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Behaviorismo: Definição e História
Todos os behavioristas concordam que é possível uma ciência do comportamento, que veio a ser chamada de analise comportamental. Apropriadamente, o behaviorismo é visto como a filosofia dessa ciência. Todas as ciências se originaram da filosófica e dela se separaram. A teoria da evolução de Darwin foi percebida como um ataque a religião por que se propunha a explicar a criação de forma de apenas com eventos naturais. A psicologia científica também nasceu da filosofia e talvez ainda esteja se separando dela. Dois movimentos promoveram essa ruptura, a psicologia objetiva enfatizou a observação e a experimentação, métodos que caracterizavam as outras espécies, inclusive seres humanos na seleção natural, e ajudou a promover explicações puramente naturais acerca do comportamento humano. 
Na psicologia objetiva pela introspecção ser um método subjetivo, muitos psicólogos o consideravam pouco confiável, criando assim outros métodos objetivos que pudessem ser refeitos em laboratórios. F.C.Donders: um dos pioneiros da Psicologia Objetiva com experimentos que mediam tempo de reação: processo mental de escolha. Gustav Fechner (1801-1887) desenvolveu outros métodos na tentativa de mensuração de intensidade subjetiva das sensações, possibilitando uma escala que se baseava na diferença apenas perceptível, ou seja, a menor diferença física entre duas luzes ou sons que uma pessoa conseguia detectar. Hermann Ebbinghauss (1850- 1909) mediu o tempo que ele levava para aprender e reaprender listas de sílabas sem sentido, a fim de produzir medidas de aprendizagem e memória. Vários psicólogos se utilizaram dos métodos de Pavlov (1849-1936) em que utiliza de um método para o estudo da aprendizagem e associação através da medida de um reflexo simples transferido para novos sinais apresentados no laboratório. Traziam assim, a perspectiva de que a psicologia poderia transformar-se em uma verdadeira ciência.
Watson, que fundou o behaviorismo, adotou o caminho da psicóloga comparativa. Atacou a ideia de que a psicologia era a ciência da mente. Sustentou que somente através do estudo do comportamento poderia a psicologia atingir a confiabilidade e a generalidade necessárias para se tomar uma ciência natural. 
A ideia de que o comportamento pode ser tratado cientificamente continua controversa, por que desafia a noção de que ele provém da livre escolha do indivíduo. Promove o determinismo, segundo o qual todo o comportamento se origina da herança genética e de eventos ambientais. O termo livre-arbítrio designa a suposta capacidade que temas pessoas de escolher seu comportamento livremente, sem levar em conta a herança ou o ambiente. O determinismo afirma que o livre-arbítrio é uma ilusão fundada na ignorância dos fatores que determinam o comportamento. Como uma versão branda do determinismo e as teorias compatibilizadoras defendem a ideia de que o livre-arbítrio é apenas uma ilusão, não representam de que as pessoas realmente possuem uma capacidade de se comprar de forma que escolheram, entra em conflito com o determinismo. Como a disputa entre determinismo e livre-arbítrio não pode ser resolvida atrás de provas, o debate acerca de qual desses dois pontos de vista é correto se apoia em argumentos relativos as consequências – socais e estéticas – da adoção de uma ou de outra.
Os críticos do determinismo argumentam que a crença no livre-arbítrio é necessária à preservação da democracia e da modalidade em nossa sociedade. Os behavioristas argumentam que provavelmente o oposto é que é verdadeiro – uma abordagem comportamental de problemas socais pode aperfeiçoar a democracia e favorecer o comportamento ético. Quanto a estética, os críticos do livre-arbítrio observam que ele é ilógico quando associado à noção de um Deus onipotente. Quer um ato seja atribuído a eventos naturais ou a vontade de Deus, ainda assim ele não pode, pela lógica, ser atribuído ao livre-arbítrio do indivíduo. Os defensores do livre-arbítrio retrucam que, dado que os cientistas nunca podem prever em detalhe as ações de um indivíduo, o livre arbítrio permanece possível, ainda que seja um mistério. Os behavioristas respondem que é precisamente sua natureza misteriosa que o torna inaceitável, por que levante o mesmo problema que outras ciências tiveram, de superar: como uma causa não natural pode levar a eventos naturas? Os behavioristas dão a mesma resposta que as outras ciências deram: os eventos naturais provem somente de outros eventos naturais. 
