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Fichamento HIV AIDS no Brasil Provimento de Prevenção em um Sistema Descentralizado de Saúde

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1 
 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
MBA EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 
 
 
 
Fichamento de Estudo de Caso 
 
 
 
 
Vinícius André Ferreira 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho da Disciplina Políticas Públicas 
 Tutor: Prof. Monique Falcão 
 
 
 
 
São José 
2018 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
FICHAMENTO 
 
TÍTULO: Políticas Públicas 
 
CASO: HIV / AIDS no Brasil: Provimento de Prevenção em um Sistema Descentralizado de Saúde. 
 
REFERÊNCIA: Casos De Cuidados Globais de Saúde: HIV / AIDS no Brasil: Provimento de 
Prevenção em um Sistema Descentralizado de Saúde . Harvard Medical School. GHD-018 – Abril, 
2011. 
 
TEXTO: 
 
A experiência brasileira no combate à AIDS é considerada mundialmente um sucesso. Em 1996, 
o Brasil se tornou o primeiro país em desenvolvimento a oferecer tratamento antirretroviral 
gratuitamente. A epidemia de HIV se estabilizara em 2000, mantendo as maiores taxas de infecção 
entre o grupo de alto risco, homens homossexuais, profissionais do sexo e usuários de drogas injetáveis. 
 
A Dra. Mariângela Galvão Simão, especialista em HIV/AIDS e maior autoridade brasileira 
neste contexto, em dezembro de 2009, refletiu sobre os avanços no combate à doença. A primeira 
conclusão fora que, as de respostas imediatas e agressivas contra HIV/AIDS, baseada em direitos 
humanos e cooperação entre o governo e a sociedade civil, possibilitaram o efetivo combate ao vírus da 
imunodeficiência humana. 
 
Os desafios perduravam, e ainda havia muito a se fazer. Em 2009, novos casos aumentavam 
entre homens homossexuais jovens e entre mulheres de baixa renda em cidades menores, onde o 
sistema de saúde e a participação da sociedade civil eram mais fracos. 
 
Após algumas mudanças do poder financeiro e administrativo do nível federal para os governos 
estaduais e municipais as taxas de infecção tornaram a crescer, principalmente nas cidades onde os 
programas contra o HIV haviam sido negligenciados. 
 
 
 
 
 
 
3 
Em 2009, o Brasil era o quinto país mais populoso do mundo, a sociedade brasileira era dividida 
em 53,7% brancos, 38,5% mestiços entre brancos e negros, 6,2% negros e 1,6% outros. A distribuição 
de renda era desigual. As regiões sul e sudeste eram as mais ricas e também as mais populosas, já as 
regiões norte e nordeste eram pobres e subdesenvolvidas. 
 
A expectativa de vida do brasileiro, entre 1990 e 2007, cresceu de 67 para 72, e a taxa de 
mortalidade infantil caiu de 48 a cada 1.000 vivos, para 18. As melhorias nas condições de saúde do 
brasileiro foram motivadas pelos programas governamentais, um deles, por exemplo, foi a vacinação de 
quase todos os recém-nascidos em hospitais. Mesmo com as melhorias apresentadas, constatava-se que 
havia disparidades entre as raças, os brancos eram mais saudáveis que os negros e os indígenas. 
 
Nos anos 80, além dos protestos por democracia, vários outros grupos reivindicavam melhorias, 
dentre eles os sanitaristas (defensores da saúde pública) que buscavam erradicar as desigualdades na 
saúde da nação. A promulgação da Constituição de 1988 declarou a saúde como um direito 
fundamental, devendo ser fornecido pelo governo. Fora criando o SUS para coordenar todos os serviços 
de saúde pública, atuando em conjunto com o sistema particular. 
 
O sistema de saúde se dividiu em dois: o financiado pelo governo (SUS), que atingia ¾ da 
população, e o sistema privado suplementar (Particular – Plano de Saúde), que atingia a parcela mais e 
rica e localizada, principalmente, nas regiões urbanizadas do Sudeste e Sul. Contudo, em casos de 
maior gravidade, o cidadão que possuía plano de saúde continuava procurando as redes públicas para 
atendimento, eis que o direito ao acesso fora mantido. 
 
Os primeiros casos de AIDS no Brasil foram identificados em São Paulo em 1982, entre homens 
homossexuais. Como o SUS iniciava seus passos, não operava nacionalmente. Portanto, era difícil 
rastrear novos casos de infecção, mas o Ministério da Saúde estimou em 9000 a quantidades de casos 
entre 1987 e 1989. 
 
A maioria dessas infecções era em homens de classe média alta que praticavam sexo com outros 
homens. Em 1990, foram encontrados casos em hemofílicos, heterossexuais, recebedores de transfusões 
 
 
 
 
 
 
4 
sanguíneas e recém-nascidos. A maior parte dos casos ocorreu em usuários de drogas injetáveis. Os 
casos de AIDS chegaram aos assombrosos 51.000 em 1992. 
 
