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Cap 3 Levantamento sísmico (mix slide) As ondas sísmicas são criadas por uma fonte controlada e se propaga em subsuperficie, utilizando o fenômeno de propagação de ondas elásticas(mecânicas), para estudar a terra por métodos naturais ou artificiais para a superfície.Os instrumentos de detecção captam o movimento do terreno causado pelas ondas que retornam e medem os tempos de chegadas a diferentes afastamentos em direção a superfície. O levantamento sísmico pode fornecer um quadro detalhado da geologia de subsuperficie. As principais diferença da sísmica de exploração e a sismologia são a profundidade e resolução e conhecimento sobre a posição e características da fonte. Pois a sísmica de exploração se preocupa apenas com a estrutura da terra até algumas dezenas de quilômetros de profundidades e utiliza fontes sísmicas artificiais, como explosões, cujo o local, regulação de tempo e características da fonte estão, diferentemente dos terremotos, sob controle direto do geofísico. Para a propagação de ondas mecânicas é necessário um meio material ( deformável ou elástico), mesmo com características complexas e heterogêneas as rochas apresentam comportamento mecânico como se fosse elástico. As ondas mecânicas podem ser classificadas em duas famílias que se distinguem considerando o movimento das partículas relacionado com a direção de propagação da onda.As duas famílias estão separadas em. A) Ondas de corpo: Onda longitudinal e transversal B) Ondas superficiais (ou longas): Ondas Rayleight e Onda love Onda Longitudinal E Transversal São as ondas penetrativas, que se propagam em subsuperficie, atravessando o mando de intemperismo e atingem e se propagam nas rochas de supbsuperficie. Podem se propagar a longas distâncias dependendo da energia empregada, podem atravessar até a terra, como as ondas provocadas por terremotos. Onda P: Onda compressional ou longitudinal, o movimento das partículas que transmitem a onda tem a mesma direção de propagação da onda, também pode ser denominada como onda primária, por apresentar maior velocidade de deslocamento. Onda S: Onda transversal ou de cisalhamento , o movimento das partículas que transmite a onda é perpendicular a direção de propagação da própria onda, também é denominada de onda secundária , não é transmitida no meio gasoso Ondas Superficiais ou Longas São ondas que propagam-se no interface ar-terra e no contato da camada com velocidade de propagação menor entre o manto de intemperismo e as rochas inferiores. A amplitude do movimento das partículas que transmitem essas ondas decresce exponencialmente com a distância em que ela se propaga e também com a profundidade. Ondas Rayleigh: Movimento das partículas que transmitem essa onda ocorre num plano vertical e as partículas descrevem um movimento elíptico retrógado em relação à direção da onda. O movimento das partículas é resolvido pelas componentes longitudinal e transversal que possuem a mesma frequência, mas estão defasadas no tempo, a onda do mar é um exemplo dessa onda. Ondas Love: O movimento das partículas que transmitem a onda love é paralelo ao contato do leito e transversal à direção de propagação da onda. É constituída essencialmente por uma componente transversal à direção de propagação, sendo que o movimento das partículas é atenuado com a profundidade . Ondas e raios: Um pulso sísmico propaga-se radialmente a partir de uma fonte sísmica a uma velocidade determinada pelas propriedades físicas das rochas circundantes. Principios Físicos e Características das ondas As características das ondas são: Comprimento de onda(lambida); período (T); frequência (f); amplitude (A); velocidade (v). Expressão da lei de Hooke: A tensão é diretamente proporcional a deformação. A proporcionalidade é determinada pelas constantes. 1) Modulo Youg(E), ou modulo de elasticidade; 2) Modulo de Volume(Bulk Modulos); 3) Modulo de Cisalhamento simples ou módulos de rigidez; 4) Modulo Longitudinal, ou Módulo axial, ou módulo onda P. Relação entre os diferentes módulos :propriedades mecânicas derivadas a partir do estudo de propagação das ondas elásticas. Constante de Lamé Constante (Razão) de Poisón(v) é a razão negativa entre a deformação axial (longitudinal) devido a aplicação de uma carga e a correspondente de formação em uma (ou ambas) a(s) direções ortogonais (transversais). Deformação longitudinal P (distenção) e trasnversal S( cisalhamento) Velocidade ondas sísmicas nas rochas No tocante às camadas de rochas investigadas pela sísmica, as velocidades sobre as ondas compressionais e de cisalhamento,vp e vs, são importantes por duas razões principais: 1) São necessárias para a conversão de tempo de propagação de ondas sísmicas em profundidade. 