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Deformação plástica nos monocristais 1 Relação estrutura cristalina ➾ plasticidade dos metais; Inicialmente: entender a deformação plástica nos monocristais: Excluir os efeitos dos CG; restrições impostas pelos grãos vizinhos 2 Deformação plástica nos monocristais Ordem de planos empacotados: CFC: ABCABCABC…; HC: ABABABABA…; CFC/HC: FE=0,74; CCC: FE=0,68; Cúbico simples: FE=0,52; 3 CFC e HC A deformação plástica é normalmente confinada a planos de baixo índice; Planos de maior densidade atômica são os mais espaçados; 4 Planos mais compactos 5 Defeitos na rede Desvio da periodicidade perfeita; Há propriedades sensíveis a estrutura: limite de escoamento e resistência; condutividade elétrica; resistência a fluência, etc. 6 Defeitos na rede Pontuais: lacunas; substitucionais e intersticiais; Linha: discordâncias: aresta ou espiral; Superfície ou planar; contornos de grão; maclas; falhas de empilhamento; 7 Tipos Lacunas: produzidos: excitação térmica; deformação (trabalho a frio); irradiação; Em grande número, podem formar vazios; Intersticiais e substitucionais: Podem ser de átomos da própria rede ou impurezas; 8 Defeitos pontuais Mais importante defeito em linha; Responsável pelo deslizamento; Região de distúrbio do cristal: separa uma região deslizada de uma não deslizada; Na ausência de obstáculos, uma discordância pode mover-se pela aplicação de uma pequena força; 9 Discordâncias Tipos: aresta; espiral; 10 Discordâncias Define a magnitude e direção do cisalhamento que uma discordância produz; Definido por um circuito ao redor da discordância: 11 Vetor de Burgers (b) Vetor de Burgers (b): quantidade de deslocamento da discordância; b é sempre perpendicular a linha da discordância; 12 Discordância em aresta A rede é distorcida na região da discordância; compressivo acima do plano de deslizamento; trativo abaixo do plano de deslizamento 13 Discordância em aresta Pode deslizar em uma direção perpendicular a seu comprimento; Pode se mover verticalmente por escalagem ➾ dependente de difusão (maior em altas Ts); 14 Discordância em aresta Linha de discordância é paralela ao vetor de Burgers (vetor de deslizamento); Não apresenta um plano de deslizamento preferível (movimento menos restrito) Não realiza escalagem; 15 Discordância em espiral Deformação plástica: deslizamento de blocos do cristal ao longo de planos cristalográficos definidos(planos de deslizamento); Usa tensão cisalhante (t); Deslizamento: ocorre quando t > valor crítico; Deformação por deslizamento Átomos se movem uma distância interatômica inteira Ocorre em direções e planos específicos; Plano e direção de deslizamento: geralmente aqueles com maior densidade/empacotamento atômico; Os planos mais densos são os mais afastados; D + P de deslizamento: sistema de deslizamento; HC: {0001}<1120>: 3 SD; CFC: {111}<110>: 12 SD; CCC*: {110}<111>, {112}<111>, {123}<111>: 48 SD; * Não apresenta um plano de máximo empacotamento como o {0001}HC ou {111}CFC. Requer maiores t para o DLZ. Deformação por deslizamento Deslizamento: considerado uma translação de um plano de átomos sobre outro Deslizamento em uma rede perfeita Conceito introduzido para explicar a diferença entre os valores teóricos e empíricos de resistência; Deslizamento pelo movimento de discordâncias Átomos longe da discordância: posição de mínima energia; Na discordância: só um pequeno movimento de átomos é requerido; Deslizamento pelo movimento de discordâncias Quando o plano atinge a superfície: degrau com valor de 1 vetor de Burgers (uma distância atômica na rede cúbica simples); Deslizamento pelo movimento de discordâncias A largura de uma discordância: balanço entre energia interfacial e energia elástica do cristal; A largura da discordância determina a força para movimentá-la pelo cristal (força de Peierls-Nabarro) Deslizamento pelo