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Influencias filosóficas e psicológicas em gestalt terpia


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GESTALT 
TERAPIA 
INFLUÊNCIAS 
FILOSÓFICAS e 
PSICOLÓGICAS 
 Humanismo 
e Psicologia 
Humanista 
O homem busca a harmonização como 
centro de sua expectativa. Está em 
permanente procura de compreensão 
do sentido. 
“Conhece-te a ti mesmo’’. (Sócrates) 
Experimentar o próprio poder e os 
próprios limites, para se autogerir, 
evoluir a partir de dentro, promovendo 
a ideia de seu valor positivo. 
Humanismo e 
Psicologia 
Humanista 
 Mais do que uma psicoterapia 
centrada no homem, uma 
psicoterapia que tenha o homem 
como o centro em que ele tem o 
poder de recriar, de tomar posse 
de si mesmo, não obstante de 
conviver com sua fragilidade, com 
a morte ,com a doença, como 
desespero. 
Psicologia 
Humanista 
• A pessoa humana é uma valência 
positiva, por natureza e 
ontologicamente; não adoece por 
inteiro. 
• A finalidade da psicoterapia 
humanista é levar o homem a 
conviver em plenitude, com seu agir, 
com seu pensar, com seu sentir, com 
sua linguagem. O neurótico esbarra 
em cada um desses momentos. 
• Nesse sentido a psicoterapia leva até 
as raízes , sair da coisa em si ,e ira 
ao “ si” das coisas, sair do sintoma e 
encontrar o processo, descobrindo 
as infinitas possibilidades que 
moram em cada ser humano. A 
neurose é muitas vezes , a perda do 
sentido das próprias possibilidades e 
a perda da crença da própria 
capacidade. 
 
 
Psicoterapia 
Humanista 
• Não basta ensinar às pessoas as 
causas da sua desgraças. É 
preciso ensiná-las a conviver 
eficazmente com sentimentos 
de esperança e de 
transformação. 
 
• Concebemos a pessoa humana 
não como algo abstrato, mas 
sim, real, concreto, aqui-e-
agora consciente, capaz de 
assumir responsabilidades por 
si mesma e de si relacionar 
construtivamente no mundo e 
com o mundo. 
 
Psicoterapia 
Humanística 
“Uma psicoterapia preocupada com a 
valorização do humano, procura 
diretamente lidar com o que de positivo 
tem a pessoa, procura lidar com seu 
potencial de vida ( saúde, beleza, força, 
etc.) procura fazer com o que o cliente de 
fato tome posse de si mesmo e do mundo’’. 
“É uma postura que, sem esquecer os 
limites pessoais, os fracassos e 
impossibilidades de mudanças, aqui e 
agora, procura fazer uma reflexão a partir 
do positivo, do criativo,do que é ainda 
potencialmente transformador” ......ele é a 
porta de saída. 
Psicoterapia Humanística 
“ A essência do agir é o 
consumar”. 
“Conhecemos o agir 
apenas como um 
produzir de um efeito”. 
Heidegger 
Proposta : Agir com 
radicalidade (consumar 
a essência) 
A proposta da GT é ser 
a resposta a um modo 
específico de ser no 
mundo e reagir a ele. 
Relação dialógica: Eu - 
tu 
O Existencialismo 
O ser humano é visto com um ser particular, 
concreto, com vontade e liberdade pessoais, 
consciente e responsável. 
A individualidade é básica para o 
existencialismo , onde se assume a 
liberdade responsável. 
Conhecer-se na relação com o mundo e 
consigo próprio , de modo que o homem 
possa dar respostas diferenciadas entre 
suas necessidades e as exigências que vem 
de fora. 
O Existencialismo 
e GT 
O termo “conhece- te’’ haver com o 
abandonar o que de estranho existe 
no ser humano e sair á procura do 
eu real. 
O homem é o único ser que pode 
sair de si para projetar a si mesmo, 
pode fazer um projeto de si próprio, 
ele próprio é um projeto realizando 
–se. É um ser se fazendo. Daí “ a 
existência precede a essência”. 
O Existencialismo e GT 
A essência do homem, ou seja, aquilo que 
o definirá e caracterizará como ser humano 
é algo que ele conquista, rejeita, incorpora, 
dia a dia. 
O ser humano nada mais é do que aquilo 
que ele decide ser, do que aquilo que ele 
projeta ser; sua essência surge como uma 
resultante dos seus atos. 
O Existencialismo 
e GT 
• Projeto e escolha estão 
diretamente ligados á noção 
de liberdade. É sendo livre 
que ele escolhe o que quer 
ser e o que será. O homem é 
um ser livre para escolher 
mas também responsável por 
tudo que faz. 
• O sucesso ou o fracasso de 
seus atos são obra sua, não 
lhe é permitido culpar os 
outros ou as circunstâncias 
pelos seus erros. 
O Existencialismo 
e GT 
A função da psicoterapia a partir: do 
projeto, da escolha de agir e da 
liberdade, é levar o cliente a tomar 
consciência do seu projeto, do modo 
com o projeto vem sendo realizado e 
de como levá-lo avante, com base em 
sua realidade pessoal , em sua relação 
com o mundo. 
A GT propõe além dos sentimentos de 
massa, dos valores introjetados e não 
assumidos, que se nega a submergir 
inconscientemente no mundo que a 
cerca. Propõe um ser que amando-se 
antes de qualquer outro aprendeu que 
seu amor por si mesmo se transforma 
na sua própria medida de amar os 
outros. 
 FENOMENOLOGIA 
É uma filosofia, uma metodologia e uma 
específica visão de mundo. 
É um método de compreensão da realidade. 
Fenômeno= aquilo que aparece 
 
