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NPJ Petição Inicial MANOEL QUEIXA CRIME por AÇÃO PENAL PRIVADA SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUÍZ DE DIREITO DA _____ VARA CRIMINAL DA CAPITAL
MANOEL, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da cédula de identidade sob o n°..., inscrito no CPF sob o nº..., residente e domiciliado na Rua..., nº..., bairro..., Cidade/UF, CEP...., com endereço eletrônico ..., por meio de seu advogado subscrito, com endereço profissional na Rua ..., nº..., bairro ...., Cidade/UF, CEP..., vem a esse juízo propor a presente ação:
QUEIXA CRIME 
Por meio de AÇÃO PENAL PRIVADA SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA, com fundamento no artigo 100, §2º do Código Penal, e nos artigos 30, 41 e 44 do Código de Processo Penal.
Em face de MÁRCIO, nacionalidade..., estado civil..., profissão..., portador da cédula de identidade RG N°..., inscrito no CPF..., residente e domiciliado na rua..., nº..., bairro..., Cidade/UF, CEP..., com endereço eletrônico ...., pelas razões de fato e de direito que passa a expor:
I - DOS FATOS
 MANOEL, pessoa idosa, se deslocou ao Banco do Brasil, onde é cliente, com o intuito de realizar saque em dinheiro em um terminal de autoatendimento, quando em frente a um caixa eletrônico, já estando prestes a sacar dinheiro, foi abordado por MÁRCIO, devidamente uniformizado, inclusive utilizando um crachá identificador de funcionário do estabelecimento bancário, passando-se então, por funcionário da referida Empresa de Economia Mista, lhe dando falsas orientações a respeito de “um suposto mecanismo novo”, para o qual o QUERELANTE deveria receber instruções do QUERELADO para poder realizar o saque com sucesso, e ainda o informou que se assim não o fizesse, não conseguiria obter êxito na operação.
Diante de tamanha encenação do RÉU, com a única intenção de ludibriar, enganar o AUTOR, não restou alternativa para MANOEL, pessoa idosa, em acreditar nas palavras daquele suposto funcionário bancário, devidamente caracterizado. Sendo assim, entregou-lhe seu cartão de débito e narrou-lhe a senha.
MÁRCIO, então, conseguiu realizar a operação de saque na conta de MANOEL, retirando a quantia de R$ 200,00 para o DEMANDANTE, e em seguida, simulou estar trocando a senha, dizendo ao AUTOR que era para que ninguém mais soubesse dela, e ficando apenas de conhecimento do titular da conta.
Porém, o que o DEMANDADO fez de fato, foi substituir a senha que era de conhecimento exclusivamente de MANOEL, por uma senha de conhecimento apenas seu, o que é um crime covarde e sem escrúpulos. Sendo que depois, com a senha em mãos, o RÉU retornou ao caixa eletrônico da agência bancaria em epígrafe, e efetuou um saque indevido de R$ 5.000,00 da conta da VÍTIMA.
É importante destacar, que o RÉU valeu-se de ardil, ao criar o personagem de funcionário do Banco do Brasil, inclusive com toda a vestimenta adequada, que poderia enganar, induzir a erro a qualquer pessoa, inclusive o AUTOR, pessoa idosa, que foi induzido ao erro, o que ocasionou a perda de seu dinheiro suando, conquistado com tanto trabalho, esforço e honestidade, sendo que, com todo esse trama desenvolvido pelo QUERELADO, ele obteve vantagem ilícita consistente na quantia pecuniária de R$ 5.000,00.
Se faz necessário salientar, que ainda no mês de dezembro, foi instaurado inquérito, concluído e remetido ao Ministério Público, porém, já foram completados quarenta (40) dias e o MP continua inerte, sem tomar qualquer providência sobre o caso. 
II - DO DIREITO
Ante o exposto, requer a Vossa Excelência que seja recebida a presente queixa-crime, contra o RÉU, como incurso no art. 171, caput, do Código Penal, para que, citado, apresente a defesa que tiver, sejam colhidas às provas necessárias e, ao final, possa ser condenado.
Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento:
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, de quinhentos mil réis a dez contos de réis.
O DEMANDADO cometeu crime de estelionato contra o querelante, apropriação indébita qualificada, claramente a conduta do querelado se adequa inequivocamente a tipificação feita.
 	No em tela, resta evidente a autoria delitiva, inclusive corroborada por provas testemunhais descritas.
 	Desta feita, a conduta do QUERELADO se adequa perfeitamente ao crime de estelionato contra idoso.
 	Assim, encontra-se o RÉU incurso nas penas do artigo 171, inciso VI, §4º do CP, incluído pela Lei nº 13.228 de 2015.
Estelionato contra idoso
§ 4o Aplica-se a pena em dobro se o crime for cometido contra idoso. (Incluído pela Lei nº 13.228, de 2015)
Importante salientar, que ainda no mês de dezembro foi instaurado Inquérito Policial concluído e remetido ao Ministério Público, porém, já foram completados quarenta (40) dias e o MP continua inerte, sem tomar qualquer providência sobre o caso, mediante isso a AÇÃO PENAL PRIVADA SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA que consiste na autorização constitucional (artigo 5º, inciso LIX) que possibilita à vítima ou seu representante legal ingressar, diretamente, com ação penal, por meio do oferecimento da queixa-crime, em casos de ações públicas, quando o Ministério Público deixar de oferecer a denúncia no prazo legal.
Artigo 5º, LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal;
 	Ressalta-se que a titularidade da ação penal nesse caso não é da vítima. Uma vez oferecida a queixa pelo ofendido, o Ministério Público poderá aditá-la, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso.
III - DOS PEDIDOS
Ante o exposto, requer:
Que seja recebida a presente QUEIXA CRIME contra o RÉU, como incurso no art. 171 do Código Penal, para que, citado o QUERELADO para responder os termos da ação penal, e ao final, seja julgado procedente o pedido de condenação de MÁRCIO, conforme versa o art. 171, §4º do CP;
Que seja realizada a manifestação do Ministério Público, intimação e oitiva das testemunhas arroladas ao processo;
Requer que seja realizada a devolução pelo RÉU, do valor retirado indevidamente da conta do AUTOR, no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais); 
Requer ainda, a fixação do valor mínimo de indenização, como forma de reparação aos pelos prejuízos sofrida pelo QUERELANTE, nos termos do art. 387, IV, do CPP. 
Citação do RÉU para que, querendo, apresente contestação no prazo legal, bem como provas que achar pertinente para presente caso, sob pena de revelia;
V - DAS PROVAS
 Pretende-se provar o alegado por todos os meios de prova admitidos, em especial, pelos documentos acostados à inicial, por testemunhas a serem arroladas em momento oportuno e novos documentos que se mostrarem necessários, como também, pelo depoimento pessoal do RÉU.
 Termos em que, 
 Pede e espera deferimento.
Cidade/UF, xx de xxxxx de xxxx.
Advogado
OAB/UF nº