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3 ORTOTANÁSIA

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Curso de Enfermagem
Acadêmicos: Daiana Eunice da Silva; Elizangela H. Muniz; Glaucia de Oliveira; Janaina de Souza; Joana Capistrano Nunes da Silva; Leticia Welter de Bem; Patricia Ostrowski;
Disciplina: Tanatologia
ORTOTANÁSIA
A Ortotanásia, também chamada por alguns autores de eutanásia passiva, significa a morte correta, orto: certo e thanatos: morte, isto é, a morte em seu processo natural. Neste caso o paciente já está em um processo natural da morte e recebe uma contribuição do médico para que este processo siga seu curso natural, ou seja, ao invés de se prolongar artificialmente o processo de morte (distanásia), deixa-se que este se desenvolve naturalmente.
Somente o médico pode realizar a ortotanásia. Entende-se que o médico não está obrigado a prolongar o processo de morte do paciente, por meios artificiais, sem que este tenha requerido que o médico assim agisse. A finalidade do médico que interrompe um tratamento ineficaz é reduzir o sofrimento do doente sem chances de cura. Além disso, o profissional médico deve buscar tratar o doente, e não a doença, considerando-o como pessoa, e não como instrumento de uma terapêutica invasiva.
O principal argumento contrário a essa prática é o de que, com o intenso desenvolvimento do conhecimento médico a determinação da irreversibilidade de um quadro se saúde pode ser falha. Porém, a determinação da morte é um risco próprio dos limites do conhecimento tecnológico exigindo cuidado nos critérios sobre a morte. Tendo consciência da existência desses limites, os cuidados contra o arbítrio devem ser ampliados.
É uma conduta atípica perante o Código Penal, pois não é a causa de morte de uma pessoa, visto que o processo de morte já está instalado. Desta forma, diante de dores intensas sofridas pelo paciente terminal, consideradas intoleráveis e inúteis ao mesmo, o médico deve agir para amenizá-las, mesmo que a consequência deste ato venha a ser, indiretamente, a morte do paciente.
A resolução CFM nº 1.931/2009, vigente desde abril de 2010, em seu art. 41, parágrafo único, diz que “nos casos de doença incurável e terminal, deve o médico oferecer todos os cuidados paliativos disponíveis sem empreender ações diagnósticas ou terapêuticas inúteis ou obstinadas, levando sempre em consideração a vontade expressa do paciente ou, na sua impossibilidade, a de seu representante legal”. Esta resolução prevalece na decisão o direito ao exercício da autonomia do paciente em estado de morte iminente.
MÖLLER defende sobre o Código Penal, “a dignidade da pessoa humana é considerada, juntamente com os valores da soberania, da cidadania, do pluralismo político e os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa, o fundamento do Estado democrático brasileiro. (...) O valor da dignidade humana deve ser considerado o princípio fundamental do Estado e da Constituição, abrangendo todos os demais princípios e direitos fundamentais, uma vez que remete ás exigências e necessidades humanas consideradas básicas e mais relevantes”. Portanto, a falta de previsão no Código Penal não pode ser obstáculo para a inserção de responsabilidade do médico.
Em tese, não haveria necessidade de qualquer alteração na legislação, pois os direitos à liberdade e à dignidade humana estão previstos na Constituição Federal e devem ser aplicados na interpretação do Código Penal, porém, uma lei da ortotanásia como lícito colocaria fim nas discussões a respeito de sua permissão.
Apesar da complexidade do tema e de suas polêmicas, a ortotanásia precisa ser discutida no plano jurídico com o auxílio dos profissionais de saúde. Devem ser consideras a opinião dos médicos e, principalmente, a vontade do paciente em estado terminal ou sua família.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/87732/qual-a-diferenca-entre-eutanasia-distanasia-e-ortotanasia
http://www.migalhas.com.br/dePeso/16,MI11097,71043-Eutanasia+ortotanasia+e+distanasia+breves+consideracoes+a+partir+do
https://www.ibccrim.org.br/artigo/10507-A-ortotanasia-e-o-direito-penal-brasileiro
http://www.fmd.pucminas.br/Virtuajus/2_2010/discentes/A%20ORTOTANASIA%20E%20O%20DIREITO%20DE%20MORRER%20COM%20DIGNIDADE.pdf