Buscar

Importancia da Literatura no Ensino de Lingua Portuguesa nas Séries Iniciais do Ensino Fundamental e na Educação Infantil

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

IMPORTANCIA DA LITERATURA NO ENSINO DA LINGUA PORTUGUESA NAS SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL E NA EDUCAÇÃO INFANTIL.
Resumo: O artigo analisa a importância e as contribuições da literatura infantil nos anos iniciais do Ensino Fundamental. O objetivo geral é investigar a contribuição da literatura infantil para a formação de leitores e os específicos são: identificar a importância da literatura infantil, verificar projetos desenvolvidos na escola acerca da leitura e observar a prática pedagógica dos professores para despertar o interesse pela literatura infantil. A literatura é um dos elementos que está inserido na educação escolar e que possui uma ferramenta significativa para o processo de aprendizagem. Na Educação Infantil é de fundamental importância que esteja presente no dia a dia, através dos livros infantis, das contações de histórias, os contos de fadas, as fábulas e o faz- de- conta, não deixando de proporcionar, arte, emoção e sentimentos Os resultados evidenciam que a literatura infantil tem sido fundamental para o desenvolvimento da leitura nas crianças. Por isso ela deverá ser um instrumento que possibilitará as crianças considerarem a leitura como prática social em suas vidas.
Palavras-chave: Crianças, Ensino Fundamental, Literatura.
.
INTRODUÇÃO
A literatura infantil proporciona às crianças diferentes experiências com a linguagem e com os sentidos, ou seja, possibilita o seu desenvolvimento linguístico e cognitivo. Permitindo assim, que elas possam ter acesso à leitura e a escrita de maneira divertida, pois quanto mais as crianças lerem, melhores desenvolvimentos na escrita obterão. Lendo constantemente, a criança escreverá melhor, pois há uma internalização das estruturas da língua. Por isso, é importante aproximar as crianças dos livros literários. 
Coelho (1986) argumenta que literatura é arte, é um ato criativo que através da palavra, cria um universo livre, realista ou fantástico, onde os seres, as coisas, os fatos, o tempo e o espaço, ali transformados em linguagem, assumem uma dimensão diferente: pertencem ao universo da ficção. Compreende-se que a literatura infantil é fundamental para a educação das crianças, pois ela estimula à leitura através do atrativo e do belo, promove mudanças de comportamento, mexe com as fantasias, emoções e intelecto, influi em todos os aspectos da educação do aluno. É o caminho que leva as crianças ao mundo da leitura de maneira divertida, pois através de seu caráter mágico e lúdico faz com que a atenção das crianças se volte a ela.
O professor deve estimular seus alunos à leitura desde os anos iniciais, pois esse incentivo consequentemente irá refletir no futuro das crianças. 
 Evidentemente existe uma enorme diferença entre uma criança que desde a infância se envolve no mundo da leitura e um adolescente ou adulto que o faz tardiamente. A leitura de história é um momento em que as crianças passam a viver, pensar, agir e interpretar o universo de valores e comportamentos com outras culturas. 
Diante do mundo globalizado no qual nos encontramos em que a mídia tem um grande papel influenciador, é de extrema importância que pais e professores atuem em conjunto despertando nas crianças desde os anos inicias, o desejo pela leitura. Para que no decorrer dos anos à medida que forem amadurecendo, possam ser adultos capazes de fazer uma leitura além do que está exposto, com formação de opinião própria e seja também um ator social, expondo sua visão crítica e reflexiva sobre o mundo a sua volta.
Neste sentido, exige-se dos profissionais que atuam no processo aprendizagem, criticidade, criatividade, reflexão com capacidade de pensar, de aprender a aprender, de trabalhar em equipe e de se conhecer como indivíduo. Entende-se que, a educação tem a responsabilidade de formar cidadãos na construção do conhecimento do aluno e no desenvolvimento de novas competências necessárias a sua atuação na sociedade de forma autônoma e participativa. Como se pode verificar, a leitura oral, a produção escrita e a contação de histórias não é valorizada pela maioria dos professores. 
Conforme Frantz (2011), a história da literatura infantil brasileira começa com Monteiro Lobato. Ele foi o primeiro autor que escreveu para as crianças brasileiras histórias com qualidade literária. Antes a literatura destinada às crianças, era a literatura europeia clássica, tradicional, traduzida ou adaptada para o idioma brasileiro. Em 1921 Monteiro Lobato publica a obra que inaugura a literatura infantil brasileira, intitulada A menina do narizinho arrebitado. A literatura infantil no Brasil, portanto, ao esboçar-se no final do século XIX, mostrando uma preocupação educacional, tornando o ensino menos cansativo
E muitos profissionais da educação não se comprometem em buscar e trabalhar com uma nova postura em relação ao assunto. Poucos são os que aceitam este desafio e se esforçam em realizar com destreza no sentido de incutir em seus alunos o despertar pelo mundo da leitura. Observa-se, que as transformações são inúmeras no contexto social, cultural e educacional. A sociedade, os recursos tecnológicos avançam e se inovam a cada dia. Assim, a realidade educacional, também recebe influências desta nova estrutura vivenciada pelas famílias. Então, a leitura recebe a cada dia novos recursos e procedimentos para ser desenvolvida.
