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Nome: Maria Izabel Nº28 Série: 3º ETIM Química Pesquisa Corrosão associada à solicitação mecânica Jundiaí 2020 Corrosão associada à solicitação mecânica Quando a corrosão depende apenas do meio corrosivo, ocorre acentuada perda de massa do material corroído. No entanto, a associação do meio corrosivo com solicitações mecânicas pode ocasionar processos corrosivos acelerados mesmo sem perda acentuada de massa. Esse processo pode ocasionar fraturas, colocando fora de operação o equipamento deteriorado, bem como trazer problemas relativos à segurança das instalações e dos operadores das mesmas. Corrosão sob tensão -> fratura de certos materiais, quando tensionados em certos ambientes, sob condições tais que nem a solicitação mecânica nem a corrosão ambiente isoladamente conduziriam à fratura. Obs: muitas vezes ocorre fratura por tensão sem que ocorra dissolução anódica do material – isso significa que o processo não é de corrosão, mas apenas um fenômeno de natureza física. Casos para estudo • Corrosão sob fadiga • Corrosão com erosão, cavitação e impingimento • Corrosão sob atrito • Fragilização por metal líquido • Fragilização pelo hidrogênio • Fendimento por álcali • Corrosão sob tensão Corrosão sob fadiga • Metal sofre solicitações mecânicas alternadas ou cíclicas • Inicia-se por uma pequena trinca, em ponto de concentração de tensões, que penetra lentamente o metal, numa direção perpendicular à tensão – após certo tempo, a área do elemento se reduz de tal modo que não pode mais suportar a carga aplicada, ocorrendo fratura final e repentina. Reconhecimento • A região de início da trinca tem um aspecto liso, devido ao atrito entre as faces sucessivas da trinca em cada ciclo. • A segunda região é a área, de aspecto rugoso, fibroso ou cristalino, onde se verifica a fratura repentina Ocorrência • Tubulações de equipamento de perfuração de poços, usadas para bombear petróleo, têm vida limitada devido à corrosão por fadiga resultante do meio corrosivo (água salgada). • Tubulações transportando vapores ou líquidos de temperaturas variáveis, podem fraturar devido ao ciclo térmico (expansão e contração periódicas) • Trocadores ou permutadores se corroem devido a vibrações imprimidas pelas bombas nos líquidos, e que são transmitidas ao equipamento. • Diversos vasos de pressão Mecanismo • Concentração de tensões nos locais de entalhe ou pites formados pelo meio corrosivo. • Fendas, na superfície do metal, produzidas por intrusões e extrusões microscópicas formadas durante os ciclos de tensões. Tais fendas resultam de deslizamentos localizados dentro dos grãos do metal. Proteção • Proteção catódica • Uso de inibidores (diminuição da corrosividade dos meios) • Revestimentos metálicos anódicos ou de sacrifício • Películas não-metálicas pigmentadas com pó de zinco • Jateamento na superfície do metal ou introdução de esforços de compressão • Alteração de projeto Corrosão por erosão, cavitação e impingimento • Ocorre quando um fluido em movimento está em contato com uma superfície metálica. Erosão deterioração de materiais metálicos ou não-metálicos pela ação abrasiva de fluidos em movimento, podendo ser aceleradas pela presença de partículas sólidas em suspensão. - Mais intensa em estrangulamentos ou em desvios de fluxo - Exemplos: desgaste de palhetas de turbinas ou de hélices, em alta velocidade, sob a ação de gotículas de água, e de rotores ou impelidores de bombas. Cavitação ação dinâmica, no interior do fluido, associada à formação e ao colapso de cavidades nas regiões que ficam abaixo da pressão absoluta de vapor do líquido. • Impingimento ação mecânica, com desgaste de material, provocada pelo impingimento ou impacto direto do fluido sobre uma superfície metálica. - Bolhas de ar aumentam o efeito do impingimento. CORROSÃO – EROSÃO: a erosão é considerada um fenômeno puramente mecânico, em que o metal é removido ou destruído mecanicamente, sofrendo somente alterações físicas. Na erosão-corrosão ocorrem fenômenos físico-químicos, sendo caracterizada por sua aparência sob a forma de sulcos, crateras, ondulações, furos arredondados e um sentido direcional de ataque. No entanto, em função da própria erosão, a superfície fica isenta de possíveis