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ROSE VIANNA STJ GRAMÁTICA AULA 01 ROSE VIANNA 1 1. ( ) “Disposto estou, coronel, pronto... (baixa os olhos para o chapéu velho de palha de carnaúba que segura entre os joelhos) pronto, a bem dizer, não estou não.” O termo “de carnaúba” qualifica o termo “chapéu” 2. ( ) “Está pronto para votar no dia 3?” / “Então votem no Teotônio, que dá roupa e chapéu!” O termo “no dia 3” e o termo “no Teotônio” exercem, nas orações em que ocorrem, a função de complemento do verbo votar. 3. ( ) “Não tem problema. Na véspera vai um caminhão buscar você e o pessoal do Buriti.” O sujeito da forma verbal “tem”, que está elíptico, refere‐se a “você”. 4. ( ) “Então votem no Teotônio, que dá roupa e chapéu!” Dados os sentidos do texto, o emprego da vírgula logo após “no Teotônio” é obrigatório. 5. ( ) “Por esta época, mas há já bastante tempo, numa cidade perdida no sertão maranhense, Severino, um homem que ganha a vida plantando algodão e cebola branca, está na varanda da casa de um dos dois donos de seu município.” O termo “Severino” exerce a função de aposto da oração em que ocorre, o que justifica o fato de ele estar isolado por vírgulas. 6. ( ) “Os dois donos são inimigos e Severino tem que ficar com um deles.” A inserção de uma vírgula logo após “inimigos” manteria a correção gramatical do texto. 7. ( ) “A expressão controle social congrega várias conotações atadas a um só significado geral, que não se desvia do fenômeno da manutenção de padrões comportamentais relacionados a um grupo social.” Seriam mantidos o sentido original, a correção gramatical e a clareza do texto, caso fosse inserida uma vírgula imediatamente depois de “comportamentais” 8. ( ) “Lavrado de todas as ideias aditivas, o verbo controlar, por sua vez, permanece ligado ao conceito de domínio. Portanto, controlar é fazer escolhas, estabelecer regras, obrigar ao seu cumprimento, confrontar o que foi planejado com o que veio de fato a ocorrer. Indicar o caminho. Dominar. A ideia indissociável é a de compartilhamento.” Seriam mantidos o sentido original, a correção gramatical e a clareza do texto, caso os pontos finais empregados logo após “ocorrer” e “caminho” fossem substituídos por vírgula, feitas as devidas alterações de maiúsculas e minúsculas. 9. ( ) “Em se tratando das facetas do controle social, podem‐se delinear, com boa nitidez, três modos para seu exercício. O controle social pelo Estado; o controle social pela sociedade civil, solidário com o do Estado; e o controle da sociedade civil sobre o Estado.” Seriam mantidos o sentido original, a correção gramatical e a clareza do texto, caso os pontos e vírgulas empregados logo após “pelo Estado” e “do Estado” fossem substituídos por vírgulas. 10. ( ) “Naquele caso é uma obrigação, e neste, um direito. Ambos são efetivos na estabilidade do próprio Estado. E, embora a sociedade não se confunda com o ente estatal, os membros do governo também o são da sociedade que governam.” Seriam mantidos o sentido original, a correção gramatical e a clareza do texto, caso fosse inserida uma vírgula logo após “Ambos”, de modo a enfatizar essa expressão. 11. ( ) “Naquele caso é uma obrigação, e neste, um direito. Ambos são efetivos na estabilidade do próprio Estado. E, embora a sociedade não se confunda com o ente estatal, os membros do governo também o são da sociedade que governam.” Seriam mantidos o sentido original, a correção gramatical e a clareza do texto, caso fossem suprimidas as vírgulas que isolam a oração “embora a sociedade não se confunda com o ente estatal” 12. ( ) “À semelhança de organismos vivos, a sociedade tende à autopreservação e repele o descontrole que implique sua desestruturação. Logo, os vários modos de exercício do controle social se voltam todos para o estabelecimento de balizas a incontável número de atividades, nem sempre explícitas, que envolvam a sociedade, qualquer que seja seu grau de organização.” A conjunção “Logo” tem, na oração em que ocorre, valor temporal. 13. ( ) “Lavrado de todas as ideias aditivas, o verbo controlar, por sua vez, permanece ligado ao conceito de domínio.” O complemento da forma verbal “Lavrado”, que está elíptico, refere‐se a “o verbo controlar” 14. ( ) “No Brasil, atualmente, há claros indicativos de que a Administração Pública se torna cada vez mais transparente.” A forma verbal “há” poderia ser corretamente substituída por existe. 15. ( ) “À semelhança de organismos vivos, a sociedade tende à autopreservação e repele o descontrole que implique sua desestruturação.” O complemento da forma verbal “implique” poderia ser corretamente introduzido pela preposição em. 16. ( ) “Em se tratando das facetas do controle social, podem‐se delinear, com boa nitidez, três modos para seu exercício. O controle social pelo Estado; o controle social pela sociedade civil, solidário com o do Estado; e o controle da sociedade civil sobre o Estado.” O termo “da sociedade civil” é o paciente da ação expressa pelo substantivo “controle” ROSE VIANNA 2 17. ( ) “Nós, brasileiros, somos um povo em ser, impedidos de sê‐lo. Um povo mestiço na carne e no espírito, já que aqui a mestiçagem jamais foi crime ou pecado. Nela fomos feitos e ainda continuamos nos fazendo.” O referente do pronome “aqui” é Brasil. 18. ( ) “Nós, brasileiros, somos um povo em ser, impedidos de sê‐lo. Um povo mestiço na carne e no espírito, já que aqui a mestiçagem jamais foi crime ou pecado. Nela fomos feitos e ainda continuamos nos fazendo.” O pronome ela, em “Nela”, retoma “na carne”. 19. ( ) “Nós, brasileiros, somos um povo em ser, impedidos de sê‐lo. Um povo mestiço na carne e no espírito, já que aqui a mestiçagem jamais foi crime ou pecado. Nela fomos feitos e ainda continuamos nos fazendo.” O pronome “nos” exerce a função de complemento da forma verbal “continuamos”. 20. ( ) “Essa massa de nativos oriundos da mestiçagem viveu por séculos sem consciência de si, afundada na ninguendade. Assim foi até se definir como uma nova identidade étnico‐nacional, a de brasileiros.” O trecho “de si”, que indica posse, poderia ser substituído por sua, substituindo‐se “sem consciência de si” por sem sua consciência. 21. ( ) “Na verdade das coisas, o que somos é a nova Roma. Uma Roma tardia e tropical. O Brasil é já a maior das nações neolatinas, pela magnitude populacional, e começa a sê‐lo também por sua criatividade artística e cultural.” A forma pronominal “‐lo”, em “sê‐ lo”, refere‐se a “o que somos é a nova Roma” Em relação ao período destacado do trecho: “Essa massa de nativos oriundos da mestiçagem viveu por séculos sem consciência de si, afundada na ninguendade. Assim foi até se definir como uma nova identidade étnico‐nacional, a de brasileiros. Um povo, até hoje, em ser, na busca dura de seu destino. Olhando‐os, ouvindo‐os, é fácil perceber que são, de fato, uma nova romanidade, uma romanidade tardia mas melhor, porque lavada em sangue índio e sangue negro”, julgue os itens de 22 a 26. 22. ( ) A oração introduzida pela conjunção “que” exerce a função de sujeito da forma verbal “é”. 23. ( ) Prejudicaria a correção gramatical do período a introdução de uma vírgula imediatamente após o vocábulo“tardia”. 24. ( ) A oração introduzida pela conjunção “porque” expressa uma ideia de conclusão. 25. ( ) A expressão “de fato” foi empregada, nesse período, como sinônimo de realmente. 26. ( ) O pronome “os”, em “Olhando‐os, ouvindo‐os”, e o sujeito elíptico da forma verbal “são” possuem o mesmo referente. Nas alternativas, são apresentados trechos de texto adaptado de <www.cgu.gov.br>. Julgue os itens de 27 a 31 no que tange à correção gramatical. 27. ( ) No âmbito da política, conforme ao determinado dicionário de política o controle social compreende meios de intervenção acionados por sociedades com a finalidade de levar a seus próprios membros se comportarem de acordo com as características dessa sociedade. 28. ( ) Identifica duas formas de que se valem um determinado sistema para obtenção de convergência de comportamentos: a área dos controles internos e a dos controles internos. 29. ( ) O primeiro caso é o da aplicação da força, pelo Estado sob múltiplas formas, incluindo sátiras, intrigas interdições, multas, prisões e, até mesmo, penas cruéis (proibido na Constituição Federal). 30. ( ) O segundo caso é da educação – eufemismo para ideologia. São os meios aplicados, principalmente, na socialização primária, como recursos que não constrange externamente as pessoas, mas as induz o cumprimento de normas. 31. ( ) Nesse caso, o esperado é que as possíveis transgressões sejam condenadas pela própria pessoa, o que, na realidade, constitui a interiorização dos controles sociais. 32. ( ) “Era frei Simão de caráter taciturno e desconfiado. Passava dias inteiros na sua cela, donde apenas saía na hora do refeitório e dos ofícios divinos.” A forma pronominal “donde” poderia ser corretamente substituída por da qual. 33. ( ) “— Morro odiando a humanidade! O abade recuou até a parede ao ouvir estas palavras, e no tom em que foram ditas. Quanto a frei Simão, caiu sobre o travesseiro e passou à eternidade. Depois de feitas ao irmão finado as honras que lhe deviam, a comunidade perguntou ao seu chefe que palavras ouvira tão sinistras que o assustaram.” O pronome “seu” retoma “irmão finado”. 