Sabe-se, o quanto é essencial aplicar os valores no decorrer das aulas, e isso pode ser feito de maneira simples, mostrando com atitude os pilares básicos da ética: respeito, justiça, diálogo, e solidariedade. 
A literatura infantil tem uma importância que vai além do prazer proporcionado por ouvir ou ler histórias, ela contribui para efetivar a iniciação das crianças nas complicações das linguagens, ideias, valores e sentimentos que governam a vida. Além disso, ela tem o poder de estimular o imaginário e encontrar novas ideias para solucionar questões de curiosidade, principalmente das crianças. Quando falamos em literatura infantil, inicialmente nos enviamos ao passado, lembrando que esta era utilizada como incentivadora de valores morais difundidos pela sociedade. Atualmente, passados alguns anos, a literatura infantil expande sua verdadeira funcionalidade, sendo vista como colaboradora de uma criança leitora, estimulando à escrita e a leitura.
Nesse sentido, eles devem compreender que respeito é basicamente agir com os outros da mesma forma que gostaríamos que agissem conosco. Justiça é tomar a atitude correta nas mais diversas situações. Diálogo é, antes de tudo, aprender a escutar e a falar. Solidariedade é ajudar os outros sem esperar nada em troca. Essas atitudes poderão ser encontradas nos livros clássicos, uma vez que os mesmos representam através de gravuras o que se quer mostrar para os alunos. 
É preciso deixar que os alunos escolherem as leituras preferidas. Isso contribui para o crescimento, sem ferir os princípios que adquiriu durante a infância. Essas atitudes simples e democráticas fazem uma grande diferença na vida escolar, pois é com esses conceitos pré-estabelecidos que a escola vai moldá-los, segundo o conhecimento de cada um. Aqui a escrita, a leitura oral, o papel do professor faz uma diferença significativa no processo pedagógico. Quando a criança ouve histórias, a visão do mundo é cada vez mais ampliada. A escola deve estimular esse hábito e difundi-lo entre aqueles que ainda não a possuem. Neste contexto, a escola pode criar o momento de contar história. 
Ao final de cada história pode iniciar com uma conversa informal com os alunos, instigando- os a interpretá-las, buscando saber que impressões lhes causaram os enredos. Com isso, há o enriquecimento do vocabulário, pois passam a incorporar a novas palavras que são ouvidas, atentando aos modelos lingüísticos que lhes são apresentados, oralmente, nos diferentes gêneros propostos
 Objetivou-se, com esta pesquisa, conscientizar os docentes sobre a importância da literatura nas séries iniciais do ensino fundamental no desenvolvimento da leitura e a escritana escola. Também, buscou explorar o contexto e valores trabalhados nos contos clássicos infantis, nas diferentes formas de leitura contextualizadas em sala de aula. Ainda, discutir as questões didáticometodológicas privilegiadas pelos docentes no contexto da literatura infantil em sala de aula propiciando uma aprendizagem significativa para o aluno.
REVISÃO BIBLIOGRAFICA
Literatura Infantil na Escola
Coelho (1986) argumenta que literatura é arte, é um ato criativo que, por meio da palavra, cria um universo autônomo, realista ou fantástico, onde os seres, coisas, fatos, tempo e espaço, mesmo que se assemelhem ao que podemos reconhecer no mundo concreto que nos cerca, ali transformado em linguagem, assumem uma dimensão diferente: pertencem ao universo da ficção.
A literatura infantil tem importância fundamental em vários aspectos da educação das crianças, principalmente em relação à formação de alunos que gostam de ler, pois ela estimula-os à leitura através do atrativo e do belo que compõe os textos literários. Cunha (1974, p.45) afirma que:
A Literatura Infantil influi e quer influir em todos os aspectos da educação do aluno. Assim, nas três áreas vitais do homem (atividade, inteligência e afetividade) em que a educação deve promover mudanças de comportamento, a Literatura Infantil tem meios de atuar.
O Inicio da Literatura Infantil Brasileira 
De acordo com Cademartori (2010), em meados dos anos de 1986, período em que escreveu a primeira edição de O que é literatura infantil, o gênero literário destinado às crianças começou a ser alvo de discussões e a ser valorizado pela comunidade acadêmica. Nesta época o Ministério da Educação distribuiu livros literários para as crianças nas escolas e bibliotecas do país. 
Essa iniciativa pioneira era denominada, Programa Salas de Leitura e era desenvolvido pela Fundação de Assistência ao Estudante. Conforme Frantz (2011), a história da literatura infantil brasileira começa com Monteiro Lobato. Ele foi o primeiro autor que escreveu para as crianças brasileiras, histórias com qualidade literária. Antes a literatura destinada às crianças, era a literatura européia clássica, tradicional, traduzida ou adaptada para o idioma brasileiro. Em 1921 Monteiro Lobato publica a obra que inaugura a literatura infantil brasileira, intitulada A menina do narizinho arrebitado.
A literatura sintetiza, por meio dos recursos da ficção, uma realidade, que tem amplos pontos de contato com o que o leitor vive cotidianamente. Assim, por mais exacerbada que seja a fantasia do escritor ou mais distanciadas e diferentes as circunstâncias de espaço e tempo dentro das quais uma obra é concebida, o sintoma de sua sobrevivência é o fato de que ela continua a se comunicar com o destinatário atual, porque ainda fala de seu mundo, com suas dificuldades e soluções, ajudando- o, pois, a conhecê-lo melhor.
