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Introdução_Anal_Inst

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INTRODUÇÃO À ANÁLISE 
INSTRUMENTAL 
Mauro Aquiles La Scalea 
Analítica Instrumental 
INTERFACES DA QUÍMICA ANALÍTICA 
Jan Sima, Cult Stud of Sci Educ (2016) 11:1269–1273 
A Química Analítica trata de métodos para a determinação da composição 
química das amostras. 
Análise Química = Química Analítica 
“A análise química é um 
conjunto de técnicas e manipulações destinadas a proporcionar o 
conhecimento da composição 
qualitativa e quantitativa de uma amostra, mediante métodos de rotina. A 
química analítica é 
um ramo da química, a ciência que persegue o objetivo de resolver os 
problemas de composição 
com operações de rotina.” 
A Química Analítica trata de métodos para a determinação da composição 
química das amostras. 
Identidade das espécies atômicas ou 
moleculares ou dos grupos funcionais 
presentes em uma amostra 
Informações numéricas relativas a 
um ou mais componentes de uma 
amostra 
Análise Química = Química Analítica ⊂ 
Métodos Qualitativos e Quantitativos 
De acordo com 
dimensão da 
informação exigida 
De acordo com 
a proposta 
De acordo com 
a técnica 
Com ou sem 
reação 
(bio)química 
Com ou sem 
separação 
De acordo com 
a participação 
humana 
- uma espécie 
- um grupo (família) 
de espécies 
- Análise quantitativa 
clássica 
- Análise quantitativa 
instrumental 
- manual 
- semi-automático 
- automático 
PRINCÍPIOS DA PRÁTICA ANALÍTICA 
ADEQUADO? 
ADEQUADO? 
ADEQUADO? 
ADEQUADO? 
ADEQUADO? 
DEFINIÇÃO DO PROBLEMA 
SOLUÇÃO DO PROBLEMA 
Não 
Não 
Não 
Não 
Não 
Coleta de Informações 
Seleção da técnica analítica ou método 
Aplicação da análise a amostras conhecidas e desconhecidas 
Análise de dados, interpretação e relatório dos resultados 
PROCESSO ANALÍTICO 
amostragem tratamento medida 
registro de sinal 
Estágios de uma análise quantitativa 
Etapas Exemplos de procedimentos 
1. Amostragem Depende do tamanho e da natureza 
física da amostra 
2. Preparação de uma amostra 
analítica 
Redução do tamanho das 
partículas, mistura para 
homogeneização, secagem, 
determinação do peso ou do volume 
da amostra 
3. Dissolução da amostra Aquecimento, ignição, fusão, uso de 
solvente, diluição 
4. Remoção de interferentes Filtração, extração com solventes, 
separação cromatográfica 
5. Medidas na amostra Padronização, calibração 
6. Resultados Cálculo dos resultados analíticos 
7. Apresentação dos resultados Impressão e arquivamento 
AMOSTRAGEM 
O sonho ideal para um Método 
Analítico 
O objetivo de qualquer análise é maximizar a 
recuperação do analito. Condições ideais: 
O analito está presente numa matriz sólida e é 
completamente solúvel em água 
Um método analítico que exija apenas soluções aquosas 
Ausência de interferentes 
Dissolução única do analito com análises sucessivas sem 
perda de amostra 
Classificação dos métodos analíticos 
Métodos clássicos Métodos instrumentais 
Métodos modernos de separação 
e determinação 
propriedades físicas 
Análise qualitativa 
 