O behaviorismo como filosofia da ciência 
A ideia de que pode haver uma ciência do comportamento levanta duas questões: (1) o que é ciência? E, mais especificamente, (2) que visão de ciência se aplica ao comportamento? Os behavioristas radicais veem a ciência no contexto da tradição filosófica do pragmatismo. O pragmatismo contrasta com o realismo, concepção adotada por muitos cientistas anteriores ao século XX e por behavioristas do começo daquele século. O realismo sustenta que há um mundo real fora de nós e que esse mundo real externo dá origem a experiências internas em cada um de nós, O rnundo externo é considerado objetivo, enquanto o mundo da experiência interna e considerado subjetivo. No realismo, a ciência consiste na descoberta da verdade sobre o universo objetivo. Porém, como não temos conhecimento direto do mundo externo, mas apenas de nossa experiência interna, que nos é dada pelos sentidos, filósofos como Bertrand Russell argumentaram que a ciência deve proceder raciocinando a partir de dados sensoriais sobre o que deve ser o universo objetivo. Nossas experiências do mundo real são explicadas quando nosso raciocínio nos leva à verdade última sobre ele. O pragmatismo, ao contrário, não faz nenhuma suposição sobre um mundo real externo, indiretamente conhecido. Ao invés, concentra- se na tarefa de compreender nossas experiências. Perguntas e respostas que nos ajudam a entender o que acontece a nossa volta são úteis. Perguntas que não fazem diferença para nossa compreensão, como a pergunta sobre a existência de um universo real fora de nós, não merecem atenção. Não há verdade última absoluta; em vez disso, a verdade de um conceito reside em sua capacidade de articular parcelas de nossa experiência, organizá-las ou compreendê-las. Para os pragmatistas como William James e Ernst Mach, esse processo de unificar várias partes de nossa experiência é o que constitui a explicação. Na visão de Mach, falar de maneira eficaz sobre nossas experiências - isto é, a comunicação - é exatamente o mesmo que explicar. Ele sustentava que, desde que possamos falar sobre um evento em termos familiares, ele estará explicado. Na medida em que falar sobre eventos em termos familiares é chamado de descrição, explicação e descrição são a mesma coisa. A ciência descobre apenas conceitos que tomam nossa experiência mais compreensível. 
Enquanto o behaviorismo radical se baseia no pragmatismo, o behaviorismo metodológico se baseava no realismo. O behaviorismo radical rejeita o dualismo de mundos interno e externo, considera-o inimigo de uma ciência do comportamento e, no lugar, propõe uma ciência baseada no comportamento em um mundo único. Para o realista, o comportamento real ocorre no mundo real, e esse comportamento real é acessível apenas indiretamente, através dos sentidos. Consequentemente, o behaviorista metodológico tenta descrever os eventos comportamentais em termos tão mecânicos quanto possível, o mais próximo possível da fisiologia, O behaviorista radical, em vez disso, busca termos descritivos que sejam úteis para a compreensão do comportamento e econômicos para sua discussão. Descrições pragmáticas do comportamento incluem seus fins e o contexto no qual ocorre. Para o behaviorista radical, termos descritivos tanto explicam quanto definem o que é comportamento.
Teoria da evolução e reforço 
A teoria da evolução é importante para a análise comportamental sob dois aspectos. 
Primeiro, muito do comportamento se origina da herança genética derivada da história de evolução da espécie(filogênese). A seleção natural fornece os reflexos e padrões fixos de ação, a capacidade de condicionamento respondente, a capacidade de aprendizagem operante, os reforçadores e punidores cuja eficácia muda com o tempo e o contexto, e as variações que favorecem determinados tipos de condicionamento respondente e operante. 
Segundo a teoria da evolução fornece um modelo de explicação histórica, que é o tipo de explicação que se aplica ao comportamento operante. A história de reforço e punição é análoga à história de seleção natural, exceto que a primeira opera sobre um tipo de comportamento (população de ações) durante a vida de um indivíduo, enquanto a segunda opera sobre uma espécie (população de organismos) ao longo de muitas gerações. Ambos os conceitos substituem explicações não-científicas que remetem a um agente inteligente e oculto, que guiaria a mudança evolutiva ou comportamental. 
