Buscar

Resumo ORG2 P1 POR MOLÉCULAS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Química Orgânica II - Professora 
Bluma – Resumo P1 
Alcanos 
• Baixa reatividade, do ponto de vista sintético não são viáveis. 
• Mais suscetíveis à reagir via radical livre 
A halogenação de um alcano se dá por substituição de um átomo de hidrogênio por um 
halogênio, resultando em um haleto de alquila ( isso pode ocorrer em um ou mais átomos de 
hidrogênio ). Por exemplo, na 
cloração do metano e do etano os 
produtos são, respectivamente, 
cloro metano e cloro etano. Para 
alcanos com mais de dois 
carbonos existe mais de uma 
possibilidade para o halogênio se 
posicionar. Deste modo o produto 
da reação será uma mistura de 
isômeros de posição. Entretanto, 
as quantidades dos isômeros 
formados diferem-se na mistura. O halogênio se ligará preferencialmente no carbono menos 
hidrogenado. A Regra de Markovnikov funciona de forma semelhante. 
Alcenos 
• O par de elétrons gera nuvem eletrônica 
• Mais suscetíveis à reações de adição 
• Possuem regiões ricas em elétrons 
Regra de Markovnikov  Numa reação de adição do tipo alceno ou Alcino + HX (sendo X um 
halogênio), o hidrogênio liga-se ao carbono mais hidrogenado da insaturação, enquanto que 
o halogênio liga-se ao carbono menos hidrogenado. Podendo ainda, ser estendida para: numa 
reação de substituição, o halogênio liga-se ao carbono com maior número de ligações 
saturadas. 
Em reações de adição, principalmente de ácidos como HCl, carbocátions são formados. Haverá 
portanto mistura de produtos. O preferencial será aquele formado a partir do carbocátion 
mais estável. Veja alguns exemplos: 
CH3
C
+
CH3
CH3
CH3 C
+
CH3
CH3
H
CH3
C
+
CH3
H
H
 
Ordem de estabilidade: Terciário > Secundário > Primário 
Essa ordem é a expressão da regra de Markovnikov e vale pra qualquer ataque nucleofílico 
(negativo ataca positivo). Veja: 
 
Alcadieno 
• Elétrons podem ser facilmente deslocalizados. 
Veja abaixo a adição 1,2 e a formação do produto preferencial 
CH2
CH2
CH
+
CH2
CH3
CH2
CH2
+
Cl
CH2
CH3
HCl
 
Agora a adição 1,4 
CH2
CH2 CH
+
CH2
CH3
HCl
CH2
+
CH3 CH3 Cl 
A energia de ativação necessária para produzir o produto 1,2 é mais baixa então ele é o 
preferencial. No entanto o produto 1,4 é mais termodinamicamente estável, portanto em 
temperaturas altas, a energia de ativação para sua síntese é mais facilmente alcançada e ele 
passa a ser o preferencial. 
Veja que no caso da adição 1,2 , o carbocation que reage preferencialmente é o de cima 
(vendo de cima pra baixo). Isso ocorre porque sua carga positiva está próxima da dupla ligação, 
tornando a deslocalização de cargas uma possibilidade. Na química orgânica, a deslocalização 
de cargas é sinônimo de estabilidade. Estando adjacente à dupla, existirão duas estruturas de 
ressonância . Se não estivesse, não haveria ressonância e portanto 0 estruturas. Podemos 
afirmar então que quanto mais estruturas de ressonância, mais estável. 
Álcoois 
Podemos sintetizar álcool a 
partir de alcenos, em uma 
catálise ácida. Trata-se de uma 
reação de adição onde o alceno 
transformado em carbocátion 
recebe ataque da água, que age 
como nucleófilo. 
Ataque do tipo SN1, haverá rearranjo e 
formação do álcool mais estável. Portanto 
a regra de Markovnikov se aplica aqui. 
Somente álcoois secundários ou terciários 
(dependendo do alceno de origem) se 
formarão em grande quantidade. Para 
fazer álcool primário, 
precisaremos estabelecer 
condições para que haja 
reação anti-markovnikov. 
Reação anti-markovnikov  
Reação do tipo SN2, logo não há formação de carbocátion. Um mecanismo complexo que por 
fins de curiosidade ,está sendo representado aqui. O efeito Peróxido muda a regioseletividade 
tornando o produto secundário o 
primário. Em álcools, é comum usar 
borano (BH3) em meio básico com 
peróxido. No caso, o ataque ocorrerá 
no carbono menos substituído por 
uma esquestão espacial. Estando ele 
menos substituído, tem mais chances de receber o ataque de radicais formados pelo efeito 
peróxido. 
 