34. ( ) “O abade referiu‐as persignando‐se.” O emprego da ênclise, em “referiu‐as” é obrigatório. ROSE VIANNA 3 35. ( ) “Os hábitos da solidão e da taciturnidade a que se voltara o frade pareciam sintomas de uma alienação mental de caráter brando e pacífico; mas durante oito anos parecia impossível aos frades que frei Simão não tivesse um dia revelado de modo positivo a sua loucura; objetaram isso ao abade, mas este persistia na sua crença.” A partícula “se”, em “se voltara”, classifica‐se como pronome apassivador. 36. ( ) “Os hábitos da solidão e da taciturnidade a que se voltara o frade pareciam sintomas de uma alienação mental de caráter brando e pacífico; mas durante oito anos parecia impossível aos frades que frei Simão não tivesse um dia revelado de modo positivo a sua loucura; objetaram isso ao abade, mas este persistia na sua crença.” O pronome “isso” retoma a ideia expressa em “Os hábitos da solidão e da taciturnidade a que se voltara o frade pareciam sintomas de uma alienação mental de caráter brando e pacífico” “Em um convento, onde a comunhão das almas deve ser mais pronta e mais profunda, frei Simão parecia fugir à regra geral. Um dos noviços pôs‐lhe alcunha de urso, que ficou, mas só entre os noviços, bem entendido. Os frades professores, esses, apesar do desgosto que o gênio solitário de frei Simão lhes inspirava, sentiam por ele certo respeito e admiração. Um dia anuncia‐se que frei Simão adoecera gravemente. Chamaram‐se os socorros e prestaram ao enfermo todos os cuidados necessários. A moléstia era mortal; depois de cinco dias frei Simão expirou.” A respeito do período destacado no trecho, julgue os itens de 37 a 41. 37. ( ) Ambos os sujeitos são indeterminados. 38. ( ) O sujeito da forma verbal “chamaram‐se” refere‐se a “frades professores” 39. ( ) Os termos “os socorros” e “os cuidados necessários” exercem a função de complemento verbal nas orações em que ocorrem. 40. ( ) O trecho “Chamaram‐se” poderia ser corretamente substituído por Foram chamados. 41. ( ) O termo “ao enfermo” complementa o sentido do adjetivo “necessários”. Em cada uma das alternativas a seguir, é apresentado um trecho do texto, seguido de uma proposta de reescrita. Julgue os itens de 42 a 46 no que tange à proposta de reescrita que mantém o sentido original e a correção gramatical do texto. 42. ( ) “As regras da ética criam obrigações especificamente humanas para qualquer indivíduo normal que as conheça, e, é claro, a codificação das regras é exclusivamente humana.” — Cria‐se, a partir das regras da ética, obrigações humanas especificamente para todo indivíduo normal que as conheça; claramente, a codificação das regras é de exclusividade do homem. 43. ( ) “A construção a que chamamos ética deve ter começado como um programa geral de regulação biológica.” — A construção do que se chama ética começou, possivelmente, como um programa geral de regulação da biologia. 44. ( ) “Um aspecto particular das emoções sociais, aquele que se exprime sob a forma de comportamento dominante ou submisso no interior de um certo grupo, teria tido também um papel importante nos processos de negociação que definem a cooperatividade” — Nos processos de negociação que definem a cooperatividade, o papel do aspecto particular das emoções sociais, aspecto esse que se exprime sob a forma de comportamento dominante ou submisso no interior de determinado grupo teria sido também importante. 45. ( ) “Em termos humanos, exemplos de grupos incluem a família, a tribo, a cidade e a nação.” — Considerando‐se a humanidade, a família, a tribo, a cidade e a nação incluem‐se nos exemplos de grupo. 46. ( ) “O resultado é bem sabido: raiva, ressentimento, violência, todas as reações que facilmente reconhecemos como embriões possíveis dos ódios tribais, do racismo e da guerra.” — Sabe‐se bem o resultado. São raiva, ressentimento, violência, reações que se reconhecem todas como embriões possíveis do preconceito, das lutas tribais e das disputas territoriais. 47. ( ) “É evidente que o comportamento ético humano tem um grau de elaboração e complexidade que o torna distintamente humano e não apenas uma cópia daquilo que outras espécies têm ao seu dispor.” O pronome “aquilo”, em “daquilo”, que retoma “cópia”, exerce a função de complemento da forma verbal “têm”. 48. ( ) “Quanto às narrativas que se construíram em torno das situações e das regras, são também exclusivamente humanas.” A partícula “se”, em “se construíram”, classifica‐se como pronome reflexivo. 49. ( ) “Para que não se pense que a evolução e a sua bagagem de genes têm tido sempre um papel maravilhoso e nos trouxeram todos esses magníficos dispositivos, é hora de salientar que todas as emoções positivas de que venho falando, e que o altruísmo a que me referi, dizem respeito ao grupo.” O sujeito da forma verbal “pense” é indeterminado. 50. ( ) “Para que não se pense que a evolução e a sua bagagem de genes têm tido sempre um papel maravilhoso e nos trouxeram todos esses magníficos dispositivos, é hora de salientar que todas as emoções positivas de que venho falando, e que o altruísmo a ROSE VIANNA 4 que me referi, dizem respeito ao grupo.” O sentidooriginal do texto seria prejudicado caso se substituísse a locução “venho falando” por tenho falado. 51. ( ) “As emoções simpáticas podem muito facilmente tornar‐se desagradáveis e brutais quando são dirigidas para fora do círculo a que naturalmente se destinam.” A partícula “se”, em “tornar‐se”, poderia ser corretamente deslocada para imediatamente após a forma verbal “podem”, da seguinte forma: podem‐se muito facilmente tornar. 52. ( ) “A Constituição Federal de 1988 municiou a sociedade de garantias de acesso a informações públicas ou privadas, que assegurem o controle social, inclusive, dotando o cidadão de meios de denunciar a existência de irregularidades de que detenha conhecimento.” O termo “de garantias” exerce a função de complemento do substantivo “sociedade”. 53. ( ) “A Constituição Federal de 1988 municiou a sociedade de garantias de acesso a informações públicas ou privadas, que assegurem o controle social, inclusive, dotando o cidadão de meios de denunciar a existência de irregularidades de que detenha conhecimento.” O agente da forma verbal “dotando” é interpretado como “informações” . 54. ( ) “A Constituição Federal de 1988 municiou a sociedade de garantias de acesso a informações públicas ou privadas, que assegurem o controle social, inclusive, dotando o cidadão de meios de denunciar a existência de irregularidades de que detenha conhecimento.” A preposição “de” empregada imediatamente após “meios” poderia ser corretamente substituída por para. 55. ( ) “A Constituição Federal de 1988 municiou a sociedade de garantias de acesso a informações públicas ou privadas, que assegurem o controle social, inclusive, dotando o cidadão de meios de denunciar a existência de irregularidades de que detenha conhecimento.” O pronome “que” exerce a função de complemento da forma verbal “detenha”. 56. ( ) “Adentrando no tema controle de Administração Pública propriamente, podemos dizer que o controle interno pode ser entendido como o autocontrole (ou autotutela), ou seja, aquele exercido pelo próprio Poder Público, em sua esfera administrativa, com vistas a disciplinar rotinas e evidenciar procedimentos ilegais ou ilegítimos.” É facultativo o emprego do acento indicativo de crase no “a”, em “com vistas a disciplinar” Nas alternativas a seguir, são apresentados trechos de texto adaptado de (www.controladoria.ufpe.br). Julgue os itens de 57 a 61 no que tange à correção gramatical. 57. ( ) Encontra‐se certa confusão entre os conceitos de fiscalização com o de controle. As interpretações equivocadas podem resultar em interpretações distintas às originalmente pretendidas pelo legislador. 58. ( ) O controle tem conteúdo sociológico, onde os cidadãos exercem coerção sobre autoridades, devendo estas orientarem as ações do poder administrativo de acordo com o ambiente social. 59. ( ) Ao mencionar o conceito de fiscalização, a Constituição empresta‐lhe um significado técnico, não político. Fiscalizar implica atividade contábil, financeira, de caráter operacional e patrimonial. 60. ( ) Controlar pressupõe a definição da ação a ser feita e encerra um componente indefinido vinculado a manifestação popular. Controlar é o gênero fiscalizar é a espécie. 61. ( ) O controle interno consiste em uma estrutura montada em um órgão público, dotada de pessoas capacitadas e designadas, para a tarefa de efetuar o controle dos atos administrativos. 62. ( ) “Aquilo que a tradição jurídica europeia continental chama de Estado de direito é, com apenas pequenas distinções, basicamente o que a tradição jurídica anglo‐saxônica chama de domínio da lei” Em “Aquilo que” e em “o que”, no primeiro período do texto, “Aquilo” e “o” classificam‐se como pronome e são os antecedentes dos pronomes “que” que os sucedem imediatamente. 