A estimativa era que 1,2 milhões de brasileiros estariam infectados com o vírus, entretanto, em 
2009, a incidência era estimada em 0,6% da população adulta, ou seja, aproximadamente 630.000. 
 
O HIV era frequentemente chamado de “câncer gay” ou “praga gay”. Os primeiro programas 
contra a doença foram desenvolvidos como medidas de emergência. São Paulo foi o primeiro estado a 
criar um grupo de programa de controle de AIDS, o primeiro programa federal foi desenvolvido pelo 
Ministério da Saúde apenas em 1985, denominado Comissão Nacional da AIDS (CNAIDS). 
 
As ações para prevenção do HIV foram realizadas por todos da sociedade civil, inclusive ONGs 
contratadas para este fim. Alguns programas controversos foram financiados por capital público, tais 
como: educação e empoderamento de profissionais do sexo, programa de troca de agulha para usuários 
de drogas injetáveis, paradas do orgulho gay, distribuição de preservativos e campanhas de divulgação. 
 
Em 1995, foram confirmados 15.150 óbitos. Nesta época, um tratamento disponível com uma 
terapia antirretroviral (HAART) se mostrara altamente eficaz para a sobrevida à AIDS. 
 
Em 2001, todos os estados e centenas de municípios tinham seus próprios programas contra a 
doença financiados principalmente pela arrecadação de impostos. O Programa Nacional de AIDS 
(PNA) fornecia auxílio financeiro e técnico para esses programas. Percebendo que já havia corpo 
estrutural para descentralizar as ações, pois reconheciam que nem sempre sabiam a necessidade local, 
abraçaram o princípio da descentralização transferindo o controle financeiro e administrativo às 
secretarias de saúde dos estados e municípios. 
. 
Em 2009, seis anos após o início do processo de descentralização, os resultados eram variados. 
A Dra. Mariângela Galvão Simão, disse acreditar que manter os serviços de Prevenção do HIV no 
Brasil exigia o fortalecimento da capacidade estadual e municipal de prover serviços de prevenção e 
tratamento da AIDS por meio do sistema descentralizado de saúde pública do país. 
 
 
 
 
 
 
5 
Realmente, o fenômeno da descentralização se faz cada vez mais presente, de modo que ao lado 
da Administração Central, dividida em órgãos, apresenta-se uma série de entidades, criadas pelo 
próprio Estado, que a elas atribui a execução de determinadas atividades estatais, e, ainda, particulares, 
que recebem delegação para o exercício de serviços públicos. 
 
Ou seja, as atividades estatais passam a ser realizadas não somente por ele próprio, mas também 
por pessoas jurídicas por ele criadas, ou mesmo por particulares. E o eventual sucesso de medidas 
descentralizadoras supõe o fortalecimento das capacidades institucionais e administrativas do governo 
central. 
 
As demandas alteram-se conforme o momento. Nesse sentido, o Estado faz-se mais ou menos 
presente em áreas que, em princípio não seriam de sua alçada, atividades em sentido estrito. Ao mesmo 
tempo, a noção de serviço público é variável. 
 
Porem, a Constituição Federal enuncia a responsabilidade do Estado à prestação dos serviços públicos. 
 
 Nesse contexto, o ordenamento jurídico disponibilizauma série de instrumentos para o Estado 
lhe dar com esse ambiente variável. Dessa forma, o Estado pode se apresentar mais, ou menos 
descentralizado na prestação de serviços públicos; pode intensificar, ou diminuir sua atuação no âmbito 
da iniciativa privada. 
 
Com efeito, prevê o ordenamento jurídico as entidades da Administração Pública Indireta, 
algumas com personalidade jurídica de direito público, outras com personalidade jurídica de direito 
privado, além das organizações sociais e sociedade civil. 
 
Mas é essencial, para a solução dos conflitos que surjam, a consideração não somente do critério 
subjetivo. É essencial raciocinar-se levando em conta também os critérios formais (regime jurídico) e 
objetivo (atividade). 
 
 
 
 
 
 
 
6 
Uma pesquisa em 2009 mostrou que 97% dos brasileiros sabiam que as formas de contagio do 
HIV, 46 % dos brasileiros relataram usar preservativos com parceiros casuais, um aumento de 9% em 
relação a 1989. 47% das profissionais do sexo receberam auxílio de programas de prevenção, destas 
77% receberam preservativos gratuitos e 57% sabiam que podiam fazer um teste de HIV pelo SUS. As 
taxas de mortalidade foram reduzidas significativamente. 62% das gestantes passavam por teste de HIV 
durante visitas pré-natais em 2006, um aumento de 52% em relação a 2000. 
 
Diante da pesquisa, pode-se afirmar que o processo de descentralização apresentou ótimos 
resultados na grande maioria dos estados e municípios. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 
 
Casos De Cuidados Globais de Saúde: HIV / AIDS no Brasil: Provimento de Prevenção em um 
Sistema Descentralizado de Saúde . Harvard Medical School. GHD-018 – Abril, 2011. 
 
LOCAL: Biblioteca Virtual

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