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Resseguro: História, Funções e Tipos

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RESSEGURO 
AGENDA
 INTRODUÇÃO
 HISTÓRIA
 FUNÇÕES DO RESSEGURO
 CONTRATOS DE RESSEGURO
 TIPOS DE RESSEGURO
 RESSEGURO NO BRASIL E NOS DIAS DE HOJE
 CONCLUSÃO
INTRODUÇÃO
 Resseguro:
 Ferramenta de gestão de risco e de capital;
 Viabiliza o seguro ao promover a estabilidade das carteiras
cedentes;
 Proteção a uma grande quantidade de riscos, incluindo os
mais complexos do mercado;
 Não tem relação jurídica com o segurado;
 Mecanismo de pulverização de riscos no qual a seguradora
transfere ao ressegurador, total ou parcial, o risco assumido.
AGENDA
 INTRODUÇÃO
 HISTÓRIA
 FUNÇÕES DO RESSEGURO
 CONTRATOS DE RESSEGURO
 TIPOS DE RESSEGURO
 RESSEGURO NO BRASIL NOS DIAS DE HOJE
 CONCLUSÃO
HISTÓRIA
 Seguros e Resseguros tiveram origem nas atividades de
transportes marítimos do século XIV;
 Primeiro contrato de Resseguro feito na Itália Renascentista,
em 12/07/1370, com os resseguradores Martino Marcuffo e
Godofredo di Benavia;
 1846: Kölnishe Rückversicherungs-Gesellschaft, na Alemanha,
primeira resseguradora independente, obteve concessão para
funcionar ;
 1852: primeiro contrato de Resseguro celebrado pela Kölnishe
Rückversicherungs-Gesellschaft;
HISTÓRIA
 1863: Swiss Reinsurance Company foi estabelecida
em Zurique;
 1880: Münchener Rückversicherungs foi
estabelecida na Alemanha;
 Final dos anos 90: fundação das primeiras
Resseguradoras nos EUA;
 1939: criação do IRB no Brasil;
HISTÓRIA
 Após a Segunda Guerra Mundial:
 proibição das atividades das resseguradoras alemães no
exterior;
 instituições de seguros estatais em países comunistas, em
detrimentos das resseguradoras;
 Atualmente novos cenários de impacto mundiais:
 Atentados terroristas;
 Mudanças climáticas generalizadas;
 Crise dos mercados financeiros;
AGENDA
 INTRODUÇÃO
 HISTÓRIA
 FUNÇÕES DO RESSEGURO
 CONTRATOS DE RESSEGURO
 TIPOS DE RESSEGURO
 RESSEGURO NO BRASIL E NOS DIAS DE HOJE
 CONCLUSÃO
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FUNÇÕES DO RESSEGURO
 Diluição do risco / estabilização das perdas
 A transferência ajuda a funcionar a Lei dos Grandes Números de duas 
formas:
 1) Ao ceder “Pontas” de riscos, o segurador estabiliza o seu sinistro 
médio.
 2) Ao trocar “Pontas” de riscos, o segurador aumenta o tamanho de sua 
carteira (inclusive geograficamente), além de estabilizar o sinistro 
médio. (Cosseguro)
Proteção 
“ Vertical” da
Carteira
IS
Retenção
Perfil de carteira
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Perfil de carteira
IS
FUNÇÕES DO RESSEGURO
 Proteção contra catástrofes
Eventos envolvendo perdas num grande número de riscos na carteira
 Assistência de “Underwriting”
Para pequenas empresas ou empresas iniciando operações num ramo, 
o ressegurador pode dar valioso apoio às atividades de 
“underwriting”, tarifação, e até mesmo a certas atividades 
operacionais específicas (vistorias, regulação, etc)
Retenção 
Proteção 
“ Horizontal” da
Carteira
FUNÇÕES DO RESSEGURO
 Função mercadológica:
 Geração de capacidade operacional para a seguradora cedente;
 Torna possível a aceitação, de forma automática, de riscos
maiores que a capacidade de retenção da seguradora;
 Promove equilíbrio de forças entre as companhias.
