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Exercícios FILOSOFIA JURÍDICA

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Exercícios FILOSOFIA JURÍDICA 
01 _____________________________________________________________________________________ 
Considere a seguinte afirmativa: "A filosofia utiliza primordialmente a razão". Essa sentença 
está CORRETA? 
 
 
Sim, primordialmente é pela razão que a filosofia ergue suas considerações. 
 
Considerando-se o conhecimento metafísico, no que concerne ao conhecimento humano, é 
CORRETO afirmar que este: 
 
 
 
foge da esfera de atuação da iluminação divina. 
 
Etimologicamente, a palavra "Filosofia" é definida como "amor a sabedoria" 
Historicamente, a sua criação é atribuída a 
 
 
Pitágoras, séc. VI a.C. 
 
Analise as sentenças abaixo sobre discurso jurídico: 
I - O discurso filosófico é estudado de maneira mais aprofundada desde os tempos da 
democracia grega; 
II - Tem por objetivo expressar ideias de forma argumentativa e persuasiva; 
III - Tem por característica expressar ideias de forma argumentativa e persuasiva e seus 
conteúdos se alteram na medida em que são modificados os contextos. 
Agora, marque a opção CORRETA: 
 
 
Todas estão corretas. 
 
Tales de Mileto é considerado o pai da filosofia ou o iniciador do pensamento filosófico-
científico. Ele foi capaz de calcular a altura de uma pirâmide baseando-se na ideia de cálculo 
e proporcionalidade, ou seja, através do modo de explicação racional. Com efeito, sua importância na 
filosofia é inestimável, tendo em vista que: 
 
 
Significou um novo começo para a história do pensamento, já que parte da razão e da 
observação na busca das relações entre os fenômenos e acontecimentos mundanos e naturais ao 
invés de relacioná-los aos deuses. 
 
Explicação: O surgimento da Filosofia na Grécia Antiga se deve à passagem do pensamento mítico para o filosófico-
científico, a partir do qual se verifica a tentativa dos primeiros filósofos na busca de uma explicação do mundo 
natural (a physis, daí o nosso termo ¿física¿) baseada essencialmente em causas naturais, explicação de mundo 
estaria, então, no próprio mundo, e não fora dele (em alguma realidade misteriosa e inacessível, o que se revelou 
de fundamental importância para a construção do pensamento científico do cenário ocidental desde a Antiguidade 
até os dias de hoje. 
 
 
Deodontologia é uma parte da Filosofia que trata dos princípios, fundamentos e sistemas de 
moral. Uma teoria ética considerada unicamente em dever e direitos, onde se tem uma obrigação moral 
imutável de se respeitar um conjunto de princípios definidos. 
Desta forma é correto afirmar que: 
 
 
 
Os fins de qualquer ação nunca justificam o meio neste sistema ético. 
 
Explicação: Os fins de qualquer ação nunca justificam o meio neste sistema ético. Se alguém faz seu dever moral, 
então não importa se isso teve consequências negativas 
 
Não existe uma definição única de Filosofia. Existem diversas definições possíveis acerca de seu 
significado. 
Entretanto, é possível afirmar que a Filosofia NÃO pode ser definida como: 
 
 
 
(E) uma visão particular de mundo em que predominam os valores e as opiniões individuais. 
 
Explicação: Filosofia não poder ser entendida como uma visão particular de mundo em que predominam os valores 
e as opiniões individuais. 
 
O valor e a utilidade da filosofia têm sido, não raras vezes, postos sob suspeita. Uma visão 
acerca do filósofo é que ele divaga e se perde em reflexões sobre questões abstratas, que nada têm a 
ver com o cotidiano das pessoas. Em relação à natureza e à finalidade da filosofia, é correto afirmar que 
elas consistem: 
 
 
na reflexão sobre valores e conceitos, como liberdade e virtude, que faz parte da atividade 
do filósofo e, nessa medida, a filosofia se apresenta como uma sabedoria prática, que auxilia na 
orientação da vida moral e política, proporcionando o bem viver. 
 
Explicação: na reflexão sobre valores e conceitos, como liberdade e virtude, que faz parte da atividade do filósofo 
e, nessa medida, a filosofia se apresenta como uma sabedoria prática, que auxilia na orientação da vida moral e 
política, proporcionando o bem viver. 
 
 
A questão da verdade é encarada pelos sofistas como: 
 
 produção técnica da racionalidade. 
 
 
Quando os filósofos se referem à Teoria do Conhecimento, eles estão se remetendo a uma área 
da Filosofia que tem por meta: 
 
 o estudo descritivo e crítico dos processos gerais do conhecimento. 
 
Correlacione: 
(1) Ética 
(2) Metafísica 
(3) Lógica 
(4) Teoria do conhecimento 
(A) Aristóteles afirma que é a ciência do ¿ser enquanto ser¿, ou seja, será a ciência que 
investiga a realidade em seus traços mais abrangentes e universais. 
(B) É o ramo da filosofia que cuida das regras do bem pensar, ou do pensar correto, sendo, portanto, 
um instrumento do pensar. 
(C) Vem de Éthos, que significa, costumes, hábitos e valores de uma sociedade ou cultura. 
(D) Tradicionalmente divide-se em duas grandes correntes gnosiológicas quanto à origem do 
conhecimento humano que são: Racionalidade e Empirismo. 
 
 
1 C, 2 A, 3 B, 4 D; 
 
Explicação: Ética é o nome dado ao ramo da filosofia dedicado aos assuntos morais. A palavra ética derivada da 
palavra éthos, originária do grego, e significa aquilo que pertence ao caráter. 
Metafísica é uma das disciplinas fundamentais da filosofia, por tratar de problemas centrais da filosofia teórica. 
Descreve os fundamentos, as condições, as leis, a estrutura básica, as causas ou princípios, o sentido e a finalidade 
como um todo ou dos seres em geral. 
Lógica é de origem grego, logiké, relacionado com o logos, razão, palavra ou discurso, que significa a ciência 
do raciocínio. 
A Teoria do conhecimento é construída pelo Racionalismo e Empirismo, ambos possuem uma ligação com as ciências 
naturais e exatas 
 
O ensino de Filosofia deve propiciar a possibilidade da reflexão. Sobre o conceito de reflexão, 
é CORRETO afirmar que se trata da(do): 
 ato do conhecimento que se volta sobre si mesmo, tornando como objetivo seu próprio 
ato. 
 
 
02 _____________________________________________________________________________________ 
É a junção do bom caráter com a boa razão, ou seja, raciocínio desiderativo e desejo raciocinativo: 
 
 
 
Prudência. 
 
Lembremos a figura de Sócrates. Dizem que era um homem feio, mas, quando falava, exercia 
estranho fascínio. Podemos atribuir a Sócrates duas maneiras de se chegar ao conhecimento. Essas duas 
maneiras são denominadas de: 
 
 
 
ironia e maiêutica 
 
Explicação: O método socrático em busca da verdade constituía-se de duas fases. Em um primeiro momento (ironia), 
Sócrates questionava seu interlocutor a fim de fazê-lo cair em contradição e fazê-lo perceber a limitação de seus pré-
conceitos. No segundo momento (maiêutica), Sócrates procurava induzir o interlocutor ao conhecimento mediante 
o parto de novos conceitos, que seriam estes sim verdadeiros. 
 
Leia atentamente a seguinte proposição: "A justiça é uma espécie de meio-termo, porém não no 
mesmo sentido que as outras virtudes, e sim porque se relaciona com uma quantia ou quantidade 
intermediária, enquanto a injustiça se relaciona com os extremos. E justiça é aquilo em virtude do qual 
se diz que o homem justo pratica, por escolha própria, o que é justo." 
Este trecho, extraído de uma obra clássica da filosofia ocidental, trata de uma discussão da justiça 
considerada como: 
 
 
D) Virtude, dentro do pensamento ético de Aristóteles. 
 
Moral e Ética, muitas vezes, na linguagem cotidiana, são tidas como sinônimos; porém, para a 
Filosofia, compõem áreas distintas do pensamento filosófico. Partindo desta constatação, estaria 
CORRETA a afirmação que se completana alternativa: 
 
 
A Ética se aplica à disciplina filosófica que trata de estabelecer os fundamentos e a 
validade das normas morais e dos juízos de valor ou de apreciação sobre as ações humanas, 
qualificando-as de boas ou más. 
 
Segundo o filósofo e professor Adolfo Vasquez; "Os problemas éticos caracterizam-se pela sua 
generalidade e isto os distingue dos problemas morais da vida cotidiana, que são os que se nos 
apresentam nas situações concretas." 
A partir de conhecimentos estudados sobre a Ética e Moral, identifique se as afirmativas abaixo são 
verdadeiras ou falsas. 
I. A ética é a teoria ou a ciência do comportamento moral dos homens em sociedade. 
II. A ética é o conjunto de regras de conduta assumidas pelos indivíduos de um determinado 
grupo social com a finalidade de estruturar e organizar as relações interpessoais. 
III. O legado socrático consiste na ideia de que o objeto da vida humana é a virtude, meio 
único de alcançar a felicidade. Toda virtude consiste essencialmente em subordinar o corpo 
à alma, os sentidos à razão, o particular ao geral. 
IV. A ética de Platão - como a de Aristóteles - se relaciona intimamente com a sua filosofia 
política, porque para ele a polis é o terreno próprio da vida moral, afinal a comunidade social 
e política é o meio necessário da moral. 
V. Sócrates tem o mérito de haver proclamado a existência da lei natural, contrariamente 
aos sofistas, que confundiam a moral com as leis positivas e que não davam à justiça outra 
origem senão a que vem dos arbitrários decretos dos legisladores. 
 
Assinale a alternativa CORRETA: 
 
 
b) Apenas a afirmativa II é falsa. 
 
