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trabalho escrito sociologia

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Alunos:
Gabriela Silva Costa Raphael Mendes Thaís Lima Kevelyn Cavalari Maria Fernanda dos Santos Lima Sheila Brigido de Assis Nathalia Souza
Situação do negro após a abolição da escravatura
Rio de Janeiro
Gabriela Silva Costa - 1610888020 Raphael Mendes - 1610888021 Thaís Lima- 1610811032 Kevelyn Cavalari – 161081104 Maria Fernanda dos Santos Lima- 16100811020 Sheila Brigido de Assis – 1610811112 Nathalia Souza
Trabalho apresentado em comprimento das exigências da disciplina História da cultura afro do curso de Biomedicina e Enfermagem.
Orientador Professor Luís Otávio
Rio de janeiro
 06/2016
Sumário
INTRODUÇÃO......................................... 4 DESENVOLVIMENTO....................... 4,5, 6,7 BIBLIOGRAFIA.................................... 8
Introdução
No dia 13 de maio de 1888, chegou ao fim o trabalho escravo no Brasil. Após quatro séculos de escravidão, tortura e maus-tratos, os negros estavam libertos perante a lei. A aprovação da Lei Áurea, a lei que oficializou o fim da escravidão no Brasil, foi assinada pela Princesa Isabel. O processo abolicionista foi também resultado de uma luta política, que mobilizou alguns políticos da época que se empenharam em ajudar a Princesa a aprovar a Lei Abolicionista. A abolição foi o resultado, principalmente, da luta dos negros, escravos ou não, que se mobilizaram ao longo da década de 1880 contra a continuidade do trabalho escravo. O movimento dos negros se traduziu em fugas maciças, assassinatos de proprietários de terras e dos capatazes, esses atos ameaçaram a ordem social do final do Império, tornando inevitável, por um número cada vez maior de pessoas, o questionamento se a escravidão era legítima ou não.
Desenvolvimento
A vida do negro após a abolição
A escravidão chegou ao fim, o ex-escravo tornou-se igual perante a lei, mas isso não lhe deu garantias de que ele seria aceito na sociedade, por isso os recém-libertos passaram dias difíceis mesmo com o fim da escravidão. Diferente do que aconteceu nos Estados Unidos, no Brasil, após o fim da escravidão, os ex-escravos foram abandonados à própria sorte. Nos Estados Unidos, com o fim da Guerra da Secessão, a vitória do Norte sobre o Sul implicou na emancipação total dos escravos e eles foram amparados por uma lei, que possibilitou assistência e formas de inserção do negro na sociedade.
No Brasil, sem acesso a terra e sem qualquer tipo de indenização por tanto tempo de trabalhos forçados, geralmente analfabetos, vítimas de todo tipo de preconceito, muitos ex-escravos permaneceram nas fazendas em que trabalhavam, vendendo seu trabalho em troca da sobrevivência. Aos negros que migraram para as cidades, só restaram os subempregos, a economia informal e o artesanato. Com isso, aumentou de modo significativo o número de ambulantes, empregadas domésticas, quitandeiras sem qualquer tipo de assistência e garantia; muitas ex-escravas eram tratadas como prostitutas. Os negros que não moravam nas ruas passaram a morar, quando muito, em míseros cortiços.  O preconceito e a discriminação e a ideia permanente de que o negro só servia para trabalhos duros, ou seja, serviços pesados deixaram sequelas desde a abolição da escravatura até os dias atuais.