63. ( ) “Nesse sentido, é importante ressaltar que o princípio do devido processo legal relaciona‐se à ideia de que os indivíduos, além de serem tratados segundo aquilo que a lei lhes reserva ou atribui (igualdade perante a lei), devem fundamentalmente ser tratados segundo procedimentos justos e equitativos.” No trecho “aquilo que a lei lhes reserva ou atribui”, o pronome “lhes” exerce a função de complemento tanto da forma verbal “reserva” quanto da forma verbal “atribui”. 64. ( ) “Essa nova modalidade de Estado de direito vem recebendo o nome de Estado constitucional. A principal distinção entre o Estado constitucional e as antigas noções de Estado de direito encontra‐se no fato de que o primeiro não se limita aos aspectos formais da legalidade do exercício do poder, mas inclui normas substanciais expressas nos chamados princípios constitucionais e nas normas relativas aos direitos fundamentais.” A substituição de “vem recebendo” por tem recebido acarretaria prejuízo para o sentido original do texto, já que o caráter de continuidade denotado pela forma no gerúndio não seria mantido com essa substituição. ROSE VIANNA 5 65. ( ) “Para a lei, a pessoa que comete uma transgressão é culpada, admita‐o ou não, sinta‐se ou não culpada. A caracterização da culpa é regulamentada por legislação, investigada e demonstrada através de inquérito policial e de processo judicial.” As formas participiais “culpada” e “regulamentada” classificam‐se no texto como adjetivos e exercem a função de predicativo. 66. ( ) “O objetivo maior do julgamento traduz‐se na clássica pergunta que o juiz faz ao júri: quer saber se o réu foi considerado inocente ou culpado.” Em “quer saber se o réu foi considerado inocente ou culpado”, a partícula “se” classifica‐se como conjunção e introduz o complemento da forma verbal “saber”. 67. ( ) “O objetivo maior do julgamento traduz‐se na clássica pergunta que o juiz faz ao júri: quer saber se o réu foi considerado inocente ou culpado.” Em “o réu foi considerado inocente” (linha 9), “inocente” exerce a função de predicativo do objeto, pois refere‐se a “o réu”, paciente da ação verbal. 68. ( ) “A decisão terá de se apoiar em provas concretas, em evidências objetivas, porque, como diz o aforisma jurídico, todo mundo é inocente até prova em contrário.” A correção gramatical do texto seria prejudicada caso a conjunção “porque” fosse substituída por pois. 69. ( ) “Os fatores emocionais podem desempenhar um peso importante mesmo no contexto jurídico, no qual se busca uma avaliação a mais objetiva possível da culpa. Para a lei, a pessoa que comete uma transgressão é culpada, admita‐o ou não, sinta‐se ou não culpada.” Em “admita‐o”, o pronome “o” retoma “um peso importante” 70. ( ) “Para a lei, a pessoa que comete uma transgressão é culpada, admita‐o ou não, sinta‐se ou não culpada. A caracterização da culpa é regulamentada por legislação, investigada e demonstrada através de inquérito policial e de processo judicial. O objetivo maior do julgamento traduz‐se na clássica pergunta que o juiz faz ao júri: quer saber se o réu foi considerado inocente ou culpado.” Tanto em “sinta‐se” quanto em “traduz‐se”, a partícula “se” classifica‐se como partícula apassivadora. 71. ( ) “A decisão terá de se apoiar em provas concretas, em evidências objetivas, porque, como diz o aforisma jurídico, todo mundo é inocente até prova em contrário.” Em “terá de se apoiar”, a partícula “se” poderia ser corretamente empregada imediatamente após o verbo “apoiar”: terá de apoiar‐se. 72. ( ) “A culpabilidade é avaliada pelo aparato judicial: o juiz, os jurados, os advogados de defesa e de acusação. O ato pode serinerentemente mau (malum in se), como no caso do assassinato premeditado, ou pode ser um malum prohibitum, não necessariamente imoral ou lesivo, mas ainda assim proibido por causar transtornos ou problemas: estacionar em lugar não permitido, por exemplo. Uma vez constatada a culpa, a pena será imposta de acordo com as disposições judiciais. A situação psicológica do réu é um complicador nessa avaliação. Existem pessoas para quem matar outras pessoas pode não ser crime.” O pronome essa, em “nessa avaliação”, antecipa a ideia que será expressa no período posterior. 73. ( ) “A situação psicológica do réu é um complicador nessa avaliação. Existem pessoas para quem matar outras pessoas pode não ser crime.” O pronome “quem” exerce a função de sujeito da forma verbal “matar”. “Uma das tendências marcantes do pensamento moderno é a convicção generalizada de que o verdadeiro fundamento de validade do direito, em geral, e dos direitos humanos, em particular, já não deve ser procurado na esfera sobrenatural da revelação religiosa, tampouco em uma abstração metafísica. Se o direito é uma criação humana, o seu valor deriva, justamente, daquele que o criou, o que significa que esse fundamento não é outro, senão o próprio homem, considerado em sua dignidade substancial de pessoa, diante da qual as especificações individuais e grupais são sempre secundárias.” Dado o desenvolvimento das ideias no trecho de texto acima, julgue os itens de 74 78 no que tange à partícula “Se”, que inicia o segundo período. 74. ( ) poderia ser corretamente substituída por Caso. 75. ( ) introduz uma oração de valor causal, podendo ser substituída por Como. 76. ( ) classifica‐se como conjunção integrante e introduz uma oração subordinada substantiva. 77. ( ) poderia ser suprimida do texto, caso a forma verbal “é” fosse substituída por sendo e fosse empregada vírgula logo após “direito”. 78. ( ) introduz uma oração de valor temporal, podendo ser substituída por Quando. 79. ( ) “Aí, encantada com a beleza da música, ela mesma me pediria que lhe ensinasse o mistério daquelas bolinhas pretas escritas sobre cinco linhas.” Em “encantada com a beleza da música, ela mesma me pediria”, o termo “mesma” estaria mais correto se usado no masculino. ROSE VIANNA 6 Considerando o trecho: “Você não tinha nada de ‘especial’, nenhum brilho ostensivo; você não falava muito e tinha a melancolia que lhe dava o posto de observação privilegiado para ver a vida correndo à sua volta ‘aos borbotões, a vida ávida e passageira’ (perdoe‐me de novo.)”, julgue os itens de 80 a 83. 80. ( ) As aspas empregadas em “‘especial’” impregnam o comentário de ironia. 81. ( ) Os verbos estão empregados no pretérito, porque, apesar de o destinatário da carta ainda estar vivo na data em que a carta foi escrita, os fatos aconteceram em momento longínquo dos tempos atuais. 82. ( ) O acento indicativo de crase, presente em “à sua volta”, é obrigatório. 83. ( ) O termo “privilegiado” pode ser reescrito corretamente com a sílaba inicial pre. Julgue os itens de 84 a 88 que reescrevem passagens do texto segundo a norma‐padrão. 84. ( ) Aquele mito que “os opostos se atraem” caiu por terra. 85. ( ) As pessoas tendem a pensar que alguém que se pareça um pouco mais com eles são mais propensos a pensar como eles. 86. ( ) achamos que os indivíduos cuja aparência é mais próxima da nossa também possam ter outras coisas em comum conosco. 87. ( ) A pesquisadora e seus colegas, realizaram quatro experimentos com estudantes universitários. 88. ( ) isso ajuda a explicar porque parece tão comum achar grupos Quanto a pontos gramaticais relacionados ao texto, julgue os itens de 89 a 93. 89. ( ) “Aquele mito de que “os opostos se atraem” caiu por terra. De acordo com um estudo recente (...), temos a tendência de procurar alguém parecido com a gente para se relacionar, seja amorosamente, seja por amizade, ou simplesmente para sentar perto em uma sala de reuniões. Procuramos algum traço em comum como, por exemplo, o comprimento do cabelo ou a cor, e até mesmo o uso de óculos. Isso ocorre (...) porque achamos que os indivíduos que têm aparência mais próxima com a nossa também possam ter outras coisas em comum conosco.” Em “Isso ocorre”, o termo “Isso” refere‐se a “o uso de óculos”. 90. ( ) “’As pessoas tendem a pensar que alguém que se parece um pouco mais com elas são mais propensas a pensar como elas. Mas a maioria dessas escolhas não são conscientes’, diz Wilson”. Em “‘Mas a maioria dessas escolhas não são conscientes’”, as concordâncias nominal e verbal não admitem variações. 91. ( ) Em “‘As pessoas tendem a pensar que alguém que se parece um pouco mais com elas’”, a colocação pronominal permaneceria correta caso o “se” fosse colocado depois de “parece”. 92. ( ) “A pesquisadora e seus colegas realizaram quatro experimentos com estudantes universitários em várias situações, como uma sala de aula no primeiro dia de um curso, ambientes em que as pessoas esperavam em sofás e também pesquisas em que todos ficavam sentados ao redor de uma mesa.” Em “ambientes em que as pessoas esperavam em sofás”, a preposição “em” que precede o “que” pode ser descartada sem prejuízo da correção linguística. 93. ( ) As palavras “óculos”, “psicóloga” e “próxima” são acentuadas pela mesma razão. 94. ( ) “Esse tapa do Mano era de certo modo uma coisa esperada, pois se ele nunca me batera de mão aberta em plena cara, eu também nunca cometera uma falta tão grave.” Em"...pois se ele nunca me batera de mão aberta em plena cara..", destacaram‐se um advérbio e duas locuções adverbiais. 