Considere a seguinte afirmação de Aristóteles consagrada na sua obra Ética a Nicômaco: 
“Temos, pois, definido o justo e o injusto. Após distingui-los assim um do outro, é evidente que a ação 
justa é intermediária entre o agir injustamente e o ser vítima da injustiça; pois um deles é ter demais 
e o outro é ter demasiado pouco." 
Isto posto, é correto concluir que para Aristóteles a justiça deve sempre ser entendida como: 
 
 
 
B. espécie de meio termo. 
 
O período pré-socrático é o ponto inicial das reflexões filosóficas. Suas discussões se prendem 
a Cosmologia, sendo a determinação da physis (princípio eterno e imutável que se encontra na origem 
da natureza e de suas transformações) ponto crucial de toda formulação filosófica. Em tal contexto, 
Leucipo e Demócrito afirmam ser a realidade percebida pelos sentidos ilusória. Eles defendem que os 
sentidos apenas capturam uma realidade superficial, mutável e transitória que acreditamos ser 
verdadeira. Mesmo que os sentidos apreendam "as mutações das coisas, no fundo, os elementos 
primordiais que constituem essa realidade jamais se alteram." Assim, a realidade é uma coisa e o real 
outra. 
 Para Leucipo e Demócrito a physis é composta: 
 
 
 
pelos átomos. 
 
Explicação: O pensamento de Demócrito e Leucipo é chamado de atomístico, por considerarem que todas 
as coisas são constituídas por elementos indivisíveis, que estão em constante movimento e se agrupam 
de formas diversas, formando os corpos. Esses elementos indivisíveis é que são chamados de átomos. 
 
Em sua famosa obra - Ética a Nicômaco, Aristóteles afirma que a virtude é uma disposição de caráter 
relacionada com a escolha e consiste numa mediania, isto é, a mediania relativa a nós, a qual é 
determinada por um princípio racional próprio do homem dotado de sabedoria prática. Portanto com 
base no texto e no pensamento aristotélico, pode-se dizer que a virtude ética: 
 
 
 
a) reside no meio termo, que consiste numa escolha situada entre o excesso e a falta. 
 
Explicação: Justificativa: De acordo com a interpretação de Aristóteles, a virtude (aretê) é encontrada 
no meio termo (mesótês) entre ações opostas 
 
Para Aristóteles, as virtudes éticas são hábitos que se apresentam na(o): 
 
 
Satisfação total dos apetites. 
 
Leia a letra da canção a seguir: 
Nada do que foi será 
De novo do jeito que já foi um dia 
Tudo passa 
Tudo sempre passará 
A vida vem em ondas 
Como um mar 
Num indo e vindo infinito 
Tudo que se vê não é 
Igual ao que a gente 
Viu há um segundo 
Tudo muda o tempo todo 
No mundo [¿] 
Fonte: SANTOS, Lulu; MOTTA, Nelson. Como uma onda. In: Álbum MTV ao vivo. Rio de Janeiro: Sony-
BMG, 2004. 
Da mesma forma como canta o poeta contemporâneo, que vê a realidade passando como uma 
onda, assim também pensaram os primeiros filósofos conhecidos como Pré-socráticos que 
denominavam a realidade de physis. A característica dessa realidade representada, também, na 
música de Lulu Santos é o(a) 
 
 
Fluxo 
 
Explicação: Os filósofos Pré-socráticos eram conhecidos como os pensadores da "physis" (natureza), 
pois tentavam encontrar na própria realidade o "arché" (princípio) que lhes permitisse formular 
explicações pela qual pudessem compreender a mutabilidade observada na realidade. Assim para 
alguns destes pensadores a natureza é um fluxo constante que está sempre em transformação. 
 
"Há algo de fundamentalmente novo na maneira como os gregos puseram a serviço do seu 
problema último da origem e essência das coisas" as observações empíricas que receberam do 
Oriente e enriqueceram com as suas próprias, bem como no modo de submeter ao pensamento teórico 
e casual o reino dos mitos, fundado na observação das realidades aparentes do mundo sensível: os 
mitos sobre o nascimento do mundo." 
Com base no texto acima proferido pelo filósofo alemão e estudioso da Grécia Antiga, Werner Jaeger, 
e, também, nos conhecimentos estudados sobre a relação entre mito e filosofia na Grécia Antiga, é 
correto afirmar: 
 
 
A filosofia, apesar de ser pensamento racional, desvinculou-se do mito de forma gradual. 
 
A felicidade é, portanto, a melhor, a mais nobre e a mais aprazível coisa do mundo, e esses 
atributos não devem estar separados como na inscrição existente em Delfos "das coisas, a mais nobre 
é a mais justa, e a melhor é a saúde; porém a mais doce é ter o que amamos". Todos estes atributos 
estão presentes nas mais excelentes atividades, e entre essas a melhor, nós a identificamos como 
felicidade. 
ARISTOTELES. A Política. São Paulo: Cia das Letras, 2010. 
Ao reconhecer na felicidade a reunião dos mais excelentes atributos, Aristoteles a identifica como: 
 
 finalidade das ações e condutas humanas. 
 
 
Explicação: A concepção aristotélica de felicidade estava ligada à ética, ou seja, às boas ações 
humanas baseadas em regras que nortearão a vida em sociedade. Para Aristóteles, a felicidade não 
provém de um entretenimento, mas de uma ação, do trabalho e do esforço. A felicidade é assim uma 
busca e um progresso. Dessa maneira, a felicidade deveria estar ligada à finalidade das ações e 
condutas humanas. 
 
 
Tales de Mileto se indaga sobre a totalidade de tudo o que existe, não para se perguntar qual 
foi a origem mítica do mundo, mas o que na verdade é a natureza. Está forma afirma que o princípio 
de todas as coisas é: 
 a água 
 
O sofista é um diálogo de Platão do qual participam Sócrates, um estrangeiro e outros 
personagens. Logo no início do diálogo, Sócrates pergunta ao estrangeiro, a que método ele gostaria 
de recorrer para definir o que é um sofista. 
Sócrates: Mas dize-nos [se] preferes desenvolver toda a tese que queres demonstrar, numa longa 
exposição ou empregar o método interrogativo? 
 Estrangeiro: Com um parceiro assim agradável e dócil, Sócrates, o método mais fácil é esse mesmo; 
com um interlocutor. Do contrário, valeria mais a pena argumentar apenas para si mesmo.(Platão. O sofista, 1970. Adaptado.) 
É correto afirmar que o interlocutor de Sócrates escolheu, do ponto de vista metodológico, adotar: 
 a maiêutica, que pressupõe a contraposição dos argumentos. 
 
Explicação: Platão, influenciado fortemente por Sócrates, apresenta em seus diálogos a metodologia de seu mestre 
para empreender a busca da verdade. O método socrático constrói-se a partir de perguntas e respostas (dialética) 
que levam o interlocutor, que não possua conhecimento e coerência sobre o que está falando, a contradizer-se e 
acabar por revelar sua ignorância. A partir deste momento inicia-se outra construção que conduz o interlocutor a 
descobrir a verdade de forma gradativa e coerente. Este método que busca a construção da verdade por meio da 
contraposição de argumentos é conhecido como maiêutica. 
 
03 _____________________________________________________________________________________________________ 
Em relação às diferenças entre Direito Positivo e Direito Natural, assinale a alternativa 
INCORRETA: 
 
 
 
 D) O Direito Positivo estabelece aquilo que é "bom" ou "mau" e não o que é útil, como faz o 
Direito Natural. 
 
Explicação: Afirmativa incorreta: O Direito Positivo estabelece aquilo que é "bom" ou "mau" e não o que é útil, como 
faz o Direito Natural. 
 
A aplicação do conceito de qualidade total exige investimento em pessoal, para implementar 
novos conceitos, e tempo, para o treinamento. 
A esse respeito, analise o fragmento a seguir. 
 
A qualidade total é uma _____ de gestão que pressupõe o envolvimento de todos os _____ de uma or
ganização em uma constante busca por _____ e contínuo aperfeiçoamento. ¿ 
 
Assinale a opção que completa corretamente as lacunas do fragmento acima. 
 
 
 
filosofia - membros - autossuperação 
 
Explicação: O conceito de qualidade total é amplo e dinâmico. Em princípio quando se fala em qualidade nos negócios 
de uma organização fala-se em uma filosofia de gestão na qual se busca a excelência nos resultados em todas as 
áreas de atuação da organização, permitindo a cada funcionário pensar no aprimoramento contínuo da 
qualidade do negócio como meio possibilitador da adequação dos produtos e serviços às exigências dos clientes. 
 
Para Hegel, em Filosofia da História, 
 
 
 
a razão governa o mundo, e a história universal é um processo racional. 
 
Explicação: Para a Hegel a Razão governa a História. A simples constatação ou fé de que a Razão governa 
a História é a motivação da pesquisa de Hegel em sua "Filosofia da História". E o fim último dessa Razão é a sua 
realidade concreta, ou seja, o Estado. 
 
Sobre a discussão "direito natural x direito positivo", marque a alternativa correta: 
 
 
 
D) Com a formação e desenvolvimento dos Estados modernos, ocorreu um processo, ainda 
que complexo e com contradições, de monopolização (ou pretensão de monopolização) da 
produção jurídica por parte do Estado. 
 
 
Explicação: Com a formação e desenvolvimento dos Estados modernos, ocorreu um processo, ainda que complexo 
e com contradições, de monopolização (ou pretensão de monopolização) da produção jurídica por parte do Estado. 
 
A virtude é uma disposição para agir de uma maneira deliberada, consistindo numa mediania 
relativa a nós a qual é racionalmente determinada e como a determinaria o homem prudente. Mas é 
uma mediana entre dois vícios, um pelo excesso, outro pela falta. 
(Aristóteles. Ética a Nicômaco) 
Com base no trecho acima, julgue as seguintes conclusões formuladas. 
I - A virtude é uma mediana. 
II - A mediana é um vício entre dois vícios. 
III - O homem prudente determina racionalmente a virtude. 
IV - Os vícios são excessos ou faltas. 
V - O homem prudente não reconhece o vício. 
Estão certas apenas as conclusões: 
 
 
 
I, III e IV 
 
Explicação: Para Aristóteles a virtude está no meio entre a falta e o excesso. 
 