Memória seletiva
O esforço para esquecer um passado incômodo foi acompanhado pela construção de uma memória seletiva do processo de emancipação, que apresentava a Lei Áurea como uma dádiva concedida pela romântica figura da princesa Isabel, amparada pela ação apenas dos abolicionistas brancos e dos parlamentares da época. Essa imagem idealizada dos 13 de maio produziu uma série de silêncios sobre as batalhas pela Abolição, marcada pela edição de jornais que reivindicavam o fim da escravidão, fugas coletivas, participação da classe trabalhadora organizada em associações, meetings abolicionistas, refregas nas ruas etc. Tentava-se, assim, desmobilizar os cenários, desqualificar os personagens, enfraquecer a força política e os desdobramentos da Abolição, remetendo a escravidão e os ex-escravos para um passado distante. Os ex-escravos e libertos reagiam, assim, à inexistência de políticas públicas no pós-1888 para incorporar milhares de pessoas a uma sociedade até então de cidadania restrita por meio do acesso à terra, ao trabalho e à educação. Pelo contrário: o silêncio sobre a integração dos ex-escravos e os limites da sua cidadania, misturado à truculência contra a população pobre urbana, sugere mesmo a institucionalização de um modelo – nem sempre explícito legalmente, mas vigente em práticas e políticas públicas adotadas – de intolerância racial que seria adotado no século XX pelas elites e pelo poder público do país “civilizado”.
Destino de alguns negros
O Rio de Janeiro, capital do Império, exerceu o papel de polo de atração para muitos libertos. Porém, o seu mercado de trabalho inicial não possuía condições de absorver essa mão de obra, proporcionando o surgimento de uma grande quantidade de desempregados e subempregados, alguns vivendo nas fronteiras da legalidade e ilegalidade. Em função da existência de circunstâncias que não permitiam o exercício pleno da cidadania, multiplicaram-se grupos, como os capoeiras, que vagavam pelas ruas da cidade vivendo de expedientes considerados duvidoso. Considerado, na época, "malandro", "preguiçoso" e "ladrão", o negro continuou sendo excluída da sociedade branca e europeizada.
Vigiar e punir
Uma análise dos processos criminais no pós-1888 com réus homens e mulheres aponta para o fato de que mesmo com o fim oficial da escravidão, a cor continuou sendo uma marca que não se apagou, carregada por milhares de homens e mulheres conhecidos como os “libertos dos 13 de maio” ou não. 
Formação da população brasileira
A entrada de imigrantes no Brasil integrava um ambicioso projeto de engenharia social dos intelectuais dessa época. Tomando a Europa como um grande modelo a ser copiado, muitos pensadores e políticos acreditavam que a imigração abriria portas para o gradual “branqueamento” da população brasileira. Nesse sentido, projetava-se a expectativa racista de diminuir a “negativa” presença de negros e mulatos na formação dopovo brasileiro.
Os negros vão à greve 
Depois de 1888, diversos trabalhadores negros, muitos deles ex-escravos ou descendentes de escravos, foram trabalhar legalmente nas estradas de ferro baianas. 
Já em 1909, uma série de greves paralisou quase todo o tráfego ferroviário na Bahia. 
Teoria do branqueamento
Entre a segunda metade do século XIX e a primeira metade do século XX, vigoraram em várias partes do globo as teses eugenistas, isto é, teses que defendiam um padrão genético superior para a “raça” humana. Tais teses defendiam a ideia de que o homem branco europeu tinha o padrão da melhor saúde, da maior beleza e da maior competência civilizacional em comparação às demais “raças”, como a “amarela” (asiáticos), a “vermelha” (povos indígenas) e a negra (africana).
Nesse período, alguns intelectuais brasileiros incorporaram essas teses e delas derivaram outra, por sua vez, “aplicável ao contexto do Continente” Americano: a “tese do branqueamento.” A defesa do branqueamento, ou do “embranquecimento”, tinha como ponto de partida o fato de que, dada a realidade do processo de miscigenação na história brasileira, os descendentes de negros passariam a ficar progressivamente mais brancos a cada nova prole gerada.
Revolta da chibata
Mais de duas décadas após a abolição da escravidão, a prática de castigos físicos ainda era comum na Marinha brasileira. O rebaixamento de salário, o cativeiro em prisão solitária por um período de três a seis dias, a pão e água, para faltas leves ou reincidentes, e as 25 chibatadas para faltas graves eram penas regulamentadas em plena República. 
Causas da revolta:
O estopim da revolta ocorreu quando o marinheiro Marcelino Rodrigues foi castigado com 250 chibatadas, por ter ferido um colega da Marinha, dentro do encouraçado Minas Gerais.