 Função gerencial:
 Protege diretamente a companhia e indiretamente os segurados;
 Companhia resseguradora funciona como um sócio, equilibrando e
distribuindo os resultados dos períodos de lucro e de prejuízo.
FUNÇÕES DO RESSEGURO
 Função financeira (surplus relief):
 Aumento do capital livre das empresas seguradoras;
 Melhora dos índices de desempenho.
 Função educacional:
 Elemento de aprimoramento na troca e disseminação de novas
tecnologias securitárias, ou seja, facilita a entrada e novas empresas e
novos produtos;
 Exemplo no Brasil: desenvolvimento de coberturas relativas à
responsabilidade civil profissional.
AGENDA
 INTRODUÇÃO
 HISTÓRIA
 FUNÇÕES DO RESSEGURO
 CONTRATOS DE RESSEGURO
 TIPOS DE RESSEGURO
 RESSEGURO NO BRASIL E NOS DIAS DE HOJE
 CONCLUSÃO
CONTRATO DE RESSEGURO
 Natureza financeira;
 Contrato bilateral entre duas partes interessadas – Seguradora e
Resseguradora;
 Instrumentos: - SLIP – emitido pela seguradora;
- Cover Note – emitido pela resseguradora;
- Contrato de Resseguro.
AGENDA
 INTRODUÇÃO
 HISTÓRIA
 FUNÇÕES DO RESSEGURO
 CONTRATOS DE RESSEGURO
 TIPOS DE RESSEGURO
 RESSEGURO NO BRASIL E NOS DIAS DE HOJE
 CONCLUSÃO
TIPOS DE RESSEGURO
.
Resseguro
Facultativo Automático
Proporcional Não Proporcional Proporcional Não Proporcional
TIPOS DE RESSEGURO
 Facultativo:
Nenhuma obrigação de ceder/ aceitar;
Risco isolado;
Utilizado em risco de grande porte ou para situações
especiais de cobertura;
Contrato “feito sob medida”;
Custo elevado → usado apenas em riscos que envolvam
um grande valor de prêmio.
TIPOS DE RESSEGURO
 Facultativo:
Vantagem para a cedente: gera capacidade para
colocação de excedentes e de riscos de difícil aceitação no
mercado ressegurador;
Vantagem para o ressegurador: melhor repartição dos
riscos;
 Inconveniente: prática da antisseleção por parte da
seguradora.
TIPOS DE RESSEGURO
 Automático:
Conjunto homogêneo de risco;
Bases de aceitação feitas a priori;
Seguradora obrigada a ceder todos os riscos;
TIPOS DE RESSEGURO
.
Tipos de 
Resseguro
Proporcional
Quota –
- Parte
Excedente de 
Responsabilidade
Excesso de 
Danos
Não -
Proporcional
Stop Loss
ou
Agregado
Por Risco
Por ocorrência
(Catástrofe)
TIPOS DE RESSEGURO
 Proporcional: relação estreita entre o prêmio e os
sinistros;
 Não Proporcional: não há relação entre o custo do
produto da cedente e do ressegurador;
RESSEGURO PROPORCIONAL
 É o plano mais antigo de resseguro.
 Aumenta a capacidade de subscrição.
 Divisão de responsabilidade em base proporcional, de
acordo com os percentuais obtidos entre a
retenção/cessão de resseguro e o valor segurado.
 O foco é o tamanho do risco.
 O ressegurador aceita o prêmio fixado na apólice e
recebe um percentual desse prêmio de acordo com sua
proporção no risco.
RESSEGURO PROPORCIONAL
 O ressegurador participa dos sinistros com base na
mesma proporção da sua participação no prêmio.
 O ressegurador paga uma comissão sobre os prêmios a
ele cedidos.
 A comissão serve para reembolsar a cedente dos custos
de aquisição.
 A comissão é um mecanismo que o ressegurador dispõe
para manipular o custo de resseguro.