Em Filosofia do Direito, Hegel afirma que a liberdade 
 
 
 
consiste na identidade do interesse particular (da família e da sociedade civil) com o 
interesse geral (do Estado). 
 
Explicação: Consiste na identidade do interesse particular (da família e da sociedade civil) com o interesse geral 
(do Estado). Se a razão - como diz Hegel - é a certeza consciente de ser toda a realidade¿ e a verdade reside 
apenas no todo, as partes se tornam racionais à medida que participam do todo de forma consciente. O Estado 
para Hegel é um todo ético organizado, isto é, o verdadeiro, porque é a unidade da vontade universal e da 
subjetiva. É, como entende o referido autor, a substância ética por excelência, significando com isso que Estado 
e a constituição são os representantes da liberdade concreta, efetiva. 
 
A Justiça é uma espécie de meio-termo, não no mesmo sentido das outras virtudes, mas 
porque se relaciona com uma quantia ou quantidade intermediária, enquanto a injustiça se relaciona 
com os extremos. E Justiça é aquilo em virtude do qual se diz que o homem justo pratica, por escolha 
própria, o que é justo [...]. Esse trecho, extraído de uma obra clássica da Filosofia ocidental, trata de 
uma discussão da Justiça considerada como: 
 
 
 
Virtude, dentro do pensamento ético de Aristóteles. 
 
A Filosofia do Direito trata da valoração jurídica dos bens existentes na sociedade, ou seja, 
uma teoria da justiça que: 
 
 
Investiga os princípios gerais do Direito, como a Justiça, o Bem Comum, o interesse social, 
a liberdade. 
 
Explicação: A Filosofia Jurídica ou do Direito investiga os princípios fundamentais do Direito, como norma, poder, 
realidade, valor ou conhecimento. O filósofo se preocupa com a valoração jurídica dos bens existentes na 
sociedade, como a Justiça, o bem comum, o interesse social, a liberdade, entre outros, preocupando-se com as 
correntes filosóficas e ideológicas. A Filosofia do Direito procura identificar a essência do Direito para defini-lo 
visando sua aplicação - poder ser. 
 
O direito que já nasce com o homem, o direto de viver, de liberdade e igualdade. É 
denominado também: 
 
 
Direito Natural. 
 
Para Aristóteles, as virtudes éticas são hábitos que apresentam: 
 
 justa medida 
 
Explicação: Para Aristóteles, a virtude é o meio termo, isto é não há falta e nem excesso. 
 
É verdade que nas democracias o povo parece fazer o que quer, mas a liberdade política 
não consiste nisso. Montesquieu 
Na Constituição da República, os constituintes afirmaram instituir um Estado Democrático destinado 
a assegurar, dentre outras coisas, a liberdade. Esse é um conceito de fundamental importância para 
a Filosofia Jurídica. Montesquieu em seu Do Espírito das Leis, abordou o tema com muita propriedade, 
diante do exposto, assinale a opção que apresenta a definição desse autor. 
 
 Liberdade é o direito de fazer tudo o que as leis permitem. 
 
Explicação: A liberdade é o direito de fazer tudo o que as leis permitem; se um cidadão pudesse fazer 
tudo o que elas proíbem, não teria mais liberdade, porque os outros também teriam tal poder. 
MONTESQUIEU. Do Espírito das Leis. 
 
O povo maltratado em geral, e contrariamente ao que é justo, estará disposto em qualquer ocasião a livrar-
se do peso que o esmaga. John Locke 
O Art. 1º, parágrafo único, da Constituição Federal de 1988 afirma que todo o poder emana do povo, que o exerce 
por meio de representantes eleitos ou diretamente¿. Muitos autores associam tal disposição ao conceito de direito 
de resistência, um dos mais importantes da Filosofia do Direito, de John Locke. 
Assinale a opção que melhor expressa tal conceito, conforme desenvolvido por Locke: 
 
 
Sempre que os governantes agirem de forma a tentar tirar e destruir a propriedade do 
povo ou deixando-omiserável e exposto aos seus maus tratos, ele poderá resistir. 
 
Explicação: É exatamente isso que Locke defende. Ao estabelecer um acordo por meio das leis, não se está a 
conceder um cheque em branco para o poder público fazer o que quiser. Ele foi criado com propósitos específicos 
e, uma vez não observados, surge o direito de resistir à ordem estatal. 
 
Assinale a alternativa que NÃO corresponde a característica do Direito Natural: 
 
 
B) Variável. 
 
Explicação: Não corresponde a característica do Direito Natural: Variável. 
 
O Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal dispõe 
sobre regras que visam à realização de um valor moral e ético relativo à profissão de 
servidor público, por isso está relacionado a um(a): 
 
 
deontologia 
 
 
Explicação: DAS REGRAS DEONTOLÓGICAS = como se deve ser! 
É um termo normativo segundo as escolhas são moralmente necessárias, proibidas ou permitidas. 
Portanto inclui-se entre as teorias morais que orientam nossas escolhas sobre o que deve ser feito. 
 
O Jusnaturalismo jurídico engloba doutrinas que entendem que: 
I. As leis positivas que estão em conflito com a ordem moral objetiva (retirada dos direitos 
naturais) são consideradas leis injustas e, nesse sentido, privadas tanto de validade moral, 
como de validade jurídica; 
II. Os princípios do Direito natural são moralmente vinculantes para os cidadãos e para os 
detentores do poder, especialmente para os legisladores e juízes; 
III. O Direito natural, imutável e universalmente válido, é o fundamento da autoridade 
legítima. 
Sobre essas afirmações: 
 
 Estão todas corretas. 
 
 
"A filosofia passou milênios tentando responder a esta pergunta..." (L. 1/2) - essa frase 
está incorretamente reescrita, segundo o registro formal da língua, do seguinte modo: 
 Fazem milênios que a filosofia está tentando responder a esta pergunta... 
 
Explicação: "Fazer" no sentido de tempo é um verbo impessoal e por isso não deve ser flexionado! 
 
 Para que a escola tenha uma filosofia inclusiva, é necessário que: 
 
 
Seja revista a gestão escolar e essa revisão implica em substituir os papéis de teor 
controlador, fiscalizador e burocrático dos gestores por um trabalho de apoio e orientação ao 
professor e a toda a comunidade escolar. 
 
Explicação: A educação de qualidade para todos implica também em mudanças relativas à administração e aos 
papéis desempenhados pelos membros da organização escolar. Neste sentido é primordial que seja revista a 
gestão escolar e essa revisão implica: a) que os papéis desempenhados pelos diretores e coordenadores 
mudem e que o teor controlador, fiscalizador e burocrático dessas funções seja substituído pelo 
trabalho de apoio e de orientação ao professor e à toda comunidade escolar; b) que a gestão 
administrativa seja descentralizada, promovendo uma maior autonomia pedagógica, administrativa e financeira 
dos recursos materiais e humanos das escolas, por meio dos conselhos, colegiados, assembleias de pais e de 
alunos. 
 
 
Sobre os ditames do Jusnaturalismo assinale a alternativa CORRETA: 
 
B. Para reconhecer um sistema normativo como uma ordem jurídica ou uma regra 
como uma norma jurídica, não basta constatar que o sistema ou a regra em questão 
satisfazem certas condições fáticas, deve-se determinar também sua adequação principiológica 
a parâmetros de justiça. 
 
Explicação: Para reconhecer um sistema normativo como uma ordem jurídica ou uma regra como uma norma 
jurídica, não basta constatar que o sistema ou a regra em questão satisfazem certas condições fáticas, deve-se 
determinar também sua adequação principiológica a parâmetros de justiça. 
 
 
Ao longo da história os iniciadores das ciências humanas e sociais não perderam de vista a 
necessidade do saber. Todavia, apesar da busca por uma unidade, determinada metodologia 
impunha a fragmentação desse saber, o que de certo modo é o maior obstáculo à interdisciplinaridade. 
Essa metodologia seria a(o) 
 Positivismo. 
 
 
Em relação às diferenças entre Direito Positivo e Direito Natural, assinale a alternativa 
INCORRETA: 
 
 
D) O Direito Positivo estabelece aquilo que é "bom" ou "mau" e não o que é útil, como 
faz o Direito Natural. 
 
Explicação: Afirmativa incorreta: O Direito Positivo estabelece aquilo que é "bom" ou "mau" e não o que é útil, 
como faz o Direito Natural. 
 
 
Em relação ao Direito Natural, assinale a alternativa INCORRETA: 
 
C) Os juízos de valor compreendidos nas normas de direito natural não são 
acessíveis ao conhecimento racional. 
 
Explicação: Afirmativa incorreta: Os juízos de valor compreendidos nas normas de direito natural não são 
acessíveis ao conhecimento racional. 
 
04 ____________________________________________________________________________________________________ 
"Na fase madura de seu pensamento, a substituição da lei pela convicção comum do povo 
(Volksgeist) como fonte originária do Direito relega a segundo plano a sistemática lógico-dedutiva, 
sobrepondo-lhe a sensação (Empfindung) e a intuição (Anschauung) imediatas. Savigny enfatiza o 
relacionamento primário da intuição do jurídico não à regra genérica e abstrata, mas aos institutos de 
Direito (Rechtsinstitute), que expressam relações vitais (Lebensverhältnisse) típicas e concretas". 
Essa caracterização, de acordo com os autores positivistas, corresponde a aspectos essenciais da 
seguinte escola filosófico-jurídica: 
 
 
Historicismo Jurídico 
 
A filosofia da Historia-o primeiro tema da filosofia de Augusto Comte-foi sistematizada pelo 
próprio Comte na célebre "Lei dos Três Estados" e tinha o objetivo de mostrar por que o 
pensamento positivista deve imperar entre os homens. Sobre a "Lei do Três Estados" formulada 
por Comte, é correto afirmar que: 
 
 
o estado positivista apresenta-se na "Lei dos Três Estados" como o momento em que a 
observação prevalece sobre a imaginação e a argumentação, e na busca de leis imutáveis nos 
fenômenos observáveis. 
 