95. ( ) “continuaríamos com o bico da pena sobre a folha machucada e rota, o cigarro apagado entre os dedos amarelos. Deixaríamos de pestanejar, mas ignoraríamos a extinção dos movimentos escassos. Os rumores externos chegam‐nos amortecidos. Que barulho, que revolução será capaz de perturbar esta serenidade?” No trecho “Os rumores externos chegam‐nos amortecidos”, a palavra “amortecidos” qualifica o complemento indireto “nos”. 96. ( ) Em “...mas até que ponto isso lhe dá o direito de escravizar o meu coração e a minha consciência?", o pronome lhe exerce a função sintática de objeto indireto, e o termo destacado pode ser substituído pela forma pronominal os, obtendo‐se a seguinte reescritura: “... mas até que ponto isso lhe dá direito de os escravizar?" 97. ( ) Em “E não se diga que Mário Quintana haja sido insensível às legítimas exigências da poética contemporânea”, o termo grifado desempenha a função de complemento nominal. ROSE VIANNA 7 98. ( ) “Não é pouco o que precisa ser feito. Mas pode ser feito.” Em “o que precisa ser feito”, “o” funciona como artigo definido masculino singular. 99. ( ) Em não se agride um parceiro, o termo grifado classifica‐se como partícula apassivadora. 100. ( ) “Da parte do Brasil, a disposição para o diálogo continuava, não eram necessários terceiros presentes na conversa.” No trecho acima, terceiros e presentes classificam‐se, respectivamente, como numeral e adjetivo. 101. ( ) Leia atentamente “A letra das composições musicais contemporâneas refletem, com nitidez os problemas sociais que o Brasil está enfrentando”. O período acima apresenta uma incorreção gramatical, pois há uma faltade concordância entre os termos letra e refletem. 102. ( ) “Na França, admite‐se termo estrangeiro se não houver, no francês, palavra com o mesmo significado...” O termo destacado funciona sintaticamente como objeto direto. 103. ( ) “Na França, admite‐se termo estrangeiro se não houver no francês, palavra com o mesmo significado...” Se mudarmos o termo destacado para “termos estrangeiros”, o verbo admitir irá obrigatoriamente para o plural. 104. ( ) “Mas aqui surge outro problema”. O termo em destaque exerce a mesma função sintática que o termo sublinhado em “Tivemos tempo suficiente para ver quanto podia durar um disco de vinil (...)”. 105. ( ) No período “Que Demócrito não risse, eu o provo”, o verbo provar complementa‐se com uma estrutura em forma de objeto direto pleonástico, com uma oração servindo de referente para um pronome. 106. ( ) “É uma tecla muito batida pelos que procuram estudar o caráter dos brasileiros o gosto que estes revelam pela improvisação em todos os ramos de atividade.” No segmento “o gosto que estes revelam pela improvisação”, o termo “pela improvisação” exerce função distinta da exercida na seguinte frase: Revelou, pela improvisação, o quanto se afastara da cultura clássica. 107. ( ) “O segundo ponto refere‐se à relação entre terra e cultura, que concerne à continuidade do território ou sua fragmentação em ilhas. Quem conhece a questão indígena no Brasil sabe que o rompimento da integridade territorial implica a morte do modo de vida e, portanto, da cultura e do modo de ser do índio. Se, em séculos passados, acreditou‐se que os índios eram um arcaísmo, não é mais possível nem tolerável sustentar tal ponto de vista no século XXI.” Na linha 4, a partícula “se” funciona como pronome apassivador, visto que o trecho “que os índios eram um arcaísmo” é sujeito oracional da forma verbal “acreditou‐se”. 108. ( ) “Quando se pensa em educação popular, logo se recorre às ideias do educador e escritor Paulo Freire, que, durante toda a sua vida, se dedicou à questão do educar para a vida, por meio de uma educação voltada para a formação do indivíduo crítico, criativo e participante na sociedade.” No trecho acima, a partícula “se”, nas suas três ocorrências, funciona como índice de indeterminação do sujeito e pode ser posposta às formas verbais que a acompanham. 109. ( ) “Quando se fala em sistema público de comunicação, pensa‐se justamente em um conjunto de mídias públicas (nos diversos suportes, como rádio, televisão, Internet etc.) que operam de modo integrado e sistêmico, tendo como horizonte o interesse dos cidadãos.” Tanto em “se fala” quanto em “pensa‐se” o “se” indica a indeterminação do sujeito da oração. 110. ( ) “No fundo do mato‐virgem nasceu Macunaíma, herói da nossa gente. Era preto retinto e filho do medo da noite. Houve um momento em que o silêncio foi tão grande escutando o murmurejo do Uraricoera, que a índia tapanhumas pariu uma criança feia. Essa criança é que chamaram de Macunaíma. Já na meninice fez coisas de sarapantar. De primeiro passou mais de seis anos não falando. Si o incitavam a falar exclamava: — Ai! Que preguiça!... e não dizia mais nada. Ficava no canto da maloca, trepado no jirau de paxiúba, espiando o trabalho dos outros e principalmente os dois manos que tinha, Maanape já velhinho e Jiguê na força do homem.” Na linhas 3 e 4, destaca‐se, por meio da partícula expletiva “é que”, o sujeito simples da oração absoluta “Essa criança é que chamaram de Macunaíma”. 111. ( ) “Durante o governo de Fernando Collor de Mello, entre 1990 e 1992, procedeu‐se à demolição instantânea dos conceitos que haviam alimentado durante décadas os impulsos da diplomacia.” Em “procedeu‐se”, o termo “se” indica voz reflexiva. 112. ( ) O trecho “não podemos ver as pessoas que amamos como elas realmente são” admite, sem prejuízo para a correção gramatical e o sentido original do texto, a seguinte reescrita: não podemos ver as pessoas a que amamos como elas realmente são. 113. ( ) “Nem sempre agendas individuais e coletivas coincidem. Na medida do possível, procurei respeitar a agenda intelectual e pública de minha geração, mas não abdiquei de aproximá‐la de minhas perplexidades pessoais, que consistiam em minha pauta prioritária de desafios.” No texto, o pronome relativo “que” retoma a ideia de “perplexidades pessoais” e funciona, sintaticamente, como sujeito da oração. ROSE VIANNA 8 114. ( ) “Recebeu o prêmio o jogador que fez o gol”. Nessa frase o sujeito de “fez” é jogador. 115. ( ) “Ainda guardo seu caderno com desenhos e anotações, e os esboços de várias obras inacabadas, feitos no Brasil e na Europa, na vida à deriva a que se lançou sem medo, como se quisesse rasgar por dentro e repetisse a cada minuto a frase que enviou para mim num cartão‐postal de Londres: ‘Ou a obediência estúpida, ou a revolta’.” Na oração “que enviou para mim”, o pronome “que” refere‐se ao termo “frase”. 116. ( ) “O alívio dos que, tendo a intenção de viver irregularmente na Espanha, conseguem passar pelo controle de imigração do Aeroporto Internacional de Barajas não dura muito tempo.” No trecho “alívio dos que”, a substituição de “dos” por daqueles prejudica a correção gramatical do período. 117. ( ) “As consequências da exploração descontrolada dos recursos naturais no planeta estão unindo os países em torno de discussões sobre alternativas para enfrentar os problemas que estão prejudicando a qualidade de vida de populações inteiras, como o aquecimento do clima, a desertificação e o comprometimento dos recursos hídricos”, afirmou o deputado. Em ‘que estão prejudicando a qualidade de vida de populações inteiras’, a palavra ‘que’ refere‐se a ‘problemas’ e exerce a função sintática de sujeito da oração em que se insere. 118. ( ) “Um ato condenável, que acontece com uma frequência muito maior do que se imagina, de tão recorrente, virou alvo de um projeto internacional para preveni‐lo”. As formas verbais “acontece” e “virou” têm o mesmo sujeito. 119. ( ) “Essa forma de veicular denúncias e indícios reafirma muitos dos mitos acerca do fenômeno da corrupção. Podem‐se inventariar alguns: (...) a cultura brasileira, com seu universo miscigenado, tão criticado por perspectivas eugenistas do início do século XX, e sua “amoralidade macunaímica”, que não teria, mesmo após a independência e a República, conseguido separar o público do privado” O pronome “que” introduz uma explicação, uma informação adicional sobre ‘amoralidade macunaímica’. 120. ( ) No trecho “As células, que não têm capacidade de reprodução, se degeneram com a idade”, há erro no que tange à pontuação, pois a estrutura oracional adjetiva é restritiva. 121. ( ) O trecho “Os cegos, que são capazes de distinguir a claridade, poderão ter vista perfeita (...)” está gramaticalmente correto, pois uma estrutura explicativa deve ser isolada por vírgulas. 122. ( ) Julgue o item com relação à correção gramatical. “A escolha dos homens, que irão exercer funções públicas, é feita de acordo com a confiança pessoal que mereçam os candidatos, não de acordo com as suas capacidades próprias. Falta a tudo a ordenação impessoal que caracteriza a vida no Estado burocrático.” 123. ( ) “Os rios e lagos que banham mais de uma unidade da federação (...) são de domínio da União.” O segmento “que banham mais de uma unidade da federação” é uma oração adjetiva restritiva. 124. ( ) “As células‐tronco que são provenientes de embriões humanos armazenadosem clínicas de infertilidade são pluripotentes, podendo dar origem a qualquer outra célula do corpo humano, exceto as necessárias para criar outro embrião” A oração “que são provenientes de embriões humanos armazenados em clínicas de infertilidade” não está isolada por dupla vírgula para levar a entender que também existem células‐tronco que não são provenientes de embriões humanos. 