É fundamental que cada criança tenha o gosto, o prazer pela leitura, pois essa é uma dimensão essencial na vida de qualquer ser humano. Quando lemos estamos exercitando a mente e aguçando nossa inteligência. De acordo com Moric (1974), a literatura constitui uma arte, mas também representa um meio de educar o jovem leitor, desenvolver sua percepção estética do mundo, refinar suas qualidades, revelar sua inteligência, sua concepção do mundo, suas ideias, seu gosto. Nas palavras de Góes (2010, p.47):
O desenvolvimento da leitura entre crianças resultará em um enriquecimento progressivo no campo dos valores morais, da cultura da linguagem e no campo racional. O hábito da leitura ajudará na formação da opinião e de um espírito crítico, principalmente a leitura de livros que formam o espírito crítico, enquanto a repetição de estereótipos empobrece.
Os textos literários são fundamentais às crianças, pois mexem com suas fantasias, emoções e intelecto, sendo apresentados a elas com uma estética atrativa e também por envolverem o lúdico. Bordini (1985, p. 27-28) afirma o seguinte “os textos literários adquirem no cenário educacional, uma função única, singular: aliam à informação o prazer do jogo, envolvem razão e emoções numa atividade integrativa, conquistando o leitor por inteiro e não apenas na sua esfera cognitiva”.
 É através das emoções, ludismo, imaginação e fantasias que a criança apreende, ou seja, entende a realidade, dando-lhe um significado. Diante de um mundo globalizado em que o poder da mídia é massificador, é de extrema importância que pais e professores atuem em conjunto despertando nas crianças desde os anos inicias, o desejo pela leitura. Desta forma, no decorrer dos anos à medida que forem amadurecendo, poderão ser adultos capazes de fazer uma leitura além do que lhes está exposto, ou seja, o que mundo globalizado quer realmente expressar ou difundir nas entrelinhas.
 A literatura infantil é o caminho que leva as crianças ao mundo da leitura de maneira divertida, pois através de seu caráter mágico e lúdico faz com que a atenção das crianças se volte a ela. Entretanto, a escola muitas vezes não tem proporcionado aos seus alunos esse caráter mágico e lúdico da literatura infantil. 
A leitura não é apresentada à criança como algo belo e prazeroso, daí vem à má formação de nossos leitores. Desta forma, teremos adultos que não sentem prazer pela leitura e nem a adotam como uma prática social indispensável. Cabe assim, aos professores essa árdua tarefa. Eles precisam produzir atividades divertidas, desenvolver em suas aulas metodologias diversificadas, fugindo assim de atividades rotineiras que desligam os alunos do prazer pela leitura. 
A escola tem como um dos objetivos primordiais, preparar o educando para exercer a cidadania, em que se procura alcançar uma educação transformadora e libertadora, mas como ela alcançará esse objetivo se não formar leitores praticantes que sejam conscientes dos direitos e deveres que constituem a cidadania? Uma educação humanizante tem que obrigatoriamente focar a prática da leitura. 
Nas palavras de Maria (2002), a eficácia da escola pode ser medida no modo como conseguiu prover o aluno de competência linguística para o exercício consciente de sua cidadania. Como somos conhecedores, teoria e prática não devem andar separadas ou desvinculadas, por isso o professor que deseja despertar nos seus educandos o gosto pela leitura, deve ser antes de tudo um constante leitor, fazendo com que suas palavras tenham um real valor para as crianças e para si mesmo. E sendo um mediador do diálogo entre o texto e o leitor.
 De acordo com Maria (2002), para acompanhar o processo de formação do aluno-leitor é imprescindível que o professor tenha construído ou esteja construindo, para si próprio, uma história de leitor. Mas porque damos tanta ênfase à leitura? Através da leitura podemos ler o mundo que nos rodeia, fazendo indagações e passando a compreender a realidade. 
Segundo Manguel (1997), todos lemos a nós e ao mundo à nossa volta para vislumbrar o que somos e onde estamos. 
Lemos para compreender ou para começar a compreender. Não podemos deixar de ler. Ler, quase como respirar, é nossa função essencial. Afinal, quais as características que as obras literárias dadas às crianças devem possuir? Frantz (2011, p. 53-60) destaca algumas características que precisam ser evitadas para que a leitura não se torne desagradável para as crianças. São elas
a) Didatismo e pedagogismo: a leitura tem sido utilizada apenas como fins didático-pedagógicos; 
b) Moralismo: os livros infantis estão repletos de histórias que almejam unicamente a transmissão de normas de comportamento que levem a criança a ser da maneira como os adultos desejam.
 c) Adultocentrismo e paternalismo: o mundo adulto com todos os seus preconceitos e valores sobrepõem-se aos valores do mundo infantil, sufocando-os.
 d) Visão fechada de mundo: alguns autores apresentam a seus leitores infantis um mundo pronto, acabado, de valores absolutos e inquestionáveis.
 e) Infantilismo: há textos que parecem se destinar a um leitor que só entende a linguagemdo “inho” e da “inha”, subestimando a criança, entendendo o ser infantil como um ser menor, inferior, ao qual se deve oferecer uma literatura igualmente inferior e de menor qualidade.