Explicação: O estado positivo caracteriza-se, segundo Comte, pela subordinação da imaginação e da 
argumentação à observação. Isso quer dizer que o processo de construção do conhecimento humano ocorre a 
partir da experimentação própria do método científico. 
 
"Todo Direito Positivo é Direito Objetivo, mas nem todo Direito Objetivo é Direito Positivo". 
Neste diapasão, a teoria do Positivismo Jurídico engloba doutrinas que: 
 
 
Repelem a crença em um fundamento valorativo do direito. 
 
Explicação: Justificativa: Por considerar a justiça um ideal irracional, acessível apenas pelas vias da emoção, o 
positivismo jurídico se omite em relação aos valores 
 
Houve um tempo em que os ditos setores progressistas pautavam suas ações por filosofias 
coerentes. Pelo texto, podemos inferir que uma filosofia é coerente quando: 
 
 
casa perfeitamente teoria e prática. 
 
Explicação: "Houve um tempo em que os ditos setores progressistas pautavam suas AÇÕES por FILOSOFIAS 
coerentes". 
AÇÕES = prática; 
FILOSOFIAS = teoria; 
Logo, a resposta correta é casa perfeitamente TEORIA e PRÁTICA. 
 
Tomando como base o normativismo jurídico kelseniano, analise as assertivas abaixo e assinale 
àquela que de fato corresponda ao pensamento do jusfilósofo austríaco Hans Kelsen: 
 
 
C. Para Kelsen, a questão da justiça, por ser uma questão valorativa, situa-se fora da ciência 
do direito. 
 
Explicação: Justificativa: Na sua obra O problema da justiça, afirma que a doutrina do Direito Natural é uma 
doutrina jurídica idealista. Portanto, compreende a doutrina do Direito Natural afirmando ser a existência de um 
direito ideal,imutável, que identifica com a justiça e reconhece na natureza a fonte da qual emanam seus 
preceitos. 
 
De acordo com o contratualismo proposto por Thomas Hobbes em sua obra Leviatã, o 
contrato social só é possível em função de uma lei da natureza que expresse, segundo o autor, a 
própria ideia de justiça. 
Assinale a opção que, segundo o autor na obra em referência, apresenta esta lei da natureza. 
 
 
Que os homens cumpram os pactos que celebrem. 
 
Explicação: A questão do contrato surge devido ele ser uma transferência mútua de direito, em que uma pessoa 
transfere um direito que era dela para outra pessoa. Hobbes tem uma concepção de que toda a sociedade se 
baseia em contratos, de todas as espécies, pois para estabelecer uma troca se faz necessário ter um contrato, 
assim como outras diversas situações é necessária uma transferência de direitos. 
Assim se faz necessário que haja o Estado e ele é estabelecido a partir de contratos entre os próprios homens, 
em que eles abrem mão de parte de sua liberdade e transfere diretos ao estado para ele poder garantir por meio 
da força, o cumprimento de outros contratos e assim o fim do clima de guerra. O estado pactua com cada um 
dos homens e garante a cada um que a sua parte do contrato seja cumprido, sendo assim o pacto é recíproco. 
No Leviatã, Hobbes diz: ¿Diz-se que um Estado foi instituído quando uma multidão de homens concorda e pactua, 
cada um com cada um dos outros, que a qualquer homem ou assembleia de homens a quem seja atribuído pela 
maioria o direito de representar a pessoa de todos eles (ou seja, de ser seu representante), todos sem exceção, 
tanto os que votaram a favor dele como os que votaram contra ele, deverão autorizar todos os atos e decisões 
desse homem ou assembleia de homens, tal como se fossem seus próprios atos e decisões, a fim de viverem em 
paz uns com os outros e serem protegidos dos restantes homens.¿ 
 
As tendências de perfil ligado aos fatos dominavam o debate jurídico das primeiras décadas do século XX, 
quando surgiu a figura do autor austríaco, Hans Kelsen, que mudaria por completo o foco do debate da 
Teoria Geral do Direito, investindo na proposta de construção de uma metodologia própria para a Ciência 
do Direito. Portanto, tomando como base o pensamento de Hans Kelsen: 
I. A linguagem da norma jurídica é descritiva, enquanto a linguagem da proposição jurídica 
é prescritiva; 
II. As normas jurídicas são comandos imperativos, enquanto as proposições jurídicas ou 
estrutura lógica e científica da norma são enunciados descritivos das normas; 
III. O problema da justiça, enquanto problema valorativo, situa-se fora da ciência do 
direito em Kelsen; 
IV. As proposições jurídicas podem ser falsas ou verdadeiras, ao passo que as normas 
jurídicas serão sempre válidas ou inválidas 
 Ao analisar as assertivas acima, assinale a alternativa correta: 
 
 
B) Somente as assertivas II, III e IV são corretas. 
 
 
Explicação: Justificativa: as normas jurídicas são expressões de uma linguagem prescritiva, enquanto que as 
proposições normativas são uma metalinguagem; disto resulta que as primeiras não podem qualificar-se de 
verdadeiras ou de falsas, senão de justas ou de injustas, de eficazes ou de ineficazes, etc., enquanto que as 
segundas sim, por ser, em última instância, meras descrições. 
 
Para Hans Kelsen, em sua obra "Teoria Pura do Direito", é incorreto afirmar que: 
 
 
C. Kelsen defende e acredita na pureza do próprio direito, ou seja, para ele é possível um 
direito absolutamente puro. 
 
 
Explicação: Justificativa: A pureza foi o principal fundamento da teoria formulada por Hans Kelsen para explicar 
o surgimento, a aplicação e a obrigatoriedade das normas jurídicas. Por esse motivo, sua principal obra foi por 
ele denominada: Teoria Pura do Direito: "Quando a si própria se designa como "pura" teoria do Direito, isto 
significa que ela se propõe a garantir um conhecimento apenas dirigido ao Direito e excluir desse conhecimento 
tudo quanto não pertença ao seu objeto, tudo quanto não possa, rigorosamente, determinar como Direito. Quer 
isto dizer que ela pretende libertar a ciência jurídica de todos os elementos que lhe são estranhos. Esse é o seu 
princípio metodológico fundamental." Ou seja, Kelsen atribui ao seu objeto de estudo, o Direito, que a pureza diz 
respeito apenas à Ciência Jurídica e não ao Direito em si. 
 
Nos Princípios da Filosofia do Direito, Hegel apresenta o conceito de direito a partir das três 
fases da vontade, são elas: o direito abstrato, a moralidade (moralidade subjetiva) e a eticidade 
(moralidade objetiva). 
Assinale a alternativa que indica como a vontade encontra-se nas três fases, respectivamente: direito 
abstrato, moralidade e eticidade. 
 
 
Consubstanciada num objeto externo, refluída de volta a si mesma, como a união de vontade 
consubstanciada num objeto externo e de vontade que reflui de volta a si mesma. 
 
Explicação: O conteúdo objetivo da moralidade que se substitui ao bem abstrato é, através da subjetividade como 
forma infinita, a substância concreta. Em si mesma, portanto, estabelece ela diferenças que, assim, são pelo 
conceito ao mesmo tempo determinadas; por elas a realidade moral objetiva obtém um conteúdo fixo, necessário 
para si, e que está acima da opinião e da subjetiva boa vontade. É a firmeza que mantém as leis e instituições, 
que existe em si e para si. (HEGEL 1997 p. 142-143) 
 
Em sua teoria da norma jurídica, Noberto Bobbio distingue as sanções jurídicas das sanções 
morais e sociais. Segundo esta distinção, a sanção jurídica, diferentemente da sanção moral, é 
sempre uma resposta de grupo e, diferentemente da sanção social, a sanção jurídica é regulada em 
geral com as mesmas formas e através das mesmas fontes de produção das regras primárias. Para o 
autor, tal distinção oferece um critério para distinguir, por sua vez, as normas jurídicas das normas 
morais e das normas sociais. Considerando-se este critério, pode-se afirmar que são normas jurídicas 
àquelas cujas execuções é garantida por uma sanção: 
 
 
E) externa e institucionalizada. 
 
Explicação: Justificativa: A sanção jurídica resolveria o problema entre autonomia presente na sanção moral 
(interna ao indivíduo, como culpa ou arrependimento, porém de baixíssima eficácia) e também das injustiças 
decorrentes da sanção social; mas por ser institucionalizada, podemos defini-la, sanção jurídica, como 
uma resposta externa e institucionalizada à violação da norma posta pelo Estado. 
 
Em sua obra - Princípios da Filosofia do Direito -, Hegel explica que não há eticidade, moralidade 
objetiva, no plano da vontade meramente natural e imediata, mas que se requer a sua mediação. As 
instituições são os momentos dos desdobramentos da eticidade. 
Assinale a alternativa que apresenta em sequência os três desdobramentos da eticidade, de acordo 
com Hegel. 
 
 
Família, sociedade civil, estado. 
 
Explicação: Moralidade Objetiva 
Constitui o momento em que a liberdade se torna realidade. É a moralidade palpável, acima da opinião e da boa 
vontade, fortalecendo as leis e as instituições. É a totalidade de determinações morais da família, da sociedade 
civil e do Estado, incidindo (aparecendo) entre seus membros ¿ existência, manifestação e realidade. Assim 
dizendo, fica expressa no caráter do indivíduo ¿ probidade, honradez, integridade e honestidade. 
É tomado como substância moral, não sou eu como pessoa (tal qual o direito abstrato) tampouco o direito da 
consciência, mas sim o direito enquanto Espírito real de um povo que percorre, a fim de realizar a liberdade, 
diferentes momentos: 
- Família - como espírito moral objetivo, imediato e natural; 
- Sociedade Civil - associação com o fim de satisfazer carências, necessidades e dargarantia à propriedade 
privada; 
- Estado - consagração universal da vida pública. 
 