125. ( ) “O neurocientista relatou que quase três quartos dos primeiros 250 americanos que tiveram suas condenações penais anuladas graças ao exame de DNA haviam sido vítimas de falso testemunho ocular.” Com correção gramatical e com mais precisão, a oração “que tiveram suas condenações penais anuladas graças ao exame de DNA” poderia ser estruturada da seguinte forma: cujas condenações penais foram anuladas em virtude de contraprova fornecida pelo exame de DNA. 126. ( ) “Ele defende que o STF deve livrar‐se do costume de manter identidades em segredo, ou estará contrariando todos os esforços em busca de maior transparência. Enfatiza o ministro que o bom senso recomenda a mudança, mesmo que alguns dos integrantes do Supremo defendam a manutenção do procedimento adotado em 2010.” No trecho “Enfatiza o ministro que o bom senso recomenda a mudança”, mantêm‐se a informação original e a correção gramatical do período ao se substituir “que o” por cujo. 127. ( ) “A Constituição Federal de 1988, com fundamento na prerrogativa do Estado de prover a segurança pública e fazer cumprir a lei, exercida para a manutenção da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, estabelece, em seu art. 144, cinco instituições policiais como responsáveis pela execução da lei: polícia federal, polícia rodoviária federal, polícia ferroviária federal, polícias civis e polícias militares e corpos de bombeiros militares.” A inserção do segmento que é imediatamente antes da expressão “exercida” preservaria a correção gramatical do texto. 128. ( ) “Em épocas de transformações tão radicais e abrangentes como essa, caracterizada pela transição de uma era industrial para uma baseada no conhecimento, aumenta‐se o grau de indefinições e incertezas.” Seria mantida a correção gramatical do texto ROSE VIANNA 9 caso fosse acrescentada a expressão que é imediatamente antes do trecho “caracterizada (...) conhecimento” e fossem suprimidas as vírgulas que o isolam. 129. ( ) “O trabalho policial, que vinha sendo visto, necessariamente, como uma ocupação masculina, passa desde então por mudanças, na medida em que entram em crise valores característicos da organização, como a força física e a identificação tradicional com a figura masculina.” A retirada das vírgulas que seguem os nomes “policial” e “masculina” alteraria o sentido original do texto, mas manteria a sua correção gramatical. 130. ( ) “E foi aí que aconteceu o inesperado; não pelo tapa de mão aberta, nem pela fogueira que acendeu minha face esquerda...” Em “....nem pela fogueira que acendeu minha face esquerda...", destacou‐se pronome relativo com função sintática de sujeito. 131. ( ) “O setor passa por uma desindustrialização que podemos chamar de silenciosa” No trecho ‘que podemos chamar de silenciosa’, o termo ‘de silenciosa’ denota uma qualidade atribuída ao complemento direto da forma verbal ‘chamar’, função exercida pelo pronome ‘que’. 132. ( ) “Na democracia indireta ou representativa, o povo não exerce seu poder de modo imediato, mas por meio de seus representantes, eleitos periodicamente, a quem são delegadas as funções de governo.” Na linha 2, a expressão “a quem” exerce a função de complemento indireto da locução verbal “são delegadas” e o trecho “as funções de governo”b, a função de complemento direto dessa locução. 133. ( ) “No relatório, identificou‐se que os erros cometidos na quantificação e no registro dos passivos de pessoal, em todo o país, se referiam a diferenças da conversão dos salários de unidade real de valor (URV), a diferenças remuneratórias do recálculo da parcela autônoma de equivalência e a diferenças no adicional de tempo de serviço que deveria ser pago entre janeiro de 2005 e maio de 2006.” Na linha 4, o elemento “que” introduz oração que restringe o sentido do termo “adicional de tempo de serviço” 134. ( ) “Para a maioria das pessoas, os assaltantes, assassinos e traficantes que possam ser encontrados em uma rua escura da cidade são o cerne do problema criminal. Mas os danos que tais criminosos causam são minúsculos quando comparados com os de criminosos respeitáveis, que vestem colarinho branco e trabalham para as organizações mais poderosas.” A correção gramatical e a coerência do texto seriam preservadas se a oração “que possam ser encontrados em uma rua escura da cidade” (linhas 1 e 2) estivesse entre vírgulas. 135. ( ) “A constitucionalização dos remédios contra o abuso do poder ocorreu por meio de dois institutos típicos: o da separação dos poderes e o da subordinação de todo poder estatal (e, no limite, também do poder dos próprios órgãos legislativos) ao direito (o chamado “constitucionalismo”). O segundo processo foi o que deu lugar à figura — verdadeiramente dominante em todas as teorias políticas do século passado” No trecho “o que deu lugar à figura” (linha 4), a partícula “o” classifica‐se como pronome demonstrativo e exerce a função de sujeito da oração subordinada adjetiva. 136. ( ) “"Outro aspecto que configura alguns desafios ainda não resolvidos na atual Constituição é a existência de muitos dispositivos a reclamar leis que lhes deem eficácia plena. A propósito, convém recordar que, promulgado o diploma constitucional, o Ministério da Justiça realizou levantamento de que resultou a publicação do livro 'Leis a Elaborar'." O vocábulo “que”, em “reclamar leis que lhes deem” e em “levantamento de que resultou a publicação”, pertence a classes gramáticas distintas. 137. ( ) “A atividade policial pode ser verificada em quase todas as organizações políticas que conhecemos, desde as cidades‐estado gregas até os Estados atuais. Entretanto, o seu sentido e a forma como é realizada têm variado ao longo do tempo. A ideia de polícia que temos hoje é produto de fatores estruturais e organizacionais que moldaram seu processo histórico de transformação.” No primeiro parágrafo, o pronome relativo “que” exerce, nas duas primeiras ocorrências, a função de complemento verbal e, na terceira, a de sujeito da oração em que se insere. 138. ( ) “ Ladrões teriam usado a estrutura do próprio equipamento como alavanca para quebrar as travas de segurança nas estações, que, a não ser por isso, permaneceram intactas.” A retirada da vírgula que antecede o pronome “que” manteria o sentido original do texto, pois, nesse contexto, o seu emprego é facultativo. 139. ( ) “Ladrões teriam usado a estrutura do próprio equipamento como alavanca para quebrar as travas de segurança nas estações, que, a não ser por isso, permaneceram intactas.” A forma verbal “permaneceram” concorda com referente do sujeito deste mesmo verbo. 140. ( ) “Por trás dessa surpresa, um velho conhecido: o aquecimento global, fenômeno responsável por mudanças climáticas intensas que têm afetado o planeta no último século e que pôde ser notado em anomalias frequentes nessa última temporada de inverno no Hemisfério Norte e de verão, no Sul.” As orações “que têm afetado” e “que pôde ser notado” referem‐se a“aquecimento global” 141. ( ) “Entre os integrantes dos BRICs, o Brasil é o que mais tem, de longe, o maior mercado de azeite: o consumo deverá atingir 50.000 toneladas. Como o país tem forte influência espanhola, italiana e portuguesa (os mais importantes produtores mundiais), o ROSE VIANNA 10 hábito de usar o óleo em pizzas e saladas é mais comum do que nos outros grupos”. A conjunção “como” introduz oração que expressa um fato que está em conformidade com a ideia apresentada no período que a antecede. 142. ( ) “Os governos não avançam em políticas públicas de reinserção porque a sociedade ainda vê com preconceito essa alternativa, considerando‐a um desperdício de dinheiro público”. O vocábulo “porque” pode ser substituído pela expressão já que, sem prejuízo para a relação de causa e consequência existente entre as orações nem para a correção gramatical do período. 143. ( ) “Cada ação que tomamos hoje é, portanto, um passo no sentido da existência do amanhã. Por isso, a humanidade tem a responsabilidade não só com aqueles que já habitam o planeta, mas também com as gerações futuras.” A vírgula imediatamente após “portanto” é opcional e poderia ser retirada sem prejuízo gramatical ou semântico. 144. ( ) “Cria‐se, dessa forma, um paradoxo na sociedade moderna, pois o excluído sempre está dentro, na medida em que não existe mais o estar fora.” Sem prejuízo para a coerência textual, a locução “na medida em que” poderia ser substituída por visto que. 145. ( ) “A iniciativa louvável, porém, esbarrou em um velho problema dos grandes municípios brasileiros: o furto. Em menos de duas semanas, cinquenta e seis unidades foram roubadas.” No período “A iniciativa louvável, porém, esbarrou em um velho problema dos grandes municípios brasileiros: o furto”, a retirada da vírgula empregada antes de “porém” prejudica a correção gramatical do texto. 