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Contribuição dos Alunos de Mestrado em 2012 Adolfo Kalergis Nascimento Bruno Diehl Neto Pedro Henrique Moura Leal FORMAS DE CORROSÃO CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO 1) Conforme a causa: MEIOS FORMAS DE CORROSÃO CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO 2) Conforme o meio: FORMA DE ATAQUE FORMAS DE CORROSÃO CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO 3) Conforme a forma de ataque: Esses três critérios de classificação das formas de corrosão estão estreitamente interligados. Por exemplo: -Corrosão localizada por pite e filiforme pode ser observada tanto em meio aquoso quanto na atmosfera. -Os danos pelo hidrogênio acontecem em meio aquoso e em altas temperaturas. -A corrosão uniforme é observada em todos os meios. -Distribuição de fases é causa de corrosão em solda e sob tensão. A vantagem que vemos neste tipo de classificação das formas de corrosão é que ela permite uma visualização global de todos os fatores envolvidos nos processos de corrosão discrimidamente. Contribuição dos Alunos de Mestrado em 2012 Adolfo Kalergis Nascimento Bruno Diehl Neto Pedro Henrique Moura Leal FORMAS DE CORROSÃO CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO 1) Conforme a causa: HETEROGENEIDADES DO MEIO Heterogeneidades do Meio Correntes de interferência Causa: Potenciais externos Natureza Estáticas: Sistemas de proteção catódica Dinâmicas: Sistemas de tração elétrica Afetam tubulações submersas Oleodutos, gasodutos, cabos telefônicos etc Proteção Conexão entre estruturas Anodo de sacrifício Revestimento Heterogeneidades do Meio Correntes de interferência Técnicas de análise Método de Wenner (ASTM G-57) D.d.p entre estrutura interferida e interferente Causa: Diferença de potencial entre metais dissimilares unidos Série Galvânica Corrosão intensa próxima ao acoplamento Aspecto importante: Relação entre áreas Favorecer relação área anódica /área catódica Heterogeneidades do Meio Acoplamento Galvânico Técnicas de análise Medida de corrente galvânica (ASTM G-71) Série galvânica (ASTM G-82) Wire-on-bolt (ASTM G-116) Heterogeneidades do Meio Acoplamento Galvânico Proteção Alterar projeto da junta Mudança de materiais Isolamento Revestimento (na área catódica) Causa: ΔT gera diferença de potencial Criação de uma pilha termogalvânica Recorrente em trocadores de calor Heterogeneidades do Meio Gradientes de Temperatura Causa: Gradiente de concentração (iônica ou de gases) no eletrólito Ocorrência: Superposição de superfícies Metálica/metálica Metálica/não-metálica Presença de frestas (Corrosão por frestas) ou depósitos Heterogeneidades do Meio Concentração / Aeração Diferencial Proteção Eliminação de áreas estagnadas Eliminar frestas Seleção de materiais mais resistentes Controle da agressividade do meio Heterogeneidades do Meio Concentração / Aeração Diferencial Técnicas de análise ASTM G-48 Temperatura crítica de crévice Podem influenciar no processo de corrosão-erosão: Velocidade do fluido; Maior velocidade danifica o filme protetor do aço, aumentando a corrosão; Densidade e viscosidade do fluido; Concentração de partículas sólidas ou líquidas arrastadas; Efeito parecido à velocidade do fluido. Outros fatores como forma, composição, dureza, tamanho, etc. da partícula; Pode ser mais ou menos efetivo para remoção do filme protetor. Ângulo