O planejamento estratégico consiste na tomada de decisões antecipadas, levando em conta 
três filosofias de ação: conservadora, otimizadora e prospectiva. A filosofia otimizadora é: 
 
 
dirigida à adaptabilidade e inovação da organização. 
 
 
Explicação:” O planejamento estratégico consiste na tomada de decisões antecipadas, levando em conta três 
filosofias de ação: 
- Filosofia conservadora ou defensiva: voltada para a estabilidade e a manutenção da situação existente. 
- Filosofia otimizadora ou analítica: voltada para melhorar as práticas vigentes. As decisões visam à obtenção 
dos melhores resultados possíveis. 
- Filosofia prospectiva ou ofensiva: voltada para as contingências e centrada no futuro da organização. Há uma 
preocupação em ajustar a empresa às demandas ambientais e preparar-se para o futuro." 
 
A Escola da Exegese surgiu como uma das consequências da codificação do Direito, cujo 
maior exemplo, à época, foi a criação do Código de Napoleão (1804). Utiliza uma forma de 
interpretação da norma que privilegia os aspectos gramaticais e lógicos, a chamada interpretação 
literal da letra da lei. Com ela, tem-se o auge do Positivismo jurídico, onde o jusfilósofo italiano 
Norberto Bobbio afirma que tal Escola foi marcada por uma concepção rigidamente estatal de direito. 
Portanto, segundo Bobbio, a Escola da Exegese nos leva a concluir que: 
 
 A) A lei não deve ser interpretada segundo a razão e os critérios valorativos daquele que 
deve aplicá-la; mas, ao contrário, este deve submeter-se completamente à razão expressa na 
própria lei. 
 
Explicação: Justificativa: Para a Escola da Exegese, o papel do jurista era ater-se com rigor absoluto ao texto da 
lei e revelar seu sentido. Ressalta-se que o exegetismo não negou o direito natural, pois chegou a admitir que os 
códigos eram elaborados de modo racional e, portanto, uma expressão humana do direito natural e por isso a 
ciência do direito deveria ater-se a mera exegese dos códigos. Em suma, a Escola da Exegese possui as seguintes 
características: possuir uma concepção estritamente estatal do direito, o fato de focar-se exclusivamente na lei 
e interpretar a lei baseando-se na intenção do legislador, pois somente o Estado pode criar o direito por meio do 
Poder Legislativo. 
 
As tendências de perfil ligado aos fatos dominavam o debate jurídico das primeiras décadas 
do século XX, quando surgiu a figura do autor austríaco, Hans Kelsen, que mudaria por completo o 
foco do debate da Teoria Geral do Direito, ao questionar tais enfoques, investindo na proposta de 
construção de uma metodologia própria para a Ciência do Direito. Neste diapasão, em sua importante 
obra Teoria Pura do Direito, Kelsen concebe o Direito como uma "técnica social específica". Segundo 
o filósofo, na sua obra, não menos relevante, O que é justiça? menciona que esta técnica é 
caracterizada pelo fato de que a ordem social designada como "Direito" tenta ocasionar certa conduta 
dos homens, considerada pelo legislador como desejável, provendo atos coercitivos como sanções no 
caso da conduta oposta. Portanto, tal concepção corresponderia à definição kelseniana do Direito 
como: 
 
 D) uma ordem coercitiva. 
 
Explicação: Justificativa: Kelsen parte da Teoria Geral do Estado para desenvolver uma teoria sobre o 
ordenamento jurídico, que usa a premissa que o Direito representa uma expressão formal da soberania estatal, 
não sendo um produto da natureza ou de fatos e, sim, um resultado da vontade política do Estado. Desse modo, 
o foco do jurista deve estar voltado para a norma jurídica e para a sua relação com as demais normas, que formam 
uma estrutura lógico-sistemática denominada de Ordenamento Jurídico. 
 
Conforme palavras do próprio Kelsen: "Norma é o sentido de um ato por meio do qual uma 
conduta é prescrita, permitida ou, especialmente, facultada, no sentido de adjudicada à competência 
de alguém. Neste ponto importa salientar que a norma, como o sentido específico de um ato intencional 
dirigido à conduta de outrem, é qualquer coisa de diferente do ato de vontade cujo sentido ela constitui. 
Na verdade, a norma é um dever-se e o ato de vontade de que ela constitui o sentido é um ser." Diante 
disso e tendo em conta o que você aprendeu sobre o normativismo kelseniano, aponte a opção correta: 
 
 
Para Kelsen, a norma é o sentido de um ato através do qual uma conduta é prescrita, 
permitida ou, especialmente, facultada, no sentido de adjudicada à competência de alguém. 
 
Explicação: Para Kelsen, a norma é o sentido de um ato através do qual uma conduta é prescrita, permitida ou, 
especialmente, facultada, no sentido de adjudicada à competência de alguém. 
 
A Ciência do Direito (...), se de um lado quebra o elo entre jurisprudência e procedimento 
dogmático fundado na autoridade dos textos romanos, não rompe, de outro, com o caráter 
dogmático, que tentou aperfeiçoar, ao dar-lhe a qualidade de sistema, que se constrói a partir de 
premissas cuja validade repousa na sua generalidade racional. A teoria jurídica passa a ser 
um construído sistemático da razão e, em nome da própria razão, um instrumento de crítica da 
realidade¿. 
Esta caracterização, realizada por Tercio Sampaio Ferraz Júnior, em sua obra A Ciência do Direito, 
evoca elementos essenciais do 
 
 jusnaturalismo moderno. 
 
Explicação: A Ciência do Direito, nos quadros do jusnaturalismo, se de um lado quebra o elo entre jurisprudência 
e procedimento dogmático fundado na autoridade dos textos romanos, não rompe, de outro, com o caráter 
dogmático, que tentou aperfeiçoar, ao dar-lhe a qualidade de sistema, que se constrói a partir de premissas cuja 
validade repousa na sua generalidade racional. A teoria jurídica passa a ser um [construto -] sistemático da razão 
e, em nome da própria razão, um instrumento de crítica da realidade. Duas contribuições importantes, portanto: 
a) o método sistemático conforme o rigor lógico da dedução; b) o sentido crítico-avaliativo do direito posto em 
nome de padrões éticos contidos nos princípios reconhecidos pela razão. 
 
Das afirmações abaixo, assinale aquela que NÃO é uma tese do positivismo jurídico: 
 
 
A Justiça, apesar de ser mutável no tempo e no espaço, é imutável no seu núcleo essencial 
enquanto expressa pela Lei Natural. 
 
São características do Direito positivo, EXCETO: 
 
 
Direito como sinônimo de ideal de justiça e moralmente perfeito. 
 
05 _____________________________________________________________________________________________________ 
Sobre a teoria de Hobbes e Rousseau, considere as afirmativas abaixo: 
I. A argumentação hobbesiana em favor de uma autoridade soberana, instituída por um pacto, 
representa inequivocamente a defesa de um regime político monarquista. 
II. Dois dos grandes teóricos sobre o estado de natureza, Hobbes e Rousseau, partilham a convicção 
de que o afeto predominante nesse estado de natureza seria o medo. 
III. Um traço comum da filosofia política moderna é a idealização de um pacto que 
estabeleceria a passagem do estado de natureza para o estado de sociedade. 
Em vista da análise acima, assinale a opção CORRETA: 
 
 
C) apenas a afirmativa III. 
 
Explicação: A opção correta é a letra C: Um traço comum da filosofia política moderna é a idealização de um 
pacto que estabeleceria a passagem do estado de natureza para o estado de sociedade. 
 
"A justiça e a conformidade ao contrato consistem em algo com que a maioria dos homens 
parece concordar. Constitui um princípio julgado estender-se até os esconderijos dos ladrões e às 
confederações dos maiores vilões; até os que se afastaram a tal ponto da própria humanidadeconservam entre si a fé e as regras da justiça." 
Portanto, de acordo com Locke, até a mais precária coletividade depende de uma noção de justiça, 
pois tal noção: 
 
 
B) Contribui com a manutenção da ordem e do equilíbrio social. 
 
Explicação: Para JOHN LOCKE a verdadeira justiça surgia de um contrato social que seria um pacto em que todos 
os homens concordariam livremente em formar uma sociedade com o objetivo de proteger os seus direitos e que 
obrigatoriamente emanava do exercício da liberdade individual. Segundo o pensamento liberal há uma concepção 
minimalista de Estado, que teria simplesmente a missão de permitir o exercício dos direitos naturais de cada 
cidadão (vida, saúde, liberdade e propriedade). Estabelecia-se a prevalência dos direitos individuais sobre o poder 
do Estado; a plena liberdade do controle substituía o antigo ajuste natural. 
 
Segundo o entendimento de Rousseau: 
 
 
as causas da desigualdade humana se originam do estabelecimento da propriedade 
privada. 
 
"A lei justa seria a lei proveniente do Estado soberano e absoluto, o qual recebe o seu poder 
por um pacto social no qual os indivíduos renunciam à sua liberdade individual para adquirirem a 
proteção estatal." Este princípio foi formulado por: 
 
 
D) Hobbes. 
 
Explicação: Justificativa: Hobbes na sua famosa obra O Leviatã utiliza esta figura bíblica como representante do 
Estado, absoluto e soberano, onde o homem abdica da liberdade, dando plenos poderes ao Estado com a 
finalidade de proteger a sua própria vida; além disso, o Estado deve garantir o que é meu, me pertença 
exclusivamente, garantindo, assim, o sistema da propriedade individual. 
 