Fenomenologia 
• Fenomenologia portanto buscar captar a essência e 
descrever a experiência do modo como ela acontece e se 
processa. 
 
• A fenomenologia é uma tentativa de clarificação da 
experiência humana. 
 
• Devemos procurar compreender vendo como as coisas 
aparecem e não a partir daquilo que é dito sobre elas. 
 FENOMENOLOGIA 
• O fenômeno é e pode ser visto como expressão de uma 
essência. Na compreensão deste fenômeno, devo renunciar 
ao que é meu, para me tornar mais livre na compreensão do 
fenômeno. 
 
• A apreensão do sentido de ser no interior de uma relação 
consciência – mundo se dá a partir de um afastamento, de 
uma redução fenomenológica. 
 
• Redução fenomenológica é colocar entre parênteses 
suspendendo todo e qualquer juízo. 
 
 FENOMENOLOGIA 
• A fenomenologia é uma tentativa de clarificação da 
experiência humana. Tenta fundamentar a totalidade dos 
objetos possíveis, quaisquer que eles sejam: idéias, coisas, 
essências, mediante um contato direto das coisas com os 
modos percebidos de uma maneira clara ou distinta em si 
mesmos e na sua relação subjetiva com o sujeito que 
percebe. 
Ação do psicoterapeuta 
Humanista 
 
• A pessoa tem o poder interno de fazer opções preferenciais 
ao longo da vida. 
 
 
• Se a neurose é a permanência “ voluntária” no problema ou 
na “criação” involuntária da negação da opção na dor, na 
culpa e na negação das próprias possibilidades de mudança, 
no sentido de que o cliente perdeu seu poder decisório, o 
papel do terapeuta é : 
 
 O que fazer? 
• * Discutir clara e assertivamente com o cliente suas 
próprias possibilidades 
• *Facilitar ao cliente a experiencia de sua própria 
identidade 
• Distinguir caminhos uns dos outros 
• Facilitar ao cliente a experiencia do prazer, do risco 
e do medo como opções de mudança. 
A pessoa é livre e responsável 
• A questão não é apenas ser livre, mas o exercício da 
liberdade, ( implica no abandono de laços do 
passado e a reflexão corajosa no amanha). Reflexão 
no aqui e agora entre os meus desejos e o limite 
que o outro coloca. 
O que fazer? 
• * Criar condições para que o cliente tenha opções 
de escolha 
• Discutir claramente o poder, o querer, o fazer o que 
gosta, o gostar do que faz e do que gosta, fazer o 
que pode 
• * Discutir a questão do que faz com 
responsabilidade como forma de libertação e 
liberação do próprio medo. 
 