de impacto; Materiais dúcteis, maior erosão em baixos ângulos; Materiais frágeis, maior erosão em ângulo de 90°. Presença de bolhas no líquido (cavitação). Heterogeneidades do Meio Fatores Hidrodinâmicos Ensaios padrões de corrosão-erosão. ASTM G 40 – Terminologias padrões para relacionadas ao desgaste e erosão; ASTM G 73 – Prática padrão para ensaios de erosão por choque de partículas líquidas; Guia para criação de ensaios e procedimentos de análises. CP anexado a um disco rotatório e passa através de um jato de água. ASTM G 76 – Práticas padrões para ensaios de erosão por choque (impingiment); Impacto de um gás contendo partículas abrasivas; Gráfico de perda de massa por tempo de ensaio. ASTM G 32 - Método padrão de Erosão por Cavitação Vibratória; Líquido é jogado em um CP que vibra em freqüência elevada; Perda de massa por tempo. Heterogeneidades do Meio Fatores Hidrodinâmicos HETEROGENEIDADES DO MATERIAL Região heterogênea devido a variação de orientação dos átomos. As heterogeneidades, por sua diferença de potencial possibilitam a formação das áreas anódica e catódica. De uma forma geral o contorno de grão funciona como uma área anódica. Partículas de fases diferentes se formam seletivamente Pequenos cristais se formam em várias direções e ao final do processo de solidificação as extremidades dos grãos adjacentes se chocam dando origem aos contornos de grão. Heterogeneidades do Material Contorno de Grão Como prevenir a corrosão intergranular? Tratamento térmico – dissolução dos carbonetos. Utilização de ligas de baixo teor de carbono Optar por aços estabilizados (Ti e Nb) Sensitização ASTM A 262 Ensaio de Strauss Heterogeneidades do Material Contorno de Grão – Corrosão Intergranular Ensaio de Strauss – ASTM A 262 Submeter o corpo de prova a 72h, em solução em ebulição, contendo 1l de água, 100g de CuSO4 . 5H2O e 100ml de H2SO4. O Cu2+ age como oxidante atacando as áreas com decréscimo de cromo. Após o ataque as amostras são dobradas em torno de um mandril de 1,27cm e examinadas metalograficamente. Corrosão e fratura intergranular revelam a presença de sensitização. Heterogeneidades do Material Contorno de Grão – Corrosão Intergranular Variações no tratamento térmico ocasionam diferença de potencial. No caso de uma solda o aquecimento local resulta na modificação da natureza das fases presentes. Corrosão em faca: Solubilidade em alta temperatura dos carbetos de Ti e Nb. Solução: Aquecer o material, após soldagem, a 1065ºC Heterogeneidades do Material Tratamentos Térmicos Diferenciados / Cordão de Solda Polimento da superfície metálica. Presença de escoriações e abrasões. Borda de superfícies metálicas. Diferença de formas. Deformações diferenciais. Heterogeneidades do Material Tratamentos mecânicos diferenciados No anodo: Fe Fe2+ + 2e K3Fe(CN)6 é bem sensível ao Fe2+ com o qual forma Fe3[Fe(CN)6]2 (resíduo azul) No catodo: H2O + ½ O2 + 2e 2OH- Como há presença de fenolftaleína a coloração fica róseo-avermelhada. FORMA DE ATAQUE FORMAS DE CORROSÃO CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO 3) Conforme a forma de ataque: -Sob revestimentos -Mecanismo de corrosão por frestas CORROSÃO FILIFORME DEZINCIFICAÇÃO GRAFITIZAÇÃO MEIOS FORMAS DE CORROSÃO CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO 2) Conforme o meio: Corrosão Atmosférica Na maioria dos materiais esse tipo de corrosão forma uma camada