Torna-se evidente que as obras literárias devem possuir algumas dessas características, mas tudo de maneira equilibrada, sem inferiorizar a criança. A literatura infantil dada nos anos iniciais não pode deixar de privilegiar a poesia infantil, pois nos textos poéticos direcionados ao público infantil a valorização do lúdico está muito presente, o que atrai de maneira significativa as crianças. Segundo Frantz (2011, p.122):
A poesia convida-nos a viver a fantasia a soltar a imaginação, a sentir a realidade de maneira especial, mágica, a ver e buscar sentidos em tudo que nos rodeia e a expressá-los de forma simbólica, lúdica, criativa, nova, prazerosa... poética. É quando o belo se sobrepõe ao útil
A criança é inserida no mundo da leitura mesmo antes de saber ler, pois o primeiro contato com a leitura se dá por meio da audição de histórias. Com tantos avanços tecnológicos, ouvir histórias contadas parece não despertar o interesse em ninguém, entretanto muitas crianças gostam da maneira com o professor se expressa corporalmente e verbalmente ao contar uma história. Ao ouvir histórias a criança não é envolvida apenas no aspecto emocional, mas também cognitivamente, pois seu pensamento é estimulado a buscar significação para o que ela está ouvindo e elabora internamente esse universo significado. De acordo com Barbosa (1999, p. 22):
Para a criança, ouvir histórias estimula a criatividade e formas de expressão corporal. Sendo um momento de aprendizagem rica em estímulos sensoriais, intelectuais, dá-lhe segurança emocional. Ouvir histórias também ajuda a criança a entrar em contato com suas emoções, supre dúvidas e angústias internas. Através da narrativa a criança começa a entender o mundo ao seu redor e estabelecer relações com o outro, a socialização. Consequentemente, são mais criativas, saem-se melhor no aprendizado e serão adultos mais felizes.
Os contos de fadas também são essenciais. Nas palavras de Jesualdo (1993, p.136- 137), existem pessoas contrárias a se darem contos de fadas às crianças:
Os homens graves e, mais que graves dotados de um espírito que não vacilamos em qualificar de falsamente racionalista ou científico são contrários a que se narre contos de fadas às crianças. Dizem eles que “essas bobagens somente contribuem para falsear o espírito, gerar nas crianças o gosto pelo maravilhoso, incliná-las à credulidade e a afogar nelas o germe de todo sentido crítico”.
Entretanto, isso não é cabível, pois à medida que a criança vai crescendo e amadurecendo ela toma consciência do que é real, na ficando presa ao mundo da fantasia. Os contos de fadas são carregados de significados e não podem ser esquecidos nas leituras que as crianças farão e as que lhes serão dadas. Bettelheim (1980, p.14) explica:
Esta é a mensagem que os contos de fadas transmitem às crianças de forma múltipla: uma luta contra as dificuldades graves na vida é inevitável, é parte intrínseca da existência humana; e se a pessoa não se intimida, mas se defronta de modo firme com as pressões inesperadas e muitas vezes injustas, ela dominará todos os obstáculos e, ao fim, emergirá vitoriosa..
Também em relação à composição das bibliotecas infantis, elas devem ser repletas com bons e atrativos livros. Conforme Meireles (1984, p. 145-146):
As bibliotecas infantis [...], têm a vantagem não só de permitirem à criança uma enorme variedade de leituras, mas de instruírem os adultos acerca de suas preferências. Pois, pela escolha feita, entre tantos livros postos à sua disposição, a criança revela o seu gosto, as suas tendências, os seus interesses.
A biblioteca é um lugar de obtenção de informações, por isso o livro deve ser valorizado. Nas palavras de Góes (2010, p. 55):
No bombardeio visual dos dias que correm, a biblioteca tem um papel tão essencial quanto insubstituível [...]. A biblioteca deveria, pois, ser um lugar de intercâmbio, troca, informação, integração na comunidade [...]. É princípio das bibliotecas proporem atividades bem diversas. Porém essas atividades só devem existir se derivarem de uma relação com o livro.
 	O livro infantil deve ter o objetivo de sempre chamar a atenção da criança logo que ela o vê. Alguns livros falham no que diz respeito ao aspecto ilustrativo. Entretanto, isso não pode ocorrer nos livros infantis, pois as ilustrações trazem informações significativas, mostrando como são os personagens. 
Dessa forma, dá-se uma maior veracidade à história. Palo e Oliveira (2006, p.15), dizem que nos livros o mais comum é o aparente diálogo que, no fundo, esconde um tom único, monológico, privilegiando a informação construída pelo texto verbal em detrimento daquela oriunda do visual.
Alfabetização, Letramento e o Ensino de Língua Portuguesa
Em consequência de mudanças sociais, culturais, políticas e econômicas, surge, em 5.000 a.C, a escrita, como código de representação simbólica do pensamento. Sempre associada a relações de poder e de dominação, pode ser tomada como uma das principais causas do surgimento das civilizações modernas, bem como do desenvolvimento científico, tecnológico e psicossocial (Di Nucci, 2001).