Na presença de um ácido, pode sofrer eliminação de água ou desidratação e retornar à alceno. 
A regra de Zaitsev estabelece que o 
alceno formado em maior quantidade é aquele formado a partir da remoção do hidrogênio do 
carbono com menos hidrogênio. Em outras palavras: O alceno majoritario será o mais 
substituido. No exemplo acima, o produto principal é o 2-metil but-2-eno e não o 2-metil but-
1-eno. Existe portanto a eliminação de Hofmann, que nos dá o produto anti-Zaitsev. 
Halogeneto de Alquila 
Normalmente, quando se tenta fazer halogeneto a partir de álcool, ocorre rearranjo e o 
produto de markovnikov é formado. No entanto, se utilizarmos compostos como SOCl2 e PBr2, 
que estimulam reações do tipo SN2, cancelamos o rearranjo e o produto formado é o de 
substituição direta do OH pelo halogênio. 
 
O SN2 não ocorre quando á impedimento esterico. Ataques nucleofílicos à halogenetos de 
alquila podem ocorrer, mas não se forem terciários. 
Aldeídos 
Aldeídos e cetonas costumam ser mais reativos que halogenetos de alquila uma vez que para 
substituições ocorrerem nos halogenetos uma organização espacial tetraédrica deve ser 
desfeita, para depois virar planar e voltar a ser tetraédrica. Isso requer energia. Partindo de 
uma molécula inicialmente planar, caso dos aldeídos, a energia requerida para a reação 
ocorrer é menor. Veja: 
 
 
Aldeídos são ainda mais reativos que cetonas pois cetonas tem impedimento estérico maior. 
Mecanismo geral de ataques nucleofílicos: 
R
1
O
R
2
Se aldeído
R1 ou R2 são H
Z
-
R
1
R
2
Z
O
-
OH2
R
1
R
2
Z
OH
R
1
O
R
2
H
+ [R1 O
+
R
2
H
R
1
C
+
R
2
OH
Z
-
] R1
R
2
Z
OH
A primeira reação ocorre somente com a presença do nucleófilo e a segunda em presença de 
catálise ácida. 
Podem ser sintetizados pela oxidação de álcoois primários (contanto que o aldeído formado 
seja impossibilitado de se oxidar, se não formará ácido carboxílico). Meio aquoso estimula 
oxidação à ácido carboxílico. Para sua formação, é recomendável que se use em piridina CuO2 
ou CrO3 
 
Se substituídos, as substituições nucleofílicas dos halogênios serão preferenciais e o 
mecanismo não será como o genérico apresentado acima. O único nucleófilo que foge essa à 
regra é o NaCN sempre ataca o carbono da acila. Somente se precedido de NaHCO3 que esse 
efeito se inverte. Veja: 
 
Uma outra tática é usar reações de proteção. Elas “escondem” a acila , deixando o cloro livre 
para reagir com o NaCN, dispensando o uso de NaHCO3. A carbonila reverte seu estado em 
meio de H3O+, veja: 
 
Cetonas 
Menos reativo que aldeídos, no entanto mais reativo que halogenetos de alquila. Mecanismo 
genérico de ataque nucleofílico igual ao dos aldeídos. 
Podem ser formados pela oxidação de álcoois secundários: 
 
Por acilação de Filde-Crafts:
 
Se substituídos por um halogênio, as reações de substituição nucleofílica seguem a mesma 
regra para os aldeídos. 
Cloreto de Ácido ou Halogeneto de Acila 
São compostos parecidos com ácidos, trocando a hidroxila por um halogeneto que, em geral, é 
o cloro. Em reação com ácidos onde a hidroxila é retirada, é preferível transformar o ácido 
primeiro em cloreto de acila uma vez que o cloro é um melhor grupo de saída. Como melhor 
grupo de saída, a reação torna-se facilitada, ainda mais se se tratar de uma esterificação com 
álcoois mais complicados. 
 