2) Fornecem uma indicação sobre sua litologia, ou, em alguns casos, a natureza dos fluídos intersticiais nelas contidos. A variedade composicional, textural, de porosidade e de fluídos nos poros, as rochas diferem quanto a seus módulos elásticos e de densidade, e, portanto, quanto suas velocidades sísmicas. Para as velocidades das ondas S, a derivação da velocidade total é mais complexa porque as ondas S não se propagam no espaço poroso. Esté é um ponto interessante, pois sugere que a velocidade das ondas S depende somente das propriedades dos grãos na matriz e de sua textura, enquanto as velocidades das ondas P é também influenciada pelos fluidos nos poros. Em principio então é possível detectar variações nos fluídos nos poros, se ambas as velocidades das ondas P e S de uma formação forem conhecidas. É uma técnica utilizada na indústria de petróleo para detectar espaços porosos preenchidos por gás em reservatórios de hidrocarbonetors em profundidade. Propiedades de rochas e materiais geológicos Impedância Sismica ou impedância acústica característica: um dos principais parâmetros elásticos É uma propriedade intrínseca dos meios materiais. As proporções relativas da energia transmitida e refletida são determinadas pelo constraste de impedância acústica. Produto da densidade e da velocidade de propagação das ondas longitudinais.Em geral quanto mais rígida sua rocha, mais alta sua impedância acústica. Z= d*vp 1ns./m3->1Pas/m->1kg/m2 Fenômeno de propagação de ondas sísmicas/elásticas A propagação de ondas elásticas através da interface entre 2 meios de diferentes propriedades(densidade, velocidade) determina o desenvolvimentos dos fenômenos físicos característicos: a) Reflexão b) Refração c) Difração Frente de onda(Wavefront): Decorrido um tempo tn após a emissão da onda em um meio isotrópico, a frente de onda é a superfície na qual todas as partículas vibram na mesma fase:. Raio de onda (raypath): O raio de onda é a direção perpendicular à frente de onda, que marca sua direção de propagação. Leis e princípios aplicados às ondas sísmicas Lei da Reflexão: O ângulo de incidência é igual ao ângulo de reflexão Lei de Snell, ou da Refração: O ângulo de incidência na interfacie está relacionado ao ângulo de refração pela razão das velocidades de propagação de ondas elásticas na interfácie. Leis e princípios aplicados às ondas sísmicas e elásticas: Principio de Fermat: Das várias possibilidades para o raio de onda entre 2 pontos(A e B), o raio de onda sísmica seguirá o caminho que resulte no menor tempo de trajeto entre dois pontos Principios de Hudgens: Todos pontosnumafrente de onda podem ser considerados como fonte para a propagação de uma nova fonte esférica(secundária). Dessa nova maneira, a nova frente de onda em geral é a superfície tangencial (ou envelope) das ondas frentes secundárias. Difração: Frentes de ondas elásticas que atingem estruturas com limites angulares sofrem curvatura ao redor da feição e dão origem a curvas difratadas. Primeira Zona de Fresnel: É a área finita sobre a qual é gerada a reflexão de uma onda elástica incidente sobre uma interface, depende da velocidade do meio, do comprimento da onda e da profundidade da interface refletora em relação a fonte h da frequência da onda. As rugosidades das interfaces (comprimento de onda e amplitude) afetam (reduzem) o coeficiente de reflexão.Rugosidade de amplitude igual ou maior do que ¼ lambida da onda elástica, atua como um refletor especular, refletindo raios em muitas direções angulares. Atenuação das ondas sísmicas: divergência esférica ou espalhamento geométrico.A energia da onda elástica, então diminui a razão de 1/r2. A amplitude da onda decresce na razão de 1/r; Atenuação das ondas sísmicas/elásticas Atenuação interna: São função do número de onda e da escala das heterogeneidades da interface Sistema de Aquisição de dados Sismicos: Os requisitos essenciais são: -gerar um pulso sísmico com uma fonte(source) apropriada -detectar as ondas sísmicas no solo por meio de um transdutor (transducer) apropriado. -registrar e apresentar as formas de ondas sísmicas num simografo apropriado. As aplicações variam desde um metro