Traços distintivos: definições

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FACULDADE DE LETRAS - UFRJ 
PORT II – 2011/1 
PROFª Cláudia Cunha 
Aula: TRAÇOS DISTINTIVOS 
 
 
Definições complementares ao que se lê em Callou & Leite, 
p.64-67 e p.71-72: 
 
 
1. CONTÍNUO: 
traço relativo ao modo de articulação. São aqueles sons produzidos com um fechamento 
incompleto do aparelho fonador. Todas as VOGAIS e FRICATIVAS são [+contínuas]. 
 
2. CORONAL: traço relativo ao ponto de articulação. Os sons coronais, articulatoriamente, 
são produzidos com a ponta da língua elevada. As consoantes ALVEOLARES DENTAIS e 
PALATO-ALVEOLARES são [+coronais]. 
 
3. ANTERIOR: traço relativo ao ponto de articulação. Sons anteriores são definidos 
articulatoriamente como aqueles produzidos com um obstáculo na parte da frente da área 
PALATO-ALVEOLAR. As consoantes LABIAIS e DENTAIS são [+anteriores]. 
 
4. SONANTE: traço relativo ao modo de articulação. Os sons sonantes, articulatoriamente, 
são aqueles produzidos por um fluxo de ar relativamente livre, e as cordas vocais em tal 
posição que torne possível uma sonoridade espontânea, como nas VOGAIS, LÍQUIDAS, 
NASAIS e LATERAIS. Seu oposto é não-sonante (ou OBSTRUINTE), que se refere a sons 
com um obstáculo que impede o fluxo do ar, como nas OCLUSIVAS, FRICATIVAS e 
AFRICADAS. Termo análogo é RESSONANTE. 
 
5. SONORO: ARTICULATORIAMENTE, os sons sonoros são produzidos quando as cordas 
vocais estão em uma tal posição que vibrarão à passagem do ar. Seu oposto, o som surdo, é 
produzido quando há uma grande distância entre as cordas vocais, impedindo-as de vibrar. 
 
6. CAVIDADES SECUNDÁRIAS: Um do tipos de traços de traços de sons estabelecidos 
por Chomsky e Halle em sua teoria fonológica de traços distintivos, relativos às variações no 
PONTO DE ARTICULAÇÃO (traços de cavidade). Engloba os traços NASAL e 
LATERAL, definidos ambos como oposições. 
 
 
*GLIDE: Termo do inglês usado em fonética para indicar um som de transposição quando os 
órgãos da fala se movimentam em direção a uma articulação ou se afastam dela (on-glide e 
off-glide), respectivamente. Como não são nem consoantes nem vogais, os glides costumam 
ser denominados semiconsoantes ou semivogais (têm uma qualidade vocálica e uma 
distribuição consonantal). São exemplos o [y] e o [w] de poleiro, coisa e pauta. Os glides 
ocorrem nos ditongos. 
 
(CRYSTAL, David. (1985) Dicionário de lingüística e fonética. Rio de Janeiro, Zahar.)