Análise quantitativa 
 - medidas volumétricas 
 - medidas gravimétricas 
reações químicas 
Propriedades físicas e químicas empregadas em métodos instrumentais 
Propriedades características Métodos Instrumentais 
espectrofotometria e fotometria; espec. fotoacústica; espectroscopias de 
ressonância magnética; nuclear e de ressonância de spin eletrônico 
Absorção da radiação 
Emissão da radiação espectroscopia de emissão; fluorescência; fosforescência e luminescência 
turbidimetria; nefelometria; espectroscopia Raman Espalhamento da radiação 
refratometria; interferometria Refração da radiação 
Difração da radiação métodos de difração de raios X e de elétrons 
Rotação da radiação polarimetria; dispersão óptica rotatória; dicroísmo circular 
Potencial elétrico potenciometria; cronopotenciometria 
Carga elétrica coulometria 
Corrente elétrica amperometria; polarografia 
Resistência elétrica condutimetria 
Massa gravimetria (microbalança de cristal de quartzo) 
Relação massa/carga espectrometria de massa 
Velocidade de reação métodos cinéticos 
Características térmicas 
gravimetria e titulometria térmica; calorimetria diferencial exploratória; 
 análise térmica diferencial e métodos de condutimetria térmica 
Radioatividade métodos de ativação e diluição de isótopos 
HISTÓRIA DO DESENVOLVIMENTO DOS INTRUMENTOS ANALÍTICOS 
Dispositivo 
experimental 
Protótipo 
Produção do 
instrumento 
A balança foi planejada na antiguidade, mas a 1ª. balança analítica de precisão 
com prato único só surgiu em 1947 
O colorimetro de Duboscq foi proposto em 1854 
(muito usado na 1ª. metade do sec. XX) 
O polarógrafo foi desenvolvido por Heyrovsky-Shikata em 1924 
Beckman produziu comercialmente o 1º. pH-metro em meados 
 dos anos 30 
Instrumentos para IV e fluorescência de raio X surgiram entre os anos 30 - 50 
Cromatógrafia a gás anos 50 e cromatógrafia líquida anos 60 
A técnica de eletroforese iniciou-se nos anos 30, 
mas a eletroforese capilar desenvolveu-se no fim dos anos 80 
Métodos CLÁSSICOS versus INSTRUMENTAIS 
 
Método Instrumental – Início do século XX: 
• Baseiam-se em medidas físicas dos ANALITOS: Condutividade, Potencial de 
eletrodo, Emissão ou absorção de luz, etc. 
• Técnicas eficientes de cromatografia e eletroforese substituíram os métodos de 
precipitação, extração e destilação. 
 O crescimento dos métodos instrumentais de análise 
modernos tem ocorrido paralelamente ao desenvolvimento 
das indústrias eletrônicas e de computadores. 
1980 1995 2000 Atual 
Anos 40 1969 
Determination of pH was 
based on phenol red and 
chlorophenol red as color 
indicators 
Métodos CLÁSSICOS versus INSTRUMENTAIS 
Extraction of lead ions 
in an electric field, across a 
supported liquid membrane 
and into acceptor solution. The 
latter contained iodide as lead 
indicator. Presence of lead was 
followed by yellow precipitate 
in the acceptor solution, and 
this was quantified with a 
smartphone based on RGB 
analysis. 
O que são Métodos INSTRUMENTAIS ? 
 
São métodos realizados em instrumentos. 
 - Não por instrumentos! 
 - Por analistas que conhecem os instrumentos! 
Instrumentos simples.... 
O que são Métodos INSTRUMENTAIS ? 
 
São métodos realizados em instrumentos. 
 - Não por instrumentos! 
 - Por analistas que conhecem os instrumentos! 
Ou complexos .... 
Métodos INSTRUMENTAIS 
 
Cada tipo de instrumento tem uma aplicação: 
 - Distinta e limitada e ... 
 - Possui vantagens e desvantagens. 
• Medidas de pH em soluções aquosas (não 
aquosas em alguns casos). Fornece informações a 
respeito da concentração de íons H3O+. 
• Baixo custo inicial e manutenção barata. Fácil 
de usar. 
• Caracterização de sólidos cristalinos. 
Fornece informações sobre a estrutura 
cristalina. 
• Custo inicial elevado e manutenção 
relativamente cara. 
FUNÇÃO DO INSTRUMENTO 
 Traduzir a composição química em uma informação 
diretamente observável pelo operador. 
 Os instrumentos transformam um sinal analítico que 
usualmente não é diretamente detectável ou entendido pelo 
ser humano em um sinal que pode ser medido. 
 O instrumento atua direta ou indiretamente como um 
COMPARADOR, no sentido de que se avalia a amostra 
desconhecida em relação a um padrão. 
 