A redução de cloretos de ácido funciona da mesma forma que a redução com ácidos, tendo os 
mesmos produtos pra reagentes diferentes.Partindo de um cloreto de ácido e tendo os 
redutores abaixo, seus produtos serão: 
• LiAlH4  Álcool Primário 
• LiAlH(otbu)3  Aldeído 
Hemiacetal e Acetal 
Compostos formados pela adição de álcools à aldeídos. Formam-se segundo o mecanismo 
abaixo: 
 
Ácido Carboxílico 
Nucleófilos conseguem atacar o carbono da carboxila. O mecanismo é semelhante à de 
substituição nucleofílica de aldeídos e cetonas. Se, no entanto, o ácido contiver um halogênio, 
a substituição dele será preferencial. O único que foge a essa regra é o NaCN que sempre 
atacará a carbonila. Acontece exatamente a mesma coisa caso seja um aldeído, reveja 
anteriormente a reação. A adição de água à um cloreto de ácido faz um ácido carboxílico. 
Reagentes de Grignard ou Organo 
Magnesianos 
São extremamente reativos uma vez que produzem carbânions. Carbânions são reativos pois o 
carbono é um elemento que não acomoda muito bem cargas negativas. Ótimos reagentes para 
se aumentar número de carbonos de uma cadeia. Sua reatividade é tamanha que o carbânion 
consegue deslocar o hidrogênio da água! 
Formam sempre álcools, variando de primário à terciário. 
Com ésters  Álcool Terciário (dois ataques) 
 
Com aldeídos  Álcool secundário 
 
Com aldeído fórmico  álcool primário 
 
Com cloreto de ácido  álcool terciário (dois ataques) 
 
Cetona  Álcool Terciário 
 
Com halogenetos de alquila  Alcano 
 
Com anidrido  Álcool terciário 
 
A formação de organo magnesiano é uma reação extremamente simples. A partir de um 
halogeneto de alquila, reagindo ele com Mg e éter, formamos o organo magnesiano, conforme 
reação abaixo: 
 
Com ácidos carboxílicos, hidreto de halogênio e água, a reação funciona como uma reação de 
ácido base, uma vez que os organo magnesianos são extremamente básicos. As reações serão: 
 
Podemos ainda transformar organo magnesianos em ácidos carboxílicos tratando com CO2 e 
H3O+ em uma reação de carbonatação. O mecanismo: 
 
Óxido de Etileno ou epoxietano 
Reage com organo magnesiano , sendo uma boa forma de se sintetizar qualquer álcool 
primário. A partir dele e de uma oxidação energética, conseguimos também fazer o ácido 
oxálico ou etanodióico 
 
Ciclos e Polímeros 
Algumas vezes veremos moléculas que possuem uma carbonila, um sítio propício para ataques 
nucleofílicos, e um grupamento que pode agir como um nucleófilo. Nesse caso, existem duas 
possibilidades: 
1) Esse grupamento atacará a mesma cadeia formando ciclos. Essa reação é favorável 
quando a cadeia carbônica tem 5 ou 6 carbonos uma vez que ciclos menores, uma 
questão de tensão contorcional, são instáveis. Para cadeias com mais de 6 carbonos, 
poderá haver uma mistura de produtos entre polímeros e ciclos. 
 
2) Esse grupamento realizar ataques intermoleculares, formando cadeias que chamamos 
de polímeros. Os polímeros são favoráveis para cadeias de 1 a 4 carbonos. Para 
cadeias com mais de 6 carbonos, poderá haver uma mistura de produtos entre 
polímeros e ciclos. 
 
Compostos Nitrogenados 
Cianetos  
Provenientes do cianeto de sódio (NaCN). Extremamente uteis para inserir aminas em cadeias 
alifáticas ou se aumentar o número de carbonos da mesma. Funcionam como qualquer 
nucleófilo, com a particularidade de terem preferência pela reação com uma carbonila em 
casos onde ela e um halogênio exista. Caso não exista, substituirá halogênios ligados à cadeia 
carbônica. 
 
Nos dois casos há ganho de um carbono já cadeia (apesar de n ter sido representado na 
redução! A imagem está errada cuidado!) 
Aminas  
Aminas poder ser mono, di ou trisubstituídas, ou primárias, secundárias e terciárias 
respectivamente. A adição de aminas à compostos orgânicos funcionará como um ataque 
nucleofílico devido ao par de elétrons do nitrogênio. Aminas terciárias não reagirão 
 
 
Acima, um mecanismo de reação genérico para aminas secundárias com aldeídos e cetonas. O 
produto será uma enamina. No caso de cetonas, o radical que conterá a dupla ligação será 
aquele ditado pela regra de eliminação de Zaitsev. No caso de aldeídos, um dos radicais R-H é 
substituído por um simples H e portanto a instauração ocorrerá entre carbono da carbonila e 
carbono do único radical. Perceba que aldeído fórmico não reagirá. 
 