movimento de discordâncias Materiais com discordâncias largas requerem menores tensões para movimentá-las; Os planos mais compactos (e com maiores espaçamentos) requerem menores energias para a movimentação das discordâncias; b é minimizado; Se a<b, t é alta Estruturas cristalinas complexas: discordâncias tendem a ser imóveis Deslizamento pelo movimento de discordâncias A deformação cisalhante macroscópica é um efeito da movimentação de cada discordância; A movimentação de uma discordância produz um degrau de comprimento b; Deslizamento pelo movimento de discordâncias Uma tensão crítica deve ser atingida para o deslizamento; A extensão do deslizamento depende da: magnitude da t produzida por forças externas; Estrutura cristalina; Orientação dos PD em relação a t; O deslizamento se inicia quando t no SD (PD+DD) atinge um valor crítico; Conhecido como TENSÃO CISALHANTE RESOLVIDA CRÍTICA; Em monocristais corresponde ao LE em uma curva tensão-deformação; Depende primordialmente de composição e temperatura; Tensão cisalhante crítica para o deslizamento Deslizamento pelo movimento de discordâncias A tensão cisalhante é máxima para f=l=45°; O que ocorre se o PD for paralelo ou perpendicular ao eixo de tração? TCCR é afetada por: Impurezas; População de discordâncias; Interação das discordâncias entre si e com defeitos; A razão entre a TCCR e a tensão axial é conhecida como Deslizamento pelo movimento de discordâncias Ao tracionar um monocristal, o alongamento ocorre a rotação do PD e DD na direção do eixo de tração; Deformação de monocristais Alta simetria dos 12 SD; Ampla gama de possibilidades de deslizamento; O maior m (f. Schmidt) determina o SDinicial; Pode ocorrer deslizamento em SD primário e conjugado: deslizamento duplex; Alto grau de encruamento; Deformação em cristas CFC Outro importante mecanismo de deformação; Uma porção do cristal toma uma orientação relacionada ao resto da rede não maclada; Há um “espelhamento” da rede; O cristal macla ao longo do plano de maclagem; Cada átomo na região maclada move-se uma distância cisalhante proporcional à distância do plano de maclagem; A macla é visível após o ataque pois apresenta uma orientação diferente da região não maclada; Deformação por Maclagem Deformação por Maclagem Maclas se diferem das discordâncias (deslizamento): Discordância(DD):orientação do cristal aquém e além do PD não muda; Maclagem: muda a orientação; link Deslizamento (DLZ): múltiplos discretos do espaçamento atômico: Maclagem: movimento < que o espaçamento atômico; As maclas podem ser produzidas por deformação mecânica ou por recozimento após a deformação plástica; Mecânicas: metais CCC e HC. Necessitam de Shock loading; Recozimento: ocorrem em metais CFC e depende da energia de falha de empilhamento; Deformação por Maclagem Não é um mecanismo de deformação predominante nos metais com muitos SD; Maclas ocorrem geralmente quando: SD são restritos ou; TCCR é aumentada (tensão de maclagem < tensão para o DLZ); Ex. Baixas Ts e alta taxa de deformação e PD desfavoráveis aos Pl. de DLZ; A deformação total produzida pela maclagem é pequena; Mudanças de orientação por maclagem podem ativar novos SD; As maclas não se extendem além do CG; Deformação por Maclagem Deformação por Maclagem Maclas de deformação no Fe-Si Maclas de recozimento no Ni Cristalograficamente, maclas de deformação e recozimento são idênticas. Representam falhas de empilhamento em sucessivos planos de maclagem; {111}CFC: ABCABCABC...; {0001}HC:ABABABA...; Podem ser produzidas por deformação; Falhas de empilhamento Também podem ser extrínsecas (ou macla); Consideradas maclas submicroscópicas maclas mecânicas não se formam prontamente nos CFC devido as FE; Falhas de empilhamento ≠ no comportamento em deformação dos CFC são devidas a diferenças no comportamento das FE; A criação da FE HC em um metal CFCinduz uma região de maior energia