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* * * MERCADO FINANCEIRO Alexandre Assaf Neto São Paulo Editora Atlas -4a. Edição - 2001 www.edatlas.com.br * * * Conteúdo 1. Intermediação Financeira 2. Políticas Econômicas 3. Sistema Financeiro Nacional 4. Mercados Financeiros 5. Fundamentos de Avaliação 6. Produtos Financeiros 7. Avaliação de Bonds 8. Mercado a Vista de Ações 9. Avaliação de Ações 10. Risco, Retorno e Mercado 11. Seleção de Carteiras e Teoria de Markowitz 12. Modelos de Precificação de Ativos e Avaliação do Risco 13. Derivativos * * * 1. Intermediação Financeira 1.1 Escassez e rendimentos decrescentes 1.2 Formas de organização econômica 1.3 Rendas, investimento e poupança 1.4 Produto interno e produto nacional 1.5 Conceitos e funções da moeda * * * 1.1 - Escassez e rendimentos decrescentes Recursos Produtivos Escassos Transformação e Produção Distribuição Lei da Escassez Que/Quanto ? Como ? Para quem ? * * * Escassez e rendimentos decrescentes Bens livres Bens econômicos Ar Escassez Valor Decisão da Sociedade Lei da Substituição * * * Lei dos rendimentos decrescentes Unidades adicionais de fatores de produção promoverão incrementos na produção, porém a taxas decrescentes. Existem casos nos quais o comportamento da produção é positivo, se elevando todos os fatores conjuntamente na mesma proporção ou, em certos casos, em proporções maiores, como é o caso das escalas industriais de fabricação. * * * Lei dos rendimentos decrescentes LEI DOS RENDIMENTOS DECRESCENTES Lavradores Produção (Sacos) Produção/Unid. Mão de Obra Produção Incremental 0 7.000 0 0 1 10.000 10.000 3.000 2 12.000 6.000 2.000 3 13.500 4.500 1.500 4 14.000 3.500 500 * * * Curva de Possibilidades de Produção A escolha dentre as infinitas alternativas de produção disponíveis sobre a curva, é função da preferência da sociedade, diante dos recursos existentes. * * * 1.2 - Formas de organização econômica Economia de Mercado (Capitalista) Economia Centralizada (Socialista) Propriedade Privada Propriedade transferida ao Estado Livre negociação pelas regras do mercado Planificação Centralizada * * * Formas de organização econômica Economia de Mercado (Capitalista) Orientado por um mecanismo de livre formação de preços * Sistema puro: livre * Sistema misto Admite que o mercado tem condições de resolver os problemas básicos da economia Que/Quanto ? Como ? Para quem ? * * * Formas de organização econômica Economia de Mercado (Capitalista) Adam Smith “Mão Invisível” AJUSTES * Aumento da Oferta * Redução da Oferta * Aumento da Demanda * Redução da Demanda Concorrência Perfeita * * * Sistema Misto Caracteriza-se pela utilização de conceitos e procedimentos da economia de mercado e de planejamento centralizado, embora com dosagens diferentes de um país para outro. Possui elementos de controle governamental que se mesclam com elementos de um mercado de concorrência perfeita. * * * Os Preços e o Mercado O preço em uma economia de mercado é determinado pela intercessão das curvas de oferta e demanda, indicando equilíbrio. E Oferta Quantidade (q) Demanda Preço (p) qE pE qF pF F * * * Formação de preços Equilíbrio Parcial (Verduras e Legumes) Equilíbrio Geral (Petróleo) Não leva em consideração as relações e impactos com outros mercados Pressupõe a dependência de todos os preços * * * 1.3 - Rendas, Investimento e Poupança Rendas Investimento Poupança Renda interna Renda nacional Renda líquida do exterior Renda pessoal Formação bruta de capital fixo Estoques Parcela da renda economizada, que