até dezenas de quilômetros, para cada aplicação existe um limite com relação a menor estrutura que pode ser detectada, conhecido como resolução de levantamento, sendo determinada pelo comprimento do pulso, pra um pulso de um dado comprimento, há uma separação mínima, abaixo da qual haverá uma sobreposição dos pulsos no tempos, no registro sísmico. O comprimento do pulso pode ser encurtado por deconvolução, se os dados forem de qualidade, sendo um complemento para um bom modelo sísmico. Os levantamentos sísmicos devem ser executados individualmente para cada caso. Fontes sísmicas e gama de aplicações sísmicas/acústicas: é uma região localizada, dentro da qual a repentina liberação de energia produz uma rápida tensão sobre o meio circundante.Os principais requisitos da fonte sísmica são: - Energia suficiente através do mais amplo intervalo de frequência possível, estendendo-se às frequências mais altas registráveis. -A energia deve se concentrar no tipo de energia de onda necessário a um levantamento especifico, ou seja, onda P ou S, e gerar um mínimo de enrgia de outros tipos de ondas. Essa energia indesejável degradaria os dados registrados e seria classificada como ruído incoerente. -A forma de onda deve ser repetível. Levantamentos sísmicos quase sempre envolvem comparação dos sismogramas gerados por uma série de pontos em diferentes localizações. -A fonte deve ser segura, eficiente e ambientalmente aceitável. A maior parte dos levantamentos sísmicos são operações comerciais regidas pela segurança e pela legislação ambiental. Fontes explosivas: São normalmente detonados em furos de detonação rasos para melhorar o acoplamento da fonte de energia com o terreno e para minimizar os danos na superfície.Fornecem fonte sísmica razoalvelmente barata e altamente eficiente,com amplo aspectro de frequência, mas seu uso requer permissão especial. Seu uso em terro é lento devido à necessidade de escavar furos de detonação.Seu principal defeito é não fornecer o tipo de assinatura fonte. Fontes terrestres não explosivas: Vibrosseis é a fonte não explosiva mais comum utilizada em levantamento sísmicos de reflexão.Utiliza vibradores montados em caminhões, que imprimem ao solo uma vibração de longa duração, baixa amplitude e de frequências continuamente variáveis, conhecidas como sinal de varredura. Mini-Sossie: adapta o principio de se utilizar uma assinatura de fonte de longa duração precisamente conhecida a aplicações mais baratas de baixa energia.Um martelo pneumático envia sequência aleatória de impactos a uma sapata, transmitindo ao terreno um sinal impulsivo codificado de baixa amplitude. Percussores de quedas livres e marretas: pode ser considerado a fonte sismica mais simples seja uma grande massa em queda sobre a superfície do terreno.O impacto horizontal de um peso ou marreta sobre um dos lados de uma sapata vertical parcialmente enterrada no solo pode ser usado como uma fonte para a sismologia de ondas de cisalhamento. Espingardas, buffalo guns, rifles: Uma solução para se obter energia adicional para levantamentos de pequena escala é usar energia química compacta da munição de pequenas armas de fogo. Rifles tem sido usados como fontes sísmicas, atraindo-se contra o solo. Buffalo guns é um cartucho sem projetil que fornece fonte impulsiva com energia consideravelmente maior que uma marreta. Fontes Marinhas Canhões de ar: são fontes pneumáticas nas quais uma câmara é preenchida com ar comprimido sob pressão muito alta, através de uma mangueira acoplada a um compressor a bordo do navio.Para levantamentos profundos a energia transmitida pode ser aumentada pelo uso múltiplos canhões de ar. Canhões de água: São uma adaptação dos canhões de ar com intuito de diminuir o efeito bolha. O ar comprimido, em vez de ser liberado na camada de água, é utilizado para mover um pistão que ejeta um jato d’agua no meio circundante. Quando o pistão para, cria-se um vácuo atrás do jato de água ejetado, que implode sob a influência da pressão hidrostática ambiente, gerando um forte pulso acústico livre de oscilação de bolha. Centelhadores: são dispositivos para converter energia elétrica em acústica. O pulso centelhador é gerado pela descarga de um grande banco de capacitores diretamente na água do mar através de um arranjo de eltrodos rebocados em numa moldura atrás do navio de aquisição. Boormers: Compreendem uma placa rígida de alumínio conectada a uma mola abaixo de uma bobina elétrica especifica