Reivindicações:
Reivindicando o fim dos castigos físicos, melhorias na alimentação e anistia para todos que participaram da revolta. 
Movimentos negros
O Movimento Negro é a luta dos afrodescendentes para resolver os problemas da sociedade em que vivem – já que estão envoltos por preconceitos e discriminações raciais que os marginalizam no meio social, no mercado de trabalho, no sistema educacional e nos meios político e cultural.
Democracia racial
 É um termo usado por algumas pessoas para descrever relações raciais no Brasil. O termo denota a crença de alguns estudiosos como Gilberto Freyre que o Brasil escapou do racismo e da discriminação racial. Estudiosos afirmam que os brasileiros não veem uns aos outros através da lente da raça e não abrigam o preconceito racial em relação um ao outro. Por isso, enquanto a mobilidade social dos brasileiros pode ser limitada por vários fatores, gênero e classe incluído, a discriminação racial é considerada irrelevante (dentro dos limites do conceito da democracia racial).
Lei de cotas
No dia 26 de abril de 2012, o Supremo Tribunal Federal aprovou, em votação unânime, a constitucionalidade do sistema de cotas nas universidades públicas brasileiras. Essa votação - decorrente de uma série de ações judiciais que questionavam a legalidade do sistema de cotas na Universidade de Brasília (UNB), na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e no Programa Universidade para Todos (Pro Uni) - reacendeu a controvérsia sobre a validade das ações afirmativas e também sobre a discriminação racial no Brasil: as cotas raciais nas universidades são suficientes para acabar com as desigualdades de acesso à educação no Brasil? As ações afirmativas estão de acordo com o ordenamento jurídico do país? Quais as alternativas para combater as desigualdades?
Estatísticas
IDH NEGROS IDH BRANCOS 
0,74 0,83 
Fonte: PNUD/OIT 
Renda dos negros é 40% menor que a dos brancos
Rendimentos médios reais recebidos no mês
	Raça/Cor
	Renda média
	Brancos
	R$ 1.607,76
	Negros
	R$ 921,18
	Brasil
	R$ 1.222,90
 Mulheres negras são as que se sentem mais inseguras
Dados do IBGE mostram que as mulheres negras, quando comparadas com outros segmentos da população, são as que se sentem mais inseguras em todos os ambientes, até mesmo em suas próprias casas.
PROPORÇÃO DA SENSAÇÃO DE SEGURANÇA SEGUNDO LOCAL, SEXO, COR/RAÇA.
Esse padrão de vulnerabilidade se repete em outros indicadores de violência. Segundo dados do IBGE e do IPEA, a população negra é vítima de agressão em maior proporção que a população branca – seja homem ou mulher.
Maiores ícones negros Martin Luther King Jr.- Pastor e ativista
Luther King foi o mais famoso dos ativistas que lutou pela pró-igualdade racial dos Estados Unidos. Pastor da Igreja Batista, Martin palestrou e discursou por todo o território americano sempre pregando a igualdade e o ativismo pacífico. Recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1964. O seu assassinato ocorreu momentos antes de uma marcha em um hotel em Memphis no dia 4 de abril de 1968.
Bibliografia:
http://escolakids.uol.com.br/as-consequencias-do-fim-da-escravidao-no-brasil.htm
http://www2.uol.com.br/historiaviva/reportagens/abolicao_a_igualdade_que_nao_veio.html
http://www2.uol.com.br/historiaviva/reportagens/a_igualdade_que_nao_veio.html
http://brasilescola.uol.com.br/historiab/a-chegada-dos-imigrantes.htm
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/historiadobrasil/tese-branqueamento.htm
http://www.infoescola.com/sociologia/democracia-racial/
http://www.klickeducacao.com.br/conteudo/pagina/0,6313,POR-2086-18399-,00.html
http://rede.novaescolaclube.org.br/planos-de-aula/para-entender-cotas-nas-universidades
http://www.mensagenscomamor.com/icones-negros
http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/8-dados-que-mostram-o-abismo-social-entre-negros-e-brancos

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