de óxido metálico. Essa camada de óxido metálico é formada pela deposição de água na superfície da metal, formando um filme → Mecanismo Eletroquímico Corrosão atmosférica em válvula gaveta exposta atmosfera marinha. Guarda-corpo do Mirante do Cristo Redentor. Sofrendo corrosão Atmosférica. Corrosão Atmosférica Os produtos da corrosão serão formados pelo íons resultantes das reações anódicas e catódicas. No caso da corrosão do Ferro e suas ligas, a ferrugem apresenta coloração escura na parte inferior, devido a presença da Magnetita (Fe3O4). Já na parte superior a coloração a coloração é alaranjada ou castanho-avermelhado, devido a presença Fe2O3 .nH2O. Coloração característica da corrosão atmosférica do ferro e suas ligas(3). Corrosão Atmosférica Fatores que influenciam a Corrosão Atmosférica : Umidade Relativa; Substância Poluentes; Gases; Material particulado. pH; Kombi sofrendo processo de corrosão atmosférica. Corrosão Atmosférica Tipos de atmosferas: Marinha Rica em sais, principalmente NaCl; Altos valores de umidade. Rural Grande influência dos fatores climáticos (ventos, chuvas,temperatura média alta). Industrial Rica em compostos de enxofre; Rica em material particulado; Rica em óxidos de nitrogênio. Corrosão em concreto armado cimento + areia + agregados concreto componentes do cimento: 3CaO.SiO2 42 a 60% 2CaO.SiO2 14 a 35% 3CaO.Al2O3 6 a 13% 4CaO.Al2O3.Fe2O3 5 a 10% 2(3CaO.SiO2) + 6H2O 3CaO.2SiO.3H2O + 3Ca(OH)2 O concreto protege a armadura sob dois aspectos: Físico proporcionada pelo cobrimento Químico elevado pH na solução aquosa presente nos poros do concreto A corrosão pode estar associadas a fatores: Mecânicos vibrações e erosão Físicos variações de temperatura Biológicos bactérias Químicos ácidos e bases Na armadura ação eletroquímica No concreto ação química -Integridade física -pH Fatores aceleradores de corrosão: Carbonatação: Ca(OH)2 + CO2(ar) CaCO3 + H2O CaCO3 + H2O + CO2 Ca(HCO3)2 Ácidos: Ca(OH)2 + 2H+ Ca2+ + 2H2O 3CaO.2SiO2.3H2O + 6H+ 3Ca2+ + 2SiO2 + 6H2O Fe + 2H+ Fe2+ + H2 Bases: 3CaO.Al2O3 + 6NaOH + 6H2O 2Na3Al(OH)6 +3 Ca(OH)2 SiO2 + 2NaOH Na2 SiO3 + H2O - Sais 1- Sais de Amônia. 2NH4Cl + Ca(OH)2 = 2NH3 + 2H2O + CaCl2 2- Sais de Magnésio. Mg+2 + Ca(OH)2 = Mg(OH)2 + Ca+2 3- Sais Hidrolisáveis. FeCl3 + 3H2O = Fe(OH)3 + 3HCl AlCl3 + 3H2O = Al(OH)3 + 3HCl 4- Sais cujas as partes aniônicas contêm íons sulfatos. Ca(OH)2 + SO4-2 +2H2O = CaSO4.2H2O + 2OH- Ca(OH)2 + H2SO4 = CaSO4.2H2O 3CaSO4.2H2O + 3CaO.Al2O3.6H2O + 19H2O = 3CaO.Al2O3.3CaSO4.31H2O (Sulfaluminato de Cálcio). Ação de água do mar – lixiviação e expansão 5- Sais de Cloreto CaCl2 - Acelera a pega 3CaO.Al2O3.10H2O Máximo de 2% para concreto armado. Máximo de 0,03% para concreto protendido. Água do Mar. MgSO4 + Ca(OH)2 = Mg(OH)2 + CaSO4 NaCl HCO3- + Ca(OH)2= CaCO3 + H2O + OH- PROTEÇÃO 1-Fórmula dos cimentos ou argamassa. -Cimento resistente a sulfato. C3A < 8% -Cimento resistente a cloreto C3A teor elevado 2-Revestimento com material polimérico 3-Proteção catódica por corrente impressa Concreto seco: Resistividade = 100000 ohm.cm 4-Inibidores de corrosão. Ex: NaNO3 Segundo CHIAVERINI, “ferro fundido é a liga ferro-carbono-silício, de teores de carbono geralmente acima de 2,0%, em quantidade superior à que pode ser retida em solução sólida na austenita, de modo a resultar carbono parcialmente livre, na forma de veios ou lamelas de grafita”.