para trabalhos pesados. Centelhadores e Boormers geram pulsos acústicos de banda larga e operam com uma ampla variedade de níveis de energia, podem ser fabricadas sob medidas para a necessidades de levantamentos específicos. Os pingueres: pequenos trandutores de cerâmic piezolétrica num reboque ou “peixe” que, quando ativados por um impulso elétrico, emitem um pulso acústico de baixa energia, muito curto e de alta frequência. Eles fornecem uma capacidade de resolução muito alta( de até 0,1 m), mas limitada penetração. Aplicação dutos marinhos. Chirp: são tradutores eletromecânicos que produzem uma forma de onda longa e repetível, que permite uma saída de grande energia. O longo sinal pode ser comprimido por processamento para dar maior resolução e/ou melhor relação sinal-ruido. Trandutores sísmicos: Sismometros ou geofones, hidrofones, geofone de bobina móvel. Sistema de Registros simicos: é uma operação técnica muito difícil, considerando-se pelo menos três aspectos chaves 1º O tempo de registro em relação a fonte sísmica deve ser medido com precisão 2º Os sismogramas devem ser registrados por muitos transdutores simultaneamente, de forma que a velocidade e direção de percurso de ondas sísmicas possam ser interpretadas. 3º Os sinais elétricos devem ser armazenados para uso futuro. Levantamento Sísmico de Reflexão Geometria das trajetórias dos dados refletidos: Nos levantamentos de reflexão, os pulsos de energia são refletidos pelas interfaces geológicas e registrados na superfície em um ângulode incidência próximo da normal. Os tempos de percurso são medidos e podem ser convertidos em estimativas de profundidades da interfácie. São comumente mais executados em áreas de sequencias sedimentares de baixo mergulho Refletor Horizontal único: Sismograma de Reflexão: Qualquer gráfico que exiba um conjunto de um ou mais traços sísmicos é chamado de sismograma, representando as respostas de uma série de detectores à energia provinda de um tiro é chamada família de tiros. CMP: Conjunto dos traços relativos à resposta sísmica em um ponto médio da superfície é uma família de ponto médio comum. A transformação do conjunto dos traços sísmicos para cada CMP em um componente da imagem conhecida como seção sísmica é a principal tarefa do processamento sísmico de reflexão. Traço sísmico: Em cada interface, uma parte da energia incidente do pulso é refletida de volta na direção do detector. Essa fração é determinada pelo contraste de IMPEDÂNCIA ACÚSTICA entre duas camadas e para um raio se deslocando verticalmente. O detector recebe uma série de pulsos refletidos, cuja modulação de amplitude é função da distância percorrida e dos coeficientes de reflexão de várias interfácies. Os pulsos chegam segundo tempos determinados pela profundidade das interfaces e pelas velocidades de propagação entre elas. Assumindo que a forma do pulso permace inalterada enquanto se propaga no meio estratificado, o traço sísmico resultante pode ser visto como a convulsão do pulso de entrada com uma série temporal conhecida como função da refletividade, compostas por uma série de impulsos. Cada impulso tem uma amplitude relacionada com o coeficiente de reflexão de uma interface e um tempo de percurso equivalente ao tempo duplo de reflexão para aquela interface. O pulso tem um comprimento finito, as reflexões individuais a partir de interfaces pouco espaçadas aparecem, no sismograma resultante, sobrepostas no tempo. O traço sísmico básico de reflexão pode, então, ser visto como a convolução da função refletividade com um pulso sísmico variável com o tempo. O traço real será mais complicado, pois há superposição de vários ruídos como reflexões múltiplas, de ondas de corpo diretas ou refratadas, ondas de superfície. Processamento de traços das ondas elásticas A filtragem de frequência pode melhorar SNR mas, potencialmente, prejudica a revolução vertical, enquanto a deconvolução melhora a resolução vertical, mas as custas de um decréscimo SNR. Filtragem de frequência: Qualquer evento de ruído, coerente ou incoerente, cuja frequência dominante seja diferente daquelas chegasas refletidas, pode ser suprimida pela filtragem de frequência. Dessa maneira, os vários tipos de ruídos podem ser significamente atenuados por um filtro Deconvolução: Processo analítico de remoção do efeito de algumas operações previas de filtragem (convolução), os filtros inversos são projetados para deconvolver traços sísmicos pela remoção dos efeitos