FUNÇÃO DO ANALISTA 
 Ter conhecimento do que está realmente medindo! 
SISTEMAS 
AUTOMATIZADOS Redução de custos 
REPRODUTIBILIDADE VELOCIDADE 
análise em 
tempo real 
análise por 
batelada 
ausência de fadiga 
precisão nos 
tempos de medida 
FATOR HUMANO 
AUTOMATIZAÇÃO 
DISCRETOS FLUXO CONTÍNUO 
Operação Exemplos típicos 
Tipo de 
automação 
1. Definição da amostra determinação do peso ou volume D 
2. Preparação de amostras moagem, homogeneização, secagem D 
3. Dissolução da amostra tratamento com solvente e diluição C, D 
 aquecimento, queima, fusão D4. Separação precipitação e filtração D 
 extração, diálise, cromatografia, 
 eletroforese C, D 
5. Medida determinação de absorbância, intensidade de 
 emissão, potencial, corrente C, D 
 titulação e pesagem D 
6. Calibração medidas de padrões C, D 
7. Redução de dados cálculo de resultados, análise de dados 
 quanto à exatidão e precisão C, D 
8. Apresentação 
de resultados saída numérica impressa ou em gráfico C, D 
D = discreto, C = fluxo contínuo 
SISTEMAS 
AUTOMATIZADOS 
Adição de padrão Ponto central Reconstituição da amostra 
37 minutos 
Coluna: Chromolith RP-18e, 4,6x50 mm 
Fase móvel: tampão fosfato 100 mM pH 2,5/MeCN (85/15 v/v) 
Injeção: 5 mL 
Temperatura: 25OC 
Fluxo: 4 mL/min 
UV: 230 nm 
Tempo de análise: 1,2 min 
Amostra: Prilocaina 50 ppm, metilparaben 40 ppm e glicose (sol. Injetável) 
Métodos analíticos rápidos 
Determinação de 
prilocaína 
Métodos analíticos rápidos 
Análise anfetaminas 
Tampão tris-fosfato 118 mM pH 3,5 
c/ b-ciclodextrina hidroxipropila 16 mM 
T=280C, U=25 kV 
Capilar: 64,5 cm 
Capilar: 32,5 cm 
Determinação de 
anfetaminas 
Seleção de um método analítico 
 Conhecer os detalhes práticos das diversas 
técnicas e seus princípios teóricos. 
 Definir claramente a natureza do problema 
analítico, respondendo às questões: 
• Que exatidão é necessária? 
• Qual é a quantidade de amostra disponível? 
• Qual é o intervalo de concentração do analito? 
• Que componentes da amostra causarão 
interferência? 
• Quais são as propriedades físicas e químicas da 
matriz da amostra? 
• Quantas amostras serão analisadas? 
• Qual o tempo requerido para a análise? 
Qualquer que seja o método instrumental, o 
sinal analítico será sempre uma função da 
concentração do analito (atividade). 
S = f(C) 
Vtitulante 
S
in
a
l 
a
n
a
lí
ti
c
o
 
Curva de titulação potenciométrica 
Qualquer que seja o método instrumental, o 
sinal analítico será sempre uma função da 
concentração do analito (atividade). 
S = f(C) 
Vtitulante 
S
in
a
l 
a
n
a
lí
ti
c
o
 
Curva de titulação condutométrica ou 
espectrométrica 
Qualquer que seja o método instrumental, o 
sinal analítico será sempre uma função da 
concentração do analito (atividade). 
S = f(C) 
[Analito] 
S
in
a
l 
a
n
a
lí
ti
c
o
 
SA = mCA + Sbr 
Curva Analítica 
ERROS DE MEDIÇÃO 
ERROS 
GROSSEIROS 
SISTEMÁTICOS 
ALEATÓRIOS 
TEÓRICOS 
CONDIÇÕES 
EXPERIMENTAIS 
PESSOAIS 
AMBIENTAIS 
INSTRUMENTAIS 
I 
N 
C 
E 
R 
T 
E 
Z 
A 
P 
R 
E 
C 
I 
S 
à 
O 
R 
E 
P 
R 
E 
S 
E 
N 
T 
A 
T 
I 
V 
I 
D 
A 
D 
E 
x ^ 
m 
X' ^ 
m’ 
– 
X 
Xi 
U
N
IV
ER
SO
 R
EA
L 
U
N
IV
ER
SO
 ID
EA
L 
VERDADE 
ABSOLUTA 
Resultado 
individual 
Média de n 
resultados 
(n < 30) 
Média de n 
resultados 
(n > 30) 
Valor dado 
como verdadeiro 
Média de 
∞ 
resultados 
Valor 
verdadeiro 
Uma 
alíquota 
n alíquotas 
(n < 30) 
n alíquotas 
(n > 30) 
n alíquotas analisadas 
por vários labs. 
∞ 
Alíquotas 
“Amostra” 
Quasi- 
população 
População 
Resultados Amostragem Estatística 
INCERTEZA E CONFIABILIDADE 
CONFIABILI- 
DADE 
REPRESENTA- 
TIVIDADE 
SE
N
SI
B
IL
ID
A
D
E 
SE
LE
TI
V
ID
A
D
E 
P
R
EC
IS
Ã
O
 