 Na base das situações de uso da escrita, está a necessidade de um registro que ultrapasse os limites do tempo e do espaço que se impõem à oralidade.
 
“Enquanto prática social, a escrita tem uma história rica. Numa sociedade como a nossa, a escrita é mais do que uma tecnologia. Ela se tornou um bem indispensável para enfrentar o dia-a-dia, seja nos centros urbanos ou na zona rural.” (DI NUCCi, 2001, p.47).
Contudo, a escrita, antes dotada de um valor comunicativo, ‘social’ e recreativo, com a ascensão da burguesia, o acúmulo de capitais, e a latente demanda por mão-de-obra ‘qualificada’ (num contexto de intensos conflitos políticos e de grandes transformações econômicas e sociais), passa a ser considerada como um conjunto de habilidades necessárias para responder às exigências da sociedade.
 A emergente necessidade de dominar a escrita leva à alfabetização, considerada como um processo pelo qual se adquire o sistema escrito normativo, a assumir, gradualmente, um papel essencial. Disto decorre uma nova configuração: da transmissão da escrita num ambiente familiar, sem sistematização, através dos pais ou vizinhos, para um processo sistemático e institucionalizado – a escolarização da alfabetização. Segundo Di Nucci (2001), a escolarização do processo de alfabetização ocorreu separando os indivíduos dos usos sociais da escrita, criando uma nova prática que, em comparação às práticas sociais cotidianas, era descontextualizada.
“A escola, ao sistematizar a aprendizagem da escrita, criou uma nova prática de escrita que não correspondia às práticas sociais. Na realidade, a escola representou uma forma de controle social sobre a escrita, por parte do Estado burguês, cuja função era disciplinar os trabalhadores para a industrialização (...) a alfabetização deixou de ser objetivo pessoal para os cidadãos e foi se constituindo como uma necessidade social, econômica e cultural, desenvolvida na escola, cada vez mais sob o controle do Estado.” (DI NUCCI, 2001, p.50)
Evidencia-se que a reprodução da desigualdade na escola não é atual, no sentido de que, para atender aos princípios capitalistas, surge o ambiente escolar, no qual se prepara o indivíduo, basicamente, para o mercado de trabalho; e a escrita passa a ser privilegiada por ser uma forma de ‘adestramento’. No decorrer da história, a alfabetização sofreu profundas mudanças, sendo possível sistematizar um modelo tradicional de alfabetização. Segundo Leite (2001):
“No modelo tradicional, a escrita era entendida como um simples reflexo da linguagem oral, ou seja, a escrita era concebida como uma mera representação da fala; nesta perspectiva, ler e escrever são entendidos como atividades de codificação e decodificação(...).” (p.23)
Dominante no século passado, o modelo tradicional centrava o ensino nas cartilhas, que enfatizavam a apresentação das famílias silábicas e de ‘textos’ que não apresentavam relações com o cotidiano dos alunos. A ênfase na concepção de escrita, como uma representação da linguagem oral, não considerava que esta, diferente da linguagem escrita (que possui uma norma, invariável e necessária para o perfeito entendimento de um texto pelo leitor), possui variações, como no caso dos dialetos, por exemplo. 
Além disso, de acordo com Leite (2010), o modelo tradicional marcava-se pelo conceito de prontidão haveria um momento ideal, determinado pela maturação psiconeurológica, considerado como pré-requisito para o início da alfabetização. Nessa perspectiva, a prática pedagógica tinha como objetivo central levar à dominação, pelo aluno, do código escrito, enfatizando seu uso correto, sem admissão de erros – os quais levavam à reprovação do aluno -; para tanto, as atividades visavam à memorização e trabalhava-se numa perspectiva de, primeiramente, fornecer ao aluno o domínio do código e, na sequência da escolaridade, habilitá-lo a fazer uso da linguagem escrita.
 A partir dos anos 1960, o modelo tradicional de alfabetização passa a receber duras críticas: pesquisas revelaram que grande parte dos indivíduos escolarizados, que se apropriavam do código escrito, não aprendiam as habilidades que lhes permitissem envolver-se com as práticas sociais de leitura e escrita – os chamados analfabetos funcionais (vale ressaltar que, numa sociedade centrada na escrita, não compartilhar de tais práticas sociais, impede o indivíduo de utilizá-las como instrumentos de inserção social e de desenvolvimento da cidadania). 
Como aponta Leite (2010), as críticas estavam associadas às mudanças sociais e econômicas na sociedade capitalista, pois a partir da crise na produção capitalista, no início dos anos 1970, inicia-se um novo período de produção, centrado no desenvolvimento tecnológico e na melhoria da qualidade da mão de obra, o que passava pela questão da alfabetização. Ainda citando Di Nucci (2001),
“(...) à medida que novas condições sociais passam a demandar o uso da escrita e à medida que a sociedade torna-se cada vez mais grafocêntrica, uma nova necessidade configura-se: não basta aprender a ler e a escrever, é preciso usar a escrita no cotidiano.” (p.52)
Em vista da necessidade do desenvolvimento de novos modelos de alfabetização, surge uma nova concepção de escrita que a considera como um sistema funcional, construído culturalmente, de origem histórica e social, que não se restringe à função de representar a linguagem oral. Neste sentido, a essência da escrita está no significado subjacente a ela, não implicando, porém, a desconsideração do código, já que é por meio dele que o significado é simbolizado. 