desfavoráveis de filtragem associados com a propagação de pulsos sísmicos através de um terreno de multicamadas ou através do sistema de registro. Todas as operações de deconvolução tem efeito de encurtar o comprimento do pulso nas seções sísmicas processadas, e assim, melhorar a resolução vertical. A convolução descreve como o pulso de onda interage com um conjunto de refletores R para produzir o sismograma observado. Propriedades matemáticas Commutativa A*B=B*A Associativa A*(B*C)=(A*B)*C O operador de deconvolução (D) é desenhado de maneira que, convolvido com a gemetria de pulso (W), é capaz de produzir um sinal de saída em forma de Spyke(agudo) correlacionável com as características dos refletores. Se D*W=d=[1000...,],então D*S=D*(W*R)=(D*W)*R=d*R=R A deconvolução, portanto, é desenhada para produzir efeito inverso da convolução. . Objetivos da Migração 1)Reposicionar os refletores em suas exatas posições espaciais 2)Eliminar as hipérboles de difração Tipos de migração a)Time migration: Efetuada sobre o sistema de coordenada no tempo, não requer a definição de um modelo de velocidade para o sismograma.(Stoltz,Gazdage, Diferenças Finitas) b)Depth migration: efetuada sobre um sistema de coordenadas no espaço(distxprof), requer modelo adequado de velocidade para as diferentes unidades identificadas no sismograma.(Kirchhof, Reverse time, Gaussian Beam e Wave-equation). O sobretempo Normal(NMO) para uma distancia de afastamento x é a diferença do percurso delta t entre as chegadas refletidas para x e para o afastamento zero. É função do afastamento , velocidade e profundidade z do refletor.O conceito de sobretempo é fundamental para identificação, correlação e intensificação dos eventos de reflexão, e para os cálculos de velocidade utilizando reflexão. Onda refletida: tempo=[2((x/2)²+h²)^1/2]]/V x é o offset t tempo V velocidade h profundidade AVO: permite ter informações sobre o conteúdo de fluidos, a porosidade, a densidade, a velocidade de ondas das rochas. Distingue diferentes camadas. (Exceto as camadas de até 1/4 comprimento de onda). Sismoestratigrafia: Método de interpretação de sismograma(s) baseado em princípios de estratigrafia e geologia estrutural, que permite uma compreensão da evolução dos processos de sedimentação e deformação de bacias sedimentares. Principíos de interpretação : -Continuidade espacial de refletores -Truncamento de refletores -Organização e continuidade de refletores menores delimitados por refletores de maior continuidade -Padrões geométricos dos refletores de menor escala. Padrões de terminação de refletores Estruturação interna de unidades sísmicas A) Padrões paralelos: indicam uniformidade de subsidência e deposição B) Padrões divergentes: indicam variação na taxa de sedimentação, ou na subsidência do substrato da bacia, ou variação do n.m.m C) Padrões progradantes: marcado por refletores inclinados (clinoformas), que avançam em direção ao mar. D)Padrões caótico: são refletores curtos, distribuídos em várias direções desordenadas, que indicam ambientes de alta e variável energia, ou deformação penecontemporânea. E) Padrões “transparente”: intervalo sem refletores internos, que sugerem litologias sismicamente homogêneas (sal, calcário, etc..), ou camadas muito deformadas e verticalizadas. F) Padrões sub-paralelose lenticulares: são refletores levemente ondulados, sub- paralelos, com diferentes geometrias, que representam seções cortadas paralelamente à direção (strike) de estruturas sedimentares. Tais feições tem individualmente interpretação particulares, conforme a sequência sedimentar. Levantamento Sísmico de Refração O método de levantamento sísmico de refração usa a energia sísmica que retorna para a superfície após viajar através do solo ao longo de trajetórias dos raios refratados. A primeira chegada da energia sísmica a um detector afastado da fonte sísmica sempre representa um raio direto ou um raio refratado. A grande maioria dos levantamentos de refração é realizada ao longo de linhas de perfis suficientemente longas para assegurar que as chegadas refratadas de camadas alvo sejam registradas como as primeiras chegadas, para, pelo menos, metade do comprimento da linha. É típico de perfis de refração que necessitem ser entre cinco a dez vezes maislongas que a profundidade de investigação requerida. Primeiramente, é importante considerar a geometria das trajetórias dos raios refratados através de modelos de camadas planas em subsuperficie