No entanto, reagir aminas primárias com aldeídos e cetonas nos dá como produto iminas. 
Ocorrerá também desidratação mas como o nitrogênio tem um hidrogênio sobrando, a 
eliminação será deste e não de um hidrogênio da cadeia do radical. Aqui, aldeído fórmico pode 
reagir e o mecanismo é o mesmo independente se R1 e R2 são ambos hidrogênios, ambos 
carbonos, ou um carbono e o outro hidrogênio. Se ao invés de usar aminas primárias usarmos 
amônia, o composto formado torna-se instável (R3=H). 
Em meio redutor (H2/Ni), amônia com cetona não formará imina ou enamina e sim amina 
secundária. Veja: 
 
Ainda falando de reduções, podemos sintetizar uma amina secundária a partir de uma 
redução da imina. De forma análoga, a redução da enamina resulta em uma amina terciária. 
Veja um exemplo: 
 
 
Já a reação de aminas primárias ou secundárias com ácidos carboxílicos ou cloretos de ácidos 
nos fornece amidas. A reação possui o mesmo mecanismo mudando o fato de que o cloro é 
melhor grupo de saída que a hidroxila, tornando a reação mais fácil 
 
O mesmo acontece se reagirmos com ésteres ou anidridos: 
 
Podemos formar amidas monosubstituídas ou disubstituídas com estas reações. Novamente, 
aminas terciárias não reagem. 
Com halogenetos de alquila, teremos uma reação complicada. Veja:
 
Com excesso de amônio ou de aminas substituídas, a reação tende para a formação do 
(NR4+X-). É uma reação fácil de se fazer em laboratório mas que precisa de atenção para que a 
reação pare aonde desejamos. A partir da formação da amina secundária, a reação acima fica 
complicada. De forma geral, amônia/amina + halogeneto  amina (um grau acima) + ácido. 
Perceba que como se trata de uma reação ácido (HX) e base (R1R2R3R4N), teremos no final 
sempre um sal. Na primeira reação, o sal formado será NH3R(+)X(-).Na segunda reação, o sal 
formado será NH2R2(+)X(-).Na terceira reação, o sal formado será NHR3(+)X(-). Na quarta, 
como mostra a própria imagem, NR4(+)X(-). 
A posição do halogênio na cadeia carbônica R no entanto define o produto: 
 
Com halogenetos de alquila primários, o produto é sempre de substituição nucleofílica. A 
reação é SN2 e não ocorre rearranjo. O nitrogênio entra na mesma posição do cloro 
 
 
Com halogenetos de alquila secundários, o produto é uma mistura de produto de substituição 
nucleofílica e produto de eliminação (nesse caso, vale a regra de Zaitsev) 
 
Com halogenetos de alquila terciários, o produto é uma sempre um produto de eliminação 
(nesse caso, vale a regra de Zaitsev). 
A reação com álcool não ocorre porque álcool é um péssimo grupo de saída. Se o objetivo é 
fazer uma substituição nucleofílica, deve-se reagir primeiro com SOCl2 ou HCl/ZnCl2. 
Como veremos logo em seguir, a adição de aminas primárias ou amônia à anidridos cíclicos 
forma imidas 
Anidrido 
Não daremos muita importância para anidridos na primeira parte da matéria. O mais 
importante mesmo serão os cíclicos como o ftálico e, obtido a partir da desidratação do ácido 
ftálico. Veja sua síntese: 
 
 
Existe mais de um tipo de ácido ftálico. O ácido ftálico 
normal produz o anidrido ftálico. 
A adição de aminas primárias ou amônia formam 
imidas (o mecanismo é o mesmo de uma síntese de uma 
amida, com um posterior ataque do nitrogênio à segunda 
carboxila). 
Como visto anteriormente, reações de fidel crafts 
podem ocorrer com anidridos também. Adicionarum 
nucleófilo como o benzeno em meio de AlCl3 nos dará 
uma benzofenona. Esta no caso é específica por ter uma 
das carboxilas penduradas. Seu nome será ácido o-
benzoilbenzóico. 
A adição de álcool substitui o OH de uma das carboxilas 
por OR. Funciona como uma reação de esterificação normal. 
Em meio aquoso, a reação inicial é revertida e o anidrido ftálico se transforma em ácido 
ftálico. 
 