Perceber sua força interna 
• Em nossa cultura é proibido “ auto elogiar-
se” porque é falta de humildade, 
terminamos por desaprender a olhar para a 
nossa própria beleza e procurar nela o 
conforto de que precisamos. 
O que fazer? 
• * Colocar o clientediante do próprio poder, de modo que se 
sinta mais capaz e menos crítico de si mesmo. 
• * Fazer com que o cliente descubra em si tudo de bom que 
possui e pare de amar o próprio sofrimento . 
• *Fazer com que o cliente pare de procurar o vilão de sua 
história passada e se veja como responsável pela sua vida. 
• *Fazer com que o cliente ame o que tem, o que lhe está 
disponível. 
A pessoa é real e concreta e pode 
pensar com realidade e concretude 
• Nós não somos uma ilusão, um desejo vago, 
uma fantasia inacabada. 
• Precisamos levar nosso cliente a pensar com 
concretude. 
O que fazer? 
• Discutir claramente a realidade 
• Experienciar o real e suas consequências 
• Inventar caminhos, tornando o cliente mais adequado às 
coisas e às pessoas. 
• * Ver e descrever o mundo à partir dos próprios 
referenciais 
• * Perceber a perda de tempo, o desgaste, a energia, quando 
faz de conta que está procurando soluções verdadeiras. 
Descobrir a própria verdade e o 
próprio caminho é natural ao ser 
humano 
• A verdade nos persegue, sobretudo as 
nossas. Lá no profundo sabemos o que 
queremos e o que não queremos, o que 
conhecemos e o quanto somos 
complicados. Nos tornamos os mais severos 
juízes de nós mesmos. 
O que fazer? 
 
• Conscientizar o cliente de que a procura da própria 
verdade é o caminho mais curto para o sucesso 
• Ajudar o cliente a perceber que o corpo sempre 
segue a lei da preferencia e que, mentir para si 
mesmo, física e mentalmente, é a mais danosa 
violência. 
• *Ajudar o cliente a acreditar que a natureza dá 
saltos, desde que ele não insista em ficar parado. 
A pessoa funciona como um 
projeto 
• É o único ser que pode se ver no amanhã e decidir 
sobre isso com respeito a si mesma. 
 
• Estamos no aqui e agora, mas se nos olharmos 
como uma totalidade, veremos que em cada um 
de nós existe uma capacidade de ir além, de 
sermos felizes hoje, contemplando o amanhã. 
 
 
 
O que fazer? 
• *Ajudar o cliente a pensar grande e forte e a abandonar a 
pobreza das restrições que ele próprio impõe. 
• *Ajudar o cliente a experienciar seu verdadeiro limite de 
velocidade e a perceber que está andando a 60 por hora, 
quando dentro dele existe a disponibilidade de andar a 80 
por hora. 
• Verificar as razões pelas quais o cliente insiste em manter o 
passado como se fosse um presente indiscutível. 
• *Ajuda-lo a experienciar a sensação de liberdade que o 
acreditar em si mesmo pode proporcionar. 
A terapia fenomenológica 
• A redução fenomenológica. 
 
• O processo psicoterapêutico trabalha no sentido de levar a 
pessoa à busca das intuições originárias, do que sou eu, do 
que é meu como individuo, do que é meu como classe, do 
que é meu como pertencendo a uma unidade maior, a partir 
das quais a pessoa poderá ressignificar a sua vida. 
Abandonar a atitude ingênua por uma crítica. 
• ( Ex: Dirigir um carro) 
A terapia fenomenológica. 
• A intencionalidade é essencialmente o ato de atribuir um 
sentido; é ela que unifica a consciência e o objeto, o sujeito e o 
mundo. Com a intencionalidade há o reconhecimento de que o 
mundo não é pura exterioridade e o sujeito não é pura 
interioridade, mas é a saída para um mundo que tem 
significação. 
 
• Ocorre na neurose uma espécie de suspensão da consciência 
imediata. Como se o objeto não chegasse a consciência e 
portanto não pudesse ser intencionalizado. Porque levaria a uma 
totalidade de consciência que demandaria escolhas em sua 
liberdade. 
 
A terapia fenomenológica 
 
O método fenomenológico indica “ o que” e “como” de 
nossa movimentação na direção de uma nova 
percepção, de uma nova aprendizagem e de possíveis 
soluções de problemas por meio de mudanças 
consistentes. 
 
• Para que a mudança ocorra, é preciso que a pessoa 
queira mudar, saiba o que deseja mudar, e de onde e 
para onde deseja se locomover. 
• Viver é escolher cotidianamente. 
Atitudes do terapeuta 
 
• Sintetizar de maneira clara a fala do cliente, para que 
ele possa rever e se reconhecer na sua fala pela 
percepção do outro. 
• Falar mais do processo que mantem o sintoma do 
que o sintoma, ilustrando com fatos que possa 
ampliar a consciência do cliente. 
• Ajuda-lo a estabelecer conexões que facilitem seu 
processo de escolha, ampliando seu campo de ação. 
 
Atitudes do terapeuta 
 
• Ajudar o cliente a explorar o que deseja, a fazer 
uma distinção entre suas necessidades e a vontade 
de realiza-las. 
• Ajudar a descobrir o verdadeiro sentido das coisas 
e aquele que ele atribui 
• Ajudar o cliente a se ver como pessoa 
individualizada no mundo e separado dele.