Enquanto na física e na química as explicações se baseiam em causas imediatas, as explicações históricas se referem a efeitos cumulativos de muitos eventos ao longo de muito tempo. As mudanças produzidas em uma população como resultado de seleção pelas consequências não podem ser localizadas em um momento específico. 
Tal como a filogênese, a história de reforço se refere a muitos eventos do passado, e foram eles que, todos juntos, produziram o comportamento presente.
Coerção e suas implicações: Este mundo coercitivo e nem todo controle é coerção
Coerção nada mais é do que a tentativa de manipulação do comportamento de um indivíduo através da punição. É uma atividade que fazemos o tempo todo, por mais que não percebamos, entretanto é um tipo de manipulação falha, visto que o indivíduo que está sendo submetido a ela começa a ter sentimentos negativos contra quem está o “dominando”, ou seja, crianças e adolescentes passam a ter raiva de seus pais ou professores, grupos podem tornar-se rebeldes contra seu líder, ou até mesmo uma sociedade pode se revoltar contra seu governante se este for muito tirano. Outra característica desagradável do método coercitivo é que ele passa de geração em geração, então se alguém foi submetido a tal método quando mais novo, é provável que use-o quando for mais velho, produzindo os mesmos sentimentos negativos na geração seguinte e, dessa forma, um ciclo. A punição, entretanto, não é totalmente negativa, mas é necessário saber quando e como utilizada, pois os efeitos indesejados citados anteriormente ocorrem apenas em casos de constante ocorrência de punição e pouco reforço. É ideal utilizar a punição apenas para cessar um comportamento indesejado para então reforçar o comportamento desejado, havendo um equilíbrio, por exemplo.
Vivemos em uma sociedade coercitiva, ou seja, estamos cercados de “sinais de alerta” nos dizendo como devemos nos comportar e sinalizando que caso não o façamos da forma desejada, sofreremos consequências punitivas. Porém dificilmente somos reforçados caso tenhamos o tal comportamento adequado. A coerção pode se dar por dois modos se levando em conta quem ameaça e quem pune. Se quem ameaça é a mesma pessoa que punirá um indivíduo, a coerção é clara, entretanto se a pessoa dando o aviso for outra que não a que aplicará a punição, esse aviso nada mais é do que um conselho. Mas mesmo assim pode acontecer que um conselho seja visto como ameaça, fazendo com que o indivíduo que se sentiu ameaçado se afaste de quem o avisou do perigo, ou seja, se esquivando.
A coerção não precisa vir necessariamente de outro indivíduo. O meio ambiente nos ameaça com a chuva, granizo, neve, etc, e isso faz com que o Homem construa abrigos, desenvolva ferramentas para se proteger, vestimentas, entre outros. Nosso próprio corpo nos coage com o tempo, pois o corpo vai envelhecendo e se tornando cada vez mais frágil. Esses acontecimentos, todavia, são aceitos por todos com facilidade pois são vistos como “coisas da vida” que acontecem e não podem ser evitadas. Infelizmente, essa aceitação acontece muitas vezes no dia-a-dia com a coerção social, que acaba sendo vista como natural. Um exemplo disso é a culpabilização da vítima em casos de estupro, dizendo-se que a mulher é a culpada por provocar o estuprador usando certas roupas, como se fosse a coisa mais natural do mundo um homem estuprar uma mulher caso esta esteja com roupas mais curtas.
Uma das coisas mais importantes a se lembrar quando se relaciona coerção com a analise do comportamento, é que o controle comportamental não se dá somente através da punição, como muitos acreditam. Por conta dessa crença errônea, muitas vezes os adeptos da psicologia comportamental acabam sendo acusados de serem os próprios tiranos que querem manipular o comportamento alheio a seu bel prazer através da coerção, o que claramente não é verdade, sendo que numa sociedade coercitiva na qual vivemos, esse tipo de fenômeno ocorreria mesmo que os analistas não existissem. Tudo o que fazemos aqui é mostrar os fatos para as pessoas. 