produtos de corrosão. Proteção contra a corrosão-erosão: ->Emprego de materiais mais resistentes ->Alteração de projeto ->Acréscimo de diâmetro da tubulação ->Dirigir as tubulações de entrada para o centro de tanques ao invés de colocá-las próximas às paredes laterais ->Inserir virolas nas extremidades das entradas de tubos: ->Usar bombas com partes vulneráveis facilmente substituíveis. ->Inserir placas defletoras ou substituíveis na área de impingimento. ->Montar tubos de maneira que eles fiquem, no lado de entrada do fluido, alguns centímetros além dos espelhos de trocadores de calor. ->Modificações no meio corrosivo, por desaeração e emprego de inibidores. ->Uso de revestimentos, como borracha, elastômeros artificiais (neoprene), basalto (silicato de alumínio fundido) ou aço inoxidável com alto teor de crômio e níquel somente nas partes sujeitas a ação erosiva. ->Proteção catódica. CORROSÃO – CAVITAÇÃO: quando cavidades ou bolhas sofrem colapsos ou implosão na superfície metálica há uma ação mecânica conjugada a uma ação química que dá condições para que ocorra uma corrosão com cavitação. - É comum em hélices de navios, turbinas hidráulicas e a vapor, bombas hidráulicas e em camisas de cilindros de motores Diesel na face refrigerada com água. Fases do ciclo da ação da cavitação: - Áreas de pressões baixas são produzidas devido a irregularidades no escoamento; - Formação de cavidades ou bolhas de vapor; - Colapso das bolhas ou cavidades contra a superfície do metal. -A continuidade do processo deixa a superfície com pites ou alvéolos, podendo até arrancar pedaços do metal • Esquema do ataque por cavitação: (A) líquido em repouso em temperatura e pressão ambientes; (B) expansão e formação de bolhas de vapor em temperatura ambiente e pressão reduzida; (C) compressão e colapso, ou implosão da bolhas de vapor, em temperatura ambiente e aumento de pressão; (D) destruição da película de óxido, ou revestimento, pelo impacto da onda de choque transmitida pela implosão da bolha de vapor; (E) reconstituição da película de óxido e redução da espessura do material metálico. Proteção contra a corrosão-cavitação:No projeto do equipamento, eliminar: • Possibilidades de áreas de quedas de pressão -Abruptas modificações de seções para evitar turbulência -Vibrações de partes críticas • Outros processos: -Introdução de ar no fluido em escoamento para aliviar as áreas de baixa pressão Proteção contra corrosão-cavitação • Emprego de materiais com alta ductibilidade, alta resistência à fadiga ou superfícies endurecidas • Revestimento com materiais resistentes • Emprego de inibidores • Proteção catódica • Preenchimento das áreas danificadas por cavitação com solda e em seguida retificá-las ATAQUE POR IMPINGIMENTO – CORROSÃO POR TURBULÊNCIA • Corrosão associada ao fluxo turbulento de um fluido – ocorre quando um fluido está em movimento e passa de uma tubulação de grande diâmetro para outra de menor diâmetro (a turbulência sempre aparece na região de menor diâmetro) • Ocorre em entradas dos tubos de condensadores, saídas de registros, válvulas, bombas centrífugas, hélices e outros dispositivos que provoquem variações acentuadas da seção transversal do fluido ou modifiquem o seu deslocamento lamelar. • O fluido em movimento turbulento pode conter gases, formando bolhas que se deslocam com ele. A ação da turbulência aliada aos choques que resultam do rompimento das bolhas provoca um tipo de corrosão-erosão denominada impingimento.Proteção contra corrosão por impingimento: • Usar ligas de cobre com cerca de 5% de estanho, ou latões de alumínio, ou ainda ligas de cobre/níquel/ferro. • Reduzir a velocidade do fluido • Diminuir a quantidade de ar ou partículas sólidas • Modificar a geometria dos equipamentos, evitando curvas acentuadas • Usar placas defletoras Corrosão por Atrito • Provocada por pequenos deslizamentos relativos, originados por vibrações • A interface do metal deve estar sujeita a carga • Formação de produtos pulverulentos de corrosão, em alguns casos pites, que podem servir de núcleos para a ocorrência de fraturas por fadiga MECANISMO • Desgaste mecânico na ausência de ambiente corrosivo. • O atrito entre os materiais vai expondo novas superfícies do metal, as quais ficam cobertas com oxigênio ou outro