A
M
O
ST
R
A
G
EM
 
CUSTO 
EFETIVO 
SEGURANÇA 
CONFORTO 
MINIMIZAR 
ANÁLISE 
MAIS E MELHOR 
INFORMAÇÃO 
Alvos Qualidade Propriedades 
Capital 
Básico 
Acessório 
Resultados 
Processo 
analítico 
EXPEDIÇÃO 
BOAS PRÁTICAS DE LABORATÓRIO 
Transferência Validação Desenvolvimento 
Aprovado 
ETAPAS BÁSICAS DE UM MÉTODO ANALÍTICO NO LAB 
O objetivo de uma validação é 
demonstrar que o método é apropriado 
para a finalidade pretendida, ou seja, a 
determinação qualitativa, semi-
quantitativa e/ou quantitativa de 
fármacos e outras substâncias em 
produtos farmacêuticos 
ANVISA 
Resolução - RE nº 899, de 29 de maio de 2003 
VALIDAÇÃO 
“Fazer a validação de um método analítico 
pode até ser tedioso, mas as conseqüências 
de não fazer pode significar perda de 
tempo, dinheiro e recursos” 
J. Mark Green 
Anal. Chem., 68, 305A (1996) 
VALIDAÇÃO 
Validação 
Exatidão 
Precisão 
Limite de detecção 
Limite de quantificação 
Especificidade 
Linearidade 
Faixa de concentração 
Robustez 
Sensibilidade 
Seletividade 
Parâmetros e Exigências para Validação 
PARÂMETRO USP ICH AOAC/ISSO/IUPAC ANVISA INMETRO 
Aplicabilidade X 
Seletividade/Especificidade X X X X X 
Linearidade X X X X X 
Exatidão X X X X X 
Precisão X X X X X 
Faixa ou Intervalo X X X X 
Limite de detecção X X X X X 
Limite de quantificação X X X X X 
Sensibilidade X X X 
Robustez X X X X 
Adequação ao propósito X 
Variação de matriz X 
Incerteza de medição X 
41 
Exemplos de Métodos que Exigem 
Documentação de Validação 
• Métodos de Separação – HPLC, GC, TLC, GC/MS, Eletroforese capilar. 
• Métodos Epectrométricos – UV-VIS, IV, IVP, AA, RMN, DR-X, MS. 
• Análise de partículas – Laser, Microscopias. 
• Métodos eletroanalíticos – voltametrias de pulso, amperometria. 
• Métodos Titrimétricos. 
• Métodos Automatizados/hifenizados – análise em fluxo, robóticos. 
EXATIDÃO E PRECISÃO 
Precisão: medida da reprodutibilidade de um resultado. Se uma grandeza for medida 
várias vezes e os valores forem muito próximos uns dos outros, a medida é precisa. Se os 
valores variarem muito, a medida não é precisa. 
Exatidão: refere-se a quão próximo um valor de uma medida está medida está do valor 
“real”. Se um padrão conhecido estiver disponível , a exatidão é o quão próximo o valor 
determinado está do valor padrão. 
EXATIDÃO E PRECISÃO 
Quatro são os métodos principais para o estudo da exatidão: 
 