Mas afinal, já que estamos falando sobre os analistas do comportamento, como eles veem a coerção atuando na psicologia comportamental? Basta lembrar que os comportamentos são controlados através das suas consequências, então devemos lembrar dos esquemas relacionados a tal: reforço positivo, reforço negativo e punição. Nesses três itens, apenas o reforço positivo não tem relação alguma com a coerção, pois não tem envolvimento com nenhum tipo de ameaça ao indivíduo, por exemplo, o indivíduo está num estado “neutro” e é reforçado através de uma sensação agradável, ou seja, ele só tem a ganhar. Já no reforço negativo, o indivíduo é reforçado através da retirada de um estímulo aversivo – em outras palavras, coercitivo. E na punição, a coerção ocorre de maneira mais nítida pois é quase que ela propriamente dita, pois envolve a aplicação de estímulos ameaçadores, aversivos, dentre outras definições. Comportamentos de esquiva são exemplos ótimos pois tem como foco evitar um estímulo aversivo, ou seja, coercitivo.
Comportamento verbal e linguagem
Comportamento verbal é comportamento operante que exige a presença de um ouvinte para ser reforçado. Falante e ouvinte têm de pertencer à mesma comunidade verbal - devem ser capazes de se revezar nesses papéis. Comportamento verbal é um exemplo de nosso termo cotidiano comunicação, que é uma situação em que o comportamento de um organismo cria estímulos que modificam o comportamento de outro. Como outros comportamentos operantes, o comportamento verbal é explicado por suas consequências e seu contexto. Suas consequências são resultado das ações do ouvinte, que é a parte principal do contexto. O comportamento verbal parece começar na imitação, e depois é modelado por consequências como receber doces ou atenção dos pais. Exceto pelo papel do ouvinte e da comunidade verbal, o comportamento verbal é exatamente como outros comportamentos operantes. De acordo com a definição, gestos e linguagem de sinais, embora não-vocais, seriam considerados comportamento verbal, e comportamentos não-operantes, embora vocais, não seriam. Embora exemplos específicos possam ser ambíguos, eles não têm muita importância, porque o objetivo dos behavioristas é expor a semelhança do "usar a linguagem” com outros comportamentos operantes, e não os separar. Em contraste com o comportamento verbal, a linguagem é uma abstração. A ideia de que a linguagem é usada como um instrumento é um exemplo de mentalismo. 
Como outras atividades operantes, as atividades verbais são unidades funcionais. A mesma atividade verbal contém muitas verbalizações, cada uma das quais e estruturalmente única. Todas as verbalizações que pertencem à mesma atividade verbal, a ela pertencem, em parte, porque cada uma delas tem o mesmo efeito sobre o ouvinte. Como outras atividades operantes, as atividades verbais estão sujeitas a controle de estímulo; tornam-se mais prováveis em deter; minados contextos. Tal como no caso de outras atividades operantes, a segunda parte da definição de uma atividade verbal, além de seus efeitos, é o contexto queela ocorre. Verbalizações estruturalmente semelhantes podem pertencer a atividades verbais diferentes, dependendo do contexto. A variação no contexto pode modular as variações estruturais da atividade que provavelmente ocorrerão. 
Alguns pensadores sugerem que o uso da linguagem difere de outros tipos de comportamento porque é gerado, pode referir-se a si mesmo, e pode referir-se ao futuro. A natureza gerativa da fala repousa sobre a regularidade estrutural e sobre a frequente originalidade das verbalizações. Visto que são compartilhadas por todos os outros comportamentos operantes, essas propriedades não colocam a linguagem em uma categoria à parte. Também não a coloca à parte o fato de poder se referir a si própria, pois isso apenas significa que uma ação verbal pode produzir um estímulo discriminativo para outra. Da mesma forma, o comportamento verbal não-operante pode também fornecer estímulos discriminativos, assim como pode ser por eles controlado. A evidente capacidade que tem a fala de se referir ao futuro se assemelha à capacidade de outros estímulos discriminativos afetarem o comportamento após terem ocorrido depois de um lapso de tempo. Não há nada de especiais sobre a questão, e é possível entendê-la sem recorrer ao mentalismo. 
