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Etiologia das maloclusões 1 – Introdução As causas atuam em períodos (pré-natal ou pós natal) sobre tecidos (tecido muscular, tecido ósseo e os dentes) e que produzem resultados (displasias dentárias, esqueléticas e funcionais – de tecido mole). Essa é a equação de Docrekll, 1952. Pra você ter uma maloclusão você tem que ter uma causa que tenha essa sequência. Só que para classificar do mesmo jeito que se classifica a de Angle por exemplo, nós temos que classificar as etiologias das maloclusões. Segundo Moyers: 7 grandes grupos das etiologias, e esses grupos são divididos em outros pequenos grupos. Segundo Gaber Segundo Proffit Segundo Salzmam Segundo Strang Segundo Graber – divide em dois grandes grupos: fatores gerais (fora da boca) e fatores locais (dentro da boca). Fatores Gerais – tem algumas divisões. Fatores Locais – proximidade com dentes, tecidos moles e ósseo. Fatores Gerais Hereditariedade Defeitos Congênitos Causas ambientais Doenças metabólicas e predisponentes Desequilíbrio endócrino Desequilíbrio metabólico Doenças infecciosas Problemas nutricionais Hábitos anormais Exógenos Endógenos Fatores Locais Anomalia de número Dentes supranumerários Ausências dentárias Anomalia de tamanho Anomalia de forma Freio labial normal A Perda precoce do decíduo Irrupção tardia do permanente Via de irrupção anormal Anquilose Cárie Restaurações incorretas Fatores Gerais Hereditariedade - Transferência de caracteres por genes Raça – Como você transmite uma maloclusão por raça? Ex: raça asiática. Tem característica de face diferente, característica de crescimento do terço médio, e tem uma retração mais acentuada em relação à outras raças. Pouco desenvolvimento do terço médio. Então a classe III tem mais tendência em raças asiáticas. Ao contrário, vocês tem os negros, tem característica a biprotrusão. Celtas antigos, brancos, pouco desenvolvimento da mandíbula, característica de classe II. Tipo facial Mesoencéfalo Dolicocéfalo Braquicéfalo Automaticamente uma mãe ou pai de face longa, isso é fatal na transferência. Se você tem uma criança com mordida aberta anterior esquelética, é provavelmente uma herança familiar. Influência morfogenética A forma da face, do palato, da arcada tem grande influência genética, então não podemos num tratamento achar que vamos colocar o mesmo aparelho com a mesma forma em todos. Porque cada um tem uma especificidade em cada um. Heranças dento-faciais Exemplos: Micrognatia Diastemas Prognatismo mandibular Variação de forma Relação entre as arcadas (classe II) Defeitos congênitos Fenda do palato: unilateral e bilateral Fenda labial: unilateral e bilateral Quando você tem a formação do embrião você tem umas estruturas formadas: processo maxilar, fronto-nasal. O fronto-nasal é responsável pela parte posterior da cabeça e lateral da cabeça, e medial da face. Só que a porção externa, então você tem uma estrutura que se une ao processo maxilar direito e esquerdo, e quando ele se une forma o filtro (estrutura abaixo do nariz). Então quando você não tem essa união você tem uma fenda labial e nasal. Exclusivamente região lateral labial – lábio leporino Fenda palatina: ** Depende dos processos frontonasal e maxilar na sua união. 1 arco branquial: formação da mandíbula. Paralisia cerebral Displasia cleido-craniana Disostose cleido-craniana antigamente. Sífilis congênita Displasia ectodermica Ausência de pelos e ausência dentária. Causas ambientais Pré-natal Posição anormal do feto Fibroma da mãe Lesões amnióticas Dieta materna- a mãe nos primeiro 3 meses precisa de muito ferro, então a dieta é importante Metabolismo materno Anomalias induzidas por drogas Traumas Doenças contagiosas como rubéola Pós-natal Disfunção de ATM – alteração que pode ser causada por traumas, acidentes, ou do próprio organismo. Assimetrias por fratura condilar Deformação do maxilar superior no parto Cicatrização de queimaduras extensas Tetraciclina Doenças metabólicas e predisponentes Desequilíbrio endócrino Hipotireoidismo, hipertireoidismo, etc... Distúrbios metabólicos Estado febril Anemia Alergia Doenças Infecciosas Enfermidades de efeitos paralisantes Acromegalia Alterações nasofaringeanas