não foi consumida na compra de bens e serviços * * * Rendas, Investimento e Poupança Renda interna: eqüivale ao produto interno da economia, exprimindo o total das rendas geradas no interior do país. Renda nacional: soma de todas as rendas auferidas pelos habitantes de um país, determinadas pelas operações produtivas de caráter interno e externo. Renda líquida do exterior: diferença entre as rendas recebidas do e enviadas ao exterior. Renda pessoal: é a renda efetivamente transferida às pessoas e é calculada deduzindo-se da renda nacional os lucros retidos pelas empresas, contribuições e benefícios previdenciários, imposto de renda sobre as pessoas jurídicas, etc. * * * 1.4 - Produto Interno e Produto Nacional O produto interno representa o valor, a preços de mercado, dos bens e serviços realizados num país em certo período, normalmente um ano. Considera só os bens e produtos finais e pode ser interpretado como a soma dos valores adicionados por empresa na produção. O produto nacional inclui toda produção realizada internamente e em outras economias por agentes econômicos instalados no país. Utilizam-se os conceitos de líquido e bruto conforme considerem ou não a depreciação do capital. * * * Produto Interno e Produto Nacional O Produto Interno Bruto ou PIB, ajustado pela depreciação transforma-se em Produto Bruto Líquido ou PIL PIL = PIB - Depreciação O Produto Interno apurado a preços de mercado, corresponde as quantidades produzidas vezes os respectivos preços de venda O Produto Interno apurado a custos ou preços de fatores, corresponde ao custo total de produção mais o lucro empresarial PI à cf = PI à pm - Impostos Indiretos (IPI, ICMS, PIS, etc) * * * Desenvolvimento, Crescimento e Intermediação Crescimento econômico: expansão quantitativa da capacidade produtiva de um país. Há crescimento econômico quando se observa elevação da quantidade de bens e serviços produzidos por um país, superior ao crescimento da sua população, evidenciando uma contínua elevação da produtividade. Desenvolvimento econômico: aborda outras variáveis além das anteriores, em particular as condições de vida da população e a distribuição de renda. Intermediação Financeira: função necessária devido ao desequilíbrio entre o nível de poupança e investimentos em uma economia. * * * 1.5 - Conceitos e Funções da Moeda Instrumento ou Meio de Troca Medida de Valor Reserva de Valor Promove e facilita o intercâmbio de bens e serviços Unidade de Conta Permite apurar o valor monetário Liquidez absoluta Efeitos da Inflação * * * Meios de Pagamento e Agregados Monetários OS MEIOS DE PAGAMENTO REPRESENTAM TODOS OS HAVERES COM LIQUIDEZ IMEDIATA EM PODER DO PÚBLICO, EXCETO O SETOR BANCÁRIO. SÃO UMA MEDIDA DO NÍVEL DE LIQUIDEZ DO SISTEMA ECONÔMICO. * * * Meios de Pagamento e Agregados Monetários * * * Meios de Pagamento e Agregados Monetários M1 M2 M3 M4 = = = = Moeda em poder do Público (+) Depósitos a Vista nos Bancos Comerciais Conceito M1 (+) Depósitos a Vista nas Caixas Econômicas (+) Títulos Públicos colocados no Mercado (+) Saldo de Fundos de Aplicação Financeira (RF) Conceito M2 (+) Depósitos em Cadernetas de Poupança Conceito M3 (+) Depósitos a Prazo Fixo (CDB, RDB) (+) Letras de Câmbio e Letras Imobiliárias * * * Meios de Pagamento e Agregados Monetários OS ATIVOS ADICIONADOS AO CONCEITO M1 SÃO CHAMADOS QUASE-MOEDA OU NÃO MONETÁRIOS. VOLUME M4 BAIXO DENOTA RESTRIÇÕES ÀS FUNÇÕES DE INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA DO SISTEMA BANCÁRIO. ESTE CONCEITO É EXPRESSO