Nasce a concepção de que o Estado, concebido como sociedade política, decorre de um 
contrato celebrado pelos indivíduos que, desse modo, se transformam em cidadãos, porque aceitam 
ceder seus direitos naturais a um poder comum, o próprio Estado - o Leviatã (o soberano), cuja 
autoridade passam a respeitar, sem qualquer tipo de contestação. Legitima o Estado Absoluto 
(HOGEMANN, 2015). 
Com base no texto e, principalmente, nos conhecimentos sobre a teoria contratualista de Hobbes, é 
correto afirmar: 
 
 
E) Acusar o soberano de injustiça seria como acusar a si mesmo de injustiça. 
 
Explicação: Justificativa: Para Hobbes, o poder do soberano deve ser absoluto, isto é, total e ilimitado. Cabe ao 
soberano julgar sobre o bem e o mal, o justo e o injusto, não podendo ninguém discordar, pois tudo o que o 
soberano faz é investido da autoridade consentida pelo súdito. Por isso é contraditório dizer que o governante 
abusa do poder, não há abuso quando o poder é ilimitado. 
 
Os contratualismo de Thomas Hobbes (1588-1679) e de Jean-Jacques Rousseau (1712-
1778) são formas distintas de instituir e legitimar o Estado. Sendo que para Hobbes o objetivo é 
garantir a paz e para Rousseau, a essência do homem, a liberdade. Desta forma é correto afirmar 
que 
 
 
Para Hobbes e Rousseau o mais racional é viver no Estado justo; 
 
Assinale a opção correspondente ao imperativo categórico de Kant. 
 
 
Age de tal modo que a máxima de tua ação possa ser sempre erigida em princípio de uma 
legislação universal. 
 
Para Hobbes, o estado de natureza: 
 
 
é idêntico ao estado de guerra. 
 
Para Jean Jacques Rousseau todos os seres humanos são livres e partilham todos os bens 
existentes na natureza. Para o autor, os problemas da pessoa humana começaram quando alguém 
pegou um pedaço de terra, cercou e se autoproclamou dono dessa terra. E encontrou alguém ingênuo 
o bastante para acreditar nisso. 
Com base no texto acima e nos conhecimentos teóricos sobre o contratualismo de Rousseau, assinale 
a alternativa correta: 
 
 C. A obediência à lei que se estatuiu a si mesma é liberdade. 
 
Explicação: Justificativa: "A obediência à lei que se estatuiu a si mesmo é liberdade". Pelo pacto, o indivíduo 
abdica de sua liberdade, mas como ele próprio é parte integrante e ativa do todo social, ao obedecer a lei, 
obedece a si mesmo e, portanto, é livre. Isso significa que, para Rousseau, o contrato não faz o povo perder a 
soberania, pois não é criado um Estado separado dele mesmo. Sob certo aspecto, essa teoria é inovadora por 
distinguir os conceitos de soberano e governo, atribuindo ao povo a soberania inalienável. 
 
São obras que pertencem aos escritos críticos de Immanuel Kant, respectivamente 
relacionados à teoria do conhecimento, à filosofia moral e à estética: 
 
 
Crítica da Razão Pura; Crítica da Razão Prática; Crítica da Faculdade de Julgar. 
 
Explicação: "O criticismo kantiano" de G. Mayos. Tradução de Ricardo Henrique Carvalho Salgado e João Paulo 
Medeiros Araújo. Barcelona: EducaciOnline, 2008 
 
Locke parte da concepção que os indivíduos isolados no estado de natureza unem-se 
mediante contrato social para constituir a sociedade civil onde apenas o pacto torna 
legitimo o poder do Estado e onde os direitos naturais humanos subsistem para limitar o 
poder deste Estado. Em vista disso, observado o pensamento acerca da teoria de Locke analise as 
assertivas abaixo, assinalando a alternativa que condiz com tal pensamento: 
I. A passagem do estado de natureza para a sociedade política ou civil, segundo Locke, é realizada 
mediante um contrato social, através do qual os indivíduos singulares, livres e iguais dão seu 
consentimento para ingressar no estado civil. 
II. O livre consentimento dos indivíduos para formar a sociedade, a proteção dos direitos naturais pelo 
governo, a subordinação dos poderes, a limitação do poder e o direito à resistência são princípios 
fundamentais do liberalismo político de Locke. 
III. A violação deliberada e sistemática dos direitos naturais e o uso contínuo da força sem 
amparo legal, segundo Locke, não são suficientes para conferir legitimidade ao direito de 
resistência, pois o exercício de tal direito causaria a dissolução do estado civil e, em 
consequência, o retorno ao estado de natureza. 
IV. Os indivíduos consentem livremente, segundo Locke, em constituir a sociedade política com a 
finalidade de preservar e proteger, com o amparo da lei, do arbítrio e da força comum de um corpo 
político unitário, os seus inalienáveis direitos naturais à vida, à liberdade e à propriedade. 
V. Da dissolução do poder legislativo, que é o poder no qual "se unem os membros de uma 
comunidade para formar um corpo vivo e coerente", decorre, como consequência, a 
dissolução do estado de natureza. 
Portanto, das afirmativas feitas acima, a opção CORRETA é: 
 
 
As afirmações III e V estão incorretas. 
 
Explicação: Justificativa: Para Locke, os riscos da paixão e da parcialidade são muito viáveis no estado de natureza 
e podem desestabilizar as relações entre os indivíduos; portanto, visando a garantia da segurança e tranquilidade 
necessária ao uso da propriedade e segundo ele, "propriedade" abarca a concepção acerca da conservação da 
vida, da liberdade e, consequentemente, dos bens, daí todos consentirem em instituir o corpo político. 
 
Assinale a opção correspondente ao imperativo categórico de Kant. 
 
 
Age de tal modo que a máxima de tua ação possa ser sempre erigida em princípio de 
uma legislação universal. 
 
"A lei justa seria a lei proveniente do Estado soberano e absoluto, o qual recebe o seu poder por 
um pacto social no qual os indivíduos renunciam à sua liberdade individual para adquirirem a proteção 
estatal." Este princípio foi formulado por: 
 Hobbes. 
 
Explicação: Justificativa: Hobbes na sua famosa obra O Leviatã utiliza esta figura bíblica como representante do 
Estado, absoluto e soberano, onde o homem abdica da liberdade, dando plenos poderes ao Estado com a finalidade 
de protegera sua própria vida; além disso, o Estado deve garantir o que é meu, me pertença exclusivamente, 
garantindo, assim, o sistema da propriedade individual. 
 
06 _________________________________________________________________________________________________ 
No pensamento moderno, Kant é o teórico que identificou a racionalidade do direito, ou seja, 
para ele, o direito é produto da razão. Isto posto, sobre o direito, em Kant, é certo afirmar que: 
 
 
A) a vontade jurídica é heterônoma. 
 
Explicação: Justificativa: Para Kant, Direito é um conjunto de condições que autorizam que a vontade de uma 
pessoa possa coexistir com o arbítrio de todos, conforme uma lei universal da liberdade. Portanto, o Direito se aplica 
às ações externas de um indivíduo, na medida em que elas afetam as ações de outros indivíduos. 
 
 
Com relação à Ética kantiana, assinale a opção correta. 
 
 
A boa vontade pode ser entendida a partir do dever e do querer autônomo. Dever é a 
necessidade de uma ação feita por respeito à lei moral. A lei moral, porém, é dada pela racionalidade 
prática do sujeito. Ter boa vontade é seguir o imperativo categórico da razão. 
 
 
Kant, na introdução de sua obra Fundamentação da Metafísica dos Costumes afirma: "Neste 
mundo e até também fora dele, nada é possível pensar que possa ser considerado como bom sem 
limitação a não ser uma só coisa: uma boa vontade." Tendo em vista a Ética Kantiana e o trecho, 
pode-se acertadamente dizer que: 
 
 
A utilidade ou inutilidade de alguma coisa em nada pode tirar o valor do bem. 
 
Kant estabelece uma distinção entre legalidade e moralidade, e caracteriza o domínio da 
moralidade apresentando um critério para avaliar a moralidade das ações em sua obra intitulada a 
Fundamentação da Metafísica dos Costumes onde analisa dois conceitos fundamentais de sua teoria 
moral: o conceito de vontade boa e o de imperativo categórico. Esses dois conceitos traduzem as duas 
condições básicas do dever: o seu aspecto objetivo, a lei moral, e o seu aspecto subjetivo, o 
acatamento da lei pela subjetividade livre, como condição necessária e suficiente da ação. Portanto, 
a respeito da teoria moral kantiana, é correto afirmar: 
 
 
a) A vontade boa, enquanto condição do dever, consiste em respeitar a lei moral, tendo como 
motivo da ação a simples conformidade à lei. 
 
Explicação: Justificativa: Kant faz da boa vontade a condição de toda a moralidade. Sendo governada 
pela razão, a boa vontade é boa pelo seu próprio querer. A moralidade é concebida 
independentemente da utilidade ou das consequências que possam advir das ações. 
 
 
Kant afirma: "Quando a vontade é autônoma, ela pode ser vista como outorgando a si 
mesma a lei, pois, querendo o imperativo categórico, ela é puramente racional e não dependente de 
qualquer desejo ou inclinação exterior à razão. Na medida em que sou autônomo, legislo para mim 
mesmo exatamente a mesma lei que todo outro ser racional autônomo legisla para si." 
Portanto, com base no texto e nos conhecimentos sobre o entendimento de autonomia segundo Kant, 
considere as seguintes afirmativas: 
I. A vontade autônoma, ao seguir sua própria lei, não segue a razão pura prática. 
II. Segundo o princípio da autonomia, as máximas escolhidas devem ser apenas aquelas 
que se podem querer como lei universal. 
III. Seguir os seus próprios desejos e paixões é agir de acordo com o imperativo 
hipotético 
IV. A autonomia compreende toda escolha racional, inclusive a escolha dos meios para 
atingir o objeto do desejo. 
Estão corretas apenas as afirmativas: 
 
 
D) II e III. 
 