Éster 
Podemos formar ésteres reagindo tanto ácidos carboxílicos quanto cloretos de ácidos com 
álcoois, sendo o segundo uma reação facilitada, uma vez que Cl é um bom grupo de saída. Para 
esterificações é interessante atentar a ordem de reatividade dos álcoois em esterificação 
direta: 
• CH3OH > 1º > 2º > 3º 
 
Ácido 
Ftálico 
 
Ácido 
IsoFtálico 
 
Ácido 
TereFtálico 
 
Anidrido 
Ftálico 
Álcoois terciários em meio de H+ podem dar produto de eliminação. Portanto é ainda mais 
recomentado que se converta ácidos carboxílicos à cloreto de ácido quando o álcool a ser 
reagido é um terciário. Veja abaixo o mecanismo da esterificação direta: 
 
Existe ainda a transesterificação, que nada mais é uma reação que transforma um éster em 
outro, trocando a natureza de R ligado a O, pela adição de um álcool diferente do usado para 
sintetizar o primeiro éster: 
 
Perceba que o mecanismo acima não usa catalisadores (H+). 
Podemos hidrolisar o éster e obter o ácido novamente. No caso da hidrólise ácida, um H+ será 
nosso catalisador. O mecanismo será exatamente idêntico À de uma esterificação direta, 
contado de trás pra frente. No caso de uma esterificação básica, o OH(-) de uma base 
funcionará como um nucleófilo e haverá uma reação de substituição nucleofílica. Teremos 
como produtos finais nesse caso: 
 
 
 
 
Aromáticos 
Suscetíveis à reações de substituição eletrofílica (Uma reação de substituição eletrofílica é 
aquela na qual um eletrófilo, partícula dotada de 
carga elétrica positiva, portanto ávida por elétrons, 
substitui outro grupo de mesma característica). 
Compostos aromáticos não sofrem adição e a sua 
halogenação requer um ácido de Lewis como 
catalisador, é o caso do AlFe3 e do FeBr3. 
CH3
Cl Cl
Cl
CH3
calor ou luz
 
Como vemos acima, não sofrem halogenação via 
radicais livres. O Cloro atacará o grupo acoplado ao 
benzeno se este tiver um que possa reagir. No 
caso, um grupo etil ligado a um benzeno reagirá. 
Isso nos mostra como a condição da reação define o ataque. Veja abaixo: 
CH3
Cl Cl
CH3
Cl
FeCl3
 
A luz gera uma cisão homolítica no Cl2, que vira radical, capaz de atacar a parcela alcano da 
molécula. Uma reação não radicalar faz o cloro procurar por regiões com deslocalização de 
elétrons, favorecendo o ataque no anel. A entrada do Cloro no anel depende do tipo de 
grupamento: 
 
 
Orto-Para-Dirigente 
Natureza de G  Radicais saturados 
Exemplos de grupamentos  amina, 
hidroxila, metila, etila, cloreto, metóxi 
Meta-Dirigente 
Natureza de G Apresentam ligações dupla, 
tripla ou então ligações dativa 
Exemplos de grupamentos  nitro, sulfo, 
carbonilas e cianeto 
 
• Chamamos grupos orto-para dirigentes também de eletro-doadores. Eles ativam o 
anel 
• Chamamos grupo meta dirigentes também de eletro-receptores. Eles desativam o 
anel 
Veja ao lado um exemplo 
de como o meio reacional 
muda o produto. Cloramos 
em etapas diferentes e 
obtivemos produtos 
diferentes. As duas rotas 
foram feitas no intuito de 
obter como produto final 
o produto final da segunda 
mas veja que a presença 
do grupo vinil fez com que 
o cloro o atacasse ao invés de atacar o anel na posição para. Logo, precisamos clorar o anel 
primeiro antes de gerar a dupla ligação. Via radicais livres também n seria possível, na primeira 
rota, fazer o cloro atacar o anel. 
Um outro exemplo é o composto (1). Para sintetizar 
esse composto, devemos nitrar (2). Porque? Bem , 
veja(3). O primeiro grupamento é meta-dirigente e o 
outro é orto-para. Se nitrarmos o tolueno, e só 
depois prosseguir com as reações até chegar em (4), 
o grupo nitro entraria na posição para. Para o 3-
nitrobenzenofenona ser feito, oxidou-se o toluento, 
trocou o OH pelo grupo Cl, melhor grupo de saída, e 
reagiu-se com benzeno, para só depois nitrar. 
Também não poderíamos reagir (4) com um 
benzeno já nitrado pois o grupo nitro é desativante. 
Sendo desativante, não haverá força o suficiente 
para o ataque ocorrer. 
Um bom jeito de se inserir em um benzeno uma 
cadeia alifática é realizando uma acilação ou uma 
alquilação de fidel-crafts: 
Reagindo com um halogeneto de alquila ou um 
halogeneto de acila em meio de AlCl3, criamos um carbocátion que ataca ANÉIS ATIVADOS. Na 
parte de cetonas tem um mecanismo geral. A acilação pode ocorrer também com anidrido 
acético ou benzeno, que age como nucleófilo (seu caráter nucleófilo é tão maior quanto mais 
ativado estiver o anel). Na reação com anidrido ftálico, por exemplo, teremos: 
 