CONTRATO QUOTA-PARTE
1 2 3 4 5 6 7 8 9
CONTRATO QUOTA - PARTE
 Aumenta a capacidade de subscrição da cedente.
 Retenção e cessão são estabelecidas através de um
percentual fixo.
 Não há cessões individuais.
 Prêmio de resseguro é um percentual do prêmio de
seguro menos comissão negociada.
 Custo da cobertura de resseguro é elevado.
 Utilizado normalmente para novos riscos.
EXEMPLO – QUOTA-PARTE 80% Segurador Direto Ressegurador
20% 80%
$ 1.000.000 Limite $ 200.000 $ 800.000
$ 160.000 Prêmio $ 32.000 $ 128.000
$ 120.000 Sinistro $ 24.000 $ 96.000
Sinistralidade 75% 75%
Limite da Apólice
$1.000.000
20% Retenção 
Líquida do 
Segurador 
Direto
80% Ressegurador
EXCEDENTE DE RESPONSABILIDADE
1 2 3 4 5 6 7 8 9
EXCEDENTE DE RESPONSABILIDADE
 Aumenta a capacidade de subscrição da cedente.
 Lei dos grandes números opera mais eficazmente.
 Percentagens variadas de resseguro.
 Cessões individuais.
 Prêmio de resseguro é um percentual do prêmio de
seguro menos comissão.
 Flexível para se ajustar às necessidadesda seguradora.
EXCEDENTE DE RESPONSABILIDADE
Apólice Participação Participação 
do Segurador do Ressegurador
Apólice A
Importância Segurada 10.000 10.000 -
Prêmios 100 100 -
Indenizações 1.000 1.000 -
Apólice B
Importância Segurada 30.000 20.000 10.000
Prêmios 400 267 133
Indenizações 12.000 8.000 4.000
Apólice C
Importância Segurada 120.000 20.000 100.000
Prêmios 1.100 183 917
Indenizações 8.000 1.333 6.667
Capacidade do contrato: $240.000
Pleno: $ 20.000
RESSEGURO NÃO PROPORCIONAL
 Compartilhamento dos riscos não é relacionado ao
compartilhamento dos prêmios;
 Proteção da cedente;
 Experiência da carteira da cedente influencia na fixação
do custo;
 Ressegurador responsável apenas por sinistros que
excederem o montante de sinistro até o limite de
cobertura.
RESSEGURO NÃO PROPORCIONAL
 Vantagens: - custo administrativo reduzido;
- simplicidade no processamento de sinistros;
- proteção contra perdas volumosas;
- conhecimento antecipado do custo;
- aumento dos prêmios retidos;
 Desvantagens: - pagamento antecipado dos prêmios;
- valor do prêmio pode ser influenciado por região;
- necessidade de boa base de dados;
EXCESSO DE DANOS
 Protege a cedente contra sinistros acima de um limite
que ela poderá suportar;
 Recebimento do valor do sinistro pela cedente feito por
cada sinistro;
 Vantagens para a cedente: simplicidade no
processamento do resseguro e maior retenção de
prêmios;
 Vantagens para o Ressegurador: conhecimento a priori
dos valores a indenizar.
EXCESSO DE DANOS
 Risks Attaching ou Losses Occurring.
 Risks Attaching
 Cobre os riscos iniciados na vigência do contrato
 Losses Occuring
 Cobre os sinistros ocorridos na vigência do contrato
 Custo de resseguro negociado através de uma taxa aplicável
sobre o prêmio de seguro da carteira protegida.
 Geralmente prêmio mínimo e prêmio depósito.
EXCESSO DE DANOS POR RISCO
 Também chamado de Working Cover
 Cedente determina o máximo que aceita perder em
um único risco atingido;
 Ressegurador responsável pelo pagamento da parte
excedente da prioridade estabelecida.
EXCESSO DE DANOS POR CATÁSTROFE
 Dois ou mais riscos físicos devem ser afetados;
 Ressegurador corre o risco de pagar um valor muito
alto de sinistros;
 Compra da cobertura CAT (catcover) por parte da
resseguradora para previnir grandes perdas.