Problemas nutricionais Escorbuto Vit. C Beribéri – Vit. B1 Raquitismo – Vit. D Hábitos Exógenos Sucção do seio materno Benéfica para a criança ao contrário da sucção de mamadeira convencional Dentro dessa sucção existe uma coisa que faz parte da alimentação da criança, chamada deglutição. Ou seja, faz sucção do leite e deglute. Quando ele deglute tem o posicionamento da língua em uma determinada posição que faz o vedamento do seio da mãe nos lábios da criança. – Deglutição visceral ou infantil. Funcionabilidade de vetar o ar e não permitir que a criança ingira mais ar do que leite. As mamadeiras tem tipos de bicos diferentes que com essa morfologia você pode ter um prejuízo futuro na deglutição da criança. Observa-se: Abertura grande da boca – porque dependendo do bico da mamadeira, ele as vezes é maior, mais comprido, não anatômico, a criança abre mais a boca e ingere mais ar Contato somente com o vermelhidão do lábio – a criança acaba não fazendo força com o bucinador Pouca atuação do bucinador Bico próximo da garganta Maior ar ingerido Pouca sucção Consequências: Pressão muscular anormal Necessidade de sucção não satisfatória Sucção de chupeta Consequências Deglutição atípica – ela começa a colocar a língua numa posição errada. Lábio versão dos incisivos superiores Diastemas Mordida aberta Contração do arco superior Mordida cruzada posterior Sucção do polegar Causas: Satisfação insuficiente das necessidades de sucção na infância Distúrbios emocionais (teoria psicanalítica) Comportamento apreendido Consequências: Mordida aberta anterior Estreitamento do arco Mordida cruzada posterior Aprofundamento de palato Soalho nasal estreito Fonação atípica TRATAMENTO Qual é o tempo incorreto para iniciar procedimentos corretivos? Não adianta você tirar a chupeta de uma criança de 1 ano de idade se ela pode ficar até 3 anos. Qual o momento certo para iniciar procedimentos corretivos? Chupeta e mamadeira a partir de 3 anos, dedo: assim que for detectado (com conversa, psicólogo e ortodontia). Qual é a abordagem para o problema? Hábitos não significativos: ap. “lembretes” Hábitos significativos: trabalho multidisciplinar (fono, orto e psicólogo) Abordagem psicológica Todos os hábitos dependem: Duração Frequência Intensidade Endógenos Deglutição atípica A deglutição é uma função biológica, complexa e coordenada, na qual substâncias passam da cavidade oral para a faringe e o esôfago. Deglutição infantil ou visceral Separação dos maxilares Lingua interposta entre os rebordos gengivais Estabilização da mandíbula pelos músculos faciais Movimento de deglutição controlado por intercambio sensorial entre lábios e língua. Causas da deglutição atípica Amídalas hipertrofiadas Anquiloglossia/macroglossia Bico de mamadeira Rugosidade palatina grossa Hábito de sucção Padrão neurológico determinado Perda dentária Pressão atípica do lábio Características Pressionamento atípico da língua Participação da musculatura perioral Ausência de contração dos masséteres Sopro ao invés de sucção Cuspir e acumular saliva nos cantos da boca Tratamento Fonoaudiologia Placa com grade Arco lingual com pontas ativas Grade palatina fixa Tratar deglutição atípica depois da irrupção de 4 incisivos inferiores e superiores (7 para 8 anos) porque aí a fono consegue conversar com ela e explicar que ela precisa fazer alguns exercícios. Deglutição madura ou somática Quando você deglute tem o posicionamento da lingua mais dorsal, no máximo a ponta da lingua encosta na papila incisiva. Coloca água na boca dá pra detectar a deglutição atípica.Fonação atípica Fonação é o processo mecânico de comunicação verbal, compreendendo o emprego da voz, da articulação, do ritmo, da entonação e da intensidade. É uma situação um pouco diferente da deglutição. Você pode ter uma pessoa que fala palavras erradas, mas essa fonação não interfere absolutamente nada no problema de oclusão, porque as vezes é apenas a maneira de falar, não a maneira de posicionar a língua. A língua apesar de falar errado se posiciona melhor que uma pessoa que as vezes fala normal e tem um problema anatômico. Diagnóstico Pronúncia de sons sibilantes Causas associadas Hábitos de sucção – exógenos / deglutição atípica – endógenos Anquiloglossia Quando você fala errado, no final da frase você faz a deglutição, então quando você fala errado você coninua com a língua projetada. Isso pode ser grave ou não. Tem pessoas que tem fonação atípica mas não tem alteração mecânica na oclusão. Tratamento Associação: remoção da causa com fonoaudiologia e ortodontia Quando tratar? Uma criança com 4, 5 anos não consegue falar todas as palavras. Não consegue falar por muito tempo com uma sequência de pensamentos. E nessas composições ela pode não estar apta a falar todas as palvras corretas. Então o correto é, se a criança fala errado, quanto mais cedo corrigir melhor, o problema da dicção é melhor corrigido. Mas não coloca-se aparelho nessa fase, porque entre 4 e 7 anos as crianças trocam os dentes anteriores, então ela fica sem o ponto de referência pra colocar a língua. Então o ideal é pra tratar depois dos 8 anos de idade. Porque aí ela já tem os 4 incisivos superiores e inferiores, tem o anteparo. E a criança já está alfabetizada e também tem uma maturidade para aceitar o tratamento. Época incorreta: abaixo dos 6 anos, porque ela não vai adquirir o conhecimento necessário. A dicção sim, mas treinar essa deglutição demora tempo e é inviável. Placa com grade, grade palatina fixa, pontas ativas. Basicamente esses três aparelhos. Respiração bucal Considera-se respiração normal aquela que utiliza adequadamente os tratos nasal e nasofaríngeo, sem requerer a utilização de músculos extrínsecos a este processo. A partir do momento que você não tem uma respiração basicamente nasal, começa a ter respiração nasal ou nasobucal, você passa a ter uma respiração atípica, e essa respiração pode causar alterações. A deglutição atípica e fonação atípica basicamente causam problemas dentários. A bucal e nasobucal causam problemas dentários e esqueléticos. É pior do que a deglutição e fonação as consequência Causas – problemas alérgicos e mecânicos Desvio de septo nasal Atresia congênita das coanas: Estenose do segmento ântero-inferior do nariz Alergias Asma brônquica Hipertrofia de amígdalas e adenóides Hábito Características Face longa e estreita Constrição maxilar Palato ogival Mordida aberta anterior – porque ela contrai o posterior, dá leve extrusão nos molares, a mandíbula vem pra trás e tem rotação horária e abre a boca na frente. Mordida cruzada posterior - Tendência à classe II de Angle Tratamento Remoção das obstruções nasais ou faringeanas Intercepção do hábito Correção das alterações esqueléticas/ dentárias/ funcionais Postura labial e lingual anormal A postura errada favorece a uma deglutição, fonação e respiração atípica, também características dentárias atípicas, ou seja maloclusão. Postura normal da língua Toque da porção anterior da língua na região da papila palatina O dorso da língua toca o palato e a ponta normalmente a fossa lingual dos incisivos inferiores. Postura anormal da língua Classe II, 1a divisão Classe III Mordida abertura Respiração bucal Tratamento Correção da maloclusão Tratamento fonoaudiológico Otorrinolaringologista Hábito de morder lábios e bochechas Hábito de morder outros objetos Consequências Mordida aberta Diastemas Giroversão Mordida cruzada; Onicofagia (roer unhas) Desajustes sociais e psicológicos Bruxismo Causas Fator psicológico/emocional Consequências Fraturas e desgastes Perda de dimensão vertical 7 – Postura Dormir com a mão por baixo do travesseiro/rosto Apoio no queixo e posição de coluna 8 – Acidentes e traumas traumas de decíduos desviam o permanente FATORES LOCAIS 1 – Anomalia de número Dentes supranumerários O mais frequente é o mésio dente, forma geralmente cônica Dentes pequenos e rudimentares ou normais (isoforma) Consequência: maloclusão Ausência dentária Causas: Hereditariedade Enfermidades (sífilis e raquitismo) Doenças congêntias (displasia ectodérmica) Infecções Irradiação em idade precoce Crianças com leucemia abaixo de 5 anos de idade – radioterapia e quimioterapia interferem. Observa-se nas duas dentições, ambas as arcadas ou localizada ILS, segundo pré inferior, terceiros molares, segundo pré superior Consequências: Retenção prolongada dos dentes decíduos Espaços residuais Migrações dentárias Desarmonia