Explicação: Justificativa: Primeira formulação do imperativo categórico: Age unicamente de acordo 
com a máxima que te faça simultaneamente desejar a sua transformação em lei universal. Significa 
a determinação de uma ação como necessária em si mesma, isto é, absolutamente desinteressada. É 
uma espécie de mandamento que, por assim dizer, "obriga" o sujeito moral a submeter-se ao dever. 
 
"Quando a vontade é autônoma, ela pode ser vista como outorgando a sim mesma a lei, pois 
querendo o imperativo categórico, ela é puramente racional e não dependente de qualquer desejo ou 
inclinação exterior à razão. (...) na medida em que sou autônomo, legislo para mim mesmo 
exatamente a mesma lei que todos outro ser racional autônomo legisla para si". 
(WALKER, Ralph. Kant: Kant e a lei moral. Trad. De Oswaldo Giacóia Júnior. São Paulo: Unesp, 1999. 
P. 41.) 
Com base no texto e nos conhecimentos sobre autonomia em Kant, considere as seguintes 
afirmativas: 
I. A vontade autônoma, ao seguir sua própria lei, segue a razão pura prática. 
II. Segundo o princípio da autonomia, as máximas escolhidas devem ser apenas aquelas 
que se podem querer como lei universal. 
III. Seguir os seus próprios desejos e paixões é agir de modo autônomo. 
IV. A autonomia compreende toda escolha racional, inclusive a escolha dos meios para atingir o objeto 
do desejo. 
Estão corretas apenas as afirmativas: 
 
 
I e II 
 
Explicação: WALKER, Ralph. Kant: Kant e a lei moral. Trad. de Oswaldo Giacóia Júnior. São Paulo: Unesp, 1999. 
p. 41. 
 
Como vários outros filósofos, Kant pensava que a moralidade poderia ser resumida em um 
princípio fundamental, diante de tal pensamento e tendo em vista as afirmativas abaixo, assinale 
a opção que reflita o entendimento de moral na filosofia Kantiana. 
 
 
A. Agir por dever é agir conforme a lei moral por respeito (sentimento puro). 
 
Explicação: Justificativa: Opção correta - letra A. Segundo Kant, O fundamento da moralidade é a racionalidade, 
isto é, a autonomia da vontade, a liberdade para tomar as próprias decisões implicando com isto no cumprimento 
do dever pelo dever. 
 
Kant concebe a liberdade como um dos principais conceitos da ética, como autonomia. Isto 
posto, qual das alternativas abaixo explicaria o que é, para Kant, ser livre 
 
 
B) Ser livre é se autolegislar de acordo com a razão que, por ser a mesma em todos os seres 
humanos, implica em uma ética universal. 
 
Explicação: Justificativa: Segundo o pensamento de Immanuel Kant, a razão deve ser autônoma, ou seja, cria 
as leis a que deverá, depois, submeter-se e só assim haverá liberdade. 
 
" imperativo categórico é, portanto, só um único, que é este: Age apenas segundo uma 
máxima tal que possas ao mesmo tempo querer que ela se torne lei universal". 
(KANT, Emanuel. Fundamentação da metafísica dos costumes. Trad. De Paulo Quintela. 
Lisboa: 70, 1995, p. 59). 
Segundo essa formulação do imperativo categórico por Kant, uma ação é considerada ética 
quando: 
 
 
A máxima que rege a ação pode ser universalizada, ou seja, quando a ação pode ser 
praticada por todos sem prejuízo da humanidade. 
 
Explicação: Para Kant, é o imperativo categórico que mostra, por exemplo, que o roubo e a mentira são 
ações ruins. Afinal, mesmo o maior ladrão ou mentiroso não desejaria que suas práticas se tornassem o 
padrão de conduta de toda a humanidade. Diante do que, evidentemente, é fácil saber que a única resposta 
possível para a questão é a letra A. Segundo o filósofo alemão, a lei moral é fruto da racionalidade humana 
e não da natureza ou da vontade de Deus. Ademais, para Kant, a ação correta se funda na universalidade 
do imperativo categórico e não em interesses ou exigências particulares e egoístas. 
 
 
Emanuel Kant na sua importante obra Fundamentação da Metafísica dos Costumes formula 
que: "o imperativo categórico é, portanto só um único, que é este: Age apenas segundo uma máxima 
tal que possas ao mesmo tempo querer que ela se torne lei universal." Portanto, segundo essa 
formulação do imperativo categórico por Kant, uma ação é consideradaética quando: 
 
e) A máxima que rege a ação pode ser universalizada, ou seja, quando a ação pode ser 
praticada por todos, sem prejuízo da humanidade. 
 
Explicação: Justificativa: São leis morais universalmente válidas porque decorrem de máximas que se aplicam a 
todos os seres humanos. 
 
Para Immanuel Kant, o indivíduo moral não visa à felicidade em suas ações, mas ao 
cumprimento do dever que o torna digno dela. Em sua obra Fundamentação da metafísica dos 
costumes, ele afirma que a busca por assegurar a própria felicidade seria um dever indireto, por quê: 
 
 
Afastaria a tentação para a transgressão dos deveres decorrente do sofrimento. 
 
Sobre a concepção de Justiça em Kant, é correto afirmar: 
 
 
D) Ampara-se em parâmetros racionais, a priori, que embasam o direito natural e que devem 
se converter em leis públicas de coerção. 
 
Explicação: Justificativa: A filosofia de Kant conduzia à formulação de um conceito de justiça absoluta, devendo 
a pena encontrar sua justificação em si mesma, como justa retribuição. Não pode ser considerado o meio para 
qualquer outro fim, fundando-se num imperativo categórico. O mal da pena deve corresponder ao mal do delito. 
 
Como vários outros filósofos, Kant pensava que a moralidade poderia ser resumida em um 
princípio fundamental, diante de tal pensamento e tendo em vista as afirmativas abaixo, assinale 
a opção que reflita o entendimento de moral na filosofia Kantiana. 
 
 
A. Agir por dever é agir conforme a lei moral por respeito (sentimento puro). 
 
Explicação: Justificativa: Opção correta - letra A. Segundo Kant, O fundamento da moralidade é a racionalidade, 
isto é, a autonomia da vontade, a liberdade para tomar as próprias decisões implicando com isto no cumprimento 
do dever pelo dever. 
 
07_________________________________________________________________________________________________ 
Para John Rawls, dois ¿princípios de justiça¿ emergem na posição original através de um 
acordo unânime. A partir daí podemos afirmar que: 
I - Cada pessoa tem um direito igual a um esquema plenamente adequado de liberdades básicas 
iguais que seja compatível com um esquema similar de liberdade para todos; 
II - As desigualdades sociais e econômicas devem satisfazer duas condições; 
III - Primeiro, elas devem estar associadas a cargos e posições abertos a todos em condições de 
igualdade equitativa de oportunidades; 
IV - Segundo, elas devem ser para o maior benefício dos membros menos favorecidos da sociedade. 
Das assertivas acima são corretas somente: 
 
 
I, II, III e IV 
 
 
Sobre a teoria da justiça de John Rawls, marque a alternativa CORRETA. 
 
 
Em Rawls a justiça é definida como equidade e com leve teor do contratualismo do século XVII, 
para Rawls o conceito de justiça como equidade trata-se de uma posição original de igualdade 
que corresponde ao estado de natureza na teoria tradicional do contrato social. 
 
Explicação: O conceito apresentado pelo filosofo John Rawls a respeito de justiça é uma concepção de justiça como 
equidade e com leve teor do contratualismo do século XVII, para Rawls o conceito de justiça como equidade trata-
se de uma posição original de igualdade que corresponde ao estado de natureza na teoria tradicional do contrato 
social. Esses são os princípios que pessoas livres e racionais preocupadas em promover seus próprios interesses. 
 
 
Para Hegel, em Filosofia da História, 
 
 
a razão governa o a história, desta forma a história universal é um processo racional. 
 
Explicação: Para Hegel a Razão governa a História. A simples constatação ou fé de que a Razão governa a História 
é a motivação da pesquisa de Hegel em sua Filosofia da História. E o fim último dessa Razão é a sua realidade 
concreta, ou seja, o Estado.http://brasilescola.uol.com.br/filosofia/a-filosofia-historia-astucia-razao-hegel.htm 
 
 
É uma característica fundamental da teoria da justiça de John Rawls, na Interpretação de 
Roberto Gargarella: 
 
 
A ideia de que a herança, por exemplo, só é justificável se fizer parte de um esquema que 
melhora as expectativas dos membros menos favorecidos da sociedade. 
 
Explicação: A ideia de que a herança, por exemplo, só é justificável se fizer parte de um esquema que melhora as 
expectativas dos membros menos favorecidos da sociedade. 
 
Para Hegel, em Filosofia da História, 
 
 
a razão governa o a história, desta forma a história universal é um processo racional. 
 
Explicação: Para Hegel a Razão governa a História. A simples constatação ou fé de que a Razão governa 
a História é a motivação da pesquisa de Hegel em sua Filosofia da História. E o fim último dessa Razão é a sua 
realidade concreta, ou seja, o Estado.http://brasilescola.uol.com.br/filosofia/a-filosofia-historia-astucia-razao-
hegel.htm 
 
 
08_________________________________________________________________________________________________ 
 
Leia o texto a seguir. (UEL 2011): 
Habermas distingue entre racionalidade instrumental e racionalidade comunicativa. A 
racionalidade comunicativa ocorre quando os seres humanos recorrem à linguagem com o intuito de 
alcançar o entendimento não coagido sobre algo, por exemplo, decidir sobre a maneira correta de agir 
(ação moral). A racionalidade instrumental, por sua vez, ocorre quando os seres humanos utilizam as 
coisas do mundo, ou até mesmo outras pessoas, como meio para se alcançar um fim (raciocínio meio 
e fim). 
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a teoria da ação comunicativa de Habermas, é correto 
afirmar que: 
 
 
Alguém que decide economizar dinheiro durante vários anos a fim de fazer uma viagem 
para os Estados Unidos da América é um exemplo de racionalidade instrumental. 
 