STOP - LOSS
 Cobertura de resultados anuais;
 Ressegurador assume parte da carga de sinistro
anual que supera a prioridade;
 Acionada quando a sinistralidade de um ramo
supera porcentagem de prêmios recebidos;
 Costuma ser usado no seguro de tempestades e
granizo.
RESSEGURO FINANCEIRO 
 Resseguro não tradicional ou alternativo;
 Impossibilidade de caracterizar o risco da maneira que é
concebido na atividade securitária;
 A seguradora cede uma carteira de sinistros já ocorridos ou
referente a novos sinistros em função do valor presente desses
valores. Caso a reserva esteja sendo constituída sem desconto
financeiro, é vantagem para a seguradora, pois ela recebe o
ganho futuro hoje e ainda diminui o seu passivo, podendo
subscrever novos riscos.
AGENDA
 INTRODUÇÃO
 HISTÓRIA
 DEFINIÇÕES
 FUNÇÕES DO RESSEGURO
 CONTRATOS DE RESSEGURO
 TIPOS DE RESSEGURO
 RESSEGURO NO BRASIL E NOS DIAS DE 
HOJE
 CONCLUSÃO
HISTÓRIA DO RESSEGURO NO BRASIL
 Início da atividade seguradora no Brasil: 1808, com a
vinda de Dom João VI;
 Primeiras Seguradoras: Cia. de Seguros Boa Fé e
Companhia de Seguros Conceito Público, na Bahia;
 Criação do IRB em 03/04/1939 – primeira
Resseguradora Nacional;
 1941 - Decreto-Lei 3.784 tornou obrigatória às
seguradoras a aceitação das retrocessões do IRB, mesmo
nos ramos não operados por elas.
HISTÓRIA DO RESSEGURO NO BRASIL
 Início da década de 90: inclusão do IRB no Programa
de Desestatização;
 1992: Carta de Brasília e Plano Diretor do Sistema de
Seguros, Capitalização e Previdência Complementar;
 1996: aprovação da quebra do monopólio para a
atividade de resseguro no Brasil.
O RESSEGURO NOS DIAS DE HOJE
 Janeiro/2007: abertura do mercado ressegurador –
Lei Complementar nº 126 respaldada posteriormente
pela Resolução 168 da SUSEP;
 Criação de três tipos de Resseguradoras:
Ressegurador Local;
Ressegurador Admitido;
Ressegurador Não-Admitido;
O RESSEGURO NOS DIAS DE HOJE
 Criação da figura da corretora de Resseguro;
 Resoluções nº 224/2010 e nº 322/2015 CNSP;
 Res 224 – impedia a cessão de resseguro para empresas pertencentes ao mesmo
conglomerado sediado no exterior;
 Res 322 – obriga as seguradoras a contratarem com ressegurodaras locais pelo
menos 40% de cada cessão. Anteriormente somente precisava oferecer a um
ressegurador local. Este percentual vai cair gradualmente a 15% em 2020.
 Resolução 322/2015 do CNSP: permite a cessão de até 20% do
prêmio para o mesmo conglomerado sediado no exterior. Este
percentual vai subir gradualmente para 75% em 2020;
 IRB como resseguradora local e diversas outras empresas.
AGENDA
 INTRODUÇÃO
 HISTÓRIA
 DEFINIÇÕES
 FUNÇÕES DO RESSEGURO
 CONTRATOS DE RESSEGURO
 TIPOS DE RESSEGURO
 RESSEGURO NO BRASIL E NOS DIAS DE HOJE
 CONCLUSÃO
CONCLUSÃO
 Embora o resseguro seja pouco conhecido, ele é de 
extrema importância para o mercado segurador. Sem 
ele, dificilmente as seguradoras iriam sobreviver.
 O resseguro está em grande fase no Brasil. É preciso 
que seguradoras e resseguradoras analisem muito 
bem o risco antes de aceitar o negócio.

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