 uso de material de referência certificado (MRC), 
 comparação do método proposto com um método de referência, 
 uso de ensaios de recuperação na matriz, 
 estudos colaborativos. 
I.C. César et al. / Journal of Pharmaceutical and Biomedical Analysis 48 (2008) 223–226 
EXATIDÃO E PRECISÃO 
Teste de recuperação 
Solução 
estoque 
Soluções de 
fortificação 
Fortificação da 
amostra 
Menor nível de fortificação 
Maior nível de fortificação 
Nível médio de fortificação 
EXATIDÃO E PRECISÃO 
Teste de recuperação 
Rec % 
EXATIDÃO E PRECISÃO 
Desvio padrão = s 
Variança = s2 
Desvio padrão relativo = 100s/ x 
(coef. de variação) 
A precisão (VARIABILIDADE) 
de um processo analítico é 
usualmente expresso como 
segue para uma série de 
medidas. 
• Pode ser considerado em 3 níveis: 
– Repetibilidade: uma medida de variabilidade sob as mesmas condições de 
operação entre replicatas (intra-assay precision). Mínimo de 9 determinações 
cobrindo uma faixa específica. 
– Precisão Intermediária: medidas intra-laboratoriais (diferentes dias, diferentes 
equipamentos, diferentes analistas (within-laboratory variations). 
– Reprodutibilidade: expressa a precisão entre laboratórios, também aplicado na 
transferência de método. 
EXATIDÃO E PRECISÃO 
Repetibilidade 
O intervalo de confiança deve ser 
registrado para cada tipo de 
precisão investigado. 
Média da medida 
EXATIDÃO E PRECISÃO 
Médias das medidas 
Reprodutibilidade 
Precisão intermediária 
RELAÇÃO ENTRE PRECISÃO E CONCENTRAÇÃO 
Conc . Analito 
(%) 
Razão analito Unidade CV% 
100 1 100% 1,3 
10 10-1 10% 2,8 
1 10-2 1 % 2,7 
0,1 10-3 0.1% 3,7 
0,01 10-4 100 ppm 5.3 
0,001 10-5 10 ppm 7,3 
0,0001 10-6 1 ppm 11 
0,00001 10-7 100 ppb 15 
0,000001 10-8 10 ppb 21 
0.0000001 10-9 1 ppb 30 
RELAÇÃO ENTRE PRECISÃO E CONCENTRAÇÃO 
SELETIVIDADE E ESPECIFICIDADE 
– É a capacidade que o método possui de medir exatamente um 
composto em presença de outros componentes tais como impurezas, 
produtos de degradação e componentes da matriz. 
– O grau de interferência : 
• Ingredientes ativos 
•Excipientes 
• Impurezas 
(precursores de síntese, 
enantiomeros) 
• Produtos de degradação 
• Ingredientes do placebo 
SELETIVIDADE E ESPECIFICIDADE 
TESTE DE IDENTIFICAÇÃO 
Para análise qualitativa é necessário demonstrar a capacidade de seleção do 
método entre compostos com estruturas relacionadas que podem estar 
presentes. Isto deve ser confirmado pela obtenção de resultados positivos 
(preferivelmente em relação ao material de referência conhecido) em amostras 
contendo o fármaco, comparativamente com resultados negativos obtidos com 
amostras que não contém o fármaco, mas compostos estruturalmente 
semelhantes. 
TEOR 
Para análise quantitativa (teor) e análise de impurezas, a especificidade pode 
ser determinada pela comparação dos resultados obtidos de amostras 
(fármaco ou medicamento) contaminadas com quantidades apropriadas de 
impurezas ou excipientes e amostras não contaminadas, para demonstrar que 
o resultado do teste não é afetado por esses materiais. Quando a impureza ou 
o padrão do produto de degradação não estiverem disponíveis, pode-se 
comparar os resultados do teste das amostras contendo impurezas ou 
produtos de degradação com os resultados de um segundo procedimento bem 
caracterizado (por exemplo metodologia farmacopéica ou outro procedimento 
validado). Estas comparações devem incluir amostras armazenadas sob 
condições de estresse (por ex. luz, calor umidade, hidrólise ácida/básica, 
oxidação). 
SELETIVIDADE E ESPECIFICIDADE 
MÉTODOS CROMATOGRÁFICOS 
Em métodos cromatográficos, deve-se tomar as precauções necessárias para 
garantir a pureza dos picos cromatográficos. A utilização de testes de pureza de pico 
(por exemplo, com auxilio de detector de arranjo de fotodiodos ou espectrometria de 
massas) são interessantes para demonstrar que o pico cromatográfico é atribuído a 
um só componente. 
Cromatogramas com tempos 
de retenção e estruturas de: 
(1) arteannuin B 
(2) artemisitene 
(3) artemisinin 
(4) artemisinic acid 
(5) artemether (IS) 
LINEARIDADE 
 S
in
a
l 
a
n
a
lí
ti
c
o
[Analito]
y
x
Método dos mínimos quadrados: y = ax + b 
a 
coef. angular 
inclinação 
b 
coef. linear 
intercepto 
LINEARIDADE 
Método dos mínimos quadrados: y = ax + b 
Interseção: b = Sxy + Sxx 
Inclinação: a = y + bx 
 S
in
a
l 
a
n
a
lí
ti
c
o
[Analito]
y
x
a 
b
 