livre; Pode ser considerada uma discordância extendida (as fronteiras são discordâncias parciais); Repulsão entre as discordâncias parciais (abrir) X tensão superficial da FE (fechar) Falhas de empilhamento Falhas de empilhamento FE controlam a deformação plástica: Conceito de energia de falha de empilhamento (EFE); Metais com largas FE (baixa EFE): encruam + rápido, maclam + fácil no recozimento e tem diferente relação entre escoamento e temperatura; Ex: Cu e ligas; Metais com estreitas FE (alta EFE): deformação com subestruturas de discordâncias (bandas e arranjos lineares); Ex: Al e ligas; Falhas de empilhamento Deformação heterogênea do cristal; Marcam uma região de orientação cristalográfica diferente; Alinham-se com a direção de deformação principal; Bandas de deformação Bandas de deformação (setas) em Al deformado (morno) No HC é difícil deformar quando o plano basal é ± // ao eixo do cristal; Em compressão, pode haver um dobramento, com encurtamento do cristal (kinking); A distorção do cristal é restrita a banda de dobramento; Bandas de dobramento Tensão cisalhante para o deslizamento cresce continuamente com a deformação cisalhante; Causado pela interação entre as discordâncias em com barreiras; Metal recozido: 105-106 cm-2; Encruado: 1010-1012 cm-2; Multiplicação de discordâncias: Fontes de Frank-Read; Condensação de lacunas; Deslizamento cruzado múltiplo; Emissão a partir de CG; Encruamento de monocristais Encruamento de monocristais DD se empilham em barreiras nos PD; Os empilhamentos produzem uma tensão de retorno (back stress) à tensão aplicada; Encruamento de monocristais Efeito Bauschinger: reversão da direção de deslizamento: Escoamento em uma menor tensão; DD de sinais opostos são criadas nas mesmas fontes; Aniquilação e amolecimento da rede; Ex: endireitamento; Encruamento de monocristais Tipos de barreiras: Impurezas; Precipitados; Outras discordâncias; Podem produzir DD que não estão no PD de baixa tensão cisalhante: DD de baixa mobilidade (sessile dislocation); Barreiras ao movimento de outras DD até t atingir valor para quebrar a barreira; DD no PD cortam outras DD (que interceptam o PD ativo); Encruamento dos monocristais Interação DD-DD cria um degrau na linha da DD; Os degraus restringem o movimento das DD; Encruamento de monocristais Deslizamento cruzado (DLZ-C): restrito a discordâncias em espiral (DDespiral); Desliza do PD primário para outro plano que contém a direção de deslizamento; Linha da DDespiral // a b: não há um plano definido; DDespiral pode se mover em qq PD, contanto que possa ser // a orientação original (direção de deslizamento em comum); Permite que Ddespiral contornem obstáculos; Se o DLZ-C é restringido: encruamento; Formação de degrau em DDespiral impede seu movimento (podem formar lacunas ou intersticiais); Encruamento de monocristais Curvas t-g de monocristais (CFC): Encruamento de monocristais Curvas t-g de monocristais (CFC): Estágio I: deslizamento fácil; Pouco encruamento; DD se movem sem muitas barreiras; DLZ ocorre em apenas um SD; Estágio II: região linear da curva; Encruamento cresce rapidamente; DLZ em + de um sistema; Formação de diversas barreiras de Lomer-Cottrell; Formação de estrutura celular de DD; Relação entre r e t: t=t0+aGbr1/2; Encruamento de monocristais Curvas t-g de monocristais (CFC): Estágio III: recuperação dinâmica; Queda da taxa de encruamento; DLZ-C (DD empilhadas nos obstáculos durante o EII); Escapam e reduzem o campo de tensões; Influência de T; Reduz EI e EII: induzir um segundo SD e DLZ-C é + fácil; EFE: menor EFE aumenta a tensão para o DLZ-C. Difuculta o EIII; Encruamento de monocristais Há desvios da curva em função: EFE, Pureza, T, Tx de deformação; EI é + provável em cristais HC que em CFC; Orientação do cristal também é importante; Encruamento de monocristais
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