A partir desta nova concepção para a escrita, surgem novas alternativas teóricas para a alfabetização escolar, com a contribuição de diversas áreas do conhecimento.
Na Linguística, através dos estudos de autores como Cagliari (1989), Geraldi (1997, 2004), Lopes (1991), Possenti (1996), as principais contribuições foram no sentido de melhor compreender a relação entre a linguagem escrita e a linguagem oral, identificando especificidades a ambas as modalidades, uma vez que não falamos como escrevemos ou vice-versa, o que colaborou com a superação da concepção na qual a escrita é uma mera representação da fala. Tais contribuições também foram importantes no que diz respeito à reformulação no conceito de texto, passando a admiti-lo numa concepção democrática, em que um texto só se constitui como texto pela relação entre quem escreve e quem lê. 
Outra importante contribuição da Linguística refere-se à nova forma de interpretação do fenômeno das variações linguísticas, admitindo-as como um processo absolutamente normal. Leite (2010) adverte que muitas crianças foram estigmatizadas no interior da própria escola por apresentarem um padrão de fala diferente da norma culta. Possenti (2004), nesta perspectiva afirma
“As variações linguísticas são condicionadas por fatores internos da língua ou por fatores sociais, ou por ambas ao mesmo tempo (...) os alunos que falam dialetos desvalorizados são tão capazes quanto os que falam dialetos valorizados...” (p.35).
Já a Psicologia, segundo Leite (2010), “sempre contribuiu teoricamente com o processo de alfabetização escolar, inclusive em relação ao modelo tradicional” (p.23).
 A teoria construtivista, representada por Emilia Ferreiro, com base nos estudos piagetianos, esclarece um processo de elaboração conceitual da criança, no qual o início da representação gráfica acontece através de imitações da escrita convencional, como tentativa de correspondência com a escrita do adulto; esta imitação vai se aperfeiçoando até alcançar a distinção das formas das letras; portanto, a criança diferencia, por meio de letras, números e sinais, as representações icônicas das não icônicas. 
A partir daí, a criança passa a diferenciar a quantidade (eixo quantitativo) e a variedade de grafias (eixo qualitativo), alcançando o processo de fonetização das letras, coincidindo, de acordo com Ferreiro, com a fase silábica de representação da escrita (Mendonça e Mendonça, 2007 apud Leite 2010). Evidencia-se, desta forma, que a criança constrói, através do conflito cognitivo, um sistema de representações, que vão progredindo regularmente, culminando na compreensão do caráter alfabético da escrita. 
No contexto brasileiro, onde a alfabetização passa a ser objeto de grandes indagações, visto que um grande número de indivíduos escolarizados se enquadra na categoria de analfabeto funcional, a teoria construtivista exerceu grande impacto. Do ponto de vista do construtivismo piagetiano, o sujeito é o construtor do conhecimento, o que remete a uma prática pedagógica que coloca a criança no centro do processo. 
Uma das contribuições importantes dessa abordagem é que os erros passam a ser considerados como parte do processo construtivo, permitindo a compreensão de como a criança está trabalhando cognitivamente com o material escrito, o que incide, direta e consequentemente, na revisão das tradicionais práticas avaliativas desenvolvidas na escola. Larocca e Saveli (2001) apontam que o grande problema que se configurou nesta abordagem foi o equívoco do “professor espectador” (p.203): em nome do respeito ao erro, o professor não direciona o processo de aprendizagem. Salientam, ainda, que admitir o aluno como construtor do conhecimento não elimina a exigência de um professor que planeje situações de ensino, propiciando condições de interação entre o sujeito aprendiz e objeto de conhecimento. No mesmo sentido, Smolka (1988) defende:
“Ferreiro & Teberosky (1979) e Ferreiro & Palácio (1982) analisam a relação da criança com a escrita – como objeto de conhecimento – independente das condições de interação social e das situações de ensino. (...) o trabalho se caracteriza como uma pesquisa no âmbito da psicologia cognitiva (...) o aspecto pedagógico da questão, nos indica a necessidade de se considerar, além disso, as funções da escrita socialmente mediada e constituída, e constitutiva do conhecimento no jogo das representações sociais.” (p. 53)
Como o conceito de letramento está relacionado tanto com aspectos individuais como com aspectos sociais, segundo Soares (1998), podemos compreendê-lo sob duas dimensões: a individual e a social. Na dimensão individual, o letramento é interpretado como a posse de atributos individuais de leitura (domínio de habilidades e de conhecimentos linguísticos e psicológicos para a leitura, no que se incluem a decodificação de símbolos escritos e sonoros, e o processo de construção da interpretação e da compreensão de textos escritos) e de escrita (domínio de habilidades e conhecimentos que possibilitam ao indivíduo estabelecer relação entre os símbolos sonoros e os escritos e comunicar-se adequadamente com o leitor através do processo de expressão de ideiase de organização do pensamento sob a forma escrita). Essa dimensão do letramento, de acordo com Di Nucci (2001), aproxima-se da ideia de alfabetização no sentido de domínio do código escrito.