No caso da acilação, reagir com Zn(Hg) e HCl retiraria a dupla O da cetona formada. 
A oxidação de cadeias aromáticas ativadas destrói o anel! 
(1) 
 
(2) 
 
(3) 
O
C
+
CH3
 
(4) 
O
Cl
 
CH3
Cl
CH2
Cl
Cl
CH3
Cl
CH3
Cl
CH2
ClCl2 / UV
Cl2 / FeCl3KOH/ROH
KOH/ROH
Síntese da Anilina  
A anilina ou amino benzeno é o precursor das reações de sais de diazônio, que veremos mais 
adiante. Existem duas formas de sintetiza-la: 
 
Dessa forma, usamos HNO2/H2SO4 para nitrar e reduzimos com Sn/HCl 
 
A outra forma é um processo industrial nada trivial de se fazer. Se usar isso na prova, terá que 
especificar as condições. 
Reações no anel 
Essa parte é importante porque devemos nos atentar Às características eletrodoadoras ou 
eletroretiradoras dos compostos pra poder saber o que fazer em cada caso. Para essa parte 
em específico, peço que preste mais atenção e que tenha em mãos o resumo por reações 
também pois algumas coisas só tem nele. 
 Inicialmente, vamos ver as características dos grupos que podem entrar nos aromáticos: 
Eletroretiradores 
(Meta-
Dirigentes/Desativantes) 
 
Eletrodoadores 
(Orto-Para-
Dirigentes/Ativantes) 
 
 
Atenção! O grupamento da acetanilida é também eletrodoador, mas menos reativa que o 
amino da anilina uma vez que o par de elétrons livre do nitrogênio passa tanto pelo benzeno 
quanto pelo carbono e o oxigênio. É recomendável converter anilina à acetanilida tratando 
com anidrido acético para se diminuir a reatividade do anel (ele se mantem um anel ativado, 
mas não tão ativado quanto antes) e evitar, por exemplo, poli halogenações. Podemos dizer 
que transformar a anilina em acetanilida é uma reação de proteção do grupamento amino. 
Reverter o amino protegido à amino é fácil se tratarmos com H3O+. 
Duas das reações mais importantes já vimos: A Nitração do benzeno , feita com 
H2SO4/HNO2 e a redução à anilina , feita com Sn/HCl 
Uma outra reação importante é a sulfonação: 
 
Nessa reação não há muito mistério. A coisa fica complicada quando o benzeno fica 
polisubstituído. Veja: 
CH3
NH2 O composto ao lado possui dois grupamentos orto-para indutores. Então 
teoricamente todos os carbonos não substituídos estão sendo induzidos. No entanto, o efeito 
eletrodoador do grupamento amino é mais forte que do grupo metila (até mesmo o 
grupamento − 𝐻𝑁𝐶𝑂𝐶𝐻3 da acetanilida é mais forte que a metila). O amino ativa fortemente 
o anel, fazendo com que, por exemplo, uma bromação ocorra duas vezes, entrando um em 
cada carbono VIZINHO À ANILINA, visto que quem “manda” na orientação é ela. 
CH3
N
+
O
-
O Nesse caso, o grupamento nitrodesativa o anel e os carbonos vizinhos a ele não 
estão sendo induzidos, logo nenhuma próxima substituição será orientada nos carbonos 
vizinhos ao nitro e sim nos vizinhos à metila. Sendo o NO2 um grupo que desativa o anel, uma 
bromação não causaria polihalogenação, entrando somente um dos bromos. 
Devemos ter cuidado com esses aspectos para não sintetizar o produto errado na nossa rota 
sintética, ou então planejá-la erradamente. 
Sais de Diazônio 

Continue navegando