146. ( ) “Como as opções alternativas ao transporte individual são pouco eficientes, pela falta de conforto, segurança ou rapidez, as pessoas continuam optando pelos automóveis, motocicletas ou mesmo táxis, ainda que permaneçam presas no trânsito” No trecho “ainda que permaneçam”, o emprego da forma verbal no modo subjuntivo é obrigatório em razão da presença da locução conjuntiva “ainda que”. 147. ( ) “Além disso, como o processo de amadurecimento do cérebro só se completa duas décadas depois do nascimento, o consumo precoce de álcool pode comprometer seriamente o desenvolvimento desse órgão vital, ao aumentar a probabilidade de aparecimento de problemas cognitivos, como falta de concentração, e de alterações de humor, como depressão e ansiedade.” O termo “como” pode ser substituído pela expressão já que. 148. ( ) “Se os fumantes quiserem mesmo diminuir o risco de câncer e doenças”, ela acrescenta, “precisam é parar de fumar”. Seriam mantidas a correção gramatical e a coerência do texto caso a palavra ‘Se’ fosse substituída por Caso. 149. ( ) “Se você quiser, compre um carro; é um conforto admirável. Mas não o faça sem conhecimento de causa, a fim de evitar desilusões futuras. Desde que o compra, o carro passa a interessar aos outros, muito mais que a você mesmo.” Seriam mantidos os sentidos e a correção gramatical da oração iniciada por “Desde que”, se a forma verbal “compra”, nessa mesma linha, fosse substituída por compre. 150. ( ) “Dificuldades à parte, o fato é que todos os segmentos das telecomunicações influenciam hoje não só o desenvolvimento e a inclusão social do país, mas representam também um setor econômico de peso, que movimenta mais de R$ 180 bilhões por ano, correspondendo a aproximadamente 16 6% do produto interno bruto.” Mantém‐se a correção gramatical do período ao se substituir “mas” por embora. 151. ( ) “Se nos apressarmos a dizer que o sujeito da memória é o eu, na primeira pessoa do singular, a noção de memória coletiva poderá apenas desempenhar o papel analógico, ou até mesmo de corpo estranho na fenomenologia da memória.” Se a conjunção “Se” fosse substituída por Caso, deveria ser alterado o tempo e mantido o modo verbal empregado na oração condicional. 152. ( ) “Para evitar espionagem, as lojas virtuais utilizam a criptografia por meio de um método conhecido como protocolo de chave pública”. A oração “Para evitar a espionagem” denota a finalidade da utilização do protocolo de chave pública pelas lojas virtuais. 153. ( ) Seriam mantidos a correção gramatical e o sentido original do texto, caso o vocábulo “como”, em “Movemo‐nos como peças de um relógio cansado”, fosse substituído por conforme. 154. ( ) “Partilharia igualmente com ele a reflexão sobre a especificidade das condições históricas do país, na medida em que, já em Os Sertões, Euclides realizara um mapeamento de temas que se tornariam centrais na produção intelectual e artística do século XX, ao analisar o negro, o índio, os pobres, os sertanejos, a condição colonizada, a religiosidade popular, as insurreições, o subdesenvolvimento e a dependência.” A substituição da expressão “na medida em que” por à medida que não traria prejuízo para o sentido do período em questão. 155. ( ) “A poesia ao meu alcance só podia ser a humilde nota individual; mas, como eu disse, não encontrei em mim a tecla do verso, cuja ressonância interior não se confunde com a de nenhum timbre artificial. Quando mesmo, porém, eu tivesse recebido o ROSE VIANNA 11 dom do verso, teria naufragado, porque não nasci artista.” Dado que a conjunção “Quando” não expressa tempo, a oração que ela inicia poderia ser reescrita corretamente da seguinte forma: Mesmo que eu tivesse recebido o dom do verso. 156. ( ) “O presidente norte‐americano busca o governo soviético na esperança de convencê‐lo de que o evento foi um acidente e, por isso, não deveria haver retaliação. É, então, informado de que os soviéticos implementaram uma arma de fim do mundo (uma rede de bombas nucleares subterrâneas), que funcionaria automaticamente quando o país fosse atacado ou quando alguém tentasse desacioná‐la.” As orações introduzidas por “quando” permitem uma leitura em que são interpretadas como condição para que a “arma de fim do mundo” funcione automaticamente. 157. ( ) “A dependência do mundo virtual é inevitável, pois grande parte das tarefas do nosso dia a dia são transferidas para a rede mundial de computadores.” Mantêm‐se a correção gramatical e as informações originais do período ao se substituir o conectivo “pois” por já que, uma vez que, porquanto, visto que ou porque. 158. ( ) “Entre tantas outras, cada uma dessas obras marcou uma época e há de permanecer eternamente famosa em consequência do muito que adiantou o nosso saber, embora muitas delas, como a última citada, não estejam ao alcance de grande parte dos leitores instruídos, em razão da intrínseca natureza das questões tratadas.” O termo “embora” poderia ser substituído por conquanto, sem prejuízo para o sentido original do texto. 159. ( ) “Tempo, espaço e matéria são, pois, ideias que penetram o nosso conhecimento das coisas, desde o mais primitivo, e que evoluíram por meio das especulações filosóficas...” Caso se deslocasse a conjunção "pois" para o início da oração, a coerência da argumentação e o sentido original do texto seriam preservados, desde que fossem retiradas asduas vírgulas que isolam essa palavra e que se fizessem os necessários ajustes nas letras maiúsculas e minúsculas. 160. ( ) “As pessoas aprenderam que devem ter sempre alguma atividade — primeiro é estudar e depois, trabalhar —; o importante é fazer alguma coisa, nem que para isso se deixe de ver o filho nascer ou crescer.” O vocábulo “se” indica, no texto, uma condição para o trabalho; nesse caso específico, essa condição é deixar de ver o filho nascer ou crescer. 161. ( ) “Conquanto o desenvolvimento dos meios de comunicação tenha tornado absolutamente frágeis os limites que separavam o público do privado, assiste‐se hoje a uma nova tendência de politização e visibilidade do privado, com a estruturação de novas relações familiares, bem como à privatização do público.” A estrutura sintática iniciada por “Conquanto” é responsável pelo uso do modo subjuntivo em “tenha”; por isso, a substituição dessa forma verbal por tem desrespeita as regras gramaticais do padrão culto da língua. 162. ( ) “Para cobrir suas necessidades de financiamento, dívida vencida e déficit orçamentário, o governo brasileiro precisará do equivalente a 18,5% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano e 18% no próximo.” No texto acima, provoca‐se erro gramatical ou incoerência na argumentação ao substituir a preposição “Para” pela locução Afim de. 163. ( ) “Ocorre que, ao dar vazão ao seu insaciável afã de descobrir, criar, conquistar, ao tentar realizar em toda sua plenitude a livre aventura do espírito, o homem depara‐se com seus limites.” A oração iniciada por “ao dar vazão” apresenta uma causa para o homem deparar‐se “com seus limites”. 164. ( ) “O regime trabalhista, ao adotar estratégias de proteção à saúde do trabalhador, institui mecanismos de monitoração dos indivíduos” A relação de significados que a oração introduzida por “ao adotar” mantém com as demais orações do mesmo período sintático permite que se substitua essa oração por se adotasse, sem se prejudicar a coerência nem a correção gramatical do texto. 165. ( ) “Mesmo quando não havia as chatices da modernidade, ainda assim, o homem contava o tempo.” A expressão “ainda assim” é uma conjunção, empregada no texto com sentido temporal. 166. ( ) “Para marcar o período de uma semana, o homem observava as mudanças da lua, o que também foi válido para contar o intervalo de um mês.” A oração “Para marcar o período de uma semana” inicia‐se por uma preposição e indica a finalidade da realização da ação expressa pela oração seguinte. 167. ( ) “Quando e como as células‐tronco foram descobertas?” No trecho, “Quando” e “como” são conjunções que transmitem ideia de tempo e modo, respectivamente. 168. ( ) “Finalmente, considero que, embora a formação de novos sujeitos sociais e políticos e de arenas de participação da sociedade na formulação e gestão das políticas públicas traga as marcas de nossa trajetória histórica, constitui, ao mesmo tempo, possibilidade aberta para outra equação entre universalismo e particularismo na sociedade brasileira.” É obrigatório o uso do verbo trazer no modo subjuntivo — “traga” — porque essa forma verbal integra uma oração iniciada pelo vocábulo “embora”. 169. ( ) “A contemporaneidade vai urdindo novas situações que demandam por novas opções éticas e pela consignação de novos direitos. A produção apresenta sua clara dimensão fáustica, a se usar a expressão de Marshall Bermann.” A oração iniciada por “a se usar” apresenta, textualmente, valor condicional. ROSE VIANNA 12 170. ( ) “Lidamos com tantas combinações desse tipo, que já se fala de uma nova categoria de estresse: a ‘fadiga de senhas’.” A oração introduzida pela conjunção “que” expressa ideia de consequência em relação à oração anterior, à qual se subordina. 171. ( ) “Brasileiros de todas as classes sociais e regiões do país sabem que pagam impostos quando consomem.” A oração “que pagam impostos quando consomem” mantém relação de coordenação com a anterior. 