oclusal PROVA: Primeira coisa: Anamnese, EXC e radiografia panorâmica. Anomalia de número – ausências congênitas Anodontia: ausência total Oligodontia: ausência parcial – normalmente associadas por síndromes Segundo o professor: não é favorável deixar o pré-molar – altera a oclusão. O ideal é extrair, ou colocar implante ou fechar. PROVA: lee way space de nance Conduta clínica ** Macro e microdontia Microdontia Pode ser: Generalizada verdadeira Generalizada relativa: incisivos pequenos, posteriores normais Localizada Consequência: espaços generalizados. Conduta clínica: Manter o dente Exodontia Macrodontia Pode ser Generalizada verdadeira Generalizada relativa: incisivos pequenos, posteriores normais Localizada Consequência: falta de espaços Anomalia de forma Geminação Fusão Concrescência Cúspide em garra Dente de Hutchinson Dentes de amora Outros Causas: Hereditariedade Enfermidades (sífilis congênita) Traumatismos Amelogênese imperfeite Hipoplasia de esmalte Frequência: ILS permanentes (dentes conóides) Incisivos permanentes (cúspide em garra) Segundos pré-molares inferiores (cúspide lingual extra). Dentes conóides: Alteração na forma dos incisivos laterais Consequências ** Cúspide em garra Estrutura projetada a partir do cíngulo dos incisivos Dilaceração Causa: trauma, infecção Geminação Tentativa de divisão do germe dentário Consequências – não cai na prova Estética prejudicada Deficiencia na relação oclusal Aumento do espaço M-D ocupado no arco Difícil movimentação ortodôntica Fusão Tentativa de união do germe dentário Consequências Estética prejudicada Deficiência na relação oclusal Aumento do espaço M-D ocupado no arco Difícil movimentação ortodôntica Taurodontia Dente com bifurcação radicular situada mais apicalmente Causa: falta de invaginação da bainha epitelial de Hertwig Dens in dent Radiograficamente – invaginação piriforme do esmalte e dentina Consquências: Infecções pulpares Perdas precoces Incisivos de Hutchinson e molar em amora Alteração na formação do esmalte sífilis congênita Consequências: Estética e desarmonia Conduta clínica: manter o dente ou exodontia Freio labial normal Inserção baixa Causa diastema interincisal Diagnóstico diferencial Microdontia, macrognatia, dentes supranumerarios, laterais conoides, ausencia de incisivos superiores, hábitos, cistos e hereditariedade. Consequência: diastema Diastemas Causas: Ausência congênita dos incisivos laterais Microdontia Supranumerios Cistos e tumores Fase do patinho feio Diagnóstico: isquemia Conduta clínica: Remoção do freio labial Fechamento do espaço Perda precoce do decíduo Causas Traumas ou cárie Consequências Barreira óssea Habitos Diminuição do perímetro do arco Extrusão do antagonista Importância dos dentes decíduos: Manter o espaço para os dente permanentes Mastigação Deglutição Fonação Estética Guias deirrupção dos dentes permanentes. Se você perde ele precocemente ele pode alterar todo esse processo. Região anterior: trauma e cárie Consequências Perda de espaço Função alterada Estética Fibrose gengival Desvio da posição do permanente. Região posterior: cárie Perda de espaço – alteração no desenvolvimento da oclusão (2 molar deciduo) Conduta clínica: manter espaço Retenção prolongada do decíduo Causas: Falta de sincronia na irrupção Rigidez do periodonto Anquilose do decíduo Ausência do permanente Problemas endócrinos Conduta clínico: extração Irrupção tardia do permanente Perda precoce do decíduo Dentes supranumerários Ectopia Coroas grandes Ausência congênita Barreira tecidual Problemas endócrinos Síndromes que afetam: dOWN Turner Vias de irrupção anormal Causas Herança Discrepancia dente osseo Barreiras físicas Traumas Processos patológicos Infecções Transposição DESCREVA 5 ETIOLOGIAS DA MALOCLUSÃO Consequência: impactação Reabsorção das raízes dos dentes vizinhos Anquilose Causas Lesões Enfermidades congênitas Endocrinopatias Ausência do permanente Característica Dente submerso Dente surdo Rompimento da membrana periodontal União do cmento e lâmina dura do osso alveolar Anquilose é mais frequente em dentes decíduos Consequências Migração dos dentes vizinhos Extrusão do antagonista Perda k.
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