CH ) )]+M + (CH3)3C+ [(M + C(CH3)3)]+ NH3 + e- NH3.+ + 2 e- NH3.+ + NH3 NH4+ + . NH2 M + NH4+ (M + H)+ + NH3 Pág.28 Gás reagente Afinidade Protônica (kcal/mol) Íons reagentes Íon(s) Analítico(s) Comentários H2 101 H3+ (M + H)+ Produz fragmentação significativa CH4 132 CH5+, C2H5+ (M + H)+ (M + C2H5)+ Menos fragmentos que o H2, pode formar adutos (M + H)+ Ionização seletiva, Ionização química (IC): ionização seletiva e o grau de fragmentação NH3 204 NH4+ (M + H)+ (M + NH4)+ Ionização seletiva, fragmentação pequena, pouca formação de adutos (CH3)3CH 196 (CH3)3C+ (M + H)+ [M + C(CH3)3)]+ Brando, protonação seletiva, fragmentação pequena CH3OH 182 CH3OH2+ (M + H)+ Grau de fragmentação observado entre o metano e o isobutano CH3CN 189 CH3CNH+ (M + H)+ Grau de fragmentação observado entre o metano e o isobutano Pág.29 isobutano metano Acetato de Lavandulila (PM = 196) Influência da natureza do gás ionizante na seletividade da ionização e na extensão da fragmentação amônia isobutano Íon aduto Pág.30 Influência da técnica de ionização e dos gases ionizantes na seletividade da ionização e na extensão da fragmentação Metacrilato de butila (MM = 142) Metano (CH5+; m/z = 17) (C2H5+; m/z = 29) Isobutano (C H +; m/z = 41) EI (C3H5+; m/z = 41) CI - metano CI - isobutano Aquisição do espectro de massas deve ser acima de m/z = 60 ou 70 Pág.31 Ionização enérgica (EI) Desaparecimento do íon molecular, muita fragmentação Influência da técnica de ionização na seletividade da ionização e na extensão da fragmentação Ionização química Preservação do íon molecular, pouca fragmentação Pág.32 Ionização enérgica e molécula instável Muita fragmentação Íon molecular ainda visível Influência da técnica de ionização na seletividade da ionização e na extensão da fragmentação Ionização branda e molécula instável Pouca fragmentação Íon molecular protonado é o mais intenso Pág.33 Ionização química (IC) � Vantagens: � Produção seletiva de íons quase moleculares [(M+H)]+intactos; � Espectros simples, com pouca ou nenhuma fragmentação; � Determinação da massa molecular (através do íon molecular); � Outros processos, como por ex., a abstração de prótons (M-H)- podem ser explorados empregando o gás reagente NF3- ou CH3O- � Desvantagens: � Vários parâmetros (gás, reagente e pressão relativa) dificultam a reprodutibilidade (104:1) dos espectros de massas; � Ausência de espectros de referência; � Perda de informações estruturais devido à baixa fragmentação; aplica-se a moléculas de média e baixa polaridade, baixo peso molecular, voláteis e termo estáveis, o que impede a análise de biomoléculas e outros compostos com peso molecular alto. Pág.34 MetioninaMetionina EI x CIEI x CI Pág.35 GlicerolGlicerol -- EI x CIEI x CI Pág.36 EfedrinaEfedrina Pág.37
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