e, após, serão considerados os modelos de tratamento da refração em interfaces irregulares(não planas). Geometria das trajetórias dos raios refratados: interfaces planas A premissa é que as trajetórias de raios consideradas a seguir são que a subsuperficie é composta de uma série de camadas, separadas por interfaces planas e possivelmente inclinadas.Também, que dentro de cada camada as velocidades sísmicas são constantes e que as velocidades aumentam com a profundidade da camada. Caso de duas camadas com interface horizontal O raio desloca-se horizontalmente através do corpo da camada superior A para D à velocidade v1. O raio refratado desloca-se para baixo até a interface e de volta para a superfície à velocidade V1 ao longo das trajetórias AB e CD segundo ângulo crítico õ, e se desloca ao longo da interface B e C à velocidade mais alta v2. O tempo de percurso total ao tongo da trajetória do Raio refratado ABCD Notar que o tempo de percurso total é o tempo que levaria para se deslocar pelo intervalo total x à velocidade do retrador v2 (que é x/v2), mais um tempo adicional para permitir que a onda se desloque a partir da fonte para baixo até o refrator e de volta até o interceptor. Velocidade V=d/t (gráfico) Ângulo crítico ic= sen-1(v1/v2) Espessura ti=(2.z.cos ic)/v1 z=(ti/2).(v1/cos ic) (v1/cos ic)=v1.v2/raiz(v22-v12) Caso para três camadas GPR Radar: radio detection and raging Os métodos de investigação geofísica OEMS classificam-se de diferentes modos: 1) segundo as frequências das ondas OEMS utilizadas pelos métodos; ou 2) segundo as fontes de energias, que geram as ondas (naturais ou artificiais). O que difere é a sua capacidade de aplicação. Um resumo segue-se abaixo, o Georadar utiliza frequência 10^6 (Megahetz) a 10^9 (Gigahetz) Diferença Georadar para outros métodos elétrico-magnéticos. O georadar não estima profundidade de indução do campo, só profundidade de penetração, por isso ele está classificado como método sísmico. As ondas do georadar mostram comportamento inverso, são bloqueadas nos meios condutores. O método georadar e eletromagnético são complementares. Bons condutores: campo secundário oposto ao campo primário: CReal>Cimaginária: boa penetração das correntes elétricas e do campo EM. Ondas EM: má penetração Maus condutores: campo primário perpendicular campo real. CReal<CImaginária. Ondas EM: boa penetração das ondas EM. Corpos muito condutivos formam campo secundário com máxima amplitude .Toda energia registra amplitude de onda no limite e isso atenua a propagação eletromagnética. A onda eletromagnética é atenuada quando se propaga em meios condutores, a energia vai ser dissipada num campo secundário.Em condutividades alta o sinal do georadar é atenuado, pois absorve toda energia, não volta refletido. Se a defasagem é zero a componente imaginária é máxima, não tem componente oposta ao campo primário quando o material é resistivo. Só tem reflexão, difração e refração no contraste de impedância, no contato da camada. Para bons condutores, a CimagS diminui com o aumento da frequência P Para maus condutores, a CimagS aumenta com o aumento da frequência P Método Georadar: O comprimento da onda utilizado pertence ao intervalo entre 10 MHZ e 2000MHZ (ondas radar) do espectro EM. A propagação das ondas de radar depende das propriedades elétricas dos meios que elas atravessam. O contraste das propriedades elétricas entre os meios atravessados implicarão nos fenômenos de propagação da onda(reflexão e refração pex). O georadar é um dispositico que, através de uma antena emissora, gera ondas eletromagnéticas, as quais são refletidas e/ou refratadas pelo meio geológico até alcançarem uma outra antena ligada ao receptor. Esse receptor processa eletronicamente os sinais captados pela antena e torna-os visíveis, através de uma tela de computador. Nesse aspecto, o dispositivo de georadar aproxima-se de outros métodos de reflexão. As ondas de radar, então, são emitidas a partir de uma fonte para identificar um objeto em subsuperficie e para determinar sua posição. O contraste nas propriedades elétricas entre os diferentes materiais em subsuperficie ocasionará o espalhamento (p.ex: reflexão e refração). As propriedades elétricas que influenciam no espalhamento de ondas EM são: permissividade elétrica, condutividade elétrica e permeabilidade magnética. A detecção da energia refletida permite localizar e posicionar as fontes da energia espalhada. A magnitude e o caráter