agente corrosivo. A próxima aspereza retira o óxido ou pode, mecanicamente, ativar a reação do oxigênio adsorvido com o metal para formar óxido, que por sua vez é arrastado, formando novamente uma superfície metálica limpa. Proteção contra corrosão por atrito: • Combinação de metal mole com metal duro (impede o processo de solda nos pontos de contato entre metais similares) • Construção de superfícies de contato de maneira a evitar quase por completo o deslizamento • Uso de lubrificantes • Uso de juntas de elastômeros ou materiais de baixo coeficiente de atrito Fragilização por metal líquido • Ocorre quando metais no estado sólido são submetidos a tensões residuais ou externas, concomitantemente em contato com metais fundidos. • A falha ocorre pela nucleação e subsequente propagação para o interior de uma trinca na superfície molhada do sólido. Esse processo de falha não envolve modificação química do metal sólido. Fragilização pelo Hidrogênio • O hidrogênio interage com a maioria dos metais por uma série de mecanismos, resultando em modificações das propriedades mecânicas que levam a fraturas frágeis e altamente danosas. • O hidrogênio penetra nos metais na forma atômica, e devido ao seu pequeno volume atômico é capaz de se difundir rapidamente na malha cristalina. • Dentre os metais que mais comumente incorporam hidrogênio na rede cristalina estão o cobre, o ferro e a prata. • O hidrogênio pode ser absorvido por: -Alta solubilidade no metal em estado líquido, levando a grandes concentrações no metal solidificado na forma de peças fundidas ou na de filetes de solda. -Decapagem por meios químicos ou eletroquímicos • O hidrogênio pode ser absorvido por: -Deposição eletrolítica de metais, onde o hidrogênio, juntamente com o metal a depositar, é formado no cátodo. -Ação de gases ricos em hidrogênio em condições de temperatura e pressão favoráveis -Decomposição térmica de hidrocarbonetos, em temperaturas elevadas. -Craqueamento de amônia -Reações generalizadas com água, quando um metal reage formando óxido e liberando hidrogênio Mecanismo Dois tipos: irreversível e reversível • No processo irreversível, a presença de hidrogênio conduz à danificação da estrutura do metal, comprometendo sua resistência mecânica -Quando o hidrogênio é produzido na suprefície do metal, ele se difunde para seu interior na forma atômica, e no interior do metal ele retorna à forma molecular, preferencialmente nos defeitos internos, provocando a formação de bolhas que levam finalmente à ruptura do metal • O processo reversível caracteriza-se pela necessidade de existir a presença simultânea de tensões e hidrogênio. A eliminação do hidrogênio antes da aplicação da tensão restaura a ductibilidade do metal. -A fragilização aumenta com a diminuição da velocidade de formação, isto é, exige-se a ação conjunta da tensão e hidrogênio durante algum tempo para que a fratura ocorra. Proteção • Evitar que possa haver absorção de hidrogênio pelo metal; nos casos onde não há fragilização irreversível, uma posterior ação danosa pode ser evitada submetendo-se o material, onde possa ter absorvido esse elemento, e uma vez terminado o processo, ao recozimento a uma temperatura relativamente baixa (geralmente em torno de 190ºC), que permita sua difusão e liberação na superfície Fendimento por Álcali Ocorre em caldeiras para produção de vapor que apresentam junções rebitadas. A fim de se evitar a corrosão do ferro pela água, a ela se adicionam substâncias alcalinas, pois estas tornam o ferro passivo.No entanto, vazamentos podem fazer a solução alcalina se concentrar de tal modo que acaba atacando o ferro. Fendas entre os rebites podem enfraquecer a caldeira, podendo levar a uma explosão. Mecanismo Formação de hidrogênio devido ao ataque do aço pela solução concentrada de hidróxido de sódio Fe + 2 NaOH → Na2FeO2 + H2 Proteção • Substituição de rebites por soldas, seguida de tratamento térmico para diminuir as tensões; • Adição de substâncias tamponantes; • Revestir as partes sujeitas ao ataque com níquel ou ligas de níquel (resistente a álcalis) F r a g i l i z a ç ã o p o r m e t a l l í q u i d o F r a i l i z a ç ã o p e l o h o g ê n i o F e n d i m e n t o p s o b t e n s ã o
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