Para Soares (1998), alfabetização refere-se à ação de ensinar e/ou aprender a ler e a escrever, e letramento é o estado ou condição do indivíduo que não apenas sabe ler e escrever, mas cultiva (no sentido de dedicar-se a atividades de leitura e escrita) e exerce (no sentido de responder às demandas sociais de leitura e escrita) as práticas sociais que usam a escrita. Leite (2010), corrobora essa ideia, pontuando que a alfabetização é o domínio da tecnologia da escrita, o que envolve o domínio das convenções, as relações fonema – grafema, consciência fonológica, etc.; letramento, por sua vez, envolve as práticas sociais com leitura e escrita, podendo servir como base do processo de alfabetização. Evidencia-se, na obra dos dois autores, a necessidade, no contexto de alfabetização escolar, da compreensão de que alfabetização e letramento são conceitos independentes, com dimensões próprias, porém indissociáveis. Postulam, assim, desenvolver o processo de alfabetização escolar (ensinar a ler e a escrever) numa perspectiva de letramento (no contexto das práticas sociais da leitura e da escrita), ou seja, “alfabetizar letrando”
Neste sentido, o autor identifica as principais características de um processo de alfabetização desenvolvido com base no conceito de letramento: - A alfabetização deve ter, como ponto de partida e de chegada, o texto, real, coerente e rico em elementos coesivos, com conteúdos motivadores e adequados à população atendida – dessa forma, desde o início do processo escolar, a escrita apresentada aos alunos deve corresponder à escrita funcional, plena de significação, presente no ambiente dos alunos. 
A alfabetização deve centrar-se na relação dialógica entre o aluno, o professor e os demais colegas, ou seja, deve-se assumir um modelo teórico de construção do conhecimento baseado nas relações que se estabelecem entre o sujeito/aluno e o objeto/conteúdo escolar, através da mediação dos agentes presentes em sala de aula, com destaque para o professor.
 A alfabetização deve prever, continuamente, o exercício da atividade epilinguística pelos alunos, como parte do planejamento pedagógico do professor, o que na prática significa que toda atividade desenvolvida em sala de aula deve prever um momento em que o aluno reflita sobre sua produção, sempre através de estímulos do professor, sobre a própria atividade, analisando alternativas, e percebendo possibilidades.
 As práticas de alfabetização devem ser desenvolvidas em um ambiente afetivamente favorável, uma vez que a questão da afetividade relaciona-se com o processo de mediação pedagógica, e não se restringe apenas às relações diretas entre o aluno e o professor, o que evidencia que todas as decisões assumidas e desenvolvidas pelo professor, em sala de aula, produzem impactos de natureza afetiva na subjetividade dos alunos, mesmo quando o professor encontra-se ausente. Neste sentido, a qualidade da relação que se estabelece, entre a criança e as práticas de leitura e escrita, é muito sensível às formas de mediação pedagógica planejadas e desenvolvidas pelos educadores na sala de aula.
A partir dos pressupostos de que a língua se realiza no uso e nas práticas sociais; de que os indivíduos se apropriam dos conteúdos, transformando-os em conhecimentos próprios, por meio da ação; e de que é importante que o indivíduo possa expandir sua capacidade de uso da língua em situações linguisticamente significativas; postula-se que, em todas as disciplinas, faz-se necessário o ensino da utilização dos textos de que fazem uso. Contudo, a disciplina de Língua Portuguesa é que “deve tomar para si o papel de fazê-lo de modo mais sistemático” (p.31). Sendo assim, são estabelecidos dois eixos de organização dos conteúdos para essa matéria: o uso da língua oral e escrita, e a análise e reflexão sobre a língua
“(...) o desenvolvimento da capacidade de expressão oral do aluno depende consideravelmente de a escola constituir-se num ambiente que respeite e acolha a vez e a voz, a diferença e a diversidade. Mas, sobretudo, depende de a escola ensinar-lhes os usos da língua adequados a diferentes situações comunicativas.” (MEC, 1997, p. 49)
Dessa maneira as possibilidades que o uso da Literatura Infantil pode colaborar no processo de alfabetização são linhas norteadoras que podem e devem estar presentes no cotidiano escolar das crianças desde muito cedo. Deve-se lembrar que a partir do momento que a criança entra em contato oral com o universo literário já inicia o desenvolvimento das habilidades que a tornarão um leitor eficiente. Acredita-se nesta investigação que o uso da Literatura Infantil no processo de aquisição da leitura desperte na criança a curiosidade e a necessidade de ser um leitor, garantindo condições para que ela represente o mundo e a vida através das palavras, deixando criatividade, prazer e aprendizagem entrelaçados
Diante disso, a escola busca reconhecer e desenvolver na criança as competências da leitura e da escrita, sendo que a leitura influência de maneira positiva neste processo. Sabemos que ao longo dos anos a educação preocupou – se em contribuir para a formação de um indivíduo crítico, ético, responsável e atuante na sociedade, onde as trocas sociais acontecem rapidamente através das diversas culturas, da leitura, da escrita, da linguagem oral e visual. A literatura infantil é compreendida como uma atividade que além de educar, diverte, ensina e forma a criança para a vida em sociedade através de atividades prazerosas extraídas direto dos livros de literatura, como, (contos, fábulas, lendas, gravuras, fantoches, dobraduras etc.). Os livros literários são ferramentas valiosas para o educador e para a escola, como um meio propulsor para um ensino-aprendizagem significativo e qualitativo, desenvolvendo na criança a linguagem, a oralidade, o conhecimento de diversas histórias, enriquecendo e ampliando o vocabulário das mesmas, aproximando-as do universo da escrita, permitindo a livre expressão para descreverem cenários e personagens. A literatura infantil apresenta as crianças um universo de magia, emoções, sentimentos, sentidos e significados, a partir da interação com o livro, com o mundo das histórias, onde proporciona o desenvolvimento da imaginação, da criatividade, de valores culturais, éticos e morais de forma prazerosa.