do sinal de retorno(onda EM refletida) são controladas pela geometria e pelo contraste das propriedades dos materiais com o objeto. As propriedades elétricas são controladas basicamente pela presença de água, as partículas contem um alto poder de dissociação eletrolítica, o que torna o meio mais condutor e atenua ondas com frequência de acima 2GHz. Os corpos muito condutivos causam atenuação das ondas de radar. Reflexão: Na reflexão, a onda vinda de u meio 1, ao incidir na superfície divisória, supostamente um plano idealmente fino e infinito, que separa dois meios lineares, homogêneos e com constantes elétricas e magnéticas diferentes, sofre uma mudança de caminho e volta para o meio 1.o Ângulo de incidência=ângulo de reflexão.A intensidade da reflexão sofre influência da rugosidade da superfície que separa os meios. Refração: Na refração, a onda EM sofre uma mudança de direção ao atravessar a superfície divisória(interface) entre dos meios dielétricos diferentes. Nesse caso, também se supõe que a superfície divisória é um plano idealmente fino e infinito que separa dois meios lineares, homogêneos. A onda incidente dá origem a duas outras ondas; um refletida e outra refratada ou transmitida. Polarização: Quando OEMS são alinhadas de modo que cada campo elétrico e magnetico vibram sempre no mesmo plano.Pode ocorrer polarização linear, circular e elíptica. Difração: É o fenômeno que ocorre quando a OEM sofre um desvio na sua trajetória ao passar por um obstáculo, seja as bordas de um orifício, ou um corpo cujas dimensões são pequenas comparadas com o comprimento da onda incidente. Variáveis físicas e a propagação das OEMS(atenuação): OEMS que se propagam no meio dielétricos homogêneios e isotrópicos sofrerão diminuição de amplitude (atenuação) e, consequente, perda de energia por: 1) Espalhamento Geométrico: as ondas Em vindas de uma fonte finita(antena) espalham-se em todas as direções do espaço e sua energia dispersa-se na superfície de uma esfera que se expande a cada instante 2) Corrente Induzida: as OEMS ao atravessarem meios geológicos que não são nem condutores homogêneos nem dielétricos perfeitos, mas sim parcialmente homogêneos e parcialmente dielétricos, induzem corrente elétrica e perdem sua energia por aquecimento, causando atenuação ainda maior do sinal elétrico já atenuado pelo espalhamento, em termos práticos, acarreta uma diminuição da amplitude OEMS ao longo da trajetória de propagação. A condutividade elétrica ou resistividade são fatores que mais influenciam na propagação dos meios OEMS, um dos constituintes que mais influencia é a água, pois altera a resistividade. A permissividade dielétrica é outra propriedade importante que influencia napropagação, pois descreve a capacidade do solo de armazenar energia, através da separação entre cargas elétricas. A permeabilidade magnética tb é importante, porem para casos em meios geológicos ricos em água decresce significativamente. A penetração e a propagação das OEM nos meios geológicos também são influenciadas pela sua frequência, tem-se atenuação crescente da penetração a medida que a frequência aumenta, tem a atenuação sofrida pela amplitude do sinal m função da frequência e do tipo de solo. Profundidade de penetração e resolução do georradar : A profundidade de investigação e a resolução do georradar são função principalmente da freqüência das antenas utilizadas e da potência dos equipamentos. Isso não quer significar que condutividade-resistividade e permissividade dos materiais não exerçam influência, conforme discutido anteriormente; porém, essa seção busca discutir principalmente a influência da freqüência, relativamente à condutividade-resistividade, na definição da profundidade de penetração das ondas EM e na resolução das estruturas de subsuperfície. Resolução vertical A resolução vertical de um georradar no mapeamento estrutural de detalhe refere-se à mínima separação detectável em profundidade entre as interfaces de reflexão. Resolução lateral A resolução lateral está relacionada com a extensão horizontal de um refletor. A energia refletida que chega à antena receptora não vem de um único ponto de incidência, mas de uma área finita do refletor. Slides Sistema que utiliza pulsos eletromagnéticos de curta duração de tipos: 1) Frequência modulada. Ao atingir o receptor, a onda "portadora" é abandonada e as ondas eletricas transformam-se novamente em ondas sonoras. A palavra modulação significa precisamente as modificações sofridas pela onda "portadora" ao conduzir as ondas sonoras. 