NORMALMENTE COMO UM PERCENTUAL DO PIB. O AUMENTO DA RELAÇÃO M4/M1, QUE SE OBSERVA NOS PROCESSOS INFLACIONÁRIOS, CHAMA-SE DESMONETIZAÇÃO. A REDUÇÃO DE M4/M1, CHAMA-SE MONETIZAÇÃO. * * * Meios de Pagamento e Agregados Monetários O INDICADOR DE BASE MONETÁRIA EXPRESSA A OFERTA DE MOEDA DE UMA ECONOMIA E ESTÁ COMPOSTA DE PAPEL MOEDA EM PODER DO PÚBLICO, INCLUSIVE DEPÓSITOS A VISTA, E OS ENCAIXES MANTIDOS PELOS BANCOS. A BASE MONETÁRIA REPRESENTAAS EXIGIBILIDADES MONETÁRIAS DO GOVERNO, EM PODER DOS AGENTES ECONÔMICOS, OU SEJA, A EMISSÃO PRIMÁRIA DE MOEDA NA ECONOMIA. AS VARIAÇÕES NA BASE MONETÁRIA, ESTÀO LIGADAS DIRETAMENTE AO SALDO DO BALANÇO DE PAGAMENTOS, AO DESEMPENHO FINANCEIRO DO SETOR PÚBLICO (SUPERÁVIT OU DÉFICIT FISCAL), E AOS OBJETIVOS DE EXPANSÃO DOS MEIOS DE PAGAMENTO, ATRAVÉS DO SISTEMA BANCÁRIO. * * * Meios de Pagamento e Agregados Monetários Balancete Consolidado das Autoridades Monetárias PASSIVO ATIVO BASE MONETÁRIA Reservas Nacionais Empréstimos ao Setor Público Empréstimos aos Bancos Comerciais * * * Demanda de Moeda Porque manter moeda, se existem alternativas de aplicação em ativos que produzem rendimentos ? Segundo Keynes os motivos são : Negócios ou transações: necessidade de manter moeda para pagar compromissos. Descompasso entre recebi-mentos e pagamentos. Precaução: devido as incertezas dos pagamentos. Especulação: para aproveitar oportunidades de inves-timento. A utilização de cheques e cartões de crédito, altera a quantidade de moeda retida pelo público. * * * Demanda de Moeda A DEMANDA DE MOEDA DE UMA ECONOMIA SE ELEVA A MEDIDA QUE SE PRODUZ MAIS RENDA, OU SEJA QUANDO A ATIVIDADE PRODUTIVA AGREGA MAIS RIQUEZA. A PROCURA DECRESCE QUANDO OS JUROS SOBEM, GERANDO MAIORES EXPECTATIVAS DE LUCROS AOS INVESTIDORES. A PROCURA DIMINUI QUANDO RECRUDECE O PRO-CESSO INFLACIONÁRIO, QUE DESTROI O PODER DE COMPRA DA MOEDA. * * * Velocidade de circulação da Moeda A VELOCIDADES DE CIRCULAÇÃO DA MOEDA INDICA COMO O ESTOQUE DE MOEDA ESTÁ GIRANDO NA ECONOMIA E SE CALCULA PELA RELAÇÃO ENTRE O PIB E A QUANTIDADE DE MOEDA EM CIRCULAÇÃO. VELOCIDADE ALTA REVELA DEMANDA POR MOEDA DECRESCENTE. SE A DEMANDA AUMENTAR, É DE SE ESPERAR QUE OS MEIOS DE PAGAMENTO CIRCULARÃO MAIS LENTAMENTE. * * * Criação de Moeda pelos Bancos PRERROGATIVA EXCLUSIVA DOS BANCOS COMERCIAIS BANCO COMERCIAL ATIVO PASSIVO Depósitos a Vista Empréstimo Empréstimo a Receber * * * Limite ao crescimento dos Bancos Depósitos (Moeda Escritural) Novos Empréstimos Aplicações (Empréstimos) Elevação Meios de Pagamento Reduzida probabilidade dos depositantes retirar simultaneamente seu dinheiro. Encaixes obrigatórios fixados pela autoridade monetária, através de depósitos compulsórios Encaixes voluntários fixados pelos Bancos conforme sua própria experiência. Depósito compulsório: percentual dos depósitos recolhidos pelas Inst. Fin. junto ao público. Depósito de livre movi- mentação: dinheiro em poder dos bancos visando promover o encaixe necessário para suportar as operações correntes. * * * Limite ao crescimento dos Bancos Depósitos (Moeda Escritural) Novos Empréstimos Aplicações (Empréstimos) Elevação Meios de Pagamento Os encaixes bancários criados pela autoridades monetárias visam, como instrumento de política monetária, ao controle das reservas bancárias, atuando sobre a capacidade dos bancos de expandirem os meios de pagamento. Coeficiente de expansão = 1/R R = % de reservas mantidos pelos bancos Se R = 25% C.E. = 1/0,25 = 4 4$ de Moeda Escritural por cada 1$ de aumento das reservas monetárias