 
 
Leia a trecho a seguir: 
A Corte Constitucional deve ¿entender a si mesma como protetora de um processo legislativo 
democrático, isto é, como protetora de um processo de criação democrática do direito, e não como 
guardiã de uma suposta ordem suprapositiva de valores substanciais. A função da Corte é velar para 
que se respeitem os procedimentos democráticos para uma formação da opinião e da vontade políticas 
de tipo inclusivo, ou seja, em que todos possam intervir, sem assumir a mesma o papel de legislador 
político¿. (Más Allá del Estado Nacional. Madrid: Trotta, 1997, p. 99) 
O trecho citado, acerca da postura de um Tribunal Constitucional durante o seu processo de 
interpretação da Constituição, corresponde à obra e concepção: 
 
 
Procedimental de Jürgen Habermas da teoria do discurso. 
 
 
Jürgen Habermas, na obra Direito e democracia (Faktizität und Geltung), menciona dois 
modelos de democracia os quais ele pretende superar, conciliando-os: o primeiro é o sugerido por I. 
Kant, mais próximo do liberalismo, centrado na autonomia do indivíduo; o segundo é o de J-J. 
Rousseau, mais próximo do republicanismo, centrado na comunidade ética. O terceiro modelo, 
proposto por Habermas, consiste: 
 
 
No modelo procedimental da política deliberativa. 
 
 
A escolha de um discurso competente é um mecanismo da razão e do agir comunicativo. 
Esta abordagem é defendida por: 
 
 
Jürgen Habermas 
 
Explicação: Jürgen Habermas dedicou sua vida ao estudo da democracia, especialmente por meio de suas teorias do agir 
comunicativo (ou teoria da ação comunicativa), da política deliberativa e da esfera pública. 
 
Uma moral racional se posiciona criticamente em relação a todas as orientações da ação, 
sejam elas naturais, auto evidentes, institucionalizadas ou ancoradas em motivos através de padrões 
de socialização. No momento em que uma alternativa de ação e seu pano de fundo normativo são 
expostos ao olhar críticodessa moral, entra em cena a problematização. A moral da razão é 
especializada em questões de justiça e aborda em princípio tudo à luz forte e restrita da 
universalidade. ¿ 
(HABERMAS, Jürgen. Direito e democracia: entre facticidade e validade. v. I. Trad. Flávio Beno 
Siebeneichler. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1997. p. 149.) 
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a moral em Habermas, é correto afirmar: 
 
 
O discurso moral se estende a todas as normas de ações passíveis de serem justificadas 
sob o ponto de vista da razão. 
 
Explicação: Para tentar uma ligação, a resolução dessa questão tem como base a ideia de ação comunicativa. A 
moral em Habermas tem orientações racionais. 
 
Leia o texto a seguir. 
A utilização da Internet ampliou e fragmentou, simultaneamente, os nexos de comunicação. Isto impacta no modo 
como o diálogo é construído entre os indivíduos numa sociedade democrática. 
(Adaptado de: HABERMAS, J. O caos da esfera pública. Folha de São Paulo, 13 ago. 2006, Caderno Mais! p.4-5.) 
A partir dos conhecimentos sobre a ação comunicativa em Habermas, considere as afirmativas a seguir. 
I.A manipulação das opiniões impede o consenso ao usar os interlocutores como meios e desconsiderar o 
ser humano como fim em si mesmo. 
II.A validade do que é decidido consensualmente assenta-se na negociação em que os interlocutores se 
instrumentalizam reciprocamente em prol de interesses particulares. 
III. Como regra do discurso que busca o entendimento, devem-se excluir os interlocutores que, de algum modo, 
são afetados pela norma em questão. 
IV. O projeto emancipatório dos indivíduos é construído a partir do diálogo e da argumentação que prima 
pelo entendimento mútuo. 
Assinale a alternativa correta. 
 
 
Somente as afirmativas I e IV são corretas 
 
Explicação: Primeiro vamos lembrar que o alicerce da teoria habermasiana é a teoria crítica e o pragmatismo. É 
nessa tradição que ele busca suas bases. O ponto fundamental da teoria é a distinção entre razão comunicativa 
emancipatória e razão estratégica e instrumental. O ponto para emancipação seria a comunicação, na liberdade 
dos discursos entre os indivíduos e cidadãos iguais 
 
A escolha de um discurso competente é um mecanismo da razão e do agir comunicativo. 
Esta abordagem é defendida por: 
 
 
Jürgen Habermas 
 
 
Explicação: Jürgen Habermas dedicou sua vida ao estudo da democracia, especialmente por meio de suas teorias do agir 
comunicativo (ou teoria da ação comunicativa), da política deliberativa e da esfera pública. 
 
09_________________________________________________________________________________________________ 
 
Thomas Hobbes acreditava que o ¿homem era o lobo do homem¿. O que Hobbes queria dizer com 
isso? 
 
 
Que o homem é capaz de agir como predador de sua própria espécie, podendo ser cruel, 
vingativo e mal quando lhe fosse conveniente em seu estado de natureza. 
 
 
Explicação: Thomas Hobbes acreditava que o homem era naturalmente "mau", bárbaro e egoísta. Em seu estado 
de natureza, o ser humano estaria sempre disposto a sacrificar o bem-estar do próximo em nome de suas 
vontades. Daí surgiria o incentivo para o estabelecimento de um contrato social, em que todos se submeteriam 
a um Estado maior que garantiria a salvaguarda dos direitos básicos, como a vida. 
 
John Locke acreditava que o homem era uma criatura naturalmente "racional e social", com 
inclinação para o bem e um forte senso de amor ao próximo e empatia pela dor alheia. Nesse sentido, 
o que motivaria o homem natural de Locke a se sujeitar ao contrato social? 
 
O homem natural para Locke, apesar de racional, não era invariavelmente "bom". O amor 
próprio e o egoísmo ainda faziam parte de sua índole. Isso prejudicaria o estabelecimento de uma 
sociedade harmoniosa sem que houvesse uma entidade de mediação de conflitos. 
 
Explicação: Thomas Hobbes foi um grande defensor dos sistemas monarquistas. Para ele, o Rei era a 
representação do Estado forte e coeso, capaz de trazer ordem diante da confusão inerente do estado de natureza 
do homem natural. 
 
Leia as afirmações: 
I. Entre a queda do Comunismo russo em 1989 e o triunfo o Liberalismo anglo-americano no 
mundo até 2007-2008, a sociedade fica sem rumo para as suas novas esperanças, porque 
II. Com a necessidade de contestar o Liberalismo, surge o Comunitarismo, para enriquecer os 
debates políticos do mundo pós-guerra fria. 
Sobre as assertivas é correta a opção: 
 
 
Ambas estão corretas e a primeira justifica a segunda. 
 
Explicação: Ambas estão corretas e a primeira justifica a segunda. 
 
Em 1971, o filósofo estadunidense John Rawls publicou a Theory of Justice, obra na qual 
apresentou sua teoria da Justiça como equidade. A década de 1980 ambientou o surgimento da 
corrente do comunitarismo, que se contrapôs à perspectiva de orientação liberal de Hawls. Leia o 
texto: "Para os comunitaristas, os liberais (universalistas) estariam simplesmente preocupados com 
a questão de como estabelecer princípios de Justiça que poderiam determinar a submissão voluntária 
de todos os indivíduos racionais, mesmo de pessoas com visões diferentes sobre a vida boa. 
O que se estabelece como crítica é que, para os comunitaristas, os princípios morais só podem ser 
tematizados a partir de sociedades reais, a partir das práticas que prevalecem nas sociedades reais. 
Para eles, em John Rawls, encontram-se premissas abstratas de base como a liberdade e a igualdade 
que orientam (ou devem orientar) as práticas legítimas. A questão colocada é que, na interpretação 
comunitarista, a prática tem precedência sobre a teoria, e não seria plausível que pessoas que vivem 
em sociedades reais identifiquem princípios abstratos para sua existência. A crítica comunitarista 
aponta como insuficiente a tentativa de identificar princípios abstratos de moralidade através dos 
quais sejam avaliadas as sociedades existentes. A questão-chave é a negação de princípios universais 
de Justiça que possam ser descobertos pela razão, pois, em sua avaliação, as bases da moral não são 
encontradas na Filosofia, e, sim, na política". (SILVEIRA, Denis Coitinho. "Teoria da Justiça de John 
Rawls: entre o Liberalismo e o Comunitarismo". In: Trans/Form/Ação, São Paulo, 30(1): 169-190, 
2007). De acordo com o texto e com seus conhecimentos, assinale a alternativa que não corresponde 
à crítica comunitarista à teoria da Justiça de Hawls: 
 
 
Embora liberal, aproximou-se do marxismo, tendo apenas nas suas obras mais maduras 
uma veia materialista que olha para as comunidades reais. 
 
 
Explicação: Embora liberal, aproximou-se do marxismo, tendo apenas nas suas obras mais maduras uma veia 
materialista que olha para as comunidades reais. 
 
 
O período pré-socrático é o ponto inicial das reflexões filosóficas. Suas discussões se prendem a 
Cosmologia, sendo a determinação da physis (princípio eterno e imutável que se encontra na origem 
da natureza e de suas transformações) ponto crucial de toda formulação filosófica. Em tal contexto, 
Leucipo e Demócrito afirmam ser a realidade percebida pelos sentidos ilusória. Eles defendem que os 
sentidos apenas capturam uma realidade superficial, mutável e transitória que acreditamos ser 
verdadeira. Mesmo que os sentidos apreendam "as mutações das coisas, no fundo, os elementos 
primordiais que constituem essa realidade jamais se alteram." Assim, a realidade é uma coisa e o real 
outra. 
 Para Leucipo e Demócrito a physis é composta: 
 pelos átomos. 
 
Explicação: O pensamento de Demócrito e Leucipo é chamado de atomístico, por considerarem que todas as 
coisas são constituídas por elementos indivisíveis, que estão em constante movimento e se agrupam de 
formas

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