2) Holográficos: Um holograma é uma figura tridimensional obtida por registo, em película própria, dos efeitos da sobreposição de duas ondas (figura de interferência) provenientes de uma mesma fonte luminosa (raios laser), sendo uma onda directa e a outra reflectida pelo objecto (que se quer reproduzir) na película. 3) Pulse radar: aplicados para investigação de subsolo, são genericamente agrupados como ground penetrating radar( GPR=GEO-RADAR) GPR: Dispositivo dos métodos eletromagnéticos que utiliza os fenômenos de propagação das ondas EM no subsolo As características do dispositivos são determinadas: a) Pelos fenômenos de propagação das ondas b) Pelas propriedades eletromagnéticas do solo: Permissividade elétrica, condutividade elétrica e permeabilidade magnética. Fenômeno de propagação de ondas EM. Dispositivos de fonte artificial controlado -As correntes e campos penetram facilmente em corpos condutores. Mas são bloqueados por corpos de alta resistividade. As ondas mostram comportamentos contrários. Os dispositivos medem os parâmetros de campo( fase, amplitude) e indiretamente estimam as propriedades de corpos condutores (resistividade aparente). Propagação das ondas EM: Fenômenos básicos: reflexão, refração e difração As ondas EM são parcialmente refletidas e transmitidas quando encontram uma descontinuidade elétrica(uma interface onde há uma mudança na impedância eletromagnética da onda). Similaridade com o método sísmico: O tempo de ida até o refletor e da volta até o receptor (2t) pode ser medido e a posição do refletor pode ser determinada se a velocidade de propagação da onda EM for conhecida. Interação da onda EM com o meio: Propriedades elétricas influenciam no espalhamento das ondas EM. 1) Permissividade elétrica2)Condutividade elétrica 3)Permeabilidade magnética. A magnitude e o caráter da onda EM refletida são controladas pela geometria e pelo constraste das propriedades elétricas dos materiais. Difusão geométrica: independente do meio Atenuação é constante independente da condutividade Perdas por absorção a) Perdas por condução: Proporcional à condutividade elétrica(maior em baixas frequências e em meios mais condutivos) b) Perdas por polarização: descreve a e em termos da relação CrealS e CimagS, ou tangente de perda(rotação de moléculas de água, modificação das ligações moleculares..) Perdas por espalhamento (scattering): não homogeneidades do meio que possuem tamanho semelhante ao comprimento de onda do pulso EM. Georadar contém 4 componentes básicos: 1)unidade de transmissão 2) Unidade de recepção 3)Unidade de controle 4) Unidade de exibição. Sistema de aquisição Arranjos monoestáticos e biestáticos Monoestático: a mesma antena é utilizada para transmissão e para a recepção Biestático: Antenas de transmissão (Tx) e de recepção (Rx) possuem um afastamento constante e pequenos. Os arranjos biestáticis permitem várias geometrias de disposição das antenas Disposição das antenas Cruzadas(Cross-line): antenas paralelas entre si, mas perpendiculares à linha que une seus centros. Alinhadas (Inline): antenas alinhadas paralelamente á linha que une seus centros. Interferências a serem observadas Interferências EM - Linhas de transmissão de energia elétrica -Rádio FM e televisões (baixa freq.. geo-radar) -Rádio comunicadores (~400MHz) -Telefones celulares(810-830 e 850-870 MHZ) -Radares(marinha, aeronáutica,etc...) Interferências estruturais -Postes, árvores (outras estruturas pontuais) -Muros, fachadas(outras estruturas planares) Aplicações Freqüências elevadas, da ordem de 1 GHz, são capazes de penetrar pouco mais de um metro em subsuperfície. Porém, devido ao pequeno comprimento de onda, permitem a detecção de alvos de poucos centímetros de diâmetro •Freqüências mais baixas, da ordem de 25 MHz, podem penetrar mais de 50-60 metros em subsuperfície. Porém, a resolução obtida só permite a detecção de alvos com tamanho da ordem de metros. Antenas de menor freqüência são aplicadas a problemas comuns em geociências: -localização de fraturas em maciços rochosos, -profundidade do embasamento sob o manto de intemperismo, -estruturação das unidades rochosas,-etc... Freqüências maiores podem ser usadas para:-localização de pequenos objetos, vazios, ou descontinuidades em estruturas de concreto armado, -estrutura de pavimentos rodoviários,- etc…
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