MATERIAL E MÉTODOS
Este artigo pode ser classificado como uma pesquisa bibliográfica.
A pesquisa bibliográfica, ou de fontes secundárias, abrange toda bibliografia já tornada pública em relação ao tema de estudo, desde publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias, teses, material cartográfico, etc, até meios de comunicação orais: rádio, gravações em fita magnética e audiovisuais: filmes e televisão. Sua finalidade é colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito, dito ou filmado sobre determinado assunto, inclusive conferê4ncias seguidos de debates que tenham sido transcritos por alguma forma, quer publicada, quer gravada (LAKATOS; MARCONI, 1995). A bibliografia pertinente oferece meios para definir, resolver, não somente problemas já conhecidos, como também explorar novas áreas onde os problemas não se cristalizaram suficientemente e tem por objetivo permitir ao cientista o esforço paralelo na análise de suas pesquisas ou manipulação de suas afirmações. Dessa forma, a pesquisa bibliográfica não é mera repetição do que já foi dito ou escrito sobre certo assunto, mas propicia o exame de um tema sob novo enfoque ou abordagem, chegando a conclusões inovadoras (LAKATOS; MARCONI 1995).
CONCLUSÕES 
Podemos levar como conclusão desta presente pesquisa que, a literatura infantil deve ser utilizada desde o ensino fundamental, pois é de extremaimportancia uma vez que, é instrumento para o hábito da leitura infantil que contrui que seja incentivada desde a infancia assim como uma prática social.
O professor deve utilizar, como por exemplo a prática do contos e recontos de histórias, textos, dramatizações, lendas, parlendas, rimas, etc. Dessa maneira a literaura será vista não como algo monotomo, mas sim algo prazeroso onde com a utilização da imaginação a criatividade é infinitamente rica na sua possíbilidade de criar aquilo que quer da maneira como quiser, contribuindo para a criança ver este hábito como algo imensamente bom tanto pessoal como contribuição no seu desenpenho escolar.
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ANDRÉ, M. E. D. A.; LUDKE, M. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU, 1986. 
ANDRÉ, M. E. D. A. de. Etnografia da prática escolar. Campinas, SP: Papirus, 1995. BARBOSA, R. T. P. A leitura em dois pontos: ler e contar histórias. Releitura, n. 12, 22/ 03. Belo Horizonte, 1999. 
BETTELHEIM, B. A psicanálise dos contos de fadas. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1980. BORDINI, M. G. Florianópolis: UFSC, 1985. BOGDAN, R; BIKLEN, 
 Investigação qualitativa em educação: uma introdução à teoria e aos métodos. Coimbra, Portugal: Porto Editora, 1994.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: Língua portuguesa. Brasília: Secretaria de Educação Fundamental, 1997. 53p.
CADEMARTORI, L. O que é literatura infantil. 2. ed. São Paulo: Brasiliense, 2010.
CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização e linguística. São Paulo: Scipione, 1997.
 
CARVALHO, B. V. de. A literatura infantil: visão histórica e crítica 6. ed. São Paulo: Global, 1989. 
COELHO, N. N. Literatura e linguagem. 4. ed. São Paulo: Quíron, 1986, p. 29-31. CUNHA, M. A. A. Como ensinar Literatura Infantil. 3. ed. São Paulo: Discubra, 1974, p. 45. 
FRANTZ, M. H. Z. A literatura nas séries iniciais. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011.
 GÓES, L. P. Introdução à Literatura para crianças e jovens. São Paulo: Paulinas, 2010. 
GÓES, L. P. Introdução à Literatura para crianças e jovens. São Paulo: Paulinas, 2010.
 GÓES, Lucia Pimentel. A aventura da Literatura para crianças. São Paulo: Melhoramentos, 1990.
JESUALDO. A literatura infantil. 9. ed. São Paulo: Editora Cultrix, 1993.
 
MARIA, L. Leitura e colheita - Livros, leitura e formação de leitores. Petrópolis: Vozes, 2002.
 MANGUEL, A. Uma história da leitura. São Paulo: Companhia das Letras, 1997.
MEIRELES, C. Problemas da literatura infantil. 3. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984 MORIC, R. O livro como meio de informação. Informe 4, 22 outubro de 1974- Secção Tcheca do IBBY. PALO, M. J.; 
OLIVEIRA, M. R. D. Literatura infantil: voz de criança. 4. ed. São Paulo: Ática, 2006. ZILBERMAN, R. A literatura infantil na escola. 9. ed. São Paulo: Global, 1994.

Continue navegando