Como outros comportamentos operantes, as atividades verbais tendem a ocorrer em determinados contextos; estão sujeitas a controle de estímulo. Se algum -significado existe no “significado” de uma ação verbal (por exemplo, uma verbalização ou um gesto), ele consiste nas condições sob as quais é provável que: essa ação ocorra: o contexto e o reforço nesse contexto. Ao compreender as ações verbais à luz de seu uso, percebemos que algumas são diretivas (chamadas mandos) e dependem mais do reforço específico do que do contexto, enquanto outras são informativas (chamadas tactos) e dependem mais do contexto específico do que do reforço.
A gramática recebe a atenção de linguistas e de psicólogos por descrever regularidades de estrutura. Uma gramática é um conjunto de regras que podem gerar todas as sentenças consideradas corretas pelos falantes da língua. A gramática descreve a estrutura desse subconjunto de comportamento verbal, mas não diz nada sobre o comportamento verbal que contraria as regras da gramática., ou sobre função. Alguns estudiosos caem na armadilha mentalista de imaginar que as regras gramaticais residem dentro da pessoa. As regras residem, porém, no comportamento verbal daqueles que as enunciam.
Comportamento controlado por regras e pensamento
Formular e seguir regras são duas das atividades mais importantes na vida e cultura humanas. O que chamamos de regras, faladas ou escritas, são estímulos discriminativos verbais. Governam nosso comportamento da mesma forma que estímulos discriminativos controlam nosso comportamento. As regras são verbais porque são geradas pelo comportamento verbal de um falante. Quem segue a regra é um ouvinte, que reforça o comportamento do falante de formular a regra. O comportamento controlado por regras pode ser diferenciado do comportamento modelado implicitamente, que deriva diretamente do contato com relações de reforço. Embora as pessoas, às vezes, considerem desempenhos complexos modelados implicitamente como seguimento de regras, a regra seguida é, na verdade, um breve resumo do desempenho. Ao contrário, o conceito mais técnico de seguimento de regras dos analistas comportamentais exclui relações sobre as quais nunca se fala, porque definem a regra como um estímulo discriminativo verbal que indica uma relação de reforço. Indica uma relação significa “é dado por comportamento verbal sob controle de estímulo de uma relação que age como um estímulo discriminativo”. Essa definição inclui a maioria dos exemplos que as pessoas considerariam como regras, e mais ainda. Pedidos e ordens frequentemente se caracterizam como regras, especialmente quando podem ser vistos como ofertas ou ameaças. instruções e conselho também podem ser assim caracterizados. 
A relação indicada por uma regra é sempre de longo prazo ou mal definida, mas é relevante por afetar a saúde e a sobrevivência, a obtenção de recursos, os relacionamentos e a reprodução. A regra é associada a uma relação de reforço mais imediata, que envolve reforçadores como aprovação e dinheiro, que ajudam a colocar o comportamento em contato com a relação última. Ensina-se as crianças a seguir regras - a ser obedientes - por causa das relações últimas; adquirir essa habilidade generalizada faz parte do crescer em uma cultura. Quando as pessoas aprendem o seguimento de regras generalizado, entretanto, elas adquirem apenas uma discriminação - suas ações ficam sob controle de uma certa categoria de estímulos discriminativos provenientes de uma certa categoria de falantes. Imaginar que as regras, de alguma forma, se movem internamente é mentalismo. As regras estão no ambiente. 
Se aceitamos a ideia de que falar consigo mesmo é comportamento verbal - que uma pessoa pode, ao mesmo tempo, exercer os papéis de falante e ouvinte - então torna-se possível entender a resolução de problemas como um exemplo de comportamento controlado por regras. O comportamento dás pessoas gera estímulos discriminativos, que frequentemente podem ser interpretados como regras, que aumentam a probabilidade de ações subsequentes dentre as quais pode estar a “solução” - a ação que é reforçada. O comportamento que produz os estímulos é chamado de precorrente. Pode ser público ou privado, vocal ou não-vocal, e funciona como a autoinstrução. Em particular, o “pensamento” que acontece durante a reso3uçao de problemas pode ser entendido como comportamento precorrente, formalmente privado e vocal.

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