172. ( ) No trecho “Um dia ele me disse que era uma pena”, o pronome “que” exerce a função sintática de sujeito da oração. 173. ( ) “É fácil, hoje em dia, confundir as limitações crescentes impostas ao Estado‐nação com a construção de um espaço de livre circulação dos indivíduos, promovido pelo movimento desembaraçado de mercadorias e capitais.” O trecho “confundir as limitações crescentes impostas ao Estado‐nação com a construção de um espaço de livre circulação dos indivíduos, promovido pelo movimento desembaraçado de mercadorias e capitais” exerce a função sintática de sujeito. 174. ( ) “Não interessa que os especialistas se irritem porque Maquiavel não foi maquiavélico; o fato é que ele, como Platão, deixou uma marca no imaginário social.” A expressão de realce “é que” poderia ser retirada sem prejuízo para o sentido e a correção gramatical do período em que ela se insere. 175. ( ) “É convencional nestes dias, por exemplo, descartar toda sugestão de que a “economia” (como quer que se entenda essa palavra vaga) possa ser determinante da vida cultural, mesmo “em última instância”. O emprego da preposição de é obrigatório antes do pronome relativo “que”, pois aí se inicia uma oração subordinada que completa a ideia de “sugestão”. 176. ( ) “Tal atitude implicou a busca de maior transparência. Era preciso assegurar ao cidadão amplo acesso a informações sobre o desempenho da Justiça. Essas informações, lamentavelmente, não existiam ou eram imprecisas e defasadas. O Judiciário, na verdade, não se conhecia.” O sujeito do primeiro verbo do segundo período é oracional. 177. ( ) “É importante que este fenômeno não seja visto como um problema.” Preservam‐se a coerência da argumentação e a correção gramatical do texto ao se substituir “que este fenômeno não seja” por este fenômeno não ser. 178. ( ) Na construção “parei de comer galinha, deixei de ter relações sexuais, abandonei o hábito de tomar qualquer coisa em lata, deixei de ir aos shoppings”, entre as orações, estabelece‐se uma relação de coordenação, mas, dentro de cada oração, dá‐se a subordinação dos termos. 179. ( ) “Àquela altura, ninguém vislumbrava a ideia de uma separação, mas se esperava ao menos que a metrópole deixasse de ser tão centralizadora em suas políticas.” A oração “que a metrópole deixasse de ser tão centralizadora em suas políticas” exerce a função de complemento direto da forma verbal “esperava”. 180. ( ) “O objetivo maior do julgamento traduz‐se na clássica pergunta que o juiz faz ao júri: quer saber se o réu foi considerado inocente ou culpado.” Em “quer saber se o réu foi considerado inocente ou culpado”, a partícula “se” classifica‐se como conjunção e introduz o complemento da forma verbal “saber”. 181. ( ) “Não sei quem foi o literato que, de uma feita, recitou para uns cantadores do sertão algumas poesias de Bilac. Os homens ouviram calados, mas depois indagaram se Bilac era “poeta” mesmo.” No trecho “mas depois indagaram se Bilac era ‘poeta’ mesmo”, em que se verifica emprego de discurso indireto, a oração iniciada pelo conectivo condicional “se” expressa uma hipótese acerca do que foi mencionado anteriormente. 182. ( ) “Tudo é diferente. Respiramos um ar onde voam partículas de papel e de tinta e trabalhamos quase às escuras. A voz do diretor é doce, ranzinza e regulamentar. Se um funcionário comete uma falta, o diretor mostra o parágrafo e o artigo adequados ao caso. Sucede que o funcionário se defende apontando outro artigo. Aí o diretor perturba‐se e descontenta‐se...” A oração “que o funcionário se defende apontando outroartigo” exerce, no período, a função de complemento da forma verbal “Sucede”. 183. ( ) Afirmou‐se que a guerra está próxima. A oração subordinada é substantiva objetiva direta. 184. ( ) Contou‐me esta coisa engraçada: que iria mudar‐se para o campo. O elemento que é conjunção e introduz oração apositiva. 185. ( ) Demorei‐me à porta na expectativa de que me chamasse de volta. A oração subordinada é substantiva objetiva indireta. 186. ( ) Temos necessidade de comprar víveres. A oração destacada classifica‐se como subordinada substantiva completiva nominal reduzida de infinitivo. 187. ( ) O verdadeiro heroísmo consiste em persistir por mais um momento. A oração subordinada classifica‐se como substantiva objetiva indireta reduzida de infinitivo. ROSE VIANNA 13 188.( ) “É uma tecla muito batida pelos que procuram estudar o caráter dos brasileiros o gosto que estes revelam pela improvisação em todos os ramos de atividade.” No segmento “o gosto que estes revelam pela improvisação”, o termo “pela improvisação” exerce função distinta da exercida na seguinte frase: Revelou, pela improvisação, o quanto se afastara da cultura clássica. 189. ( ) “Ainda assim, a Bolívia resolveu, por questões políticas internas, depois da eleição do presidente Evo Morales, mudar as regras no meio do jogo. Desde então, não existe garantia de que novos investimentos serão realizados lá para manter o suprimento previsto. E o cumprimento das cláusulas contratuais tornou‐se algo também duvidoso.” Em “tornou‐se”, o pronome “se” indica voz passiva. 190. ( ) “Na ternura, na mímica excessiva, no catolicismo em que se deliciam nossos sentidos, na música, no andar, na fala, no canto de ninar menino pequeno, em tudo que é expressão sincera da vida, trazemos quase todos a marca da influência negra.” A oração “em que se deliciam nossos sentidos” está na voz passiva sintética. 191. ( ) “Ao abrir um romance, o leitor busca, de alguma maneira, conectar‐se a outras experiências de vida.” (...) “Reconhecer‐se em uma representação artística, ou reconhecer o outro dentro dela, faz parte de um processo de representação de identidades, ainda que sejam múltiplas.” As formas verbais “conectar‐se” e “Reconhecer‐se” denotam uma ação reflexiva em que o agente da ação é também paciente. 192. ( ) “Nessa visão, a CEB vem desenvolvendo, em parceria com o Governo do Distrito Federal, indivíduos e organismos da sociedade brasileira, o Programa Permanente CEB Solidária e Sustentável, que se sustenta, para efeito de ordenamento de suas concretizações, em dois pilares distintos: o de responsabilidade social e o de gestão ambiental, expressos, respectivamente, nos Programas “Construindo a Paz" e "Gestão Sustentável", com uma série de projetos estruturantes, que buscam informar, sensibilizar e engajar as pessoas para a compreensão da complexa temática social e ambiental. Soma‐se a tais projetos o Programa "Pesquisa e Tecnologia", cuja finalidade é fomentar estudos e pesquisas acerca do desenvolvimento e dos desdobramentos dos projetos existentes, assim como alternativas técnico‐pedagógicas para públicos diferenciados com necessidades específicas.” O agente da ação em “Soma‐se” não pode ser definido, pois não é identificado nem no texto nem pelo contexto. 193. ( ) “Como nada ainda deu certo no planeta, a internacionalização só será aceitável quando se cumprirem duas premissas.” Preservam‐se a correção gramatical e a coerência da argumentação do texto ao se substituir a expressão “se cumprirem” por forem cumpridas. 194. ( ) “Porém, ocorrendo qualquer distúrbio, interrompem‐se os ciclos.” O uso de são interrompidos em substituição a “interrompem‐se” preserva a correção gramatical do texto. 195. ( ) A oração “abrem‐se as janelas do corpo” está na voz passiva sintética, justificada pela presença de um verbo transitivo direto na terceira pessoa do plural acompanhado de um pronome apassivador. 196. ( ) “É sabido que, em se tratando de crimes que envolvam computadores como meio, a coleta, a manipulação e o exame de provas sem os devidos cuidados podem ocasionar a falta de integridade da prova”. A substituição de “É sabido” por Sabe‐se não prejudica o sentido do período. 197. ( ) O trecho “as primeiras pilhas eram formadas por moedas empilhadas.” significa que moedas empilhadas formavam as primeiras pilhas. 198. ( ) “Atualmente, o PEFC é composto por 30 membros representantes de programas nacionais de certificação florestal.” A substituição da expressão “é composto” por compõem‐se mantém a correção gramatical do período. 199. ( ) “Conta‐se que ficou tão encantado com a beleza quanto indignado ao saber que não pertenciam ao Brasil.” Em “Conta‐se”, o “se” indica voz reflexiva. 200. ( ) “A disputa não se restringe aos números. As duas fabricantes se acusam de manobras ilegais na busca pelo consumidor”. Em “se acusam”, a partícula “se” indica voz passiva sintética. 201. ( ) “Todavia, foi somente após a Independência que começou a se manifestar explicitamente, no Brasil, a preocupação com o isolamento das regiões do país como um obstáculo ao desenvolvimento econômico.” Em “se manifestar”, o “se” indica sujeito indeterminado. 202. ( ) Em “teve que de repente parar por ter sido tomado por uma desocupação”, a preposição “por” introduz termo com valor causal, na primeira ocorrência, e o agente da passiva, na segunda. ROSE VIANNA 14 203. ( ) “Na Serra Gaúcha e no oeste de Santa Catarina, é falado o talian, originário do norte da Itália, e existem diferentes materiais publicados em talian, como obras literárias e técnicas. No Paraná, há inúmeras regiões onde se fala ucraniano, como a cidade de Prudentópolis, localizada no sudeste do estado.” As sequências “é falado o talian” e “onde se fala ucraniano”, embora apresentem estruturas gramaticais diferentes, constituem formas de se omitir o agente de uma ação verbal. 