Sendo: 
Sxy =  (x – x) (y – y) ou  xy - nxy 
Sxx =  (x – x)
2 ou  x2 – n x 2 
Critérios usuais de aceitação de uma curva linear 
r > 0.999; y-intercepto b < 0 a 5% de conc. estudada; resposta CV < 1.5-2% 
 
5 10 15 20 25 30
0.0
0.5
1.0
1.5
2.0
2.5
3.0
3.5
4.0
S
in
a
l 
A
n
a
lí
ti
c
o
[Analito]
Curva de calibração 
LINEARIDADE E CALIBRAÇÃO 
LINEARIDADE E ADIÇÃO DE PADRÃO 
Adição de padrão 
-25 -20 -15 -10 -5 0 5 10 15 20 25 30 35
0
1
2
3
4
5
6
7
S
in
a
l 
a
n
a
lí
ti
c
o
[Analito]
LINEARIDADE E SENSIBILIDADE 
0 2 4 6 8 10 12 14 16
0
5
10
15
20
S
in
a
l 
a
n
a
lí
ti
c
o
[Analito]
Sensibilidade 
LIMITE DE DETECÇÃO E QUANTIFICAÇÃO 
noise 
Peak A 
LOD 
Peak B 
LOQ 
Baseline 
 
Limite de Quantificação (LOQ) 
Limite de Detecção (LOD) 
Razão Sinal/Ruído 
LIMITE DE DETECÇÃO E QUANTIFICAÇÃO 
• LOD: 
 A menor concentração de um analito numa amostra que pode ser 
dectetada, mas não necessariamente determinada. 
 Expressado como concentração a uma específica relação 
sinal:ruído (3:1) LOD = 3b/a 
 
 
 
 
• LOQ: 
 A menor concentração de um analito numa amostra que pode ser 
determinada com precisão e exatidão aceitáveis nas condições 
experimentais estabelecidas, mas não necessariamente 
determinada. LOQ = 10b/a 
 Expresso como concentração de analito 
 
 
LIMITE DE DETECÇÃO E QUANTIFICAÇÃO 
0 2 4 6 8 10 12 14 16
0
5
10
15
20
S
in
a
l 
a
n
a
lí
ti
c
o
[Analito]
Sensibilidade 
Intercepto 
LOD LOQ 
LINEARIDADE E INTERVALO 
O intervalo especificado é a faixa entre os limites de quantificação superior e 
inferior de um método analítico. Normalmente é derivado do estudo de 
linearidade e depende da aplicação pretendida do método. É estabelecido pela 
confirmação de que o método apresenta exatidão, precisão e linearidade 
adequados quando aplicados a amostras contendo quantidades de 
substâncias dentro do intervalo especificado. 
LINEARIDADE E INTERVALO 
0 2 4 6 8 10 12 14 16
0
5
10
15
20
S
in
a
l 
a
n
a
lí
ti
c
o
[Analito]
Sensibilidade 
Intercepto 
LOD LOQ 
Linearidade 
Intervalo 
ROBUSTEZ 
(Ruggedness) 
• Ruggedness 
– Grau de reprodutibilidade dos resultados 
sob diferentes condições 
• Analistas diferentes 
• Laboratórios diferentes 
• Instrumentos diferentes 
• Reagentes diferentes 
• Dias diferentes 
• Etc. 
– Expresso como %CV 
ROBUSTEZ 
(Robustness) 
A robustez de um método analítico é a medida de sua capacidade 
em resistir a pequenas e deliberadas variações dos parâmetros 
analíticos. Indica sua confiança durante o uso normal. 
Solutos podem se decompor durante preparação da amostra, extração, limpeza, 
transferência e estocagem (refrigeração ou amostragem automática). O desenvolvimento 
do método deve investigar a estabilidade de analitos e padrões. 
 
Estabilidade do sistema 
 Estabilidade das amostras em solução de medida. 
 Medidas de tendência (desvios) em resultados gerados durante intervalo de 
tempo prédeterminado: 1 – 48 houras usando amostra simples 
 As análises devem ser feitas em replicatas. 
 Considera-se apropriado se o CV calculado for menor que 2,0% dos valores 
correspondentes ao sistema de precisão. 
ESTABILIDADE DE SOLUÇÕES ANALÍTICAS

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