204. ( ) “Com o surgimento do espaço da igualdade e do Estado‐nação, foram implementados mecanismos internos de resolução de conflitos”. A locução verbal “foram implementados” corresponde à forma implementaram‐se. 205. ( ) “Seriam apurados os votos a favor, os contrários e o saldo de votos. Assim, estaria eleito o candidato com o maior saldo de votos. Puro, simples e democrático.” A oração “Seriam apurados os votos a favor, os contrários e o saldo de votos” está na voz passiva. 206. ( ) “o processo licitatório é flagrantemente burlado pela própria natureza oligopólica da economia brasileira, principalmente nas obras “públicas” que envolvem bilhões de reais; não há no país uma “cultura política” de prestação de contas, por mais que avanços sejam observados desde a redemocratização e mesmo pela intensa mobilização da sociedade política organizada no Brasil.” O elemento “pela” tem a função de introduzir, respectivamente, nas orações em que ocorre, o agente da ação verbal e circunstância de causa ou motivo. 207. ( ) “Nunca se escreveu tanto no Brasil; a juventude nunca se sentiu tão motivada a escrever. A cultura refinada nunca foi para muita gente.” As duas ocorrências do pronome “se”, em “se escreveu” e “se sentiu”, respectivamente, marcam ações reflexivas e referem‐se ao mesmo conjunto de pessoas: os jovens brasileiros. 208. ( ) “O poder simbólico é uma forma transformada ou mascarada de outras formas de poder, notadamenteo poder econômico e o político; todavia não se trata simplesmente de uma dominação estritamente consciente, maniqueísta ou intencional”. No trecho, o pronome “se” indica voz passiva. 209. ( ) No trecho “Quem foi excluído pelo poder?” A expressão destacada exerce a função sintática de agente da passiva. 210. ( ) No trecho “assim se faz um livro”, a expressão “um livro” exerce a função de sujeito paciente. 211. ( ) “Sua sentença foi muito elogiada. Contudo, o governo estadual anunciou que irá recorrer ao Tribunal de Justiça”. O primeiro período do trecho apresenta um verbo na voz passiva, mas não deixa explícito o agente da passiva. 212. ( ) “O poder público, por sua vez, precisa mostrar‐se capaz de motivar todos os agentes envolvidos na área de ensino a se integrarem nesse processo e, ao mesmo tempo, de colocar em prática sugestões consideradas procedentes.” Em “mostrar‐se” o pronome “se” indica que o sujeito é indeterminado. 213. ( ) “A um coronel que se queixava da vida de quartel, um jornalista disse: — E o senhor não sabe como é chato militar na imprensa” O trecho “A um coronel que se queixava da vida de quartel” poderia ser assim reescrito, sem prejuízo para a correção gramatical do texto: Para um coronel que queixava‐se da vida em quartel. 214. ( ) “Pode‐se dizer, no que concerne à complexidade, que há um polo empírico e um polo lógico e que a complexidade aparece quando há simultaneamente dificuldades empíricas e dificuldades lógicas.” Reforça‐se a ideia de possibilidade, coerente com a argumentação desenvolvida no texto, e mantém‐se sua correção gramatical, ao se utilizar, em lugar de “Pode‐se dizer”, o tempo verbal de futuro do pretérito, da seguinte forma: Poderia‐se dizer. 215. ( ) “Tratarei a mim mesmo como um objeto.” A função sintática exercida por “a mim mesmo”, em “Tratarei a mim mesmo” corresponde a me e, por essa razão, também seria gramaticalmente correta a seguinte redação: Tratarei‐me. 216. ( ) “O corte de 125 mil empregos em junho indica que a esperança de gradual retomada do crescimento do mercado de trabalho no curto prazo era prematura e não deverá se concretizar.” O deslocamento do pronome “se” para imediatamente após a forma verbal “concretizar” — não deverá concretizar‐se — não prejudicaria a correção gramatical do texto. 217. ( ) “Premiar quem se preocupa com o lixo é uma das ideias que têm ajudado a Espanha a se tornar um modelo de eficiência na destinação de resíduos sólidos.” A correção gramatical é mantida com o deslocamento do pronome “se”, na linha 1, para logo depois do verbo, obtendo‐se a forma preocupa‐se. 218. ( ) “Atualmente fala‐se muito em descarbonizar a matriz energética mundial, isto é, em aumentar a participação das energias renováveis em detrimento de combustíveis fósseis.” A mudança de posição do pronome átono em “fala‐se” para antes do verbo desrespeitaria as regras de colocação pronominal da norma culta brasileira. ROSE VIANNA 15 219. ( ) Sem prejuízo para a correção gramatical do texto, o trecho “Os países que se mostram como vozes dissonantes” pode ser reescrito da seguinte forma: As nações que mostram‐se como vozes discordantes. 220. ( ) Julgue o item com relação à estrutura sintática: “A hipercomplexidade da sociedade contemporânea, em especial, acerca da forma de ver e agir dos operadores jurídicos, está a exigir que possibilite‐se a incorporação permanente das camadas excluídas da população.” 221. ( ) “Essa revolução caracteriza‐se simultaneamente por uma série de avanços no conhecimento científico e pelo desenvolvimento imediato de aplicações desses novos conhecimentos à produção e à circulação de bens materiais e simbólicos.” A colocação pronominal em “caracteriza‐se” indica a escolha dos autores por um registro mais formal de linguagem; o emprego desse pronome antes da forma verbal, além de caracterizar desrespeito às regras gramaticais do registro padrão da linguagem, representaria, no contexto, uso inadequado da linguagem, dado o caráter institucional do texto. 222. ( ) “As próprias lagartas multiplicam‐se consideravelmente com a diminuição das matas.” Haveria erro sintático caso, na expressão “lagartas multiplicam‐se”, o pronome fosse anteposto à forma verbal. 223. ( ) “Aliás, os alunos não são passageiros e não nos consideram somente condutores de classes ou especialistas em Ciências ou Arte.” O emprego proclítico do pronome átono em “não nos consideram” é justificado por haver a atração de uma palavra de sentido negativo. 224. ( ) “Os vadios eram um grupo infrator caracterizado, antes de mais nada, por sua forma de vida. Era o fato de não fazerem nada, ou de nada fazerem de forma sistemática, que os tornava suspeitos ante a parte bem organizada da sociedade”. O deslocamento do pronome destacado para depois do verbo atenderia ao que a gramática aconselha como preferência. 225. ( ) “Há, portanto, que se fazer esforço redobrado para identificar e compreender esses novos processos...” / “Em épocas de transformações tão radicais e abrangentes como essa (...), aumenta‐se o grau de indefinições e incertezas.” / “No novo padrão técnico‐econômico, notam‐se a crescente inovação, intensidade e complexidade dos conhecimentos desenvolvidos...” / “Destacam‐ se, sobretudo, a maior velocidade, a confiabilidade e o baixo custo de transmissão, armazenamento e processamento de enormes quantidades de conhecimentos codificados e de outros tipos de informação.” A correção gramatical do texto seria mantida, caso a mesma forma de colocação do pronome “se” no segmento “que se fazer esforço” — anteposição à forma verbal — fosse empregada em “aumenta‐se”, “notam‐se” e “Destacam‐se. 226. ( ) “No entanto, jamais poderiam localizá‐la, já que não levaram em consideração a materialidade dos meios de comunicação dominante na época” O trecho “jamais poderiam localizá‐la” poderia ser corretamente reescrito da seguinte forma: jamais a poderiam localizar. 227. ( ) “No entanto, é um iludido: com o ganhar fácil, porque seu consumo orgiástico o deixa sempre de bolso vazio, a repetir compulsivamente o ato criminoso; com o poder da arma de fogo, que o deixa viver por instantes um poder absoluto sobre suas vítimas, mas que acaba colocando‐o na mesma posição diante dos quadrilheiros e policiais mais armados do que ele; com a possibilidade, enfim, de que, apesar de jovem e pobre, vai “se dar bem” e sair dessa vida de perigos e medos.” Na linha 2, a partícula “o” poderia ser corretamente deslocada para imediatamente depois da forma verbal “deixa” — escrevendo‐se deixa‐o —; na linha 4, entretanto, deslocamento semelhante — “o deixa” para deixa‐o — acarretaria prejuízo para a correção gramatical do texto. 228. ( ) “A concepção do tempo geológico pode contribuir para uma mudança cultural dessa percepção imediatista que tem se refletido em um consumismo exacerbado de produtos, produtos esses que se originaram a partir de bens minerais que se formaram ao longo do tempo geológico e que levarão anos até serem incorporados pela terra, quando passarão novamente a ser fonte de recurso.” O pronome “se”, em “que se formaram”, poderia ser corretamente deslocado para logo após a forma verbal “formaram”, escrevendo‐se que formaram‐se. 229. ( ) “Assim, a noção de capacidade é essencialmente um regime de liberdade — o leque de opções que uma pessoa tem para decidir que tipo de vida levar.” Preservam‐se a coerência e a correção gramatical ao se substituir “tem”
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